domingo, 26 de dezembro de 2010

Mais sobre Cristãos em países muçulmanos

Retirado de http://olhonajihad.blogspot.com/2010/12/os-cristaos-do-oriente-medio-divididos.html

sexta-feira, 24 de dezembro de 2010
Os cristãos do Oriente Médio, divididos e ameaçados

(AFP) – CAIRO — Os cristãos do Oriente Médio, alvo de um recente atentado da Al-Qaeda contra uma igreja ortodoxa siríaca em Bagdá, estão divididos em inúmeras comunidade e sofrem uma crescente sensação de insegurança e de exclusão.


Berço do cristianismo, a região conta com 20 milhões de cristãos, cinco milhões deles católicos, entre os 356 milhões de habitantes da zona, segundo as cifras difundidas num sínodo sobre o Oriente Médio em outubro, no Vaticano.


Conflitos, instabilidade política, dificuldades econômicas, discriminação, perseguição ou crescimento do Islã radical são algumas das causas que fazem com que muitos deles decidam ir embora do país, principalmente do Iraque.


Os coptos (cristãos do Egito), em sua maioria ortodoxos, constituem a maior comunidade cristã do Oriente Médio, e representam, segundo estimativas, entre 6 e 10% dos 80 milhões de egípcios.
Apesar de sua comunidade ser muito diferente da dos siríacos católicos do Iraque, os coptos também estão, segundo o centro americano para a vigilância de sites islamitas (SITE), ameaçados pela facção iraquiana da Al-Qaeda, que cometeu o atentado de Bagdá.


No Iraque, a situação dos cristãos é especialmente preocupante.


Em 17 de dezembro, o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR) denunciou o êxodo de milhares de cristãos do Iraque, desde 31 de outubro.


O número de cristãos no Iraque é calculado entre 450.000 e 500.000, sendo 300.000 deles católicos (contra os 378.000 em 1980). Entre os católicos, cerca de 80% são caldeus, e o resto siríacos católicos, armênios católicos e católicos latinos.


Entre os não-católicos, 80% são assírios e o resto siríacos ortodoxos ou armênios ortodoxos.
Os países do Golfo contam com cerca de 3,5 milhões de cristãos das diferentes igrejas, em sua maioria imigrantes asiáticos ou católicos ocidentais.


O direito de professar seu culto é reconhecido nestes países, exceto na Arábia Saudita, que proíbe qualquer prática religiosa que não seja o Islã. No início de outubro, 12 filipinos e um sacerdote foram detidos no reino por proselitismo enquanto celebravam uma missa secreta.


Na Síria, onde não há estatísticas oficiais, os analistas afirmam que os cristãos representam de 5 a 10% da população, de um total de 20 milhões de pessoas. Não foram registradas ameaças de grupos islamitas contra os cristãos desse país.


No Líbano, os cristãos - com a importante comunidade maronita -, constituem 34% da população, calculada em 4 milhões de pessoas. É a maior porcentagem de população cristã nos países do Oriente Médio.
Israel conta com 143.000 cristãos, segundo dados oficiais publicados nesta sexta-feira. Os cristãos eram 2,9% da população em 1948, ano da fundação do Estado de Israel, 2,3% em 1972 e 2,1% em 2009.
Nos territórios palestinos ocupados vivem mais 57.000 cristãos.

Perseguição aos Cristãos

Nigéria registra novos conflitos entre cristãos e muçulmanos

JOS, Nigéria (Reuters) - Cristãos e grupos armados muçulmanos se confrontaram perto da cidade nigeriana de Jos neste domingo, disse uma testemunha à Reuters, após bombardeios na véspera do Natal terem matado mais de 30 pessoas na região.

Edifícios foram incendiados e pessoas foram vistas correndo para se esconder quando a polícia e os militares chegaram ao local para tentar conter as multidões.

"As casas estão pegando fogo em todo lugar e eu posso ver pessoas machucadas cobertas de sangue sendo carregadas por amigos e familiares até os hospitais", disse a testemunha á Reuters.

Os conflitos foram desencadeados por explosões em aldeias próximas a Jos na véspera do Natal, capital do estado de Plateau, que mataram ao menos 32 pessoas e deixaram outras 74 em estado grave.

O vice-presidente Namadi Sambo irá Jos neste domingo.

"O vice-presidente está à caminho de Jos em um esforço para tentar conter a crise", disse um porta-voz de Sambo.

Milhares de pessoas morreram em conflitos religiosos e étnicos desde o início do ano na região nigeriana chamada de "Middle Belt", onde a maioria muçulmana do norte encontra a maioria cristã do sul.

As tensões ocorrem há décadas por conta dos ressentimentos entre grupos indígenas, em sua maioria cristãos ou animistas, que lutam pelo controle de terras para a agricultura e por poder político e econômico com migrantes muçulmanos e colonos no norte.

COMENTO:
Esse conflito não é novidade.
Há vários anos ocorrem perseguições a cristãos em países muçulmanos mas só agora a mídia vem divulgando com certa frequencia.
Ultimamente temos relatos no Iraque e ocasionalmente em territórios Palestinos.

sábado, 25 de dezembro de 2010

Israel e India

Um pouco de Geopolítica.


quinta-feira, 23 de dezembro de 2010Índia e Israel, uma parceria confidencial


A cooperação armamentista entre os países é antiga e movimentou, em dez anos, US$ 10 bilhões. De maneira paradoxal, a aproximação com Israel deu à Índia uma alavanca em sua política no Oriente Médio: os Estados da região aprenderam a levar em consideração os interesses indianos


por Isabelle Saint-Mézard





Índia e Israel nasceram com um ano de intervalo, a primeira em 1947 e o segundo em 1948, sobre os escombros do Império Britânico, ao fim de um violento processo de divisão. Apesar de ambos experimentarem, desde o início, conflitos internos complexos, marcados por recorrentes enfrentamentos armados, isso não foi suficiente para criar afinidades entre os dois países. Muito pelo contrário.

A partir dos anos 1920, os chefes do movimento nacionalista indiano uniram-se aos árabes da Palestina contra o imperialismo britânico, opondo-se à vontade sionista de criar um Estado judeu. A Índia votou contra o plano de partilha da Palestina na Assembleia Geral das Nações Unidas, em 29 de novembro de 1947, e só reconheceu Israel em 1950. Até os anos 1980, ela continuou compondo um bloco com os países árabes na defesa do direito dos palestinos a um Estado soberano.

Essa postura, claro, era cheia de segundas intenções. A Índia preocupava-se com um possível alinhamento do mundo muçulmano às reivindicações paquistanesas sobre a Caxemira. Havia também o imperativo da segurança energética: Nova Délhi dependia dos países do Oriente Médio para seu abastecimento de petróleo. Além disso, para atenuar o grave desequilíbrio de sua balança de pagamentos no fim dos anos 1980 e na virada da década de 19901, contava com o dinheiro enviado por seus numerosos cidadãos que trabalhavam nos países do Golfo.

No entanto, com o passar das décadas, o fosso entre Índia e Israel reduziu-se. Desde os anos 1960, os dois países estabeleceram contatos secretos no campo militar e de informação. Israel mostrou-se disposto a ajudar o exército indiano em seus conflitos com a China (em 1962) e depois com o Paquistão (em 1965 e 1971). Em 1978, o então ministro de Defesa do país, Moshe Dayan, chegou a fazer uma visita secreta ao governo indiano para evocar uma eventual cooperação. Finalmente, em 1992, Nova Délhi estabeleceu laços diplomáticos formais com Tel Aviv. Essa decisão foi facilitada por um contexto internacional marcado pelo fim da Guerra Fria e pela conferência de Madrid, em outubro de 1991, sobre o Oriente Médio, que deixava entrever perspectivas de paz. Mas decorria também de uma decepção da Índia diante dos ínfimos resultados de sua política externa: não apenas Nova Délhi não neutralizou a influência do Paquistão junto aos países árabes, mas viu inúmeras vezes a Organização da Conferência Islâmica (OCI) adotar resoluções que condenavam suas posições sobre a Caxemira.

Embora tenha sido o Partido do Congresso, de centro-esquerda, que primeiro estabeleceu relações diplomáticas com Israel, foram os extremistas hindus do Bharatiya Janata Party (BJP) que, no poder entre 1998 e 2004, levaram ao máximo a parceria e deram um novo significado a ela. Desconfiado e até mesmo hostil em relação ao mundo muçulmano, o BJP não teve pudores em declarar abertamente sua simpatia por Tel Aviv. O contexto do pós 11 de setembro reforçou ainda mais esse novo laço, pois o governo de coalizão do BJP começou a promover a ideia de um “front das democracias liberais” face à ameaça do terrorismo islâmico.


Antiterrorismo

Essa visão política desembocou no sonho de um triângulo estratégico entre Israel, Índia e Estados Unidos2, ideia enunciada pela primeira vez no dia 8 de maio de 2003 por Brajesh Mishra, então conselheiro nacional de segurança indiano, no jantar de gala anual do American Jewish Committee (Comitê Judaico Americano): “Nosso tema principal aqui é lembrar coletivamente o horror do terrorismo e celebrar a aliança das sociedades livres engajadas no combate contra essa calamidade. Estados Unidos, Índia e Israel foram os principais alvos do terrorismo. Eles devem enfrentar em conjunto essa mesma monstruosa aparição que é o terrorismo dos tempos modernos3.” Em seguida, ocorreram discussões entre representantes dos três governos, sobretudo a respeito das questões de defesa e antiterrorismo.

Em 2004, o retorno do Partido do Congresso à frente de um governo de coalizão atenuou essa dimensão ideológica. Mas, no fundo, a relação israelo-indiana não foi substancialmente afetada. Pelo contrário, os laços diversificaram-se e nasceram colaborações nos setores da agricultura, turismo, ciências e tecnologias. Embora continuem largamente tributárias da indústria do diamante (quase 50% do volume total das importações e exportações entre os dois países em 2008)4, as trocas comerciais passaram de US$ 200 milhões em 1992 para US$ 4 bilhões em 2008. Mas a defesa permanece o centro da cooperação.

A sobrevivência da indústria armamentícia israelense depende de suas exportações. Até o fim dos anos 1990, elas eram realizadas majoritariamente em direção à China. Mas o veto dos Estados Unidos à transferência de tecnologias sensíveis a Pequim forçou Tel Aviv a voltar-se para outros mercados, entre os quais a Índia. Essa reorientação mostrou-se lucrativa, pois se deu num momento em que o crescimento econômico finalmente permitia que Nova Délhi financiasse suas necessidades (consideráveis) em matéria de defesa. A Índia, por sua vez, procurava novos fornecedores, pois os russos só conseguiam suprir parcialmente o vazio deixado pelo desaparecimento da União Soviética. Por fim, os Estados Unidos também aproximaram-se da Índia, facilitando as transferências de tecnologia. Os radares israelenses Phalcon, desenvolvidos pela indústria de defesa de Israel para a força aérea indiana5, são um bom exemplo disso. Depois de ter proibido a venda à China em 2000, Washington autorizou que ela fosse realizada para a Índia. Nova Délhi tirou dessa experiência uma conclusão clara: a aproximação com Tel Aviv permitiria-lhe o acesso às tecnologias de ponta que os Estados Unidos recusavam-se tanto a exportar.

Assim, em uma década, Tel Aviv conseguiu impor-se entre os principais fornecedores de armamento à Índia, que se tornou seu primeiro mercado de exportação. O volume dos contratos assinados ao longo dos dez últimos anos é estimado em algo próximo a US$ 10 bilhões6. Flexibilidade e reatividade foram os grandes trunfos de Israel. Flexibilidade porque o país teve de se adaptar às particularidades das forças armadas indianas, cujos equipamentos são, em sua maioria, de origem russo-soviética – daí os polpudos contratos para a modernização de tanques, porta-aviões, helicópteros e aviões de combate russo – todos equipados com material eletrônico israelense. Reatividade, com o abastecimento de emergência do exército indiano em munição, durante o enfrentamento com o Paquistão na Caxemira, em 1999, a chamada “crise de Kargil7”.


Cooperação

A cooperação industrial concentrou-se em dois setores de ponta: de um lado, radares de vigilância e drones; de outro, sistemas de mísseis. No que concerne aos primeiros, um contrato no valor de US$ 1,1 bilhão foi fechado em 2004 para a venda de três Phalcon. Já em relação aos mísseis Barak, a cooperação teve início em 2001, com um contrato de US$ 270 milhões para a venda de um sistema de defesa antinavio. Os negócios deram um passo decisivo em janeiro de 2006, quando os dois países decidiram codesenvolver uma nova geração do míssil. Um ano depois, eles anunciaram um projeto de acordo no valor de US$ 2,5 bilhões para o codesenvolvimento de um sistema de combate antiaéreo baseado no Barak, mas dessa vez destinado à força aérea e ao exército em terra.

