Abaixo seguem 3 artigos falando sobre como Lula tem tratado as Instituições.
Não deveria ser surpresa para ninguém pois a ideologia esquerdista nunca foi chegada ao respeito institucional.
Não deveria ser surpresa também o maior índice de popularidade do Presidente mesmo após seus discursos ironizando as instituições.
Faz parte da cultura nacional e é valorizado e exemplificado pelo próprio Presidente o fato de o bom é levar vantagem em tudo,a valorização da esperteza,as leis serem para os outros e o jeitinho brasileiro de conduzir as coisas.Queremos ganhar tudo no grito.Basta ver uma partida de futebol.Não há uma marcação do juiz que os jogadores não contestem, não esbravejam.Se comportam como incivilizados, proferindo palavras de baixo calão.Não há respeito ao juiz.
Vejam como os exemplos vão do esporte mais popular do país ao Presidente.
Só a educação muda este quadro.
Sem educação de qualidade não há desenvolvimento sustentável.
domingo, 28 de março de 2010
Lula e as Instituições - 3
Enviado por Ricardo Noblat -
28.3.2010
Deu em O Globo
O exemplo de Lula
De Merval Pereira:
O descaso com que o presidente Lula trata as condenações que recebeu do Tribunal Superior Eleitoral resume bem o estado de complacência moral em que o país se debate, gerando o esgarçamento de seu tecido social com graves repercussões.
Está se impregnando na alma brasileira uma perigosa leniência com atos ilegais, que acaba tendo repercussões desastrosas no dia-a-dia do cidadão comum, que passa a considerar a “esperteza” como um atributo importante para vencer na vida.
Em vez de usar seu imenso prestígio junto ao eleitorado para dar o exemplo de cidadania, de respeito às leis, o presidente Lula vem, não é de hoje, confrontando publicamente as instituições que considera obstáculos a seus objetivos políticos, não apenas os meios de comunicação, a chamada “mídia”, mas principalmente órgãos encarregados da fiscalização dos atos governamentais.
Já em 2008, em Salvador, chegou a dizer um palavrão em público criticando a lei eleitoral que dificulta suas viagens pelo país.
Àquela altura ele já desdenhava das possíveis punições, fingindo ensinar ao povo como deve se comportar para não ferir a lei eleitoral.
Quando a torcida organizada começa a gritar o nome da ministra Dilma, ele se faz de desentendido: “(...) a gente não pode transformar num ato de campanha. É um ato oficial, é um ato institucional. (...) vocês viram que eu, por cuidado, não citei nomes. Vocês é que, de enxeridos, gritaram nomes aí. Eu não citei nomes”.
Igualzinho ao que continua fazendo, mesmo depois de multado.
Nos comícios, não é raro o presidente criticar o Tribunal de Contas da União (TCU) e o Ministério Público, por supostos entraves que imporiam à execução de obras, e chegou até mesmo a defender a alteração da Lei das Licitações, uma legislação que foi criada depois dos escândalos do governo Fernando Collor, exatamente para coibir a corrupção.
“Aqui no Brasil se parte do pressuposto de que todo mundo é ladrão”, disse o presidente certa vez, com a mesma atitude complacente com que trata os “mensaleiros” e os “aloprados”.
Lula se incomoda quando os organismos institucionais atuam para fazer o contraponto exigido pela democracia, que é o sistema de governo de pesos e contrapesos para controlar o equilíbrio entre os Poderes.
Se existe uma legislação que impede um determinado ato seu, ele tenta superá-la com a maioria parlamentar que obteve à custa da divisão do governo em verdadeiros feudos partidários.
O exemplo mais recente é o projeto de lei que transforma os recursos do programa Territórios da Cidadania, que leva a regiões do interior projetos de educação, saúde, saneamento básico e ação fundiária, em transferência obrigatória da União para cidades com menos de 50 mil habitantes, mesmo havendo inadimplência financeira com o Governo Federal, o que fere a Lei de Responsabilidade Fiscal.
O caráter político da medida pode ser compreendido quando se sabe que 90% das Câmaras de Vereadores estão instaladas em municípios de menos de 50 mil habitantes.
O Tribunal de Contas da União (TCU) é uma vítima recorrente da obsessão de Lula, que o acusa constantemente de atrasar as obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).
Para Lula, de fato “quem governa é o TCU, que diz que obra pode ser realizada”.
O incômodo é tão grande que chega a existir no Congresso, incentivado pelo governo, um projeto que reduz os poderes do Tribunal de Contas da União (TCU) na fiscalização, com o objetivo de impedir que o TCU paralise obras públicas, mesmo que a fiscalização encontre indícios de irregularidades graves.
Enquanto não consegue seu objetivo de neutralizar a ação do TCU, Lula vai desmoralizando suas decisões. Recentemente inaugurou a primeira parte da ampliação e modernização da Refinaria Getúlio Vargas (Repar), obra apontada pelo Tribunal de Contas da União (TCU) como suspeita, um dos quatro empreendimentos da Petrobras que não poderiam receber dinheiro público em 2010 por possíveis irregularidades.
A impugnação do TCU foi incluída na Lei Orçamentária para 2010, mas recebeu o veto presidencial, que garantiu a continuidade das obras. A maioria governista na Câmara dos Deputados aprovou o veto.
Na ocasião, fez comício e tudo, com sua candidata Dilma Rousseff a tiracolo, como sempre, e usando os trabalhadores como desculpa para ter ultrapassado a decisão do TCU. “Quem vai assumir as responsabilidades e explicar para as famílias dos 24 mil trabalhadores que tudo bem, a obra foi suspensa e a gente volta mais tarde?”, discursou Dilma, defendendo a decisão do chefe, de quem não discorda “nem que a vaca tussa”, como já disse uma vez..
Foi o TCU, um órgão do Poder Legislativo, por exemplo, que levantou os gastos exorbitantes dos cartões corporativos e exigiu maior transparência nas prestações de contas.
Outro órgão que se defronta com sérias críticas presidenciais é o IBAMA. Ainda em 2007 aconteceu a citação aos bagres, que ficaria famosa como demonstração da veia ecológica do presidente Lula.
Em reunião com o Conselho Político, o presidente não escondeu a sua irritação com o Ibama por causa da demora na concessão de licença ambiental para construção de usinas hidrelétricas no Rio Madeira.
“Agora não pode por causa do bagre, jogaram o bagre no colo do presidente. O que eu tenho com isso? Tem que ter uma solução”.
Dois anos depois, Lula estava em Copenhagen, na reunião do clima, no papel de defensor da ecologia. Mas esta é uma outra história de esperteza dessa auto-proclamada metamorfose ambulante.
28.3.2010
Deu em O Globo
O exemplo de Lula
De Merval Pereira:
O descaso com que o presidente Lula trata as condenações que recebeu do Tribunal Superior Eleitoral resume bem o estado de complacência moral em que o país se debate, gerando o esgarçamento de seu tecido social com graves repercussões.
Está se impregnando na alma brasileira uma perigosa leniência com atos ilegais, que acaba tendo repercussões desastrosas no dia-a-dia do cidadão comum, que passa a considerar a “esperteza” como um atributo importante para vencer na vida.
Em vez de usar seu imenso prestígio junto ao eleitorado para dar o exemplo de cidadania, de respeito às leis, o presidente Lula vem, não é de hoje, confrontando publicamente as instituições que considera obstáculos a seus objetivos políticos, não apenas os meios de comunicação, a chamada “mídia”, mas principalmente órgãos encarregados da fiscalização dos atos governamentais.
Já em 2008, em Salvador, chegou a dizer um palavrão em público criticando a lei eleitoral que dificulta suas viagens pelo país.
Àquela altura ele já desdenhava das possíveis punições, fingindo ensinar ao povo como deve se comportar para não ferir a lei eleitoral.
Quando a torcida organizada começa a gritar o nome da ministra Dilma, ele se faz de desentendido: “(...) a gente não pode transformar num ato de campanha. É um ato oficial, é um ato institucional. (...) vocês viram que eu, por cuidado, não citei nomes. Vocês é que, de enxeridos, gritaram nomes aí. Eu não citei nomes”.
Igualzinho ao que continua fazendo, mesmo depois de multado.
Nos comícios, não é raro o presidente criticar o Tribunal de Contas da União (TCU) e o Ministério Público, por supostos entraves que imporiam à execução de obras, e chegou até mesmo a defender a alteração da Lei das Licitações, uma legislação que foi criada depois dos escândalos do governo Fernando Collor, exatamente para coibir a corrupção.
“Aqui no Brasil se parte do pressuposto de que todo mundo é ladrão”, disse o presidente certa vez, com a mesma atitude complacente com que trata os “mensaleiros” e os “aloprados”.
Lula se incomoda quando os organismos institucionais atuam para fazer o contraponto exigido pela democracia, que é o sistema de governo de pesos e contrapesos para controlar o equilíbrio entre os Poderes.
Se existe uma legislação que impede um determinado ato seu, ele tenta superá-la com a maioria parlamentar que obteve à custa da divisão do governo em verdadeiros feudos partidários.
O exemplo mais recente é o projeto de lei que transforma os recursos do programa Territórios da Cidadania, que leva a regiões do interior projetos de educação, saúde, saneamento básico e ação fundiária, em transferência obrigatória da União para cidades com menos de 50 mil habitantes, mesmo havendo inadimplência financeira com o Governo Federal, o que fere a Lei de Responsabilidade Fiscal.
O caráter político da medida pode ser compreendido quando se sabe que 90% das Câmaras de Vereadores estão instaladas em municípios de menos de 50 mil habitantes.
O Tribunal de Contas da União (TCU) é uma vítima recorrente da obsessão de Lula, que o acusa constantemente de atrasar as obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).
Para Lula, de fato “quem governa é o TCU, que diz que obra pode ser realizada”.
O incômodo é tão grande que chega a existir no Congresso, incentivado pelo governo, um projeto que reduz os poderes do Tribunal de Contas da União (TCU) na fiscalização, com o objetivo de impedir que o TCU paralise obras públicas, mesmo que a fiscalização encontre indícios de irregularidades graves.
Enquanto não consegue seu objetivo de neutralizar a ação do TCU, Lula vai desmoralizando suas decisões. Recentemente inaugurou a primeira parte da ampliação e modernização da Refinaria Getúlio Vargas (Repar), obra apontada pelo Tribunal de Contas da União (TCU) como suspeita, um dos quatro empreendimentos da Petrobras que não poderiam receber dinheiro público em 2010 por possíveis irregularidades.
A impugnação do TCU foi incluída na Lei Orçamentária para 2010, mas recebeu o veto presidencial, que garantiu a continuidade das obras. A maioria governista na Câmara dos Deputados aprovou o veto.
Na ocasião, fez comício e tudo, com sua candidata Dilma Rousseff a tiracolo, como sempre, e usando os trabalhadores como desculpa para ter ultrapassado a decisão do TCU. “Quem vai assumir as responsabilidades e explicar para as famílias dos 24 mil trabalhadores que tudo bem, a obra foi suspensa e a gente volta mais tarde?”, discursou Dilma, defendendo a decisão do chefe, de quem não discorda “nem que a vaca tussa”, como já disse uma vez..
Foi o TCU, um órgão do Poder Legislativo, por exemplo, que levantou os gastos exorbitantes dos cartões corporativos e exigiu maior transparência nas prestações de contas.
Outro órgão que se defronta com sérias críticas presidenciais é o IBAMA. Ainda em 2007 aconteceu a citação aos bagres, que ficaria famosa como demonstração da veia ecológica do presidente Lula.
Em reunião com o Conselho Político, o presidente não escondeu a sua irritação com o Ibama por causa da demora na concessão de licença ambiental para construção de usinas hidrelétricas no Rio Madeira.
“Agora não pode por causa do bagre, jogaram o bagre no colo do presidente. O que eu tenho com isso? Tem que ter uma solução”.
Dois anos depois, Lula estava em Copenhagen, na reunião do clima, no papel de defensor da ecologia. Mas esta é uma outra história de esperteza dessa auto-proclamada metamorfose ambulante.
Lula e as Instiutições - 2
Enviado por Mary Zaidan -
28.3.2010
12h09m
artigo
Dane-se o país
A repugnante frase do então governador de São Paulo, Orestes Quércia – “Quebrei o Estado, mas elegi meu sucessor” –, tem tudo para virar fichinha perto dos abusos do presidente Lula para tentar eleger Dilma Rousseff.