As imagens de satélite são outro ponto de troca entre as nações. Em janeiro de 2008, a Índia lançou, por conta de Israel, um satélite de espionagem de última geração, capaz de fornecer informações sobre as instalações estratégicas iranianas. E, por sua própria conta, em abril de 2009 lançou outro, adquirido emergencialmente após os atentados de Mumbai, que, em novembro de 2008, fizeram 170 mortos e revelaram graves lacunas em matéria de vigilância do território. O país também comprou radares israelenses, por um valor de US$ 600 milhões, com o objetivo de reforçar seu dispositivo de alerta ao longo da costa ocidental.

Não há dúvida de que Israel está em posição privilegiada para acompanhar a Índia em seu esforço de aperfeiçoamento do dispositivo de segurança do território e, de maneira mais geral, para aprofundar uma cooperação já estreita em matéria de contraterrorismo. Os israelenses ajudaram na construção de uma barreira ao longo da linha de controle com o Paquistão, forneceram diversos sistemas de vigilância para impedir a infiltração de militantes islâmicos. Mas, acima de tudo, os israelenses estão entre os raríssimos intervenientes externos a fazerem-se presentes no teatro de operações da Caxemira.


Hoje Nova Délhi, assim como o conjunto da comunidade internacional, apoia a criação de um Estado palestino independente. Mas, ao longo das sucessivas crises entre Israel e seus vizinhos, sua diplomacia aprendeu a navegar de acordo com a maré. A abordagem indiana consiste em dissociar a relação bilateral dos vaivéns da situação no Oriente Médio – em outras palavras, proteger prioritariamente a cooperação com Israel, evitando voltar as costas aos países árabes. Daí as declarações oficiais cheias de nuances, condenando primeiro uma, depois outra, ponderadamente, tanto a cegueira dos ataques terroristas contra Israel quanto a brutalidade das “represálias”. A diplomacia indiana, aliás, tomou gosto por adotar uma posicão dúbia já que, embora se aproximando de Israel, o país também estabeleceu laços com o Irã no início dos anos 2000. Assim, antes da visita de Ariel Sharon, em setembro de 2003, Nova Délhi recebera, em janeiro do mesmo ano, o presidente Mohammed Khatami. De maneira um pouco paradoxal, a aproximação com Israel deu à Índia uma nova alavanca em sua política no Oriente Médio: os Estados da região aprenderam a considerar melhor os interesses indianos.

As tensões da Índia no Oriente Médio trazem muitas lições. Em um nível diplomático, elas são resultado de uma polarização previsível entre os defensores da postura tradicional, pró-árabe, e os partidários da parceria com Israel. Mas, de modo mais sutil, revelam também uma tensão interior, entre a necessidade de lidar com uma minoria de 160 milhões de indivíduos, que faz da Índia o terceiro Estado muçulmano no mundo, e uma fascinação inconfessa pelos métodos expeditivos de Israel. Métodos que alguns em Délhi estariam bem tentados a experimentar contra as esferas de influência terroristas baseadas no Paquistão.


Isabelle Saint-Mézard

é especialista em questões estratégicas na Ásia Meridional e professora do Instituto de Estudos Políticos de Paris e do Instituto Nacional de Línguas e Civilizações Orientais (Inalco), coautora de Dictionnaire de l’Inde Contemporaine, Armand Collin, outubro 2010.

sábado, 11 de setembro de 2010

Lula e as Instituições

Este texto não precisa de comentários, basta ler e tirar suas conclusões.

Enviado por Maria Helena - 11.9.2010| 13h00m

De O Estado de S. Paulo, 09/09/2010

Como nunca antes neste país (Opinião)

Tão profícua tem sido a atuação do presidente Lula na desmoralização das mais importantes instituições do Estado brasileiro, que se torna missão complexa avaliar o que efetivamente tem sido realizado nesse campo, aí sim como nunca antes neste país. Como a lista é longa, melhor ficar nos exemplos mais notórios.

O presidente Lula desmoralizou o Congresso Nacional ao permitir que o então chefe de seu Gabinete Civil, o trêfego José Dirceu, urdisse e implantasse um amplo esquema de compra de apoio parlamentar - o malfadado mensalão. Essa bandidagem custou ao chefe da gangue o cargo de ministro. Mas seu trânsito e influência dentro do governo permanecem enormes, com a indispensável anuência tácita do chefão.

Denunciado o plano de compra direta de apoio de deputados e senadores, o governo petista passou a se compor com toda e qualquer liderança disposta a trocar apoio por benesses governamentais, não importando o quanto de incoerência essas novas alianças pudessem significar diante do que propunha, no passado, a aguerrida ação oposicionista de Lula e de seu partido na defesa intransigente dos mais elevados valores éticos na política. Daí estarem hoje solidamente alinhadas com o governo as mais tradicionais oligarquias dos rincões mais atrasados do País - os Sarneys, os Calheiros, os Barbalhos, os Collors de Mello, todos antes vigorosamente apontados pelo lulo-petismo como responsáveis, no mínimo, pela miséria social em seus domínios. Essa mudança foi recentemente explicada por Dilma Rousseff como resultado do "amadurecimento" político do PT.

O presidente Lula desmoralizou a instituição sindical ao estimular o peleguismo nas entidades representativas dos trabalhadores e, de modo especial, nas centrais sindicais, transformadas em correia de transmissão dos interesses políticos de Brasília.

O presidente Lula tentou desmoralizar os tribunais de contas ao acusá-los, reiteradas vezes, de serem entrave à ação executiva do governo por conta do "excesso de zelo" com que fiscalizam as obras públicas.

O presidente Lula desmoralizou os Correios, antes uma instituição reconhecida pela excelência dos serviços essenciais que presta, ao aparelhar partidariamente sua administração em troca, claro, de apoio político.

O presidente Lula desmoralizou o Tribunal Superior Eleitoral, e, por extensão, toda a instituição judiciária, ao ridicularizar em público, para uma plateia de trabalhadores, multas que lhe foram aplicadas por causa de sua debochada desobediência à legislação eleitoral.

Mas é preciso reconhecer que pelo menos uma lei Lula reabilitou, pois andava relegada ao olvido: a lei de Gerson. Aquela que, no auge do regime militar e do "milagre brasileiro", recomendava: o importante é levar vantagem em tudo. Esse sentimento que o presidente nem tenta mais disfarçar - tudo está bem se me convém - só faz aumentar com o incremento de seus índices de popularidade e sinaliza, por um lado, a tentação do autoritarismo populista, enquanto, por outro lado, estimula a erosão dos valores morais, éticos, indispensáveis à promoção humana e a qualquer projeto de desenvolvimento social.

O presidente vangloria-se do enorme apoio popular de que desfruta porque a economia vai bem. Indicadores econômicos positivos, desemprego menor, os brasileiros ganhando mais, Copa do Mundo, Olimpíada. É verdade, mesmo sem considerar que Lula e o PT não fizeram isso sozinhos, pois, embora não tenham a honestidade de reconhecê-lo, beneficiaram-se de condições construídas desde muito antes de 2002 e também de uma conjuntura internacional política e, principalmente, econômica, que de uma maneira ou de outra acabou sendo sempre favorável ao Brasil nos últimos anos.

Mas um país não se constrói apenas com indicadores econômicos positivos. São necessárias também instituições sólidas, consciência cívica, capacidade cidadã de avaliar criticamente o jogo político e as ações do poder público. Nada disso Sua Excelência demonstra desejar. Oferece, é verdade, pão e circo. Não é pouco. Mas é muito menos do que exige a dignidade humana, senhor presidente da República.

Para sua diversão

Leiam é divertido mas infelizmente retrata nossa realidade política.


Rolando na Rede

Mas vale ler outras vezes para poder exaltar a criatividade do político brasileiro...

Slogans de candidatos para 3 de outubro de 2010:

10°lugar - Antônio Correia, Ourilândia do Norte-PA, com o bordão:
'Correia Neles !!!'

9º lugar - Guilherme Bouças, com o slogan:
'Chega de malas, vote em Bouças.'

8º lugar - Grito de guerra do candidato Lingüiça, lá de Cotia (SP).
'Lingüiça Neles!'

7º lugar - Em Descalvado (AL), tem um candidata chamada Dinha cujo slogan é:
'Tudo Pela Dinha.'

6º lugar - Em Carmo do Rio Claro, tem um candidato chamado Gê.
'Não vote em A, nem em B, nem em C; na hora H, vote em Gê.'

5º lugar - Em Hidrolândia (GO), tem um candidato chamado Pé.
'Não vote sentado, vote em Pé.'

4º lugar - E em Piraí do Sul tem um gay chamado Lady Zu.
'Aquele que dá o que promete.'

3º lugar - A cearense chamada Debora Soft, stripper e estrela de show de sexo explícito. Slogan:
'Vote com prazer!'

2º lugar - Candidato a prefeito de Aracati (CE):
'Com a minha fé e as fezes de vocês, vou ganhar a eleição.'

1º lugar - Em Mogi das Cruzes (SP), tem um candidato chamado Defunto:
'Vote em Defunto, porque político bom é político morto!'

terça-feira, 7 de setembro de 2010

Valores para uma eleição.

Deu no Estado de S. Paulo, em 05/ 09/2010

Às favas com os direitos

Dora Kramer

Só pesquisas podem medir com alguma chance de precisão se um episódio como o da quebra reiterada de sigilo fiscal nas dependências da Receita Federal mexe com a sensibilidade do eleitorado ao ponto de fazer da preservação do Estado de Direito um dos fatores para definição de voto.

A primeira impressão é a de que não influi. Isso com base no peso que a população tem dado a questões como valores e princípios.

A ética foi enterrada como indigente. Em silêncio, sem choro nem vela e à grande maioria pouco se lhe dá se o Estado aumenta seu poder discricionário, invade privacidade, agride a Constituição, barbariza com o patrimônio público, usa, abusa e ainda sai dizendo que o que vem debaixo não o atinge.

Distorce a verdade para fazer o papel de vítima sabendo-se na condição de algoz.

Permite que o ministro da Fazenda assuma como normal a insegurança dos dados do contribuinte e, se alguém diz que isso é crime de responsabilidade, acusa "golpe eleitoral".

Enquanto isso os mais pobres se alegram em poder comprar, atribuindo a bonança à ação de um homem sem compreender que é resultado de um processo; os mais ricos não querem outra vida; os mais retrógrados nunca tiveram tanto cartaz; os mais à esquerda não perdem a esperança de vir a ter; os mais conscientes percebem algo fora do lugar, mas preferem se irritar porque não têm ao seu lado também um líder carismático e sem pudor.

Em um cenário assim desenhado, convenhamos, os valores que estão em jogo soam difusos para o grosso do eleitorado: os deveres do Estado e os direitos do cidadão.

Neste Brasil de tantas necessidades é provável que, se for posto na balança de um lado o crédito farto e de outro a liberdade parca, o prato penda a favor do consumo largo.

É um debate difícil de ser feito. Quase impossível em períodos eleitorais porque sempre haverá por parte dos acusados a alegação de que são injustamente atacados por adversários "desesperados", enquanto a essência da questão se perde: a invasão do espaço institucional por tropas de ocupação com interesses específicos. Ideológicos, fisiológicos ou simplesmente corruptos.

Sob a indiferença das vanguardas (onde?) e deixadas à mercê do poder da propaganda, as pessoas não conseguem ter a dimensão da gravidade.

Não atentam para o seguinte: o Estado que deixa sigilo ser quebrado, não se incomoda com propriedades privadas invadidas e insiste no controle dos meios de comunicação amanhã ou depois pode querer reduzir a liberdade alegando agir em prol do povo e do patriotismo como fator indispensável ao triunfo do Brasil.

Por isso é improvável que haja repercussão eleitoral. Se houver, terá sido por causa dos tropeções e das contradições do governo.

A naturalidade do ministro da Fazenda ao dizer que as informações do contribuinte não são invioláveis é tão escandalosa quanto a quebra de sigilo.

Nesse caso a urgência fez a imprudência. No afã de afastar de Dilma Rousseff as suspeitas de uso político da máquina pública, Guido Mantega informa ao público pagante que a Receita Federal e a casa da mãe joana são ambientes similares.

Uma confissão de incapacidade de prestar o serviço contratado pelo cidadão e a impossibilidade de cumprir a lei que se impõe a todos.

É a rendição do Estado à ação do crime.

A propósito, se era para dizer uma estultice dessa envergadura o ministro da Fazenda estava mais bem posicionado em sua omissão diante dos fatos.

Instituições aparelhadas

Todo dia é uma mentira, uma invenção, uma provocação. Agora, acha que estamos perseguindo não sei quem.