Protegido pela couraça da popularidade e há muito só com olhos nas eleições, Lula age sem qualquer limite. Jamais desce do palanque e lança seus dardos para todos os lados. Agride a fiscalização do Tribunal de Contas da União, que “paralisa o país”, zomba da Justiça Eleitoral e culpa terceiros quando seus tiros acham os pés.
Faz o que não deveria e não poderia. E, livre, leve e solto, sem oposição que lhe puxe os freios, ainda acusa a imprensa de só noticiar os malfeitos.
Lula consegue até o aval do adversário, o pré-candidato tucano José Serra, que, com a mesma tortuosidade de raciocínio, taxou de “leviandade em matéria jornalística” as críticas que recebe e, assim como Lula, reclamou de não ver notícias positivas de seu governo. Ambos fingem que não sabem a diferença entre jornalismo e publicidade, embora gastem fortunas no segundo item.
Às leis e às instituições, o presidente parece não ter lá muito apreço. Trata-as sempre de acordo com sua conveniência. A Justiça torna-se injusta quando lhe desagrada. O Congresso Nacional - o mesmo que ele dizia abrigar “300 picaretas” – tem valor se lhe é dócil e servil, e vira o culpado da vez quando atua com alguma independência.
Basta lembrar a votação que extinguiu a CPMF ou a recente alteração, pela Câmara dos Deputados, da divisão dos royalties do petróleo, que golpeou de morte o Rio de Janeiro do aliado Sérgio Cabral (PMDB). Foi Lula quem antecipou o debate sobre o pré-sal, insistindo na urgência urgentíssima do projeto que ele enxergava como trunfo eleitoral. Como a flecha cravou o alvo errado, o culpado passou a ser o Parlamento.
Lula transfere culpas com a mesma naturalidade com que infringe leis. Na última quarta-feira, de uma só vez jogou no lixo a legislação eleitoral e a Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), um dos pilares da estabilidade econômica.
Ao anunciar que enviará ao Congresso uma proposta de lei que, a exemplo do que já fizera com o PAC, classificará como transferência obrigatória repasses para prefeituras inadimplentes, Lula não só rasgou a LRF, como incentivou o seu descumprimento. O efeito perverso da idéia vai ainda mais longe, pois é sabido que indulto a devedores acaba por penalizar os que se esforçam para manter seus pagamentos em dia.
Sob qualquer ótica, é inadmissível que um presidente da República estimule ilegalidades. Mas Lula parece fazê-lo sem pestanejar. Opta pelas vistas grossas quanto às invasões do MST, tergiversa sobre o envolvimento dos seus em escândalos, protege aliados a qualquer custo, até mesmo alguns malversadores confessos. José Sarney, Renan Calheiros, Delúbio Soares e outros tantos que o digam.
Se estimular a ilegalidade já choca, pior ainda é cometê-la.
No palanque em que mimou prefeitos mal pagadores e no dia seguinte, em Tatuí, no interior de São Paulo, Lula voltou a fazer chacota da Justiça Eleitoral, que já lhe imputou duas multas por propaganda antecipada. Explicou que estava proibido de dizer o nome de sua candidata - deixa malandra e ensaiada para que a platéia, em delírio, entoe o coro: “Dilma, Dilma”.
Irrisórias ou não, custem o que custar, as penalidades, aplicadas meses depois dos delitos, são incapazes de inibir Lula de protagonizar propaganda eleitoral explícita, com recursos públicos, nos palanques do governo.
Da mesma forma, parece não se importar com a quebradeira moral que patrocina e o tamanho da pendura que está deixando para o futuro. Mas também isso não tem a menor importância para quem só pensa em eleger o seu sucessor.
Perto de Lula, Quércia é quase um ingênuo.
Mary Zaidan é jornalista. Trabalhou nos jornais O Globo e O Estado de S. Paulo, em Brasília. Foi assessora de imprensa do governador Mario Covas em duas campanhas e ao longo de todo o seu período no Palácio dos Bandeirantes. Há cinco anos coordena o atendimento da área pública da agência 'Lu Fernandes Comunicação e Imprensa'.
28.3.2010
12h09m
artigo
Dane-se o país
A repugnante frase do então governador de São Paulo, Orestes Quércia – “Quebrei o Estado, mas elegi meu sucessor” –, tem tudo para virar fichinha perto dos abusos do presidente Lula para tentar eleger Dilma Rousseff.
Protegido pela couraça da popularidade e há muito só com olhos nas eleições, Lula age sem qualquer limite. Jamais desce do palanque e lança seus dardos para todos os lados. Agride a fiscalização do Tribunal de Contas da União, que “paralisa o país”, zomba da Justiça Eleitoral e culpa terceiros quando seus tiros acham os pés.
Faz o que não deveria e não poderia. E, livre, leve e solto, sem oposição que lhe puxe os freios, ainda acusa a imprensa de só noticiar os malfeitos.
Lula consegue até o aval do adversário, o pré-candidato tucano José Serra, que, com a mesma tortuosidade de raciocínio, taxou de “leviandade em matéria jornalística” as críticas que recebe e, assim como Lula, reclamou de não ver notícias positivas de seu governo. Ambos fingem que não sabem a diferença entre jornalismo e publicidade, embora gastem fortunas no segundo item.
Às leis e às instituições, o presidente parece não ter lá muito apreço. Trata-as sempre de acordo com sua conveniência. A Justiça torna-se injusta quando lhe desagrada. O Congresso Nacional - o mesmo que ele dizia abrigar “300 picaretas” – tem valor se lhe é dócil e servil, e vira o culpado da vez quando atua com alguma independência.
Basta lembrar a votação que extinguiu a CPMF ou a recente alteração, pela Câmara dos Deputados, da divisão dos royalties do petróleo, que golpeou de morte o Rio de Janeiro do aliado Sérgio Cabral (PMDB). Foi Lula quem antecipou o debate sobre o pré-sal, insistindo na urgência urgentíssima do projeto que ele enxergava como trunfo eleitoral. Como a flecha cravou o alvo errado, o culpado passou a ser o Parlamento.
Lula transfere culpas com a mesma naturalidade com que infringe leis. Na última quarta-feira, de uma só vez jogou no lixo a legislação eleitoral e a Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), um dos pilares da estabilidade econômica.
Ao anunciar que enviará ao Congresso uma proposta de lei que, a exemplo do que já fizera com o PAC, classificará como transferência obrigatória repasses para prefeituras inadimplentes, Lula não só rasgou a LRF, como incentivou o seu descumprimento. O efeito perverso da idéia vai ainda mais longe, pois é sabido que indulto a devedores acaba por penalizar os que se esforçam para manter seus pagamentos em dia.
Sob qualquer ótica, é inadmissível que um presidente da República estimule ilegalidades. Mas Lula parece fazê-lo sem pestanejar. Opta pelas vistas grossas quanto às invasões do MST, tergiversa sobre o envolvimento dos seus em escândalos, protege aliados a qualquer custo, até mesmo alguns malversadores confessos. José Sarney, Renan Calheiros, Delúbio Soares e outros tantos que o digam.
Se estimular a ilegalidade já choca, pior ainda é cometê-la.
No palanque em que mimou prefeitos mal pagadores e no dia seguinte, em Tatuí, no interior de São Paulo, Lula voltou a fazer chacota da Justiça Eleitoral, que já lhe imputou duas multas por propaganda antecipada. Explicou que estava proibido de dizer o nome de sua candidata - deixa malandra e ensaiada para que a platéia, em delírio, entoe o coro: “Dilma, Dilma”.
Irrisórias ou não, custem o que custar, as penalidades, aplicadas meses depois dos delitos, são incapazes de inibir Lula de protagonizar propaganda eleitoral explícita, com recursos públicos, nos palanques do governo.
Da mesma forma, parece não se importar com a quebradeira moral que patrocina e o tamanho da pendura que está deixando para o futuro. Mas também isso não tem a menor importância para quem só pensa em eleger o seu sucessor.
Perto de Lula, Quércia é quase um ingênuo.
Mary Zaidan é jornalista. Trabalhou nos jornais O Globo e O Estado de S. Paulo, em Brasília. Foi assessora de imprensa do governador Mario Covas em duas campanhas e ao longo de todo o seu período no Palácio dos Bandeirantes. Há cinco anos coordena o atendimento da área pública da agência 'Lu Fernandes Comunicação e Imprensa'.
Lula e as Instituições - 1
Enviado por Ricardo Noblat -
28.3.2010
17h04m
Gosta de lei quem dela precisa
Do blog do Alon:
Quem tem uma caneta poderosa ou uma conta bancária gorda pode mobilizar mundos e fundos para tentar se salvar nas situações enroladas. Quem não tem nenhuma das duas depende de o estado de direito funcionar bem
Faz mal o presidente da República quando desdenha de punições impostas pela Justiça Eleitoral, por campanha antecipada para a candidata do PT. Há o argumento institucional: Luiz Inácio Lula da Silva deveria ser o primeiro a dar o exemplo, a prestigiar o funcionamento do estado de direito democrático.
Se o presidente pode escolher as leis que vai respeitar e as de que vai desdenhar, por que os demais cidadãos não podem também desfrutar da confortável escolha?
A legislação eleitoral é até certo ponto bizarra, por pretender definir um “momento zero” nas eleições? Sim, tanto que o presidente e sua candidata, assim como os nomes da oposição, trafegam nas brechas e dubiedades do texto para tocar adiante as campanhas, convenientemente chamadas de “pré”.
Mas o jogo está aí para ser jogado dentro das regras, enquanto não forem mudadas. Existe uma Justiça Eleitoral, e quando ela se manifesta as decisões devem ser cumpridas. E respeitadas.
Quem discorda pode continuar discordando, os punidos podem recorrer (se couber recurso), mas o acordo fundamental em sociedades civilizadas e democraticamente organizadas é aceitar e respeitar sentenças judiciais.
E a desobediência civil? Não é admissível em certas circunstâncias?
Talvez, mas é preciso saber quando. Suponha que o pai e a madrasta de Isabella Nardoni tivessem sido absolvidos. Seria socialmente quase insuportável. Mas seria necessário pagar essa conta, pela existência do estado de direito.
Respeitar a Justiça quando ela nos favorece ou quando concordamos com as decisões é moleza. Ninguém precisa ser muito democrata para isso.
Por falar em coisas bizarras, presidente da República ensaiando desobediência civil é bizarro à enésima potência. Quando não dá certo, acaba dando muito errado.
O mais adequado para Lula seria sair dessa rapidinho, descer do salto alto, parar de dar ouvidos a quem o trata como imperador genial e potencialmente perpétuo do Brasil. Parar de se achar.
É uma praga que dá no poder, bem descrita na literatura. Para proteger a teia alimentar, áulicos isolam o príncipe da realidade e passam a desqualificar a crítica e os críticos. Em teoria, estão defendendo o chefe. Na prática, tentam defender cada um seu próprio espaço de micropoder. Ou nem tão micro.
Mas há outro aspecto a tocar. Se Joãosinho Trinta fosse cientista político e não carnavalesco, talvez dissesse o seguinte: “O povo gosta de cumprir a lei, quem gosta de bagunça e confusão é intelectual”. O tema tem sido retomado recentemente pelo cientista político André Singer, professor da USP.
Por que o cidadão comum, sem poder e sem dinheiro sobrando, é adepto da legalidade? Fácil de responder.
Quem tem uma caneta poderosa ou uma conta bancária gorda pode mobilizar mundos e fundos para tentar se salvar nas situações enroladas. Quem não tem nenhuma das duas depende de o estado de direito funcionar bem.
A lógica muda quando o desarranjo do tecido social chega ao ponto de a maioria da sociedade ser empurrada para soluções à margem da lei. Mas mesmo quando isso acontece o primeiro movimento na nova ordem é restabelecer a normalidade da vida cotidiana. São forças centrípetas poderosíssimas.
28.3.2010
17h04m
Gosta de lei quem dela precisa
Do blog do Alon:
Quem tem uma caneta poderosa ou uma conta bancária gorda pode mobilizar mundos e fundos para tentar se salvar nas situações enroladas. Quem não tem nenhuma das duas depende de o estado de direito funcionar bem
Faz mal o presidente da República quando desdenha de punições impostas pela Justiça Eleitoral, por campanha antecipada para a candidata do PT. Há o argumento institucional: Luiz Inácio Lula da Silva deveria ser o primeiro a dar o exemplo, a prestigiar o funcionamento do estado de direito democrático.
Se o presidente pode escolher as leis que vai respeitar e as de que vai desdenhar, por que os demais cidadãos não podem também desfrutar da confortável escolha?
A legislação eleitoral é até certo ponto bizarra, por pretender definir um “momento zero” nas eleições? Sim, tanto que o presidente e sua candidata, assim como os nomes da oposição, trafegam nas brechas e dubiedades do texto para tocar adiante as campanhas, convenientemente chamadas de “pré”.
Mas o jogo está aí para ser jogado dentro das regras, enquanto não forem mudadas. Existe uma Justiça Eleitoral, e quando ela se manifesta as decisões devem ser cumpridas. E respeitadas.
Quem discorda pode continuar discordando, os punidos podem recorrer (se couber recurso), mas o acordo fundamental em sociedades civilizadas e democraticamente organizadas é aceitar e respeitar sentenças judiciais.
E a desobediência civil? Não é admissível em certas circunstâncias?
Talvez, mas é preciso saber quando. Suponha que o pai e a madrasta de Isabella Nardoni tivessem sido absolvidos. Seria socialmente quase insuportável. Mas seria necessário pagar essa conta, pela existência do estado de direito.
Respeitar a Justiça quando ela nos favorece ou quando concordamos com as decisões é moleza. Ninguém precisa ser muito democrata para isso.
Por falar em coisas bizarras, presidente da República ensaiando desobediência civil é bizarro à enésima potência. Quando não dá certo, acaba dando muito errado.
O mais adequado para Lula seria sair dessa rapidinho, descer do salto alto, parar de dar ouvidos a quem o trata como imperador genial e potencialmente perpétuo do Brasil. Parar de se achar.
É uma praga que dá no poder, bem descrita na literatura. Para proteger a teia alimentar, áulicos isolam o príncipe da realidade e passam a desqualificar a crítica e os críticos. Em teoria, estão defendendo o chefe. Na prática, tentam defender cada um seu próprio espaço de micropoder. Ou nem tão micro.
Mas há outro aspecto a tocar. Se Joãosinho Trinta fosse cientista político e não carnavalesco, talvez dissesse o seguinte: “O povo gosta de cumprir a lei, quem gosta de bagunça e confusão é intelectual”. O tema tem sido retomado recentemente pelo cientista político André Singer, professor da USP.
Por que o cidadão comum, sem poder e sem dinheiro sobrando, é adepto da legalidade? Fácil de responder.
Quem tem uma caneta poderosa ou uma conta bancária gorda pode mobilizar mundos e fundos para tentar se salvar nas situações enroladas. Quem não tem nenhuma das duas depende de o estado de direito funcionar bem.
A lógica muda quando o desarranjo do tecido social chega ao ponto de a maioria da sociedade ser empurrada para soluções à margem da lei. Mas mesmo quando isso acontece o primeiro movimento na nova ordem é restabelecer a normalidade da vida cotidiana. São forças centrípetas poderosíssimas.
sábado, 27 de março de 2010
CONSELHOS
Repassando Bons Conselhos
Parece tudo muito óbvio, mas se você ler essas frases com atenção, verá que muitas vezes não segue o que elas dizem e sempre acaba por se arrepender. Então, vamos lá, leia e decore:
Enquanto navega pela vida, não evite tempestades e águas bravias. Apenas deixe-as passar. Apenas navegue! Lembre sempre: mares calmos não fazem bons marinheiros...
Quando cometer um erro, não olhe para trás por muito tempo. Analise as coisas e então olhe para a frente. Erros são lições de sabedoria. O passado não pode ser mudado. Mas o futuro ainda está em seu poder.
Antes de falar, escute.
Antes de escrever, pense.
Antes de gastar, ganhe.
Antes de julgar, espere.
Antes de rezar, perdoe.
Antes de desistir, tente.
Parece tudo muito óbvio, mas se você ler essas frases com atenção, verá que muitas vezes não segue o que elas dizem e sempre acaba por se arrepender. Então, vamos lá, leia e decore:
Enquanto navega pela vida, não evite tempestades e águas bravias. Apenas deixe-as passar. Apenas navegue! Lembre sempre: mares calmos não fazem bons marinheiros...
Quando cometer um erro, não olhe para trás por muito tempo. Analise as coisas e então olhe para a frente. Erros são lições de sabedoria. O passado não pode ser mudado. Mas o futuro ainda está em seu poder.
Antes de falar, escute.
Antes de escrever, pense.
Antes de gastar, ganhe.
Antes de julgar, espere.
Antes de rezar, perdoe.
Antes de desistir, tente.
Para sua diversão
O relógio da mentira
Um cidadão morreu e foi para o céu. Enquanto estava em frente a São Pedro nos portões celestiais, viu uma enorme parede com relógios atrás dele, ele perguntou : - O que são todos aqueles relógios? São Pedro respondeu: - São relógios da mentira. Todo mundo na terra tem um relógio da mentira. Cada vez que você mente, os ponteiros se movem mais rápido. - Oh!! Exclamou o cidadão - De quem é aquele relógio ali? - É o de Madre Teresa. Os ponteiros nunca se moveram, indicando que ela nunca mentiu. - E aquele, é de quem ? - É o de Abraham Lincoln. Os ponteiros só se moveram duas vezes, indicando que ele só mentiu duas vezes em toda sua vida. - E o relógio do Lula, também está aqui? - Ah! o do Lula está na minha sala. - Ué espantou-se o cidadão. - Por que? E São Pedro, rindo, respondeu: - Estou usando com “ventilador de teto”!!!
Um cidadão morreu e foi para o céu. Enquanto estava em frente a São Pedro nos portões celestiais, viu uma enorme parede com relógios atrás dele, ele perguntou : - O que são todos aqueles relógios? São Pedro respondeu: - São relógios da mentira. Todo mundo na terra tem um relógio da mentira. Cada vez que você mente, os ponteiros se movem mais rápido. - Oh!! Exclamou o cidadão - De quem é aquele relógio ali? - É o de Madre Teresa. Os ponteiros nunca se moveram, indicando que ela nunca mentiu. - E aquele, é de quem ? - É o de Abraham Lincoln. Os ponteiros só se moveram duas vezes, indicando que ele só mentiu duas vezes em toda sua vida. - E o relógio do Lula, também está aqui? - Ah! o do Lula está na minha sala. - Ué espantou-se o cidadão. - Por que? E São Pedro, rindo, respondeu: - Estou usando com “ventilador de teto”!!!
MACONHA E LIBERAÇÃO>
Reinaldo Azevedo
“Não existe droga segura. Nem a maconha” sábado, 27 de março de 2010 .
A diretora do Instituto Nacional sobre Abuso de Drogas afirma que nem mesmo a maconha nem muito menos a DMT, presente no chá do Santo Daime, podem ser consideradas inofensivas.
“Há quem veja a maconha como uma droga inofensiva.Trata-se de um erro.Comprovadamente, ela temefeitos bastante danosos”
A psiquiatra mexicana Nora Volkow, 54 anos, é uma das mais importantes pesquisadoras sobre drogas no mundo. Quando, porém, o assunto são os danos neurobiológicos que essas substâncias causam, Volkow pode ser considerada a número 1. Foi a psiquiatra quem primeiro usou a tomografia para comprovar as consequências do uso de drogas no cérebro e foi também ela quem, nos anos 80, mostrou que, ao contrário do que se pensava até então, a cocaína é, sim, capaz de viciar. Desde 2003 na direção do Instituto Nacional sobre Abuso de Drogas, nos Estados Unidos, Volkow esteve no Brasil na semana passada para uma palestra na Universidade Federal de São Paulo. Dias antes de chegar, falou a VEJA, por telefone, de seu escritório em Rockville, próximo a Washington.
Há quinze dias, um cartunista brasileiro e seu filho foram mortos por um jovem com sintomas de esquizofrenia e que usava constantemente maconha e dimetiltriptamina (DMT), na forma de um chá conhecido como Santo Daime. Que efeitos essas drogas têm sobre um cérebro esquizofrênico?
Portadores de esquizofrenia têm propensão à paranoia, e tanto a maconha quanto a DMT (presente no chá do Santo Daime) agravam esse sintoma, além de aumentar a profundidade e a frequência das alucinações. Drogas que produzem psicoses por si próprias, como metanfetamina, maconha e LSD, podem piorar a doença mental de uma forma abrupta e veloz.
Que efeitos essas drogas produzem em um cérebro saudável?
Em alguém que não tenha esquizofrenia, os efeitos relacionados com a ansiedade e com a paranoia serão, provavelmente, mais moderados. Não é incomum, porém, que pessoas saudáveis, mas com suscetibilidade maior a tais substâncias, possam vir a desenvolver psicoses.
Estudos conduzidos pela senhora nos anos 80 provaram que a cocaína tinha, sim, a capacidade de viciar o usuário e de causar danos permanentes ao cérebro. Até então, ela era considerada uma droga relativamente “segura”. Existe alguma droga que seja segura no que diz respeito à capacidade de viciar e de causar danos à saúde? Não existe droga segura, a não ser a cafeína. Como ela é estimulante e produz efeitos farmacológicos nos receptores de adenosina, é, sim, uma droga. Mas não há evidências de que vicie nem de que seja tóxica - a não ser que você tenha problemas cardiovasculares. Ainda não sabemos se é prejudicial a crianças e adolescentes, mas para adultos não há nenhum problema.
E a maconha?
Há quem veja a maconha como uma droga inofensiva. Trata-se de um erro. Comprovadamente, a maconha tem efeitos bastante danosos. Ela pode bloquear receptores neurais muito importantes. Estudos feitos em animais mostraram que, expostos ao componente ativo da maconha, o tetraidrocanabinol (THC), eles deixam de produzir seus próprios canabinoides naturais (associados ao controle do apetite, memória e humor). Isso causa desde aumento da ansiedade até perda de memória e depressão. Claro que há pessoas que fumam maconha diariamente por toda a vida sem que sofram consequências negativas, assim como há quem fume cigarros até os 100 anos de idade e não desenvolva câncer de pulmão. Mas até agora não temos como saber quem é tolerante à droga e quem não é. Então, a maconha é, sim, perigosa.
COMENTO:
A desculpa para liberalizar a maconha de que o alccol e o cigarro matam muito mais, deveria ser usada para o pensamento inverso:Com a liberalização do alcool e do cigarro o consumo aumentou assustadoramente com consequente aumento no número de mortes e doenças causados pelos mesmos.Portanto não se deve liberalizar a maconha.
ENTENDERAM A LÓGICA?
“Não existe droga segura. Nem a maconha” sábado, 27 de março de 2010 .
A diretora do Instituto Nacional sobre Abuso de Drogas afirma que nem mesmo a maconha nem muito menos a DMT, presente no chá do Santo Daime, podem ser consideradas inofensivas.
“Há quem veja a maconha como uma droga inofensiva.Trata-se de um erro.Comprovadamente, ela temefeitos bastante danosos”
A psiquiatra mexicana Nora Volkow, 54 anos, é uma das mais importantes pesquisadoras sobre drogas no mundo. Quando, porém, o assunto são os danos neurobiológicos que essas substâncias causam, Volkow pode ser considerada a número 1. Foi a psiquiatra quem primeiro usou a tomografia para comprovar as consequências do uso de drogas no cérebro e foi também ela quem, nos anos 80, mostrou que, ao contrário do que se pensava até então, a cocaína é, sim, capaz de viciar. Desde 2003 na direção do Instituto Nacional sobre Abuso de Drogas, nos Estados Unidos, Volkow esteve no Brasil na semana passada para uma palestra na Universidade Federal de São Paulo. Dias antes de chegar, falou a VEJA, por telefone, de seu escritório em Rockville, próximo a Washington.
Há quinze dias, um cartunista brasileiro e seu filho foram mortos por um jovem com sintomas de esquizofrenia e que usava constantemente maconha e dimetiltriptamina (DMT), na forma de um chá conhecido como Santo Daime. Que efeitos essas drogas têm sobre um cérebro esquizofrênico?
Portadores de esquizofrenia têm propensão à paranoia, e tanto a maconha quanto a DMT (presente no chá do Santo Daime) agravam esse sintoma, além de aumentar a profundidade e a frequência das alucinações. Drogas que produzem psicoses por si próprias, como metanfetamina, maconha e LSD, podem piorar a doença mental de uma forma abrupta e veloz.