Lula, sobre José Serra

COMENTO:
Nem uma novidade na frase.
Lula nunca viu, ouviu e escutou absolutamente nada.
O aparelhamento das instituições e suas interferencias políticas levam a um descrédito por parte esclarecida da população sobre o correto funcionamento dos orgãos que deveriam protege-las.
É um passo para o surgimento de salvadores da Pátria.
Mas eu pergunto: Será que a maioria da população é esclarecida?Pelo que mostra as pesquisas me parece que não.O brasileiro na verdade gosta mesmo é de um bom assitencialismo para vantagens individuais não entendendo que quando o coletivo vai bem todos saem ganhando.

terça-feira, 31 de agosto de 2010

Políticos

domingo, 29 de agosto de 2010

TEMPO DE NULIDADES

Maria Lucia Victor Barbosa
29/08/2010

Em que pese o grande progresso material atingido pela humanidade no que tange aos avanços da ciência, da tecnologia e dos meios de comunicação, vivemos grandes paradoxos. Entre os absurdos da atualidade se pode observar que, apesar do acesso ao conhecimento e à informação, algo nunca antes existido para as grandes massas populacionais em todo planeta, o ser humano permanece ignorante e desinformado. Por conta disso, aumenta a manipulação dos poderes político e econômico e se vive um tempo de nulidades que são aceitas e projetadas com êxito na literatura, na música, no teatro, nas artes plásticas, no esporte, na economia na política, enfim, em todas as atividades que se tornam vulgares, artificiais, aviltadas.
No que diz respeito à política não é difícil constatar que o Brasil se tornou o reino das nulidades, algo que se vem acontecendo de forma acentuada há quase oito anos. Como conseqüência, o eleitor sofreu um retrocesso voltando aos tempos que lembram a obra de Victor Nunes Leal, “Coronelismo, Enxada e Voto”. Em novos tempos, novos votos de cabresto, novos currais eleitorais.
As causas que contribuíram para a queda de nossa já pouca consciência cívica foram: a propaganda governamental intensiva, a distribuição de caridade oficial para os pobres e de favores espetaculares para os ricos, a perda de valores que faz prevalecer a indiferença da sociedade perante a corrupção dos poderes mais altos, a falta total de oposição ao governo do PT durante seus quase oito anos de poder.
Portanto, foram “encabrestadas” todas as instituições sociais e não houve nenhum partido que fizesse frente aos desmandos, erros ou atitudes inconvenientes do presidente da República. Este, blindado por partidos e grupos de interesse importantes, se fortaleceu no escandaloso culto à sua personalidade, ao ponto de se dar ao luxo de criar uma personagem para sucedê-lo, a qual parece ter como única finalidade esquentar o lugar para que ele volte em 2014, conforme o plano de permanência no poder do PT.
Já não se pode, pois, falar apenas nos grotões das regiões mais pobres do Brasil que, por suas carências são ainda manipuladas pelos chamados “coronéis”. Além das instituições sociais transformadas em “currais” que votam no “coronel” Lula, porque isso lhes é conveniente, senão para o Brasil, mas conforme seus interesses particulares que pensam manterão, em 2014, com o apêndice presidencial; dos partidos de cabresto sequiosos por uma beirada no próximo governo, surgem novas formas de “currais, frutos da incompetência estatal diante da crescente violência advinda do tráfico de drogas.
Sobre isso afirmou nas páginas amarelas da Veja de 21/07/2010, com autoridade e conhecimento de causa, o presidente do Tribunal Regional Eleitoral do Rio de Janeiro, desembargador Nametala Machado Jorge: “As áreas mais pobres e violentas do Rio de Janeiro estão tomadas de currais eleitorais sob o domínio de criminosos. As pessoas ali votam à base da coerção e medo. Só os candidatos do tráfico têm vez nas favelas”.
Medo, esperança, ilusão, desinformação são as características do eleitorado nesses tempos em que nulidades ascendem e comandam o espetáculo da política. E esse espetáculo é feito pela TV, o grande palanque eletrônico de onde se manipulam as emoções da massa.
Quanto à campanha do PSDB, cujo candidato começou nas alturas da preferência popular e veio caindo, muitos analistas já repisaram os erros havidos. Foram tantos que os tucanos pareciam amadores políticos e não ex-detentores de dois mandados presidenciais e muitos outros estaduais e municipais. Não vale a pena ficar repetindo o que outros já disseram sobre as estratégias erráticas do PSDB. Mas, dá para comentar algo: quando num dos programas eleitorais gratuitos, Serra apareceu ao lado de Lula da Silva, sua sorte foi selada e um dos erros mais crassos dos tucanos apareceu. Quem é colocada como continuadora de Lula, anunciada há dois anos por ele com tal, é Dilma Rousseff. Serra teria que ter coragem de aparecer como continuador de FHC, o presidente que o PT acusou hipocritamente durante quase oito anos de ser o responsável por uma herança maldita, a qual copiou e sem a qual o PT teria fracassado. Mas os tucanos nunca ousaram isso nem antes nem agora e parecem ter um encantamento impressionante por pelo PT.
Enquanto nos aproximamos das eleições alguns sinais inquietantes já estão claros na economia e na política. As violações de dados sigilosos de tucanos, feitos pela Receita Federal, atraíram críticas duras do ministro e ex-presidente do Supremo Tribunal Federal, que afirmou: “quebra de sigilo é fruto de banditismo político e revela “paradigmas selvagens da política sindical”. E a mídia que se cuide, porque as ameaças de censura são claras.
De modo que, ou o PSDB se assume como tal ou se tornará com o DEM um partido nanico enquanto o PT e o PMDB, repartindo o pão, imporão sua ditadura disfarçada sob a batuta de Dilma Rousseff. O povo? Ora, o povo quer saber de futebol e cerveja. Pensar, inclusive, sobre política, é algo penoso demais.
Maria Lucia Victor Barbosa é socióloga.
mlucia@sercomtel.com.br
www.maluvibar.blogspot.com

sábado, 21 de agosto de 2010

Para sua diversão

Rolando na Rede

Duas galinhas

- "Se você tivesse dois apartamentos de luxo, doaria um para o partido?"

- "Sim" - respondeu o militante.

- "E se você tivesse dois carros de luxo, doaria um para o partido?"

- "Sim" - novamente respondeu o valoroso militante.

- "E se tivesse um milhão na conta bancária, doaria 500 mil para o partido?"

- "É claro que doaria" - respondeu o orgulhoso companheiro.

- "E se você tivesse duas galinhas, doaria uma para o partido?"

- "Não" - respondeu o camarada.

- "Mas porque você doaria um apartamento de luxo se tivesse dois, um carro de luxo se tivesse dois e 500 mil se tivesse um milhão, mas não doaria uma galinha se tivesse duas?"

- "Porque as galinhas eu tenho."

Condições para a Paz

Retirado de http://www.revistafator.com.br/ver_noticia.php?not=126029

Quais as condições para se encerrar definitivamente o conflito entre Israel e palestinos?
A paz, a confiança no outro, a desmobilização de forças e de espíritos não virá com a assinatura de um acordo e estabelecimento do estado palestino. Será preciso que uma ou duas gerações cresçam na paz, se relacionem na paz e não sejam educadas no ódio.

Um conflito decorre de um embate entre duas ou mais vontades, dois direitos, duas intenções, duas visões que, naquele momento, não há como se realizarem concomitantemente, sendo necessário que, como no título do filme, “alguém tenha que ceder” e abra lugar à realização da vontade do outro, do direito do outro, porém, uma das partes não cede.

A origem do conflito entre Israel e os palestinos se baseia no conceito, seja ele verdadeiro ou não, de que a justa vontade nacional judaica, portanto o direito judaico de ter seu estado no único lugar do mundo onde é possível, exclui a possibilidade de que se realize também a justa vontade de uma parte da nação árabe, os palestinos, de ter seu estado próprio, ao lado de muitos outros estados árabes.

A noção de que essas duas vontades são excludentes, ou seja, que só há lugar para a satisfação de uma delas gerou o conflito que, ao longo de quase cem anos, teve consequências e realimentaram a oposição. E, às vezes, distorcem a percepção de sua verdadeira causa: a noção de excludência, de que só há a possibilidade de uma realização nacional no que era a antiga Canaan, Judeia, Palestina.

A noção de excludência não é sionista: o sionismo aceitou a divisão da Palestina em 1922, quando 70% de seu território foi entregue a árabes palestinos. O sionismo aceitou a divisão do que restara da Palestina, sugerida em 1937 por uma comissão internacional, depois decidida na ONU na resolução da Partilha, em 1947. O estado judaico recém-criado registrou em sua Declaração de Independência sua disposição de viver em paz com seus vizinhos e teve de vencer uma guerra movida contra ele para destruí-lo no berço. Depois, viveu pacificamente dentro das fronteiras do armistício durante 19 anos, até ter sua existência novamente ameaçada pela aliança de Egito, Síria e Jordânia.

A visão excludente veio dos governos e da população árabe da Palestina, que de fato e de jure recusaram-se a aceitar a dupla realização das vontades nacionais. A guerra de independência, o terrorismo e o boicote contra Israel, a guerra de 1967 e a ocupação de territórios, são consequência do conflito resultante dessa visão de excludência. Mesmo hoje, grande parte dos palestinos (Hamas, Jihad Islâmica etc.) e do mundo árabe (Hizbolá, Irã) rejeitam programaticamente a ideia dessa partilha e advogam a destruição do estado judaico. Mesmo os ‘moderados’ da Autoridade Palestina recusaram, até agora, o reconhecimento do caráter judaico de Israel como condição para a paz e o estabelecimento do estado palestino. Em Israel, a descrença, a desconfiança, o temor de uma solução que coloque em risco a própria existência física são também um entrave a entendimento.

Existe então alguma perspectiva de paz? Ou, reformulando a pergunta, a partir da vontade de que exista: quais as condições para que se possa finalmente encerrar o conflito? Os palestinos se agarram a condições que dizem respeito às consequências: fim da ocupação, volta de refugiados, fronteiras etc. Mas, juntamente com a tática da paz, não se comprometem a reconhecer o estado judaico, recusando-se a ter como estratégia o fim definitivo do conflito, reservando ao futuro a possibilidade de volta à sua posição inicial, de excludência. Nada na atitude palestina de hoje, mesmo dos moderados, permite deduzir que abriram mão de sua visão estratégica, na qual não há lugar para um estado judaico na região. Por isso, alguns setores israelenses, com justiça, não confiam nas intenções palestinas e temem, em nome de uma paz tática (para os palestinos), enfraquecer Israel e torná-lo vulnerável. O antissemitismo, o antissionismo e o anti-israelismo internacional dão uma forte contribuição a esse sentimento e às posturas que ele suscita.

Então, diante de tudo isso, quais seriam afinal as condições que poderiam levar à paz? Num exercício de lógica: . Neutralizar todas as forças que se opõem ao conceito da convivência definitiva das duas vontades nacionais (dois estados para dois povos): Irã, Hamas, Hizbolá, Jihad Islâmica e seus aliados;

. Inserir no acordo de paz e de criação de um estado palestino o reconhecimento explícito e irremovível de que o estado de Israel é, por direito, o estado do povo judeu e que nenhuma reivindicação futura pode desfazer esse conceito;

. Com base nesse reconhecimento, estabelecer que os chamados ‘refugiados palestinos’ não serão absorvidos em Israel (o que na prática anularia o princípio de ‘dois estados para dois povos’), a não ser um número reduzido de casos familiares, aceito por Israel. Poderia haver acordo no sentido de apoio internacional (inclusive financeiro) a seu estabelecimento definitivo no estado palestino.

Até que o processo de paz reduza efetivamente tensões e neutralize as remanescentes visões ‘excludentes’ de grande parte dos palestinos, até que a paz verdadeira substitua a aspiração de hegemonia dos grupos extremistas palestinos e islâmicos, o estado palestino seria desmilitarizado, com controle internacional.

Negociar fronteiras definitivas, status de Jerusalém e todas as questões que resultam das consequências do conflito (ocupação, bloqueios, cerca de segurança, entre outros), segundo o conceito de que resolvidas as questões que envolvem as verdadeiras causas e que são inegociáveis, todas as outras são negociáveis.

A paz, a confiança no outro, a desmobilização de forças e de espíritos não virá com a assinatura de um acordo e estabelecimento do estado palestino, mesmo se satisfeitas todas as condições necessárias. Será preciso que uma ou duas gerações cresçam na paz, se relacionem na paz, e não sejam educadas no ódio e na perspectiva de ganhar o paraíso se destruir o outro, para que exista realmente paz. Um acordo de paz seria apenas uma mudança de direção, uma esperança, o possível início de um processo. Contanto que prevaleça a consciência de que a convivência não é concessão, é condição de vida num mundo de diferenças.