Que efeitos essas drogas produzem em um cérebro saudável?
Em alguém que não tenha esquizofrenia, os efeitos relacionados com a ansiedade e com a paranoia serão, provavelmente, mais moderados. Não é incomum, porém, que pessoas saudáveis, mas com suscetibilidade maior a tais substâncias, possam vir a desenvolver psicoses.
Estudos conduzidos pela senhora nos anos 80 provaram que a cocaína tinha, sim, a capacidade de viciar o usuário e de causar danos permanentes ao cérebro. Até então, ela era considerada uma droga relativamente “segura”. Existe alguma droga que seja segura no que diz respeito à capacidade de viciar e de causar danos à saúde? Não existe droga segura, a não ser a cafeína. Como ela é estimulante e produz efeitos farmacológicos nos receptores de adenosina, é, sim, uma droga. Mas não há evidências de que vicie nem de que seja tóxica - a não ser que você tenha problemas cardiovasculares. Ainda não sabemos se é prejudicial a crianças e adolescentes, mas para adultos não há nenhum problema.
E a maconha?
Há quem veja a maconha como uma droga inofensiva. Trata-se de um erro. Comprovadamente, a maconha tem efeitos bastante danosos. Ela pode bloquear receptores neurais muito importantes. Estudos feitos em animais mostraram que, expostos ao componente ativo da maconha, o tetraidrocanabinol (THC), eles deixam de produzir seus próprios canabinoides naturais (associados ao controle do apetite, memória e humor). Isso causa desde aumento da ansiedade até perda de memória e depressão. Claro que há pessoas que fumam maconha diariamente por toda a vida sem que sofram consequências negativas, assim como há quem fume cigarros até os 100 anos de idade e não desenvolva câncer de pulmão. Mas até agora não temos como saber quem é tolerante à droga e quem não é. Então, a maconha é, sim, perigosa.
COMENTO:
A desculpa para liberalizar a maconha de que o alccol e o cigarro matam muito mais, deveria ser usada para o pensamento inverso:Com a liberalização do alcool e do cigarro o consumo aumentou assustadoramente com consequente aumento no número de mortes e doenças causados pelos mesmos.Portanto não se deve liberalizar a maconha.
ENTENDERAM A LÓGICA?
sexta-feira, 26 de março de 2010
O PODER E LULA
Artigos
Enviado por Merval Pereira -
26.3.2010
3h07m
Fio tênue
A midiatização da política está levando não apenas a que as qualidades de um candidato sejam medidas mais pela sua capacidade de comunicação com o eleitor do que por suas propostas.
A política vivenciada como espetáculo faz com que um presidente como Lula transforme-se em um eterno candidato, mesmo quando já não pode mais se candidatar.
Se não sai dos palanques, se sua prioridade do último ano de mandato é eleger sua sucessora, a agenda governamental transforma-se em uma maratona de inaugurações, mesmo que as obras estejam inacabadas.
Essa maneira de fazer política exclui o debate, afasta também a possibilidade de entendimentos com adversários para políticas de Estado.
A política transforma-se em uma permanente disputa corpo a corpo, "nós contra eles", num espírito de pelada que não contribui para o desenvolvimento da cidadania.
O problema é que políticos como Lula querem tornar o que é eventual em permanente, negando a validade de uma das pilastras da democracia, a alternância de poder.
E ele não se contenta com pouco. Tem uma popularidade que causa inveja aos políticos de todas as partes do mundo, mas quer a unanimidade.
Quando outro dia mais uma vez queixou-se da imprensa, ele simplesmente disse que os jornalistas que o criticam deveriam olhar as pesquisas de opinião para constatarem que estão indo de encontro à opinião de 83% da população brasileira.
Este é um raciocínio perigoso para um chefe de governo que se diz um democrata convicto. É como se pensar diferente da maioria estivesse proibido, como na prática está proibido na Venezuela, país que segundo Lula tem "democracia até demais".
Ontem, Guillermo Zuloaga, presidente da rede de TV venezuelana de oposição Globovisión, foi impedido de sair do país devido a uma denúncia de um deputado governista que o acusa de ter dado "declarações desrespeitosas e ofensivas contra o chefe de Estado".
A prisão de Zuloaga se soma a do político oposicionista Oswaldo Álvarez Paz, preso após uma entrevista à mesma Globovisión, em que comentava uma investigação realizada na Espanha que liga a Venezuela a grupos que apoiam o narcotráfico, como as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc), e o grupo separatista basco ETA.
Há nesses constantes embates entre governos, democráticos ou não, com a chamada mídia, questões distintas. Uma é permanente em políticos, seja de que tendência for, que querem ver seus feitos glorificados.
O presidente Lula reclama que a imprensa tem "predileção pela desgraça" e "não quer escrever a coisa certa e escreve a coisa errada". Nesse caso, "escrever a coisa errada" é criticar o governo em vez de elogiá-lo.
Mas essa reclamação "até de notícia boa" não é privilégio de Lula. O governador paulista José Serra tem essa fama entre os jornalistas, e ele veio em socorro a Lula repetir o discurso do presidente contra a imprensa.
Assim como Lula acha que a grande imprensa é dominada por uma conspiração contra seu governo, Serra também acha que a Ptpress domina a imprensa, e ontem se queixou de que não faz reportagens sobre suas realizações e obras.
Lula inaugurou duas mil casas e "não saiu uma linha". Serra inaugurou um centro de reabilitação para doentes mentais, e, segundo ele, ninguém da imprensa ligou.
O próprio presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, vem tendo uma confrontação quase permanente com o canal Fox, de propriedade do magnata da mídia Rupert Murdoch e de tendência conservadora.
Obama acusa a Fox de se dedicar totalmente a atacar seu governo, sem exibir nenhuma reportagem positiva sobre sua gestão.
São reações naturais de políticos que seguem a tradição de não separar notícia da propaganda. Tudo o que os governantes querem que seja publicado é propaganda. O resto é notícia.
Outra questão mais séria é quando os governos tentam controlar a informação, cerceando a liberdade de expressão. O caso da Venezuela é o mais grave entre todos, pois o país ainda não é uma ditadura formalizada e tenta manter uma aparência de democracia.
Enquanto o governo brasileiro se contentar em criticar a "mídia" dia sim outro também, estará tensionando o ambiente democrático do país, e incentivando atitudes mais radicais contra os meios de comunicação por parte de seguidores menos equilibrados, ou daqueles que, dentro do governo, tentam impor limitações à liberdade de imprensa.
Esse é o limite que o governo tem que resguardar, se não consegue respeitar o direito à informação como um valor em si.
Mas as constantes tentativas de "controle social" dos meios de comunicação, surgidas desde o primeiro ano de governo com o Conselho Nacional de Jornalismo, e repetidas em diversas ocasiões desde então, demonstram que Lula é mais do que simplesmente um ranzinza em busca de elogios unânimes.
Ele não entende a liberdade de expressão como um valor democrático, como por exemplo, Thomas Jefferson, autor do seguinte depoimento: "Se me coubesse decidir se deveríamos ter um governo sem jornais ou jornais sem um governo, não hesitaria um momento em preferir a última solução".
A necessidade de a imprensa ocupar um lugar antagônico ao governo foi percebida com clareza pelos fundadores dos Estados Unidos, e por isso tornaram a liberdade de imprensa a primeira garantia da Carta de Direitos.
"Sem liberdade de imprensa, sabiam, as outras liberdades desmoronariam. Porque o governo, devido à sua própria natureza, tende à opressão. E o governo, sem um cão de guarda, logo passa a oprimir o povo a que deve servir", explicou o famoso jornalista americano Jack Anderson.
Entre a reclamação dos governantes e a tentativa de controle da informação está o tênue fio que sustenta a democracia.
COMENTO:
Vamos comentar por partes:
1-"A política vivenciada como espetáculo"
O poder é um dos testes mais difíceis de passar pois está diretamente ligado a alimentação do ego e orgulho da pessoa.Aquele que não está preparado para exercer o Poder e entende-lo como devendo ser usado para servir a quem o colocou nessa posição e não se servir deles para uso prórpio cai na armadilha citada acima.Se torna orgulhoso , egoísta e megalomaníaco.Não aproveitou a oportunidade de praticar a humildade e servir aos outros.
O nosso Presidente infelizmente foi reporvado no teste.Não exercitou a humildade, se envolveu em escandalos gravíssimos com comprometimento moral e ético e ainda está se achando o mensageiro da paz mesmo apoiando regimes repressores e assinos.
2-"A política se transforma em uma permanente disputa corpo a corpo....num espírito de pelada"
Mas para o Presidente tudo é uma questão de futebol.É só lembrar o comentário dele sobre as eleições no Irã onde as manifestações não passaram de briga de torcidas.É só lembrar do jogo da seleção brasileira no Haiti e a proposta de um jogo com uma seleção mista de Israel e Palestina.
3-"O problema é que políticos como Lula querem tornar o que é eventual em permanente, negando a validade de uma das pilastras da democracia, a alternância de poder."
E desde quando esquerdistas gostam de democracia?Vejam os aliados e amigos do Presidente:Presidentes do Irã. Líbia, Síria,Cuba,Venezuela......
4-"E ele não se contenta com pouco. Tem uma popularidade que causa inveja aos políticos de todas as partes do mundo, mas quer a unanimidade"
É a manifestação do orgulho e egocentrismo exagerado.
Enviado por Merval Pereira -
26.3.2010
3h07m
Fio tênue
A midiatização da política está levando não apenas a que as qualidades de um candidato sejam medidas mais pela sua capacidade de comunicação com o eleitor do que por suas propostas.
A política vivenciada como espetáculo faz com que um presidente como Lula transforme-se em um eterno candidato, mesmo quando já não pode mais se candidatar.
Se não sai dos palanques, se sua prioridade do último ano de mandato é eleger sua sucessora, a agenda governamental transforma-se em uma maratona de inaugurações, mesmo que as obras estejam inacabadas.
Essa maneira de fazer política exclui o debate, afasta também a possibilidade de entendimentos com adversários para políticas de Estado.
A política transforma-se em uma permanente disputa corpo a corpo, "nós contra eles", num espírito de pelada que não contribui para o desenvolvimento da cidadania.
O problema é que políticos como Lula querem tornar o que é eventual em permanente, negando a validade de uma das pilastras da democracia, a alternância de poder.
E ele não se contenta com pouco. Tem uma popularidade que causa inveja aos políticos de todas as partes do mundo, mas quer a unanimidade.
Quando outro dia mais uma vez queixou-se da imprensa, ele simplesmente disse que os jornalistas que o criticam deveriam olhar as pesquisas de opinião para constatarem que estão indo de encontro à opinião de 83% da população brasileira.
Este é um raciocínio perigoso para um chefe de governo que se diz um democrata convicto. É como se pensar diferente da maioria estivesse proibido, como na prática está proibido na Venezuela, país que segundo Lula tem "democracia até demais".
Ontem, Guillermo Zuloaga, presidente da rede de TV venezuelana de oposição Globovisión, foi impedido de sair do país devido a uma denúncia de um deputado governista que o acusa de ter dado "declarações desrespeitosas e ofensivas contra o chefe de Estado".
A prisão de Zuloaga se soma a do político oposicionista Oswaldo Álvarez Paz, preso após uma entrevista à mesma Globovisión, em que comentava uma investigação realizada na Espanha que liga a Venezuela a grupos que apoiam o narcotráfico, como as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc), e o grupo separatista basco ETA.
Há nesses constantes embates entre governos, democráticos ou não, com a chamada mídia, questões distintas. Uma é permanente em políticos, seja de que tendência for, que querem ver seus feitos glorificados.
O presidente Lula reclama que a imprensa tem "predileção pela desgraça" e "não quer escrever a coisa certa e escreve a coisa errada". Nesse caso, "escrever a coisa errada" é criticar o governo em vez de elogiá-lo.
Mas essa reclamação "até de notícia boa" não é privilégio de Lula. O governador paulista José Serra tem essa fama entre os jornalistas, e ele veio em socorro a Lula repetir o discurso do presidente contra a imprensa.
Assim como Lula acha que a grande imprensa é dominada por uma conspiração contra seu governo, Serra também acha que a Ptpress domina a imprensa, e ontem se queixou de que não faz reportagens sobre suas realizações e obras.
Lula inaugurou duas mil casas e "não saiu uma linha". Serra inaugurou um centro de reabilitação para doentes mentais, e, segundo ele, ninguém da imprensa ligou.
O próprio presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, vem tendo uma confrontação quase permanente com o canal Fox, de propriedade do magnata da mídia Rupert Murdoch e de tendência conservadora.
Obama acusa a Fox de se dedicar totalmente a atacar seu governo, sem exibir nenhuma reportagem positiva sobre sua gestão.
São reações naturais de políticos que seguem a tradição de não separar notícia da propaganda. Tudo o que os governantes querem que seja publicado é propaganda. O resto é notícia.
Outra questão mais séria é quando os governos tentam controlar a informação, cerceando a liberdade de expressão. O caso da Venezuela é o mais grave entre todos, pois o país ainda não é uma ditadura formalizada e tenta manter uma aparência de democracia.
Enquanto o governo brasileiro se contentar em criticar a "mídia" dia sim outro também, estará tensionando o ambiente democrático do país, e incentivando atitudes mais radicais contra os meios de comunicação por parte de seguidores menos equilibrados, ou daqueles que, dentro do governo, tentam impor limitações à liberdade de imprensa.
Esse é o limite que o governo tem que resguardar, se não consegue respeitar o direito à informação como um valor em si.
Mas as constantes tentativas de "controle social" dos meios de comunicação, surgidas desde o primeiro ano de governo com o Conselho Nacional de Jornalismo, e repetidas em diversas ocasiões desde então, demonstram que Lula é mais do que simplesmente um ranzinza em busca de elogios unânimes.
Ele não entende a liberdade de expressão como um valor democrático, como por exemplo, Thomas Jefferson, autor do seguinte depoimento: "Se me coubesse decidir se deveríamos ter um governo sem jornais ou jornais sem um governo, não hesitaria um momento em preferir a última solução".
A necessidade de a imprensa ocupar um lugar antagônico ao governo foi percebida com clareza pelos fundadores dos Estados Unidos, e por isso tornaram a liberdade de imprensa a primeira garantia da Carta de Direitos.
"Sem liberdade de imprensa, sabiam, as outras liberdades desmoronariam. Porque o governo, devido à sua própria natureza, tende à opressão. E o governo, sem um cão de guarda, logo passa a oprimir o povo a que deve servir", explicou o famoso jornalista americano Jack Anderson.
Entre a reclamação dos governantes e a tentativa de controle da informação está o tênue fio que sustenta a democracia.
COMENTO:
Vamos comentar por partes:
1-"A política vivenciada como espetáculo"
O poder é um dos testes mais difíceis de passar pois está diretamente ligado a alimentação do ego e orgulho da pessoa.Aquele que não está preparado para exercer o Poder e entende-lo como devendo ser usado para servir a quem o colocou nessa posição e não se servir deles para uso prórpio cai na armadilha citada acima.Se torna orgulhoso , egoísta e megalomaníaco.Não aproveitou a oportunidade de praticar a humildade e servir aos outros.
O nosso Presidente infelizmente foi reporvado no teste.Não exercitou a humildade, se envolveu em escandalos gravíssimos com comprometimento moral e ético e ainda está se achando o mensageiro da paz mesmo apoiando regimes repressores e assinos.
2-"A política se transforma em uma permanente disputa corpo a corpo....num espírito de pelada"
Mas para o Presidente tudo é uma questão de futebol.É só lembrar o comentário dele sobre as eleições no Irã onde as manifestações não passaram de briga de torcidas.É só lembrar do jogo da seleção brasileira no Haiti e a proposta de um jogo com uma seleção mista de Israel e Palestina.
3-"O problema é que políticos como Lula querem tornar o que é eventual em permanente, negando a validade de uma das pilastras da democracia, a alternância de poder."
E desde quando esquerdistas gostam de democracia?Vejam os aliados e amigos do Presidente:Presidentes do Irã. Líbia, Síria,Cuba,Venezuela......
4-"E ele não se contenta com pouco. Tem uma popularidade que causa inveja aos políticos de todas as partes do mundo, mas quer a unanimidade"
É a manifestação do orgulho e egocentrismo exagerado.
quinta-feira, 25 de março de 2010
E trabalhar?
Postado por Cavaleiro do Templo
O Viajante, para quem ainda não sabe
Dr. PAULO CELSO BUDRI FREIREQUINTA-FEIRA, 25 DE MARÇO DE 2010
Por Joelmir BetingSe beber não dirija. Nem governe.
Até aqui, em 40 meses de governo, o presidente Lula já cometeu 102 viagens ao mundo. Ou mais de duas por mês, tal como semana sim, semana não. Sem contar, ora pois, as até aqui, 283 viagens pelo Brasil.Hoje, dia 15, ele completa 382 dias fora do país desde a posse. E pelo Brasil, no mesmo período, 602 dias fora de Brasília.Total da itinerância presidencial, caso único no mundo e na História: Exatos 984 dias fora do Palácio, em exatos 1.201 dias de presidência.Equivale a 81,9% do seu mandato fora do seu gabinete. Esta é a defesa da tese de que ele não sabia e nem sabe de nada do que acontece no Palácio do Planalto.Governar ou despachar, nem pensar.A ordem é circular. A qualquer pretexto.E sendo aqui deselegante, digo que o presidente não é (nem nunca foi) chegado ao batente, ao despacho, ao expediente.Jamais poderá mourejar no gabinete, dez horas por dia, um simpático mandatário que tem na biografia o nunca ter se sentado à mesa nem para estudar, que dirá para trabalhar.SEM CONTAR AS DESPESAS: FHC, EM 8 ANOS DE GOVERNO, GASTOU R$ 58 MILHÕES, CRITICADOS PELO PT. LULA ATÉ AGORA, EM MENOS DE 7 ANOS, GASTOU R$ 584 MILHÕES! E SÓ AS IDENTIFICADAS PELA IMPRENSA
COMENTO:
Pelo visto assina documentos sem ler.Depois alega que não sabe de nada.
Pelo visto não há gerencia:não há coordenação, fiscalização, controle e planejamento.
Não adianta.Para mim não é concebível um Presidente sem estudo e que não lê jornais.
Sem educação de qualidade não há desenvolvimento sustentável.
O Viajante, para quem ainda não sabe
Dr. PAULO CELSO BUDRI FREIREQUINTA-FEIRA, 25 DE MARÇO DE 2010
Por Joelmir BetingSe beber não dirija. Nem governe.
Até aqui, em 40 meses de governo, o presidente Lula já cometeu 102 viagens ao mundo. Ou mais de duas por mês, tal como semana sim, semana não. Sem contar, ora pois, as até aqui, 283 viagens pelo Brasil.Hoje, dia 15, ele completa 382 dias fora do país desde a posse. E pelo Brasil, no mesmo período, 602 dias fora de Brasília.Total da itinerância presidencial, caso único no mundo e na História: Exatos 984 dias fora do Palácio, em exatos 1.201 dias de presidência.Equivale a 81,9% do seu mandato fora do seu gabinete. Esta é a defesa da tese de que ele não sabia e nem sabe de nada do que acontece no Palácio do Planalto.Governar ou despachar, nem pensar.A ordem é circular. A qualquer pretexto.E sendo aqui deselegante, digo que o presidente não é (nem nunca foi) chegado ao batente, ao despacho, ao expediente.Jamais poderá mourejar no gabinete, dez horas por dia, um simpático mandatário que tem na biografia o nunca ter se sentado à mesa nem para estudar, que dirá para trabalhar.SEM CONTAR AS DESPESAS: FHC, EM 8 ANOS DE GOVERNO, GASTOU R$ 58 MILHÕES, CRITICADOS PELO PT. LULA ATÉ AGORA, EM MENOS DE 7 ANOS, GASTOU R$ 584 MILHÕES! E SÓ AS IDENTIFICADAS PELA IMPRENSA
COMENTO:
Pelo visto assina documentos sem ler.Depois alega que não sabe de nada.
Pelo visto não há gerencia:não há coordenação, fiscalização, controle e planejamento.
Não adianta.Para mim não é concebível um Presidente sem estudo e que não lê jornais.
Sem educação de qualidade não há desenvolvimento sustentável.
quarta-feira, 24 de março de 2010
Voce sabia?
Artigo retirado de http://www.deolhonamidia.org.br/
Os Progroms Dos Nossos Dias: Novas Vítimas, Novos Perpetradores .
O fundo histórico é o mesmo: governantes de países ou grupos isolados sob extremo fervor religioso querem impor sua visão de mundo a grupos que não compartilham a mesma em suas fronteiras. Se não é pela conversão, será pela espada e pela limpeza étnica/religiosa. Bem vindo aos progroms de nossos tempos, apresentando as novas vítimas: os cristãos e os novos perpetradores: radicais islâmicos. O componente especial? O total silêncio e complacência da mídia. Leia, se tiver estômago para isso.
Perseguição ao cristianismo no Egito: Alguém ouviu falar?A última das ações deste porte teve lugar na Nigéria neste mês e só foi relatada pela Folha Online, em matéria intitulada, "Ataque de muçulmanos a cristãos deixa 500 mortos na Nigéria", onde relata-se:"Em apenas três horas, ao menos 500 pessoas, entre elas muitas mulheres e crianças, foram mortas e queimadas, segundo testemunhas, que descrevem cenas de horror e violência. "Mais de 500 pessoas foram mortas neste ato abominável perpetrado por pastores fulanis", disse Dan Majang, responsável pela comunicação do Estado de Plateau, citado pela agência de notícias France Presse. Majang disse ainda que 95 pessoas foram detidas depois do ataque".Mais abaixo, a matéria transmite um dado chocante:"Os conflitos envolvendo cristãos e muçulmanos na Nigéria deixaram mais de 12 mil mortos desde 1999, quando foi implantada a sharia (lei islâmica) em 12 Estados do norte do país".Na Indonésia o ataque foi feito as instituições cristãs: entre os anos de 2004 a 2007, mais de 110 igrejas foram destruídas ou fechadas e a população cristã foi colocada em cerco.