. Por: Paulo Geiger, editor, atua como consultor-geral e palestrante no Centro de História e Cultura Judaica do Rio de Janeiro, além de ser membro do Conselho do Departamento de Estudos Judaicos da UERJ.

COMENTO:
Artigo lúcido e realista.
É sabido que no sistema educacional Palestino os mapas não constam o Estado de Israel e que o ódio continua sendo passado para as gerações de crianças.
É sabido que mesmo Abbas dito moderado não reconhece o Estado de Israel como de carater judaico o que nos leva a pensar que sua moderação é uma estratégia para alcançar o objetivo de extinção de Israel.
A conclusão que se chega é que será preciso décadas para desarmar o ódio a partir do momento que se iniciar uma reforma do sistema educacional palestino que deve ser incluido num acordo global de paz.

sexta-feira, 20 de agosto de 2010

A hipocrisia

O “herói” terrorista



Por Jefferson Nóbrega

O governo britânico pediu à Líbia que não comemore o primeiro aniversário da libertação do responsável por planejar o atentado de Lockerbie, Abdelbasset Ali al-Megrahi, nesta sexta-feira. Al-Megrahi, que sofre de câncer terminal de próstata, foi libertado pelas autoridades escocesas no ano passado por razões humanitárias, depois que médicos concordaram que a expectativa de vida que ele tinha (de apenas três meses) era "razoável".

Na ocasião, al-Megrahi foi recebido como herói em Trípoli. O Ministério do Exterior britânico lembrou à Líbia que a repetição de cenas semelhantes no primeiro aniversário de sua libertação poderiam ser ofensivas aos parentes das 270 pessoas que morreram no atentado, em 1988 que explodiu em pleno ar um Boeing 747 da empresa americana Pan Am.

Alguém se recorda como o terrorista foi recebido? Parecia um glorioso herói de guerra voltando ao país após a missão cumprida.

A Escócia libertou o mesmo, baseando-se nos direitos humanos, o mesmo direito que não foi respeitado pelo assassino, ao planejar a explosão do avião. O respeito dado ao terrorista é um desrespeito às pessoas que tiveram as vidas de seus parentes ceifadas covardemente, que tiveram seus corpos carbonizados e despedaçados em pleno ar.

Na véspera do aniversário da libertação, o líder do Partido Trabalhista escocês, Iain Gray, da oposição, fez uma ótima pergunta: "Quanta compaixão este governo demonstrou em relação aos parentes americanos das 270 pessoas mortas em Lockerbie?".

Um governo que recebe um assassino sanguinário, um terrorista da pior espécie, como um grande herói, é um claro financiador e apoiador desse tipo de crime. Quem comemora a liberdade de um jihadista, vê licitude em suas ações, sendo assim, é uma grande ameaça também.


Mas, o que esperar de um país governado pelo super amigo do Lula. o ditador Muamar Kadafi


Fonte: Blog O Candango Conservador

COMENTO:
O paciente terminal está vivo e na Líbia há um ano.
Existem reportagens que relacionam sua libertação em troca de exploração de petroleo na Libia por empresas inglesas.
É a famosa e velha Europa;Por trás do humanismo, direitos humanos está o interesse financeiro.Ao público mostra-se como o continente civilizado mas por trás apenas interesses financeiros.

quinta-feira, 19 de agosto de 2010

A prova

Guysen >> Política

Hezbollah usa niños discapacitados como escudos humanos

Por Rubén Kaplan para Guysen International News

Miércoles 18 agosto 2010 - 15:38


Las reiteradas denuncias acerca de la perversa metodología de Hezbollah de utilizar como escudos humanos a civiles en el Líbano, en la guerra que sostuvo con Israel en 2006, al montar una vasta estructura militar en áreas populosas, quedaron fidedignamente corroboradas por la inusual revelación del IDF (Israel Defense Force) a la prensa de la ubicación precisa de los escondites y refugios del grupo terrorista chiíta armado y financiado por Irán, en el sur del País de los Cedros.


Un oficial del Comando Norte israelí exhibió a la agencia de noticias Associated Press fotos de puestos de avanzada del Hezbollah ocultos en zonas civiles, lo que constituye una flagrante violación de la Convención de Ginebra para la Protección de Víctimas de Conflictos Armados, cuyo protocolo estipula que no se pueden utilizar a civiles como escudos en contiendas militares. Otras pruebas aportadas por el ejército israelí, destacan que muchos almacenes de armas se encuentran en casas de civiles. Al respecto, las displicentes tropas de Naciones Unidas encargadas de patrullar la zona, alegan que no pueden confirmar ni negar la veracidad de las acusaciones, en virtud que están inhibidas de hurgar en propiedades privadas. Un hecho que patentiza el grado de crueldad y desprecio por la vida humana, que caracteriza al Hezbollah, cuyo significado en árabe es paradójicamente “Partido de Dios” es que uno de los depósitos de armamentos descubiertos, está en un hogar para niños con discapacidad mental ubicado en el pueblo de Aita al Shaah, al sur del Líbano. La elección de éste último lugar, retrotrae por su semejanza a la denominada por los medios de comunicación “masacre” de Qana, donde Israel fue acusada en la Segunda Guerra del Líbano en 2006, de causar “deliberadamente” bajas civiles por organizaciones como Human Right Watch y algunos gobiernos pseudo progresistas como el de Rodríguez Zapatero, que vil y convenientemente, omitieron señalar que el Hezbollah había emplazado sus cohetes en la azotea de un edificio de Qana en el que residían también niños discapacitados usados como escudos humanos, con la diabólica intención de atraer las bombas israelíes hacia ese lugar y posteriormente clamar ante el mundo por una nueva masacre. No obstante haber respondido a ataques provenientes de ese lugar, Israel se lamentó y disculpó por la muerte de los niños, ya que nunca fue su intención matarlos, a diferencia de los terroristas del Hezbollah y Hamas, que asesinan en forma deliberada a cualquier civil, hombre, mujer o niño.

La deleznable estrategia de Hezbollah fue denunciada en esa misma época por la organización Christian Solidarity Internacional(CSI) que señalaba que pueblos libaneses cristianos como Ain Ebel, Rmeish, Alma Alshaab y otros, estaban siendo usados por el grupo fundamentalista musulmán, para atacar desde allí con misiles a Israel. "Hezbollah está repitiendo el mismo patrón que siguieron contra Israel en 1996. Se esconden entre la población civil y lanzan sus ataques protegidos por un escudo humano", afirmaba el ex comandante del ejército libanés de la zona sur, Coronel Charbel Barkat. Asimismo, un cristiano de Ain Ebel, quien no quiso ser identificado para evitar posibles represalias de Hezbollah, contó que descubrió a un grupo de guerrilleros del movimiento terrorista sobre el techo de su casa mientras se preparaban para arrojar algunos misiles Katyushka. Ignorando sus ruegos para que no los lanzaran, los extremistas lo hicieron. El hombre tuvo apenas tiempo de reunir a su familia y huir del lugar que unos quince minutos después fue destruido, previsiblemente, por un ataque aéreo israelí.

Además de utilizar las casas de los cristianos para los ataques, los miembros de Hezbollah, sádicamente, también evitaban que huyesen.

Como resultante de la influencia de la izquierda fascista, la propaganda islámica y el antisemitismo remilgado,encubierto contemporáneamente como antisionismo, el hecho de avisar con antelación que el Hezbollah continúa utilizando a los civiles como escudos humanos, probablemente, no será óbice para que la gran mayoría de los medios, organizaciones de derechos humanos, la opinión pública, y muchos gobiernos “progresistas” sigan condenando en el futuro a Israel y no a los verdaderos responsables, por causar víctimas civiles.


COMENTO:
Com a palavra a mídia que deu pouco destaque, a ONU,e as ONGs.
Há um óbvio preparo para a guerra no Oriente Médio.

sexta-feira, 13 de agosto de 2010

Uma pequena amostra do pensamento jihadista

O “De olho na Jihad” traz a vocês trechos de um discurso do clérigo saudita Mohamed Al-Arifi, que foi ao ar na TV egípcia Al-Rahma em 19 de julho de 2010, a entrevista é bastante interessante e reveladora, pois nos deixa entender um pouco a mente de um Jihadista. Vejam:


Muhammad AL-Arifi: “Não há duvida de que uma pessoa a quem Deus permite sacrificar sua alma, para lutar pelo amor de Deus, foi agraciado com uma grande honra. O Profeta Muhammad disse que a poeira da batalha em prol de Deus e da fumaça do inferno nunca se reunirão no nariz de um homem”. [...]

“ A devoção à Jihad , o desejo de derramar sangue, de esmagar crânios, e de separar os membros por amor a Deus e em defesa de sua religião, é, sem dúvida, uma honra para o crente. [...]

“Deus disse que se um homem luta contra os infiéis, os infiéis serão incapazes de combater os mulçumanos. Os países hoje infiéis – os EUA e seus aliados – se atrevem a lutar contra os mulçumanos, para estuprar suas mulheres e transforma-las em viúvas e, para infligir diariamente a sua corrupção sobre o Islã e os muçulmanos, porque eles vêem que os muçulmanos não temem lutar contra os infiéis e conquistar seus países”. [...]

“Segundo os versos sagrados do Alcorão todos deveriam lutar contra os infiéis, conquistar seus paises, e estes deveriam se converter ao Islã, pagarem impostos ou serem mortos. Se os mulçumanos tivessem feito isso, não passariam pela humilhação da qual que enfrentamos hoje”.

domingo, 8 de agosto de 2010

Não matem Sakineh

08 de agosto de 2010 | 0h 00

Gaudêncio Torquato - O Estado de S.Paulo

Sakineh Mohammadi Ashtiani, de 43 anos, mãe de dois filhos, aguarda o momento de ser enterrada até o pescoço e apedrejada. Condenada pelo artigo 83 do Código Penal do Irã (Lei de Hodoud), que prescreve a lapidação por adultério, a iraniana da etnia azeri confessou sob chicote ter mantido relações ilícitas. Das cem chicotadas preconizadas pela sharia (lei), recebeu "apenas" 99 por "senso humanitário" do juiz. No sábado 31/7, Luiz Inácio, amigo do líder do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, foi impelido a sugerir, em praça pública, a acolhida da condenada entre nós. Depois da decisão de colocar o Brasil, juntamente com a Turquia, na defesa do programa nuclear do Irã, nosso presidente não esperava receber o troco em forma de deboche: "Pessoa humana e emotiva, que provavelmente não recebeu informações suficientes sobre o caso." Entre a humanidade do juiz, dispensando a última chicotada em Sakineh, a da Corte Suprema, que pode demonstrar "sensibilidade" e transformar o apedrejamento em enforcamento, e o toque sentimental de Lula, em seu esforço para evitar o "açoite" sobre o Irã, materializado em sanções impostas pela ONU àquele país, desenrola-se o fio de concepções relativas sobre vida, culturas e sistemas políticos.


A comovente história da iraniana serve para escancarar a hipocrisia de nações e a lógica que move seus interesses e trocas. Nem sempre se paga a solidariedade de um país a outro com reciprocidade. A fraternidade demonstrada por Lula para com o Irã acabou sendo correspondida com desdouro. O Brasil nem se recupera do impacto negativo sofrido pela decisão de apoiar o programa nuclear iraniano e vê o apelo de seu mandatário, mesmo feito informalmente, ser transformado em bobagem, coisa ingênua de pessoa desinformada. O que as autoridades iranianas possivelmente pretendem transmitir é a feição dogmática de sua cultura: o apedrejamento tem o amparo do Hadith, a palavra sagrada do profeta Maomé, e é acolhido pela Justiça. A questão, ampla, envolve o conflito entre o Islã e o Ocidente, que tem como pressuposto fundamental a intransigente defesa de seus sistemas. O islamismo não recua em sua disposição de se impor como guia cultural, religioso, social e político no mundo moderno.

Esse pano de fundo abriga o antagonismo histórico Islã-Ocidente, centrado menos em posições territoriais e mais em temáticas que ferem os modos civilizatórios, tais como a proliferação de armamentos, os direitos humanos, as liberdades individuais e sociais, as questões relacionadas à imigração, o terrorismo fundamentalista e as ameaças de intervenção do Ocidente. Convém, aqui, avaliar a posição de certas nações, entre as quais o Brasil, para as quais a geopolítica contemporânea deve pautar-se no pragmatismo de orientação econômica, cujo vetor aponta para a complementaridade de seus nichos negociais. Sob este prisma, as relações comerciais entre países importam mais que injunções de natureza social e política. Ora, a perspectiva que privilegia a matéria econômica em detrimento dos valores éticos e morais não pode ser aceita nos moldes em que é argumentada pela diplomacia. É inconcebível que países de talhe democrático, à moda dos três macaquinhos (fechando olhos, ouvidos e boca), se sintam confortáveis com afagos e abraços dados em déspotas de regimes ditatoriais.