Indonésia 2002: Turba muçulmana ataca grupo de cristãos em plena luz do diaNum artigo no jornal iraquiano Al-Zaman, publicado simultaneamente em Londres e Bagdá, cuja linha editorial é independente e liberal desde a década de 1940, o colunista Majid Aziza dá destaque à situação da população árabe cristã no mundo muçulmano. A seguir, alguns trechos do artigo:"Os cristãos nascidos em países árabes estão fugindo das suas regiões de origem. Hoje em dia, essa informação é divulgada em todo o mundo e é cem por cento verdadeira. As estatísticas mostram que um grande número de cristãos árabes está emigrando para lugares menos perigosos para eles e seus filhos, como Estados Unidos, Canadá, Austrália e Europa. Os motivos são, por um lado, a perseguição que os órgãos governamentais movem contra eles e, por outro lado, os grupos extremistas...Os cristãos têm vivido há séculos nas regiões conhecidas atualmente como países árabes, juntamente com outros grupos religiosos e, principalmente, com os muçulmanos que participaram com eles das aflições da vida. Mas os cristãos perderam o apoio de seus concidadãos islâmicos por muitas razões, inclusive pelo extremismo religioso entre alguns muçulmanos, pelo aumento da população [islâmica] por motivos religiosos, pelos atos de discriminação, coerção e expulsões individuais e coletivas de cristãos e pelas pressões que os cristãos vinham sofrendo até mesmo quando estavam servindo a seus países. Há muitos exemplos disso na Palestina, no Iraque, no Sudão, no Líbano, no Egito e em outras nações.Aproximadamente 4 milhões de cristãos libaneses emigraram de seu país em conseqüência das pressões impostas pelos [muçulmanos]. Mais ou menos meio milhão de cristãos iraquianos deixaram seu país pelos mesmos motivos... Hoje a situação está ficando pior por causa da discriminação por parte dos extremistas muçulmanos salafitas. Na Palestina, os cristãos estão quase extintos em conseqüência do controle que os extremistas muçulmanos têm sobre a questão palestina e da marginalização dos cristãos, sem mencionar o impacto negativo da intifada [revolta dos palestinos contra Israel] – que é dirigida pelas organizações islâmicas – sobre os cristãos da Palestina. Com relação aos cristãos coptas do Egito, o que o governo e os muçulmanos fizeram e estão fazendo com eles daria para encher páginas e páginas de livros e jornais, explicando os atos de coerção, discriminação e perseguição. O que está acontecendo também com os cristãos na Argélia, Mauritânia, Somália e outros países é um problema que ocuparia espaço demais para ser explicado.Essa situação ocorre igualmente nos países muçulmanos não-árabes. Em nações islâmicas como o Paquistão, a Indonésia e a Nigéria, os cristãos também sofrem perseguição. No Paquistão, os líderes muçulmanos decretaram uma fatwa [decisão religiosa] permitindo a matança de dois cristãos para cada muçulmano morto pelos ataques americanos no Afeganistão, como se os americanos representassem o Cristianismo no mundo. Em outros países os cristãos vivem com medo, sob a sombra de ameaças, e enfrentam uma crescente série de agressões toda vez que os Estados Unidos e seus aliados executam uma operação militar contra qualquer país [muçulmano].Os cristãos têm medo do que lhes poderia acontecer nesses países. A situação é muito grave e requer atenção urgente. É difícil imaginarmos qualquer outro tempo em que os cristãos enfrentaram maior perigo do que atualmente nesses países..." (extraído de www.memri.org)Andrea Rizzi, em sua matéria no El País, diário de Madrid, de 14 de março de 2010 relata a inquietante preocupação com os ataques de muçulmanos contra cristãos que estão em aumento vertiginoso nos países árabes. Alguns trechos da matéria:"Na última quarta-feira, um bando de cerca de dez atiradores irrompeu no meio da manhã nos escritórios da ONG cristã de ajuda humanitária World Vision em Mansehra, um distrito ao norte de Islamabad, e abriu fogo contra os funcionários que estavam ali. Seis deles morreram, outros sete ficaram feridos. O acontecimento é o episódio mais recente de uma série de atos de violência e perseguição contra cristãos que começaram há alguns meses com uma frequência inquietante em vários lugares do mundo.No fim de semana passado, o governo marroquino expulsou 26 cristãos do país, a maioria evangélicos, acusados de proselitismo. Ao mesmo tempo, na Nigéria, centenas de cristãos morreram a golpes de pistola e facadas pelas mãos de muçulmanos na explosão mais recente da violência étnico-religiosa crônica que afeta o centro do país africano. Na região de Mosul, no Iraque, pelo menos oito cristãos foram assassinados em diferentes ataques em fevereiro. E quase não restam famílias cristãs em Mosul: todas fugiram. No Egito, oito cristãos coptos morreram a tiros ao sair da missa num domingo de janeiro. Fora do mundo muçulmano, na Índia, também acontecem episódios de violência contra os cristãos. A lista poderia continuar.Em alguns casos, a perseguição é governamental, em outros, a violência é exercida pelos vizinhos. Com frequência, esses dois fatores estão relacionados. Wu destaca que em muitos casos a aplicação cada vez mais rígida de leis contra a blasfêmia e a falta de proteção às minorias acaba desencadeando uma espiral perversa.No Ocidente, onde o cristianismo e suas instituições são vistos com frequência como parte integrante do sistema de poder, a ideia de minorias cristãs perseguidas pode parecer surpreendente e distante, associada a tempos passados. Entretanto, dos mais de 2 bilhões de fieis que vários estudos atribuem ao cristianismo, pelo menos várias dezenas de milhões – numa estimativa prudente – vivem em situação de opressão ou com severas limitações.Um recente estudo da ONG cristã Open Doors situava o número ao redor de 100 milhões, a maior parte em países de maioria islâmica. A ONG, entretanto, atribuiu a posição de país mais hostil ao cristianismo à Coreia do Norte, onde acredita-se que milhares de cristãos estejam presos em campos de trabalho forçado".
Cristãos sob o jugo da Autoridade Palestina (fonte: Mídia Sem Máscara):
Cristãos palestinos são perseguidos Cristãos palestinos, sejam eles ex-muçulmanos ou não, são sistematicamente oprimidos pela Autoridade Palestina. Cadê os defensores dos direitos humanos? Cadê a mídia imparcial? Os cristãos palestinos estão sofrendo abusos dos direitos humanos, inclusive confisco de terra, estupro e assassinato nas mãos da população muçulmana, que é muito maior, mas eles não abrem a boca para falar e a Autoridade Palestina não lhes oferece nenhum recurso ou proteção, disse um advogado de direitos humanos e escritor. Na Margem Ocidental e na Faixa de Gaza, tanto muçulmanos quanto cristãos palestinos contam aos visitantes que não há nenhum atrito entre eles — que eles vivem como cidadãos iguais sob o governo da A.P. Mas Justus Reid Weiner, autor do livro recentemente publicado “Human Rights of Christians in Palestinian Society” (Direitos Humanos dos Cristãos na Sociedade Palestina) disse que isso simplesmente não é verdade. A perseguição religiosa é um problema em toda a sociedade palestina e é um problema sentido de diferentes maneiras, Weiner disse. “Algumas pessoas são acusadas de colaborar com Israel. Algumas pessoas são acusadas de ofensas morais. Algumas pessoas são acusadas de tentar propagar o Cristianismo através da distribuição de Bíblias”.Weiner, um advogado judeu que trabalha com questões de direitos humanos, disse que um pastor evangélico o incentivou a investigar os abusos de direitos humanos de muçulmanos que se converteram ao Cristianismo. Mais tarde, ele também estudou os cristãos que vivem sob governo da A.P. “Comecei quando um amigo meu que é pastor evangélico leigo perguntou se eu já havia pesquisado ou escrito sobre as vítimas cristãs que estavam sofrendo abusos de direitos humanos vivendo sob a A.P.”, Weiner contou ao Serviço Noticioso Cybercast. “E embora eu tenha experiência de 25 anos trabalhando como advogado de direitos humanos, eu não sabia nada”. Seu livro é dedicado a Ahmad El-Ashwal, um muçulmano palestino que se converteu ao Cristianismo e foi assassinado por causa de sua fé. El-Ashwal, pai de oito filhos que viviam no campo de refugiados de Askar perto da cidade de Nablus, na Margem Ocidental, foi preso e torturado nas prisões da A.P. por se converter ao Cristianismo, disse Weiner. “Ele foi levado à prisão por dois meses e eles o questionaram muito sobre suas convicções cristãs. Eles pediram que ele revelasse os nomes de outros cristãos que ele conhecia e lhe prometeram que se ele voltasse para o islamismo, eles lhe dariam um emprego bom, com salário elevado e um escritório só dele”, disse ele. El-Ashwal foi surrado; seu carro sofreu um ataque à bomba; e ele foi forçado a fechar seu próspero local de venda de falafel quando o proprietário não quis renovar o aluguel dele por causa de sua fé cristã. Ele dirigiu uma igreja secreta em sua casa no campo de refugiados e quando ele não quis voltar ao islamismo, homens mascarados bateram à sua porta em janeiro de 2004 e lhe atiraram na cabeça. “Nunca houve investigação alguma. Até tentei descobrir uma notícia de jornal dizendo que alguém havia levado tiro e sido morto — mas não havia notícia alguma”, contou Weiner. Sua família não quer se encontrar com nenhum estrangeiro mais, acrescentou ele. A constituição da A.P., que precisa ainda ser ratificada, é baseada na Sharia, a rígida lei religiosa islâmica, declarou Weiner. (A Sharia rebaixa os que não são muçulmanos a uma condição inferior e também proíbe conversões do islamismo a qualquer outra religião.) O islamismo vê uma conversão como “rua de mão única”, observou Weiner. “Você é mais que bem-vindo para se converter para o islamismo, mas quem tiver o atrevimento de pensar em se converter do islamismo para alguma outra religião merece a pena de morte”. Se a A.P. for governada por uma constituição baseada na lei islâmica, há pouca esperança de que a constituição protegerá um muçulmano que se tornar cristão, declarou ele. Os cristãos também sofrem Mas não é só os muçulmanos que se convertem ao Cristianismo que sofrem. Weiner observou que os países do mundo não dão atenção aos abusos contra a pequena população cristã (menos que dois por cento da população total da Margem Ocidental e da Faixa de Gaza). “A realidade da vida do dia-a-dia dos cristãos palestinos que vivem sob o governo da A.P., sujeitos aos caprichos de uma maioria muçulmana, continua a ser em grande parte ignorada pelas organizações, governos, os meios de comunicação e o público internacional”, escreveu Weiner em seu livro. “Não só a população palestina cristã está sofrendo ameaça à sua própria existência, mas o que mais chama a atenção é que sua condição como minoria perseguida é ignorada, já que a atenção internacional está toda no terrorismo e nos planos de paz iniciais, em vez das presentes necessidades de direitos humanos”, declarou ele. O livro de Weiner é o cume de oitos anos de pesquisa e entrevistas com convertidos e cristãos nas áreas da A.P. Ele também publicou muitos artigos em várias revistas de direito e direitos humanos. “A maioria das vítimas tem medo de falar, medo de dar entrevistas, medo até de se encontrar comigo”, comentou Weiner. “Tive de reassegurar-lhes na maioria dos casos de que eu não ia publicar minhas descobertas aqui em Israel, de que tudo ia ser publicado em revistas acadêmicas no outro lado do oceano… que têm pequena circulação”, observou Weiner. “Além disso, eu estava disposto a mudar os nomes, as cidades de residência e a ocupação das pessoas que eram entrevistadas, e apesar dessas afirmações reiteradas havia algumas pessoas que ainda não queriam conversar”, declarou ele. “Basicamente, há um grande problema de medo de ameaças”. Recentemente, uma mulher muçulmana foi assassinada por sua família, porque alegaram que ela estava tendo um caso com seu patrão cristão. A família muçulmana foi então atacar enlouquecidamente a vila cristã de Taibeh, queimando lojas e obrigando os cristãos a fugir em busca de segurança, disse ele. O silêncio dos líderes cristãos Para piorar o problema, os líderes cristãos — há muito tempo amedrontados com as ameaças de Yasser Arafat, que era presidente da A.P., e agora amedrontados com a atual liderança da A.P. — não abrem a boca em favor de suas comunidades, observou ele. Weiner disse que no começo ele ficou perplexo com o silêncio dos líderes cristãos para com o tratamento cruel que seus membros estavam sofrendo. “Penso no Cristianismo como uma das maiores religiões mundiais envolvendo bilhões de seguidores… e muitos deles são ricos e cultos. Líderes poderosos de muitos países professam uma identidade cristã e certamente eles vêm de uma tradição cristã”, disse ele. A Autoridade Palestina tem de tal modo intimidado os líderes cristãos que eles cooperam com a causa nacionalista palestina, declarou Weiner. “Eles obedeciam toda vez que Arafat estalava os dedos para vestir roupas cristãs e dar garantia pessoal do fato de que os cristãos e os muçulmanos eram palestinos acima de tudo, e que todos eles estavam comprometidos com o nacionalismo palestino como sua prioridade máxima”, comentou ele. Os cristãos, pois, viam seus líderes como homens que haviam se vendido, acrescentou ele. Pelo fato de que havia muito poucos cristãos, em comparação ao número de muçulmanos, “os líderes da A.P. tendem a fechar os olhos quando o Hamas ou a Jihad Islâmica atira, esfaqueia, bate, intimida, rouba ou estupra os cristãos”, ele declarou.
Campanha na Internet: Pelo fim do massacre de cristãos no EgitoDados Sobre A Perseguição:A organização cristã internacional «Portas Abertas» divulgou recentemente o novo ranking dos países onde ocorre perseguição dos cristãos. A lista relaciona 50 países pontuados de acordo com a observação dos acontecimentos ligados à perseguição cristã e as medidas adoptadas pelas autoridades. Pelo quinto ano consecutivo a Coreia do Norte aparece no topo da lista como o país onde a perseguição cristã é mais grave.A situação dos cristãos teria piorado na Coreia do Norte, Arábia Saudita, Irão, República das Maldivas, Butão, Iémen, Afeganistão, Laos, Uzbequistão e na China. No entanto, o documento aponta que houve diminuição da perseguição cristã na Somália, Vietname, Birmânia, Etiópia, Colômbia e Nepal, este último a ser o único a não participar na actual lista dos cinquenta mais perseguidores.
Classificação de países por nível de perseguição cristã em Fevereiro de 2008:
Posição País :
Pontos1 Coreia do Norte 90,52 Arábia Saudita 64,53 Irão 644 Maldivas 61 5 Butão 586 Iémen 57,57 Afeganistão 57,58 Laos 56,59 Uzbequistão 5510 China 5511 Eritreia 5512 Somália 54,513 Turquemenistão 5414 Comoros 5015 Paquistão 4816 Catar 47,517 Vietname 4618 Chechénia 4619 Egipto 4620 Zanzibar 4321 Iraque 42,522 Azerbeijão 42,523 Líbia 42,524 Mauritânia 42,525 Birmânia 4226 Sudão 41,527 Omã 4128 Cuba 4029 Brunei 3930 Índia 37,531 Argélia 37,532 Nigéria 3733 Djibouti 3634 Turquia 3635 Kuwait 3636 Sri Lanka 35,537 Tajiquistão 34,538 E. Árabes Unidos 3439 Jordânia 3440 Marrocos 3341 Belarus 3042 Palestina 29,543 Etiópia 2844 Síria 27,545 Bahrein 27,546 Tunísia 26,547 Indonésia 2648 Bangladesh 2649 Quénia 2650 Colômbia 23,5
Os Progroms Dos Nossos Dias: Novas Vítimas, Novos Perpetradores .
O fundo histórico é o mesmo: governantes de países ou grupos isolados sob extremo fervor religioso querem impor sua visão de mundo a grupos que não compartilham a mesma em suas fronteiras. Se não é pela conversão, será pela espada e pela limpeza étnica/religiosa. Bem vindo aos progroms de nossos tempos, apresentando as novas vítimas: os cristãos e os novos perpetradores: radicais islâmicos. O componente especial? O total silêncio e complacência da mídia. Leia, se tiver estômago para isso.
Perseguição ao cristianismo no Egito: Alguém ouviu falar?A última das ações deste porte teve lugar na Nigéria neste mês e só foi relatada pela Folha Online, em matéria intitulada, "Ataque de muçulmanos a cristãos deixa 500 mortos na Nigéria", onde relata-se:"Em apenas três horas, ao menos 500 pessoas, entre elas muitas mulheres e crianças, foram mortas e queimadas, segundo testemunhas, que descrevem cenas de horror e violência. "Mais de 500 pessoas foram mortas neste ato abominável perpetrado por pastores fulanis", disse Dan Majang, responsável pela comunicação do Estado de Plateau, citado pela agência de notícias France Presse. Majang disse ainda que 95 pessoas foram detidas depois do ataque".Mais abaixo, a matéria transmite um dado chocante:"Os conflitos envolvendo cristãos e muçulmanos na Nigéria deixaram mais de 12 mil mortos desde 1999, quando foi implantada a sharia (lei islâmica) em 12 Estados do norte do país".Na Indonésia o ataque foi feito as instituições cristãs: entre os anos de 2004 a 2007, mais de 110 igrejas foram destruídas ou fechadas e a população cristã foi colocada em cerco.
Indonésia 2002: Turba muçulmana ataca grupo de cristãos em plena luz do diaNum artigo no jornal iraquiano Al-Zaman, publicado simultaneamente em Londres e Bagdá, cuja linha editorial é independente e liberal desde a década de 1940, o colunista Majid Aziza dá destaque à situação da população árabe cristã no mundo muçulmano. A seguir, alguns trechos do artigo:"Os cristãos nascidos em países árabes estão fugindo das suas regiões de origem. Hoje em dia, essa informação é divulgada em todo o mundo e é cem por cento verdadeira. As estatísticas mostram que um grande número de cristãos árabes está emigrando para lugares menos perigosos para eles e seus filhos, como Estados Unidos, Canadá, Austrália e Europa. Os motivos são, por um lado, a perseguição que os órgãos governamentais movem contra eles e, por outro lado, os grupos extremistas...Os cristãos têm vivido há séculos nas regiões conhecidas atualmente como países árabes, juntamente com outros grupos religiosos e, principalmente, com os muçulmanos que participaram com eles das aflições da vida. Mas os cristãos perderam o apoio de seus concidadãos islâmicos por muitas razões, inclusive pelo extremismo religioso entre alguns muçulmanos, pelo aumento da população [islâmica] por motivos religiosos, pelos atos de discriminação, coerção e expulsões individuais e coletivas de cristãos e pelas pressões que os cristãos vinham sofrendo até mesmo quando estavam servindo a seus países. Há muitos exemplos disso na Palestina, no Iraque, no Sudão, no Líbano, no Egito e em outras nações.Aproximadamente 4 milhões de cristãos libaneses emigraram de seu país em conseqüência das pressões impostas pelos [muçulmanos]. Mais ou menos meio milhão de cristãos iraquianos deixaram seu país pelos mesmos motivos... Hoje a situação está ficando pior por causa da discriminação por parte dos extremistas muçulmanos salafitas. Na Palestina, os cristãos estão quase extintos em conseqüência do controle que os extremistas muçulmanos têm sobre a questão palestina e da marginalização dos cristãos, sem mencionar o impacto negativo da intifada [revolta dos palestinos contra Israel] – que é dirigida pelas organizações islâmicas – sobre os cristãos da Palestina. Com relação aos cristãos coptas do Egito, o que o governo e os muçulmanos fizeram e estão fazendo com eles daria para encher páginas e páginas de livros e jornais, explicando os atos de coerção, discriminação e perseguição. O que está acontecendo também com os cristãos na Argélia, Mauritânia, Somália e outros países é um problema que ocuparia espaço demais para ser explicado.Essa situação ocorre igualmente nos países muçulmanos não-árabes. Em nações islâmicas como o Paquistão, a Indonésia e a Nigéria, os cristãos também sofrem perseguição. No Paquistão, os líderes muçulmanos decretaram uma fatwa [decisão religiosa] permitindo a matança de dois cristãos para cada muçulmano morto pelos ataques americanos no Afeganistão, como se os americanos representassem o Cristianismo no mundo. Em outros países os cristãos vivem com medo, sob a sombra de ameaças, e enfrentam uma crescente série de agressões toda vez que os Estados Unidos e seus aliados executam uma operação militar contra qualquer país [muçulmano].Os cristãos têm medo do que lhes poderia acontecer nesses países. A situação é muito grave e requer atenção urgente. É difícil imaginarmos qualquer outro tempo em que os cristãos enfrentaram maior perigo do que atualmente nesses países..." (extraído de www.memri.org)Andrea Rizzi, em sua matéria no El País, diário de Madrid, de 14 de março de 2010 relata a inquietante preocupação com os ataques de muçulmanos contra cristãos que estão em aumento vertiginoso nos países árabes. Alguns trechos da matéria:"Na última quarta-feira, um bando de cerca de dez atiradores irrompeu no meio da manhã nos escritórios da ONG cristã de ajuda humanitária World Vision em Mansehra, um distrito ao norte de Islamabad, e abriu fogo contra os funcionários que estavam ali. Seis deles morreram, outros sete ficaram feridos. O acontecimento é o episódio mais recente de uma série de atos de violência e perseguição contra cristãos que começaram há alguns meses com uma frequência inquietante em vários lugares do mundo.No fim de semana passado, o governo marroquino expulsou 26 cristãos do país, a maioria evangélicos, acusados de proselitismo. Ao mesmo tempo, na Nigéria, centenas de cristãos morreram a golpes de pistola e facadas pelas mãos de muçulmanos na explosão mais recente da violência étnico-religiosa crônica que afeta o centro do país africano. Na região de Mosul, no Iraque, pelo menos oito cristãos foram assassinados em diferentes ataques em fevereiro. E quase não restam famílias cristãs em Mosul: todas fugiram. No Egito, oito cristãos coptos morreram a tiros ao sair da missa num domingo de janeiro. Fora do mundo muçulmano, na Índia, também acontecem episódios de violência contra os cristãos. A lista poderia continuar.Em alguns casos, a perseguição é governamental, em outros, a violência é exercida pelos vizinhos. Com frequência, esses dois fatores estão relacionados. Wu destaca que em muitos casos a aplicação cada vez mais rígida de leis contra a blasfêmia e a falta de proteção às minorias acaba desencadeando uma espiral perversa.No Ocidente, onde o cristianismo e suas instituições são vistos com frequência como parte integrante do sistema de poder, a ideia de minorias cristãs perseguidas pode parecer surpreendente e distante, associada a tempos passados. Entretanto, dos mais de 2 bilhões de fieis que vários estudos atribuem ao cristianismo, pelo menos várias dezenas de milhões – numa estimativa prudente – vivem em situação de opressão ou com severas limitações.Um recente estudo da ONG cristã Open Doors situava o número ao redor de 100 milhões, a maior parte em países de maioria islâmica. A ONG, entretanto, atribuiu a posição de país mais hostil ao cristianismo à Coreia do Norte, onde acredita-se que milhares de cristãos estejam presos em campos de trabalho forçado".