É bem verdade que boa parte do mundo frequenta a zona cinzenta de um relativismo moral e cultural. Sob esta pisada, sistemas fechados tentam legitimar a repressão. Não é esse o caso do Irã? Quando esse país diz com todas as letras que o presidente brasileiro está desinformado, na verdade quer sugerir outras respostas: "Não se intrometa em nossos costumes, não dê palpites em nosso sistema judiciário, não bote o bedelho onde não é chamado." Ou, de modo mais educado: "Nós apreciamos sua humanidade para defender nosso território no concerto das Nações, mas, por favor, não a use para contrariar nossos códigos de conduta e justiça." Se Luiz Inácio der o dito pelo não dito, esquecendo o apelo que fez por Sakineh, imitará os três macaquinhos. Principalmente neste momento em que a defesa dos direitos humanos ganha relevo nos foros internacionais - basta olhar para a libertação de 50 prisioneiros políticos de Cuba -, nosso presidente, pessoa afeita a lances de grande visibilidade, poderia ancorar a imagem brandindo a sagrada bandeira das liberdades. O Itamaraty, por sua vez, deve conter o ímpeto de construir pontes de fraternidade com qualquer pedaço do mundo a título de reforçar laços comerciais. Poderia dosar seu pragmatismo com pequena lição dos clássicos: "As culturas são relativas, mas a moral deve ser absoluta." A fatia ética há de fazer parte do bolo que o Brasil busca extrair dos fornos do planeta.

Com espaço continental, incomensuráveis riquezas, povo acolhedor, sentimental, alegre e criativo, o País terá voz mais elevada se decidir integrar a vanguarda da luta pelos direitos humanos. Basta de tergiversação. Sob essa crença, e ante a confirmação da sentença pela Alta Corte do Irã, Lula poderia insistir, agora formalmente: "Sr. presidente Ahmadinejad, adicione uma pitada de grandeza ao Irã. Liberte Sakineh. O gesto abrirá espaços de solidariedade para sua nação. Entendemos a identidade cultural de seu povo. No campo ético e moral, porém, não deve haver relativismo."

Abro espaço para Marina Nemat, autora de Prisioneiros em Teerã, livro de memórias em que descreve a prisão Evin, em Teerã: "De 1982 a 1984, ainda adolescente, presa política, fui ali torturada e estuprada. Vi meus amigos sofrerem e morrerem. Tantas vidas jovens e inocentes devastadas ou perdidas. Mas o mundo continuou como se nada tivesse acontecido."

Em tempo: as pedras para a lapidação não podem ser muito grandes, porque a ré deve sofrer o suficiente e não pode morrer logo; tampouco devem ser pequenas, porque os lapidadores demorariam muito. Mas a humanidade dos juízes poderá "conceder-lhe" a morte por enforcamento.


JORNALISTA, É PROFESSOR TITULAR DA USP E CONSULTOR POLÍTICO E DE COMUNICAÇÃO

COMENTO:
Para todo fundamentalismo religioso os ditos livros sagrados "escritos por Deus"são imutaveis e devem ser cumpridos seus ensinamentos no rigor da letra.
Será que Deus em sua imensa sabedoria e bondade faria uma lei como a descrita acima?
O fundamentalismo religioso leva a uma fé cega,embota o raciocinio e muitas vezes transforma o homem num ser frio,insensível e porque não assassino.Quantas vezes se matou em nome de Deus?
Independente do que está escrito, quem toma as decisões são os homens e eles colherão o que plantaram.
Que Deus tenha piedade daqueles que decidirão o destino dessa moça.Quanta a ela, com certeza ele está ao seu lado.

O Debate

Sábado, 7 de agosto de 2010

DEBATE INSOSSO

Maria Lucia Victor Barbosa
07/08/2010

Debate entre candidatos à presidência da República, levado ao ar pela Band foi insosso, sem embate, pasteurizado. Colaborou para o fraco desempenho dos participantes a autocensura imposta pelas regras eleitorais e do próprio debate, os conselhos nem sempre acertados dos marqueteiros, a preocupação com o politicamente correto, a obrigatória exibição de bom-mocismo para atrair simpatias do eleitorado.
Acrescente-se que o debate teve início depois das dez da noite, horário tardio para a maioria dos brasileiros. Se muitos, excepcionalmente, foram dormir mais tarde, isso se deveu à partida de futebol transmitida no mesmo horário pela TV Globo. Como se sabe, no Brasil o futebol tem prioridade sobre qualquer outro acontecimento e se constitui como única fonte de interesse e orgulho nacionais. Por isso, a audiência no pico foi de 5,5% para os candidatos e de 36% para o Campeonato.
O candidato que ficou mais à vontade foi Plínio Arruda Sampaio, do PSOL. Sem nada a perder, porquanto suas chances de ganhar são nulas, ele fez graça, posou de representante dos movimentos sociais, fustigou os demais candidatos. Entretanto, com suas teses ultrapassadas mais parecia uma figura emergindo do século 19. Plínio só faria sucesso em Cuba ou na Coreia do Norte se nesses lugares houvesse eleições livres e permissão para expressar livremente o pensamento.
Marina, a candidata do PV, foi aconselhada por seus marqueteiros a compensar a fragilidade física com frases curtas e objetivas. Sem aceitar as provocações do candidato do PSOL, sorridente e aparentando bom-humor, ela não quis briga. Deixou de lado a ideologia e defendeu capitalistas e socialistas, pobres e ricos. Apresentou-se como pessoa boazinha que se preocupa com o futuro do planeta. Foi politicamente correta, mas não precisava chegar ao extremo de recitar para o menino Dado.
Dilma Rousseff, do PT, ungida por Lula da Silva como sua sucessora, demonstrava ter sido bastante treinada, em que pese as confusões quando dizia mil e corrigia para milhões, os tropeções na gramática, a busca nervosa de papéis nunca achados. Sua fala repetiu a idéia plebiscitária de FHC contra Lula, como se estes fossem os candidatos e não ela e José Serra. Apresentou a divisão da histórica do Brasil, tão cara ao atual presidente da República, em “antes do nosso governo” e “depois do nosso governo”. O “antes”, como é habitual na fala petista, foi descrito de modo crítico e se referia a FHC. O “depois” como tempo magnífico de redenção prodigalizado por Lula da Silva. Por conta disso a candidata Rousseff privilegiou o mundo do marketing e não o real, pontificando, então, sobre coisas inexistentes como, por exemplo, o PAC, que em grande parte não saiu da intenção do governo ou programa Minha Casa, Minha Vida que surge às vezes em alguns leilões da Caixa Econômica. Prisioneira da imagem imposta que não corresponde à sua personalidade, Rousseff não conseguiu representar uma figura simpática apesar das tentativas de sorrir de vez em quando.
José Serra, do PSDB, por conta de seu preparo político e da experiência em campanhas foi o que se saiu melhor por ser calmo, didático, fluente. Entretanto, perdeu a grande oportunidade de ser mais veemente como oposição. Os três temas levantados de início pela TV, Saúde, Educação e violência, mereceram do tucano um tratamento ameno quando questionava a candidata do presidente da República. Serra não mencionou o caos do SUS; a péssima qualidade da Educação, inclusive, as trapalhadas do Enem; não recordou o que dissera com relação à cocaína vinda da Bolívia e a causa da violência urbana ligada ao narcotráfico. Certamente, por falta de tempo, enquadramento no figurino de bom-moço apreciado de forma hipócrita pela sociedade, modo de ser tucano que responde com punhos de renda aos ataques do porrete petista, ele não mencionou a famigerada CPMF que Rousseff pretende ressuscitar; a compra de terras brasileiras por estrangeiros como está sucedendo em larga escala através da China; a censura dos meios de comunicação apresentada no programa de governo da petista; a compra dos caças da FAB, a situação perigosa e calamitosa dos nossos principais aeroportos; o péssimo estado de nossas estradas; as usinas nucleares e seu impacto ambiental, custos e qualidade do projeto proposto pelo governo Lula da Silva; a desastrosa política externa que manchou a imagem do Brasil no exterior, mensalões, dossiês, enfim, muitos temas que poderiam ter sido levantados e não o foram.
Concluindo, o debate resultou tão insosso quanto à morna campanha em curso. Indiferente ao seu destino o povo assiste ao futebol.

Maria Lucia Victor Barbosa é socióloga.
mlucia@sercomtel.com.br
www.maluvibar.blogspot.com

quinta-feira, 5 de agosto de 2010

Duas postagens e um comentário

Retirado de http://veja.abril.com.br/blog/reinaldo/
05/08/2010

Teerã agora diz que iraniana é homicida e confirma execução; Marco Aurélio Garcia diz que, “obviamente, nada muda” na relação Brasil-Irã

Por Jamil Chade, no Estadão:

A Corte Suprema do Irã ignorou ontem apelos de defensores dos direitos humanos e atendeu ao pedido do Ministério Público para que a iraniana Sakineh Ashtiani seja executada. Em uma aparente tentativa de aplacar as críticas internacionais, Teerã mudou o teor da principal acusação contra Sakineh - de adultério para assassinato. O tribunal definirá na próxima semana se ela será enforcada ou apedrejada. Não cabe recurso.

Em entrevista ao Estado, Gholan Dehghani, diretor de Assuntos Políticos Internacionais da chancelaria iraniana, deixou clara a posição de Teerã: “Ela (Sakineh) é uma criminosa. E esse caso não é político, é criminoso”, disse. “A história foi apresentado como sendo de adultério. Mas isso é uma forma de enganar a opinião pública mundial. Essa mulher é acusada de assassinato e muitas coisas mais terríveis que eu não tenho nem coragem de descrever.”

Na terça-feira, o Irã disse que o presidente Lula só se ofereceu para receber Sakineh no Brasil porque não tinha informações sobre o caso. Segundo o assessor de Assuntos Internacionais do Planalto, Marco Aurélio Garcia, o chanceler Celso Amorim havia conversado três semanas antes com autoridades iranianas. Na ocasião, manifestou a preocupação do governo brasileiro com a situação de Sakineh. Aparentemente, a acusação de assassinato não foi mencionada. Garcia disse ontem que o desfecho do caso não altera as relações entre Brasil e Irã. “Obviamente, não vai mudar de jeito nenhum. Não tem razão para mudar.”

Grupos de direitos humanos alegam que a acusação de assassinato foi retomada para amenizar as críticas internacionais, uma vez que países como os EUA também preveem a pena capital para homicidas. “Há dois dias, voltaram a usar esse argumento para justificar sua execução”, disse ao Estado Mina Ahadi, ativista que vive refugiada na Alemanha e trabalha no apoio a Sakineh. Aqui

Por Reinaldo Azevedo
Tags: Irã, Sakineh Mohammadi Ashtiani



05/08/2010


Advogado de iraniana foge para a Turquia e pede asilo

No Estadão:

Um dos advogados da iraniana Sakineh Ashtiani foi detido ontem pelo serviço turco de imigração, ao cruzar a fronteira do Irã com a Turquia. Mohammad Mostafaei foi obrigado a fugir de Teerã há cinco dias, depois que sua família foi presa.

As Nações Unidas confirmaram que Mostafaei apresentou um pedido formal de asilo às autoridades turcas, o que abre a possibilidade de a ONU buscar um terceiro país para o qual ele seria levado em caráter definitivo.

Grupos de defesa de Sakineh Ashtiani, condenada à morte no Irã, pedem ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva que receba o advogado. “Se Lula está de fato comprometido com os direitos humanos e com esse caso, deveria oferecer asilo a Mostafaei. Com isso, mostraria que não estava blefando”, disse ao Estado a ativista Mina Ahadi, que lidera uma campanha internacional contra a pena de morte e apedrejamento de mulheres no Irã.

“Pedimos ao governo brasileiro que tome uma iniciativa concreta nesse caso, como uma prova de que não estava apenas usando o caso de Ashtiani para ganhar votos internamente”, disse a ativista.

Confirmação. Ontem, a Corte de Teerã realizou a última audiência sobre o caso da iraniana, na qual a condenação à morte foi confirmada. O tribunal ainda definirá se ela será enforcada, sentença para assassinato, ou apedrejada, tipo de execução destinado às adúlteras pela Justiça iraniana.

Ativistas da Anistia Internacional denunciam a perseguição ao advogado - conhecido por sua luta pelos direitos humanos - como uma tentativa de “intimidação de promotores dos direitos básicos”.

A ONG londrina de direitos humanos Human Rights Watch considerou o incidente um “assédio” promovido pelo governo iraniano. Segundo a organização, Teerã teria a intenção de enfraquecer a atuação de defensores de direitos humanos como Mostafaei dentro do território iraniano.

Abrigo. Ainda ontem, as Nações Unidas deram início a uma série de consultas a seus Estados-membros para saber da disposição dos governos para receber Mostafaei.

“Estamos monitorando o caso bem de perto”, disse Metin Corabatir, porta-voz do Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados (Acnur) na Turquia. Conforme a agência de notícias Associated Press, iranianos não precisam de visto para entrar na Turquia e Mostafaei teria sido detido por “problemas no passaporte”.

“Todos os canais estão abertos para que Mostafaei possa se candidatar a receber refúgio no exterior”, declarou Corabatir à agência de notícias Associated Press, em Ancara, capital da Turquia.

A Noruega foi uma das nações que mostrou disposição para receber o defensor dos direitos humanos. Outros países europeus se manifestaram preocupados com a situação do advogado e pediram à ONU uma solução rápida para o caso.

Na segunda-feira, o sogro e o cunhado de Mostafaei foram libertados da prisão onde eram mantidos em Teerã. A mulher do advogado continua detida pelos órgãos de segurança do governo do presidente Mahmoud Ahmadinejad. Há quatro dias, a filha do casal comemorou seu sétimo aniversário, sem os pais. / J.C.

Para lembrar
Antes de chegar à Turquia, o advogado Mohammad Mostafaei esteve desaparecido desde o dia 23, depois de ter sido interrogado por autoridades iranianas no presídio de Evin, em Teerã, de acordo com a ONG Anistia Internacional. Além de defender a iraniana Sakineh Ashtiani, ele mantinha um blog na internet no qual pedia o fim da prática do apedrejamento. O advogado defendeu outras 13 pessoas condenadas à morte por apedrejamento no Irã, das quais 10 estão em liberdade, e ofereceu-se voluntariamente para cuidar do caso de Sakineh.

Por Reinaldo Azevedo

COMENTO:
O Brasil assim como todo ocidente não conhecem as peculiaridades dos muçulmanos,da cultura árabe e persa.Por isso fazem tantas besteiras.
Estão precisando ler mais A Arte da Guerra de Sun Tzu.

sexta-feira, 30 de julho de 2010

Um resumo do CUSTO BRASIL

Artigo publicado em
http://www.imil.org.br/artigos/custo-brasil-4/?utm_source=feedburner&utm_medium=feed&utm_campaign=Feed:+org/hetj+(Instituto+Millenium)

Autor:José Celso de Macedo Soares

Custo Brasil

Custo Brasil significa somação do conjunto dos custos que entravam o desenvolvimento do país, como custos da burocracia, da infraestrutura, da insegurança jurídica, entre outros. A Federação do Comércio de São Paulo publicou interessante estudo dando exemplos do Custo Brasil. Vou reproduzi-los:

“1) Carga tributária excessiva; 2) Legislação fiscal complexa, dando margem a subterfúgios que tornam as operações desnecessariamente complexas e arriscadas; 3) Legislação ambiental restritiva e inibidora do desenvolvimento; 4) Burocracia excessiva para criação de uma empresa; 5) Manutenção de taxas de juros reais elevadas e spread bancário exagerado (dos maiores do mundo); 6) Corrupção administrativa elevada; 7) Monopólios estatais na economia, eliminando a concorrência; Déficit público elevado. 9) Constituição e leis cerceadoras da livre iniciativa; 10) Impossibilidade e dificuldades de entrada de capitais externos em diversos setores; 11) Sistema educacional deficiente; 12) Baixa eficiência portuária, com taxas elevadas e tempos de descarga e descarga excessivos; 13) Burocracia excessiva para importação e exportação, dificultando o comércio exterior; 14) Custos trabalhistas excessivos, devido a uma legislação trabalhista obsoleta; 15) Altos custos do sistema previdenciário.” A lista é impressionante.

Todos que labutam no meio empresarial sabem que estes itens são absolutamente verdadeiros. Devo ressaltar o caótico sistema tributário. Exemplo: tributos arrecadados sobre transações comerciais: ICMS, IPI, ISS, PIS/Pasep e Cofins, que incidem sobre bens e serviços. Imposto de Renda da Pessoa Jurídica e Contribuição Social sobre Lucro Líquido, incidentes sobre a renda. São tributos que se sobrepõem, ocultando o efeito final sobre preços e serviços e demasiado ônus tributário imposto às empresas. Também a obsoleta legislação trabalhista dificulta a demissão sem incentivar a admissão. É outro entrave ao crescimento. No Brasil o peso da legislação trabalhista nas despesas de contratação de empregados tem levado ao crescimento da informalidade, com graves repercussões na receita previdenciária. Outro exemplo de subdesenvolvimento é a restrição à entrada do capital estrangeiro no capital de empresas, em certos setores. Isto é, repito, subdesenvolvimento. Não devemos nos preocupar onde mora o acionista e sim onde fica a fabrica. Ela é que gera os empregos.

Mas, o item mais importante é o 11º: Sistema educacional deficiente. Nação alguma pode pensar em se tornar líder mundial sem ter eficiente sistema educacional. Infelizmente os últimos números publicados não são encorajadores. Se melhoramos no ensino fundamental, pioramos no médio. O problema parece ser de gestão, no que concerne às escolas publicas, e não de recursos. Escolas no Piauí apresentam melhores rendimentos que as do Rio de Janeiro, estado bem mais rico.

Espero que os atuais candidatos à Presidência da República saiam das generalidades e apresentem medidas concretas para diminuir o chamado Custo Brasil, eliminando as barreiras descritas. Sou otimista por natureza. Por isto fico com Norman Cousins: “O progresso começa com a crença de que o necessário é possível”. Desejo que o futuro Presidente pense da mesma maneira.

COMENTO:
Sem educação de qualidade não existe desenvolvimento sustentável.
Todos conhecem os itens acima e suas soluções.
A questão é:Porque tendo esses conheciments não se resolve esses problemas?
Com a palavra os políticos.

POLÍTICA E HUMANIDADE

quinta-feira, 29 de julho de 2010
A Pedrada de Misericórdia


Por Jefferson Nóbreg


Nesta quarta-feira, 28 , o presidente Lula negou-se a interceder junto ao seu grande amigo ditador Mahmoud Ahmadinejad, pela vida de Sakineh Mohammadi Ashtiani, condenada a morte pelo regime Iraniano pelo suposto crime de adultério.

A atriz Mika Lins havia dito: "Eu conheço a voz poderosa de um brasileiro, uma voz tão influente e talvez a única que consiga dialogar com o presidente iraniano. Liga, Lula", diz. "Você é próximo do presidente de lá, não custa tentar.". A declaração da atriz deu início à campanha “Liga Lula” no Twitter.

Só que a atriz não contava que Luiz Inácio é realmente próximo de lá, tão próximo que nunca ousaria contraria o ditador Iraniano, da mesma forma que nunca ousou contra Cuba e Venezuela.

Respondendo a campanha Lula declarou:

"um presidente não pode estar na internet atendendo todos os pedidos que chegam de outro país". "É preciso tomar muito cuidado porque as pessoas têm leis e regras, as pessoas, sabe (sic), se começar a desobedecer às leis deles para atender aos pedidos dos presidentes, daqui a pouco há uma avacalhação".

Porque as leis e regras da qual o “emérito’ presidente fala, não foram lembradas no caso de Honduras? O ex –presidente que sonhava em ser ditador “Mel Zelaya”, recebeu todo o apoio de Lula mesmo isso significando ir contra as lei hondurenhas.

E quem não se lembra da intercessão do presidente no caso do brasileiro Marco Archer condenado à morte por tráfico na Indonésia?

Será que o que falta para Sakineh é um chapelão e um bigode?

Ou adultério é pior que o tráfico de drogas?

É esse o “grande estadista” brasileiro, que exige democracia, mas fecha os olhos quando seus amigos a violam!

Aquele que não tiver pecado que atire a primeira pedra! Lá vem o “Santo” Lula correndo e manda uma certeira na testa de Sakineh!

Fonte: O Candango Conservador

COMENTO:
Como sempre dois pesos duas medidas.
Aos amigos tudo pode aos inimigos a condenação sem julgamento.
Questões políticas e economicas estão acima das questões humanitárias.Esse é o mundo de hoje.
Como diz Allan Kardec em sua obra:O orgulho e o egoísmo são as causas de todos nossos males.

terça-feira, 27 de julho de 2010

Aprendizado com diversão

Tuesday, July 27, 2010

Sete Dicas de Gestão Empresarial


1. Um rapaz vai a uma farmácia e pergunta: Tem preservativo? Minha namorada me convidou para jantar esta noite na casa dela.
O farmacêutico dá-lhe o preservativo e o jovem sai. De imediato, volta, dizendo: Senhor, dê-me outro. A irmã da minha namorada é uma gostosona, vive cruzando as pernas na minha frente. Acho que também quer me dar... O homem dá o preservativo ao jovem.
Ele volta, dizendo: Quero outro. A mãe da minha namorada também é boa pra caramba. A velha vive se insinuando, deve ser mal comida, e como eu hoje vou jantar lá na casa delas...
Chega a hora da comida e o rapaz está sentado à mesa com a namorada ao lado, a mãe e a irmã à frente. Neste instante entra o pai da namorada . O rapaz baixa imediatamente a cabeça, une as mãos e começa a rezar:
- Senhor, abençoa estes alimentos, blá,blá.. Damos graças por estes alimentos...
Passa-se um minuto e o rapaz continua de cabeça baixa rezando: - Obrigado Senhor...blá,bla...
Passam-se cinco minutos : - Abençoa Senhor este pão... Todos se entreolham surpreendidos, e a namorada lhe diz ao ouvido: Meu amor, não sabia que eras tão religioso...
E eu não sabia que o teu pai era farmacêutico!

Conclusão: Não comente os planos estratégicos da empresa com desconhecidos, porque essa confidência pode destruir a sua própria organização.

2. Um homem está entrando no chuveiro enquanto sua mulher acaba de sair e está se enxugando.
A campainha da porta toca. Depois de alguns segundos de discussão para ver quem iria atender a porta a mulher desiste, se enrola na toalha e desce as escadas..
Quando ela abre a porta, vê o vizinho Nestor em pé na soleira..
Antes que ela possa dizer qualquer coisa, Nestor diz: Eu lhe dou 3.000 reais se você deixar cair esta toalha!
Depois de pensar por alguns segundos, a mulher deixa a toalha cair e fica nua. Nestor então entrega a ela os 3.000 reais prometidos e vai embora. Confusa, mas excitada com sua sorte, a mulher se enrola de novo na toalha e volta para o quarto.
Quando ela entra no quarto, o marido grita do chuveiro:
- Quem era?
- Era o Nestor, o vizinho da casa ao lado, diz ela.
- Ótimo! Ele lhe deu os 3.000 reais que ele estava me devendo?

Conclusão: Se você compartilha informações a tempo, pode prevenir exposições desnecessárias.


3. Um padre está dirigindo por uma estrada quando vê uma freira em pé, no acostamento.
Ele pára e oferece carona. A freira aceita. Ela entra no carro, cruza as pernas revelando suas lindas pernas.
O padre se descontrola e quase bate com o carro. Depois de conseguir controlar o carro e evitar o acidente, ele não resiste e coloca a mão na perna da freira. A freira olha para ele e diz:
- Padre, lembre-se do Salmo 129! O padre, sem graça, se desculpa:
- Desculpe Irmã, a carne é fraca.... E tira a mão da perna da freira.
Mais uma vez a freira diz:
- Padre, lembre-se do Salmo 129!
Chegando ao seu destino a freira agradece e, com um sorriso enigmático, desce do carro e entra no convento.
Assim que chega à igreja o padre corre para as Escrituras para ler o Salmo 129, que diz: "Vá em frente, persista, mais acima encontrarás a glória do paraíso".

Conclusão: Se você não está bem informado sobre o seu trabalho, pode perder excelentes oportunidades.


4. Dois funcionários e o gerente de uma empresa saem para almoçar e na rua encontram uma antiga lâmpada a óleo.
Eles esfregam a lâmpada e de dentro dela sai um Gênio. O Gênio diz:
- Eu só posso conceder três desejos, então, concederei um a cada um de vocês!
- Eu primeiro, eu primeiro.' grita um dos funcionários... Eu quero estar nas Bahamas dirigindo um barco, sem ter nenhuma preocupação na vida ' ..
Pufff e ele foi ....
O outro funcionário se apressa a fazer o seu pedido:
- Eu quero estar no Havaí, com o amor da minha vida e um provimento interminável de piñas coladas!
Puff e ele se foi ....
- Agora você - diz o gênio para o gerente..
- Eu quero aqueles dois palhaços de volta ao escritório logo depois do almoço para uma reunião!

Conclusão: Deixe sempre o seu chefe falar primeiro.

5. Na África, todas as manhãs, o veadinho acorda sabendo que deverá conseguir correr mais do que o leão, se quiser se manter vivo.
Todas as manhãs o leão acorda sabendo que deverá correr mais do que o veadinho, se não quiser morrer de fome.

Conclusão: Não faz diferença se você é veadinho ou leão, quando o sol nascer, você tem que começar a correr...

6. Um corvo está sentado numa árvore o dia inteiro sem fazer nada.
Um pequeno coelho vê o corvo e pergunta:
- Eu posso sentar como você e não fazer nada o dia inteiro?
O corvo responde, sorrindo:
- Claro, porque não?
O coelho senta no chão embaixo da árvore, e relaxa.
De repente uma raposa aparece e come o coelho.

Conclusão: Para ficar sentado sem fazer nada, você deve estar no topo.

7. Um fazendeiro resolve colher algumas frutas em sua propriedade, pega um balde vazio e segue rumo às árvores frutíferas.
No caminho ao passar por uma lagoa, ouve vozes femininas que provavelmente invadiram suas terras.
Ao se aproximar lentamente, observa várias belas garotas nuas se banhando na lagoa, quando elas percebem a sua presença, nadam até a parte mais profunda da lagoa e gritam:
- Nós não vamos sair daqui enquanto você não deixar de nos espiar e for embora.
O fazendeiro responde:
- Eu não vim aqui para espiar vocês, eu só vim alimentar os jacarés!

Conclusão: A criatividade é o que faz a diferença na hora de atingirmos nossos objetivos mais rapidamente.
Posted by Alma at 8:14 PM

Drogas

Retirado de http://oglobo.globo.com/pais/noblat/mariahelena/

Enviado por Maria Helena - 26.7.2010| 12h00m
Conversa vai, conversa vem

Essa tentativa de certos setores da vida nacional, inclusive da Secretaria Nacional Antidrogas, de “pesquisar”, a essa altura do campeonato, o uso medicinal da maconha, vai contra todos os estudos sérios e contra o bom senso.

Fumar está proibido em locais públicos, não é mesmo? Se liberarem o baseado, vão ter que tornar a liberar o tabaco porque, como se sabe, ambos expelem fumaça que incomoda o não-usuário.

Que não digam que é diferente um cigarrinho do outro porque logo, logo, a indústria vai tratar de fazê-los iguaizinhos.

Mas o que hoje acirrou minha indignação contra esse assunto foi o artigo de Ruy Castro na Folha de S. Paulo, onde ele cita a “lista de mazelas provocadas pela maconha fumada, estabelecida por médicos da Universidade de Oxford e citada na Folha ("Tendências/Debates", 22/10) pelos doutores Ronaldo Laranjeira e Ana Cecília Marques”.

As mesmas do tabaco. As mesmas.

Mas a pior notícia está no fecho do artigo:

"A secretaria faria melhor se concentrasse seus esforços numa guerra que o Brasil se arrisca a perder: contra o crack, a pior droga já inventada. E a mais covarde. Os traficantes, mais práticos e profissionais, e beneficiando-se da tolerância com que o Brasil encara a maconha, puseram no mercado a craconha - a maconha enriquecida com fragmentos de pedras de crack. Fulaninho, 15 anos, pega um baseado com seu fornecedor e, sem saber que ele veio premiado, fuma o crack. Com algumas tragadas, estará dependente. E no grau inferno" . Ruy Castro - se você for assinante da Folha leia o artigo todo em No Grau Inferno

COMENTO:
A literatura cientifica já está cheia de estudos provando os males da maconha.
A sua liberação fará seu uso se disseminar como foi com o alccol e cigarro.
Porque será que tem gente então que defende sua liberalização?Será por ignorancia?Será que é porque usa?Será que é porque vende?
Sou terminantemente contra qualquer liberalização da maconha e outras substancias similares.

domingo, 25 de julho de 2010

Abbas e a verdade que acaba aparecendo.

sexta-feira, 23 de julho de 2010
Abbas só apoia negociações porque é a única saída



O presidente da ANP Mahmoud Abbas, em uma reunião com escritores e jornalistas na casa do embaixador palestino na Jordânia declarou:


Nós somos incapazes de enfrentar militarmente Israel, e este ponto foi discutido na Cimeira da Liga Árabe em março Sirt (Líbia). Disse aos Estados árabes : "Se você querem a guerra, e se todos vocês vão lutar contra Israel, nós somos a favor. Mas, os palestinos não lutarão sozinhos, porque eles não têm a capacidade de fazê-lo. " Abbas continua: " além da incapacidade de enfrentar militarmente Israel.A Cisjordânia foi completamente destruída e não vamos concordar que seja tudo destruído novamente".


Fonte: Palestinian Media Watch

quarta-feira, 21 de julho de 2010

Um pouco de história para análise.

A Turquia em Chipre vs. Israel em Gaza
por Daniel Pipes

Washington Times
20 de Julho de 2010

http://pt.danielpipes.org/8652/turquia-chipre-israel-gaza

Original em inglês: Turkey in Cyprus vs. Israel in Gaza
Tradução: Joseph Skilnik

Em face às recentes críticas de Ancara sobre o que chama de "prisão a céu aberto" de Israel em Gaza, realizadas na data de hoje, que marca o aniversário da invasão de Chipre pela Turquia, sua relevância é fora do comum.

A política turca frente a Israel, historicamente cordial e que apenas há uma década estava próxima a uma aliança total, esfriou desde que os islamistas tomaram o poder em Ancara em 2002. Sua hostilidade se tornou explícita em janeiro de 2009, durante a guerra Israel-Hamas. O Primeiro Ministro Recep Tayyip Erdoğan pomposamente condenou a política israelense como "perpetração de ações desumanas que levará a autodestruição" e até invocou Deus ("Alá irá… punir aqueles que transgridem os direitos dos inocentes"). Sua esposa Emine Erdoğan hiperbolicamente condenou as ações israelenses como sendo tão terríveis que "sequer podiam ser expressas em palavras".

Suas agressões verbais auguraram hostilidades adicionais que incluíram insultar o presidente de Israel, ajudar a patrocinar a "Flotilha da Liberdade" e chamar de volta o embaixador turco.

Essa fúria turca provoca uma pergunta: Israel em Gaza é realmente pior do que a Turquia em Chipre? Uma comparação mostra sua alta improbabilidade. Veja alguns contrastes:

A invasão turca de julho-agosto de 1974 envolveu o uso de napalm e "espalhou terror" entre os aldeões gregos cipriotas, de acordo com o Minority Rights Group International. Contrastando, a "batalha feroz" de Israel para tomar Gaza contou somente com armas convencionais e resultou virtualmente sem vítimas civis.
A ocupação subsequente de 37 porcento da ilha equipara-se a "limpeza étnica forçada" segundo William Mallinson em uma monografia que acaba de ser publicada pela Universidade de Minnesota. Contrastando, se alguém deseja acusar as autoridades israelenses de limpeza étnica em Gaza, ela foi contra seu próprio povo, os judeus, em 2005.
O governo turco tem patrocinado o que Mallinson chama de "política sistemática de colonização" em terras anteriormente gregas no norte de Chipre. Os turcos cipriotas totalizavam cerca de 120.000 em 1973; desde então, mais de 160.000 cidadãos da República da Turquia foram assentados em suas terras. Nem uma única comunidade israelense permanece em Gaza.
Ancara governa a zona ocupada com tanta rigidez que, nas palavras de Bülent Akarcalı, político veterano turco, "O Norte de Chipre é governado como se fosse uma província da Turquia". Um inimigo de Israel, o Hamas, governa em Gaza.
Os turcos montaram uma estrutura que faz de conta ser autônoma chamada de "A República Turca do Norte de Chipre". Os habitantes de Gaza desfrutam de uma verdadeira autonomia.
Um muro que atravessa a ilha mantém os pacíficos gregos fora do norte de Chipre. O muro de Israel exclui terroristas palestinos

E ainda temos a cidade fantasma de Famagusta, onde as ações turcas correspondem às da Síria sob os criminosos Assads. Após a força aérea turca ter bombardeado a cidade portuária cipriota, as forças turcas entraram para se apossarem dela, com isso impelindo toda a população grega (temendo um massacre) a fugir. As tropas turcas isolaram a área central da cidade, chamada Varosha e a ninguém é permitido morar lá.

Conforme esse centro grego em ruínas é invadido pela natureza, ele se torna uma bizarra cápsula do tempo de 1974. Steven Plaut da Universidade de Haifa visitou-a e relata: "Nada mudou. … Diz-se que as agências de automóveis no centro fantasma, até os dias de hoje estão estocadas com modelos antigos de 1974. Por anos após o estupro de Famagusta, a população contava que ainda via lâmpadas acesas nas janelas dos edifícios abandonados".

Curiosamente, outra cidade fantasma levantina também data do verão de 1974. Exatamente 24 dias antes da invasão de Chipre pelos turcos, tropas israelenses evacuaram a cidade fronteiriça de Quneitra, entregando-a às autoridades Sírias. Hafez al-Assad optou, também por motivos políticos, não permitir que ninguém morasse lá. Décadas mais tarde, ela também permanece vazia, refém da beligerância.

Erdoğan alega que as tropas turcas não estão ocupando o norte de Chipre, e sim, estão lá na "Capacidade turca como potência garantidora", seja lá o que isso queira dizer. O mundo, no entanto, não é trapaceado. Se Elvis Costello cancelou recentemente um concerto em Tel-Aviv em protesto pelo "sofrimento dos inocentes [palestinos]," Jennifer Lopez cancelou um concerto no norte de Chipre em protesto à "violação dos direitos humanos".

Em suma, o Norte de Chipre compartilha características com a Síria que lembram uma "prisão a céu aberto" mais do que Gaza. Interessante que uma Ancara hipócrita se coloque no alto do pedestal dando lição de moral sobre Gaza mesmo que ela própria aja de forma bem mais agressiva na área que governa. Em vez de se intrometer em Gaza, os líderes turcos deviam acabar com a ocupação ilegal e destruidora que por décadas divide Chipre de forma trágica.

segunda-feira, 19 de julho de 2010

Manifesto por Shalit

Retirado de http://netjudaica.blogspot.com/


Discurso realizado na Manifestação pela Libertação de Gilad Shalit
"Eu tenho inveja dos Sionistas, que não poupam esforços para trazer de volta seus soldados capturados ou mesmo seus corpos. É sério, temos inveja do nosso inimigo e de sua preocupação por um corpo e de como vão até o fim do mundo para conseguir seu retorno, e de suas preocupações pelos soldados capturados e de como vão até o limite para trazê-los de volta.”

Essas são as palavras de Samir Kuntar, que aos 16 anos de idade, em 1979, foi condenado pelo seqüestro e assassinato de uma família na cidade de Nahariya, em Israel, incluindo duas crianças, e de um policial.

Em 2008 ele foi libertado, juntamente com outros terroristas, numa troca de prisioneiros com o grupo terrorista Hezbollah, por 2 soldados israelenses seqüestrados em 2006 (Ehud Goldvasser e Eldad Regev). No dia da troca, A SURPRESA: o Hezbollah devolveu os dois soldados, MAS EM DOIS CAIXÕES PRETOS.

Caros amigos. Boa tarde.

Por que estamos aqui hoje? Ano passado estivemos nesta mesma Praça por duas vezes, falando não. Não à visita de um terrorista ao Brasil. Hoje é o momento de dizer sim. Sim à libertação de Gilad Shalit. Estamos aqui, hoje, para evitar que Gilad Shalit tenha o mesmo destino que tiveram os outros dois soldados.

Gilad Shalit, aos 19 anos de idade, foi seqüestrado pelo grupo terrorista Hamas, poucos dias antes desses dois soldados, em 25 de junho de 2006, e permanece em cativeiro até hoje. Já se passaram mais de 4 anos. Mais de 4 anos sem ver a luz do dia. Mais de 4 anos distante de sua família, sem direito à nenhuma visita. Mais de 4 anos sem qualquer tipo de comunicação. Mais de 4 anos de incertezas quanto às suas condições de saúde. Mais de 4 anos sendo privado dos direitos humanitários mais básicos.

HOJE É A NOSSA VEZ DE EXIGIR A SUA LIBERTAÇÃO. HOJE É A VEZ DO BRASIL EXIGIR A SUA LIBERTAÇÃO.

Gilad Shalit não é prisioneiro de guerra. Gilad Shalit, de acordo com as leis internacionais, É REFÉM. Foi seqüestrado numa incursão TERRORISTA em território israelense, E NÃO DURANTE UMA GUERRA.

Recentemente, uma flotilha foi interceptada quando se dirigia à Faixa de Gaza levando carga humanitária aos palestinos, numa tentativa de furar o bloqueio imposto à região por Israel. UMA FLOTILHA DITA “HUMANITÁRIA” QUE SE RECUSOU A LEVAR UMA CARTA À GILAD SHALIT. MAS QUE ESPÉCIE DE FLOTILHA “HUMANITÁRIA” É ESTA?

A Cruz Vermelha frequentemente atende a população palestina na Faixa de Gaza. E quanto a Gilad Shalit? Ele não recebe nem mesmo visitas da Cruz Vermelha. ELE NÃO TEM ESSE DIREITO?

O seqüestro de Gilad Shalit é uma grave violação às leis internacionais por parte do Hamas, que não respeita lei alguma, que não a sua. QUE NÃO RESPEITA LEI ALGUMA, QUE NÃO AS LEIS DO ÓDIO, DA VIOLÊNCIA, DA INTOLERÂNCIA, DO TERRORISMO.

TRATA-SE DE VIOLAÇÕES AOS DIREITOS HUMANOS, TRATA-SE DE DESRESPEITO À DIGNIDADE HUMANA. TRATA-SE DE TERRORISMO.

HOJE É A NOSSA VEZ DE EXIGIR A SUA LIBERTAÇÃO. HOJE É A VEZ DO BRASIL EXIGIR A SUA LIBERTAÇÃO. O povo brasileiro conhece bem a dor de ter seus filhos seqüestrados, torturados, mortos, por um regime autoritário. PELA DITADURA. Em 1994, a Argentina, país vizinho ao nosso, conheceu de perto os horrores do terrorismo, quando 85 de seus cidadãos foram brutalmente assassinados por um atentado terrorista patrocinado pelo Irã. O MESMO IRÃ QUE HOJE PATROCINA O HAMAS. O MESMO IRÃ QUE SEGUE IMPUNE PELO ATENTADO COMETIDO NA ARGENTINA.

Hoje, 18 de julho, se passaram exatamente 16 anos do atentado terrorista na Argentina e nos solidarizamos com seus familiares, pois apesar de tudo o tempo nunca apagará a dor de perder um filho por causa do terrorismo.

O povo brasileiro conhece a dor de Gilad Shalit e de sua família. E é por isso que o povo brasileiro está aqui hoje. Para se solidarizar com eles. PARA EXIGIR A SUA LIBERTAÇÃO IMEDIATA DA DITADURA DO HAMAS.

1000 prisioneiros foram oferecidos por Israel em troca de Gilad Shalit. 1000 POTENCIAIS TERRORISTAS EM TROCA DE UM GAROTO QUE HOJE TEM 23 ANOS. E qual foi a resposta do Hamas? ELES RECUSARAM.

Obrigado pelo presença.

AM ISRAEL CHAI!!!!

Persio Bider
Presidente JJO

COMENTO:
A libertação deste soldado sequestrado deve ser uma luta de todos e não só dos judeus.
Até hoje a Cruz Vermelha foi impedida de visita-lo e ninguém se manfestou.
Onde está a ONU? as ONGs? Os intelectuais?

domingo, 18 de julho de 2010

Para sua diversão

Enviado por Igor Soledade Senez - 18.7.2010| 12h00m


Pois é...

Três irmãs, de 95, 90 e 88 anos de idade viviam na mesma casa.

Uma noite a de 95 começa a encher a banheira para tomar banho, põe um pé dentro da banheira, faz uma pausa e grita:

- Alguém sabe se eu estava entrando ou saindo da banheira?

A irmã de 90 responde:

- Não sei, já subo aí para ver...

Começa a subir as escadas, faz uma pausa, e grita:

- Eu estava subindo as escadas, ou descendo?

A irmã caçula, de 88, estava na cozinha tomando chá e escutando suas irmãs, move a cabeça e pensa:

"Na verdade, espero nunca ficar assim tão esquecida, tão esclerosada".

Bate três vezes na madeira da mesa, e logo responde:

- Já vou ajudá-las, antes vou ver quem está batendo à porta!!!

Manchetes de hoje

Manchetes de hoje em sites da internet.

Atentados matam 46 pessoas no Iraque


Bicicleta-bomba mata 3 pessoas no Afeganistão
Outras 35 pessoas ficaram feridas no atentado. 'Era um camicase de bicicleta', disse porta-voz do ministério do Interior.


Atentado
Explosão de homem-bomba fere 15 pessoas em mesquita no Paquistão

COMENTO:
Tivemos ainda essa semana um atentado numa Mesquita no Irã
Continuam se matando e a outros sem dó ou compaixão.
Crueldade extrema que estranhamente não causa protestos e manifestações.
Onde estão as ONGs?ONU? Os ditos intelectuais?
Onde estão as organizações ditas de islamicos moderados para condenar esses crimes?

Turquia desmascarada em sua política suja.

Retirado de:
http://www.estadao.com.br/noticias/internacional,elite-governante-da-turquia-apoiou-frota-atacada-por-israel-diz-nyt,582070,0.htm

Elite governante da Turquia apoiou frota atacada por Israel, diz 'NYT'
Segundo jornal, membros do partido de Erdogan fazem parte da organização que idealizou a missão

16 de julho de 2010 | 11h 36

ISTAMBUL - A frota de ajuda humanitária da Turquia que tentava furar o bloqueio de Gaza e que foi atacada pelos militares de Israel no dia 31 de maio teve o apoio de importantes figuras do partido governante turco, disseram diplomatas e funcionários do governo turco ao jornal americano New York Times.

Veja também:
Veja as novas regras do bloqueio de Gaza

A fundação responsável pela Frota da Liberdade, a Fundação para a Ajuda Humanitária, também conhecida como IHH, foi acusada por Israel e pelo Ocidente de levar equipamentos para grupos terroristas. Na Turquia, porém, o grupo ajudou o primeiro-ministro, Recep Tayyip Erdogan, a conseguir apoio de setores muçulmanos conservadores para as próximas eleições e melhorar a imagem do país no mundo árabe.

Segundo um funcionário do governo turco, até dez parlamentares do partido de Erdogan, o Partido Justiça e Desenvolvimento (AK, na sigla em turco), consideraram viajar junto com a Frota da Liberdade, mas desistiram na última hora devido a avisos da chancelaria preocupados com a tensão que a presença deles no navio poderia causar. A fonte falou sob condição de anonimato.

O ataque de Israel à frota causou uma racha nas relações diplomáticas do país com a Turquia e elevou preocupações dos EUA e da Europa a respeito dos turcos estarem firmando alianças mais firmes com o mundo árabe.

A Turquia, membro da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), avisou que as relações de cooperação com Israel poderiam ser estremecidas permanentemente caso Israel não se desculpasse pela abordagem contra a frota e aceitasse uma investigação internacional sobre o ocorrido. O Estado judeu, porém, não adotou nenhuma dessas demandas e alega que seus militares agiram em defesa própria, já que os navios tentavam furar o "bloqueio legítimo" a Gaza.

Segundo especialistas, a frota fortaleceu a confiança dos países árabes em Erdogan em um momento no qual as esperanças turcas de se unir à União Europeia diminuem. "O governo poderia ter impedido o navio se quisesse, mas a missão a Gaza serviu tanto a IH quanto à Turquia, tornando ambos heróis do mundo árabe", disse Ercan Citlioglu, especialista em terrorismo da Universidade de Bahcesehir, em Istambul.

O governo turco diz que a missão operou independentemente e que seus organizadores se recusaram a desistir dos planos de furar o bloqueio a Gaza, apesar dos pedidos governamentais. Segundo as autoridades, elas não tinham poder legal para impedir o trabalho de uma organização privada de caridade.

Até 21 das pessoas a bordo do navio tiveram ou têm ligações com o AK. Em janeiro, Mural Mercan, chefe do Comitê de Assuntos Externos do Parlamento turco e membro do partido governante, se juntou a um comboio de ajuda a Gaza que tentou transpor a passagem de Rafah, na fronteira do território palestino com o Egito. Outros membros do partido também já participaram de missões de ajuda a Gaza.

Essas missões refletem a ligação entre o AK e a IHH. Ambos estão envolvidos em um trabalho de ajuda motivados pela religião islâmica. Muitos dos 60 mil membros da organização vêm de uma classe de mercadores religiosos que ajudou Erdogan a chegar ao poder.

A Turquia liderou as reações contra o ataque de Israel à frota, que deixou nove ativistas mortos. Uma série de atritos se instaurou entre os turcos e Israel depois do ocorrido, e os países árabes, principalmente, condenaram a ação. A abordagem também de início a uma forte pressão da comunidade internacional sobre o Estado judeu para que o bloqueio contra Gaza fosse levantado.

Israel cedeu a essas pressões e reviu algumas regras do embargo, mantido sobre o território palestinos desde 2007, quando o grupo militante palestino Hamas tomou o controle da área a força.

sábado, 17 de julho de 2010

Dois pesos, duas medidas

Manifesto pede a liberação de soldado Israelense preso pelo Hamas
*por Embaixada de Israel no Brasil
14.07.2010


Manifesto em Defesa dos Direitos Humanos e Para Liberação Imediata de Gilad Shalit

SITUAÇÃO GERADORA

Gilad Shalit foi capturado no dia 25 de junho de 2006, por milicianos palestinos em uma emboscada. Os raptores entraram em território israelense por um túnel clandestino próximo ao posto de fiscalização de Kerem Shalom, onde o ataque foi perpetrado. Esta ação viola as leis internacionais, pois aconteceu sem uma declaração formal de guerra. Mesmo sendo um soldado, Gilad Shalit não pode ser considerado prisioneiro de guerra, e sim refém, já que, por ser ilegal, a sua captura é denominada sequestro. O sequestro vem sendo usado como arma de negociação pelos terroristas que o mantém em cativeiro.

POSICIONAMENTO

Em vista da situação exposta acima, Amisrael:

- Posiciona-se em favor do cumprimento dos princípios estabelecidos pela Declaração Universal dos Direitos Humanos;

- Repudia todo e qualquer abuso e violação desta, cometidos por aqueles que mantêm Gilad Shalit em cativeiro, sem poder se comunicar com sua família e seu país;

- Requer providências das instâncias internacionais competentes para conseguir a libertação de Gilad Shalit;

- Pede o apoio da comunidade internacional, no âmbito civil e político, para que as violações dos direitos humanos de toda e qualquer pessoa sejam condenadas e retificadas.

JUSTIFICATIVA

O sequestro já foi usado em diversos momentos da história por milícias e guerrilhas como estratégia para a satisfação de exigências políticas de grupos para-governamentais. No entanto, essa prática fere a dignidade humana e viola os tratados e convenções de direitos humanos, tendo sido condenada em várias instâncias, como o Tribunal Internacional de Justiça e o Tribunal Penal Internacional.

Ao fazer exigências para a libertação de Gilad Shalit, o Hamas usa o sequestro como arma de negociação, o que não pode ser permitido por nenhum país. Endossar ações dessa natureza é legitimar um crime internacional, que passaria a ser visto como opção viável por qualquer grupo, colocando em risco a vida de milhões de pessoas em todo o mundo.

A Declaração Universal dos Direitos Humanos é acatada pela maioria dos Estados Membros das Nações Unidas. Elaborada a partir de muitos debates,prevendo situações que ameacem a integridade física ou moral do ser humano, a declaração é um marco na história do direito internacional e um avanço no estabelecimento das liberdades individuais e direitos da pessoa.

Embora alguns países de religião muçulmana não tenham reconhecido a Declaração Universal dos Direitos Humanos, alegando que esta não levava em consideração as diferenças culturais e religiosas dos países islâmicos, a Organização da Conferência Islâmica publicou uma declaração alternativa, baseada nos princípios fundamentais de sua cultura e religião: a Declaração dos Direitos Humanos no Islamismo, baseada nas leis da Sharia. Essa declaração afirma, em seu artigo 21 que "tomar reféns, de qualquer forma ou por qualquer motivo, é expressamente proibido".

Denunciar esta violação é dever de todas as nações que ratificaram a Declaração Universal dos Direitos Humanos. Mais que denunciar, é preciso agir para que as instâncias criadas com o intuito de assegurar o cumprimento da declaração se posicionem de maneira clara e efetiva, tomando as medidas cabíveis.



Brasília, 8 de julho de 2010

Fonte: Embaixada de Israel no Brasil

COMENTO:
Até hoje não foi permitido a visita da Cruz Vermelha ao soldado sequestrado.
Houve um enorme manifesto no mundo ,inclusive com assinatura de celebridades brasileiras contra a pena de morte por apedrejamento de uma iraniana condenada por adultério.
Em relação ao soldado o que fizeram essas celebridades?Onde está a ONU e os direitos humanos que não exigem a presença da cruz vermelha ao local de cativeiro para avaliar as condições do soldado?Será que está mesmo vivo?