Cristãos sob o jugo da Autoridade Palestina (fonte: Mídia Sem Máscara):
Cristãos palestinos são perseguidos Cristãos palestinos, sejam eles ex-muçulmanos ou não, são sistematicamente oprimidos pela Autoridade Palestina. Cadê os defensores dos direitos humanos? Cadê a mídia imparcial? Os cristãos palestinos estão sofrendo abusos dos direitos humanos, inclusive confisco de terra, estupro e assassinato nas mãos da população muçulmana, que é muito maior, mas eles não abrem a boca para falar e a Autoridade Palestina não lhes oferece nenhum recurso ou proteção, disse um advogado de direitos humanos e escritor. Na Margem Ocidental e na Faixa de Gaza, tanto muçulmanos quanto cristãos palestinos contam aos visitantes que não há nenhum atrito entre eles — que eles vivem como cidadãos iguais sob o governo da A.P. Mas Justus Reid Weiner, autor do livro recentemente publicado “Human Rights of Christians in Palestinian Society” (Direitos Humanos dos Cristãos na Sociedade Palestina) disse que isso simplesmente não é verdade. A perseguição religiosa é um problema em toda a sociedade palestina e é um problema sentido de diferentes maneiras, Weiner disse. “Algumas pessoas são acusadas de colaborar com Israel. Algumas pessoas são acusadas de ofensas morais. Algumas pessoas são acusadas de tentar propagar o Cristianismo através da distribuição de Bíblias”.Weiner, um advogado judeu que trabalha com questões de direitos humanos, disse que um pastor evangélico o incentivou a investigar os abusos de direitos humanos de muçulmanos que se converteram ao Cristianismo. Mais tarde, ele também estudou os cristãos que vivem sob governo da A.P. “Comecei quando um amigo meu que é pastor evangélico leigo perguntou se eu já havia pesquisado ou escrito sobre as vítimas cristãs que estavam sofrendo abusos de direitos humanos vivendo sob a A.P.”, Weiner contou ao Serviço Noticioso Cybercast. “E embora eu tenha experiência de 25 anos trabalhando como advogado de direitos humanos, eu não sabia nada”. Seu livro é dedicado a Ahmad El-Ashwal, um muçulmano palestino que se converteu ao Cristianismo e foi assassinado por causa de sua fé. El-Ashwal, pai de oito filhos que viviam no campo de refugiados de Askar perto da cidade de Nablus, na Margem Ocidental, foi preso e torturado nas prisões da A.P. por se converter ao Cristianismo, disse Weiner. “Ele foi levado à prisão por dois meses e eles o questionaram muito sobre suas convicções cristãs. Eles pediram que ele revelasse os nomes de outros cristãos que ele conhecia e lhe prometeram que se ele voltasse para o islamismo, eles lhe dariam um emprego bom, com salário elevado e um escritório só dele”, disse ele. El-Ashwal foi surrado; seu carro sofreu um ataque à bomba; e ele foi forçado a fechar seu próspero local de venda de falafel quando o proprietário não quis renovar o aluguel dele por causa de sua fé cristã. Ele dirigiu uma igreja secreta em sua casa no campo de refugiados e quando ele não quis voltar ao islamismo, homens mascarados bateram à sua porta em janeiro de 2004 e lhe atiraram na cabeça. “Nunca houve investigação alguma. Até tentei descobrir uma notícia de jornal dizendo que alguém havia levado tiro e sido morto — mas não havia notícia alguma”, contou Weiner. Sua família não quer se encontrar com nenhum estrangeiro mais, acrescentou ele. A constituição da A.P., que precisa ainda ser ratificada, é baseada na Sharia, a rígida lei religiosa islâmica, declarou Weiner. (A Sharia rebaixa os que não são muçulmanos a uma condição inferior e também proíbe conversões do islamismo a qualquer outra religião.) O islamismo vê uma conversão como “rua de mão única”, observou Weiner. “Você é mais que bem-vindo para se converter para o islamismo, mas quem tiver o atrevimento de pensar em se converter do islamismo para alguma outra religião merece a pena de morte”. Se a A.P. for governada por uma constituição baseada na lei islâmica, há pouca esperança de que a constituição protegerá um muçulmano que se tornar cristão, declarou ele. Os cristãos também sofrem Mas não é só os muçulmanos que se convertem ao Cristianismo que sofrem. Weiner observou que os países do mundo não dão atenção aos abusos contra a pequena população cristã (menos que dois por cento da população total da Margem Ocidental e da Faixa de Gaza). “A realidade da vida do dia-a-dia dos cristãos palestinos que vivem sob o governo da A.P., sujeitos aos caprichos de uma maioria muçulmana, continua a ser em grande parte ignorada pelas organizações, governos, os meios de comunicação e o público internacional”, escreveu Weiner em seu livro. “Não só a população palestina cristã está sofrendo ameaça à sua própria existência, mas o que mais chama a atenção é que sua condição como minoria perseguida é ignorada, já que a atenção internacional está toda no terrorismo e nos planos de paz iniciais, em vez das presentes necessidades de direitos humanos”, declarou ele. O livro de Weiner é o cume de oitos anos de pesquisa e entrevistas com convertidos e cristãos nas áreas da A.P. Ele também publicou muitos artigos em várias revistas de direito e direitos humanos. “A maioria das vítimas tem medo de falar, medo de dar entrevistas, medo até de se encontrar comigo”, comentou Weiner. “Tive de reassegurar-lhes na maioria dos casos de que eu não ia publicar minhas descobertas aqui em Israel, de que tudo ia ser publicado em revistas acadêmicas no outro lado do oceano… que têm pequena circulação”, observou Weiner. “Além disso, eu estava disposto a mudar os nomes, as cidades de residência e a ocupação das pessoas que eram entrevistadas, e apesar dessas afirmações reiteradas havia algumas pessoas que ainda não queriam conversar”, declarou ele. “Basicamente, há um grande problema de medo de ameaças”. Recentemente, uma mulher muçulmana foi assassinada por sua família, porque alegaram que ela estava tendo um caso com seu patrão cristão. A família muçulmana foi então atacar enlouquecidamente a vila cristã de Taibeh, queimando lojas e obrigando os cristãos a fugir em busca de segurança, disse ele. O silêncio dos líderes cristãos Para piorar o problema, os líderes cristãos — há muito tempo amedrontados com as ameaças de Yasser Arafat, que era presidente da A.P., e agora amedrontados com a atual liderança da A.P. — não abrem a boca em favor de suas comunidades, observou ele. Weiner disse que no começo ele ficou perplexo com o silêncio dos líderes cristãos para com o tratamento cruel que seus membros estavam sofrendo. “Penso no Cristianismo como uma das maiores religiões mundiais envolvendo bilhões de seguidores… e muitos deles são ricos e cultos. Líderes poderosos de muitos países professam uma identidade cristã e certamente eles vêm de uma tradição cristã”, disse ele. A Autoridade Palestina tem de tal modo intimidado os líderes cristãos que eles cooperam com a causa nacionalista palestina, declarou Weiner. “Eles obedeciam toda vez que Arafat estalava os dedos para vestir roupas cristãs e dar garantia pessoal do fato de que os cristãos e os muçulmanos eram palestinos acima de tudo, e que todos eles estavam comprometidos com o nacionalismo palestino como sua prioridade máxima”, comentou ele. Os cristãos, pois, viam seus líderes como homens que haviam se vendido, acrescentou ele. Pelo fato de que havia muito poucos cristãos, em comparação ao número de muçulmanos, “os líderes da A.P. tendem a fechar os olhos quando o Hamas ou a Jihad Islâmica atira, esfaqueia, bate, intimida, rouba ou estupra os cristãos”, ele declarou.
Campanha na Internet: Pelo fim do massacre de cristãos no EgitoDados Sobre A Perseguição:A organização cristã internacional «Portas Abertas» divulgou recentemente o novo ranking dos países onde ocorre perseguição dos cristãos. A lista relaciona 50 países pontuados de acordo com a observação dos acontecimentos ligados à perseguição cristã e as medidas adoptadas pelas autoridades. Pelo quinto ano consecutivo a Coreia do Norte aparece no topo da lista como o país onde a perseguição cristã é mais grave.A situação dos cristãos teria piorado na Coreia do Norte, Arábia Saudita, Irão, República das Maldivas, Butão, Iémen, Afeganistão, Laos, Uzbequistão e na China. No entanto, o documento aponta que houve diminuição da perseguição cristã na Somália, Vietname, Birmânia, Etiópia, Colômbia e Nepal, este último a ser o único a não participar na actual lista dos cinquenta mais perseguidores.
Classificação de países por nível de perseguição cristã em Fevereiro de 2008:
Posição País :
Pontos1 Coreia do Norte 90,52 Arábia Saudita 64,53 Irão 644 Maldivas 61 5 Butão 586 Iémen 57,57 Afeganistão 57,58 Laos 56,59 Uzbequistão 5510 China 5511 Eritreia 5512 Somália 54,513 Turquemenistão 5414 Comoros 5015 Paquistão 4816 Catar 47,517 Vietname 4618 Chechénia 4619 Egipto 4620 Zanzibar 4321 Iraque 42,522 Azerbeijão 42,523 Líbia 42,524 Mauritânia 42,525 Birmânia 4226 Sudão 41,527 Omã 4128 Cuba 4029 Brunei 3930 Índia 37,531 Argélia 37,532 Nigéria 3733 Djibouti 3634 Turquia 3635 Kuwait 3636 Sri Lanka 35,537 Tajiquistão 34,538 E. Árabes Unidos 3439 Jordânia 3440 Marrocos 3341 Belarus 3042 Palestina 29,543 Etiópia 2844 Síria 27,545 Bahrein 27,546 Tunísia 26,547 Indonésia 2648 Bangladesh 2649 Quénia 2650 Colômbia 23,5
terça-feira, 23 de março de 2010
Regime Iraniano: O fundamento e o perigo
O TEXTO É LONGO MAS MUITO ESCLARECEDOR.
¿PORQUE IRAN ASPIRA A SER UNA POTENCIA NUCLEAR?
La sombra de la revolución es alargada
Marta Gonzalez Isidoro , Infomedio
El 1 de febrero de 1979, a las 9:33 horas, aterrizaba en el aeropuerto de Teherán un avión procedente de París con un pasajero muy especial a bordo: el Ayatollah Jomeini. El Imán regresaba del exilio después de liderar y organizar durante una década un movimiento político de masas centrado en un conjunto de objetivos muy simples pero de gran eficacia y resonancia internacional: la expulsión del Sha, la abolición de la monarquía, milenaria en Irán, y el fin de la influencia occidental en el país, especialmente la norteamericana. Legitimado por el éxito, llega también con una biblia política bajo el brazo: el gobierno islámico, una apuesta personal firme que sellaría para siempre el futuro del nuevo Irán y determinaría el diseño del frágil tablero de Oriente Medio, al tiempo que extendería su larga y oscura sombra incluso por América Latina.
Si bien las causas de la revolución de 1979 hay que buscarlas en la corrupción, la desigualdad, la ausencia de democracia o la explotación extranjera de su principal recurso, el petróleo, tampoco las promesas de instaurar la justicia social mediante el establecimiento de la Sharía se han cumplido del todo, y en el Irán islámico las desigualdades sociales siguen siendo enormes. A pesar de todo, no cabe duda de que, treinta y un años después, el éxito de la Revolución que Jomeini puso en marcha ha sido rotundo.
Convertida en superpotencia regional y en actor internacional decisivo, Irán es hoy la pesadilla del mundo libre por sus relaciones con el terrorismo internacional, sus alianzas contra natura, sus ambiciones militares, su antisemitismo patológico, y, sobre todo, por la oscuridad de su programa nuclear. Irán comienza a ser percibido como una amenaza – todavía no existencial, al menos para la frágil y ambigua Unión Europea -, teniendo en cuenta que, según su presidente Mahmud Ahmadineyad, habría conseguido el primer paquete de uranio enriquecido al 20% - necesario para construir una bomba atómica – y tiene ya capacidad para enriquecer al 80%. Las previsiones de los analistas y expertos en física nuclear no son muy halagüeñas: entre seis meses y un año Irán podría estar preparado para ensamblar material nuclear en las ojivas de los misiles que ya dispone. Un peligro potencialmente añadido si este material cayese en manos de algunos de sus socios en el terror, como Hizbollah o Hamas.
¿Por qué Irán aspira a ser un Estado nuclear?. ¿Por qué la Comunidad Internacional quiere – o eso dice – evitarlo a toda costa?. ¿Es sólo una cuestión de poder y liderazgo regional o existe algún condicionante emanado de su propia interpretación chií del Islam?. ¿Realmente existe un riesgo para la supervivencia del mundo libre?. La Revolución iraní ¿Es fruto de la auténtica tradición del Islam o de otras influencias?. ¿Por qué el terrorismo de Estado es un elemento per se de su sistema político? Para entender el debate ideológico-político que se está produciendo desde hace algunos años sobre Irán y responder a estas cuestiones es imprescindible conocer la propia teología chií y el sistema de gobierno creado y legado por el Ayatollah Jomeini.
El Islam no es una religión cualquiera. Ni siquiera es una de las tres religiones que llamamos del Libro, situada, por tanto, al mismo nivel conceptual y teológico que el Judaísmo y el Cristianismo. El Islam es superior, porque el Islam es, según sus creyentes, la Religión, la única y verdadera, la última oportunidad dada por Dios – Allah – a los hombres para que recapaciten y vuelvan a la senda del buen camino. Como última religión revelada, el Islam tiene conciencia de haber regresado a la religión primordial, la que se funda en la doctrina de la Unidad – umma o comunidad de creyentes -, fuente de toda verdad, y que, mediante la sumisión – islam – al Dios único – Allah – abre al hombre la vía del retorno a él.
Parece complicado pero, en realidad, es muy simple: como la humanidad es única, Dios se ha Revelado al hombre de forma única, enviando a cada comunidad, a lo largo de los tiempos, un Profeta distinto que adaptaba su lenguaje en función del lugar, espacio y tiempo en el que se aparecía. Adán fue el primer profeta portador de la Revelación universal, seguido por el resto de los profetas: Abraham, Noé, Moisés, Jonás, Ezequiel, David, Elías o Jesús, y así hasta llegar a Mahoma, el último profeta y última oportunidad de salvación cuando llegue el Juicio Final y la consumación de los tiempos. Por eso, aparte de algunos que pertenecen al pasado bastante oscuro de la Arabia pre-islámica, como Chueb, Hud o Salih, los profetas que menciona el Corán – su libro sagrado – se corresponden, por lo general, con los personajes bíblicos. Eso sí: a diferencia del Antiguo Testamento cristiano o Deuteronomio, que se corresponde íntegramente con la Torah judía, el Corán hace una adaptación bastante sui generis de la historia común. En esta interpretación, el que no abraza el islam es infiel. Los politeístas, por descontado, y los judíos y cristianos por haber traicionado el mensaje divino, haber ocultado los pasajes que anuncian la llegada de Mahoma y por no haber estado atentos a los signos de Dios. La infidelidad de los judíos es aun más grave que la de los cristianos, puesto que han osado atribuirse la descendencia de Abraham – que sólo fue un hanif muslim o verdadero creyente sometido a Dios -, y por no haber creído que Jesús era el Mesías, el Profeta de Dios, su Verbo. Los cristianos merecen un poco más de indulgencia, al compartir con ellos la misión divina de Jesús, aunque se distancian en la medida en que no creen en su naturaleza divina. No obstante, la yihad – guerra santa - aplicada a los judíos y cristianos que han vivido bajo regímenes islámicos a lo largo de la historia ha sido más sutil, puesto que oficialmente estaban protegidos por el paraguas de la dhimma, pacto que garantizaba la seguridad de sus vidas y sus bienes a cambio del pago de un tributo.
La práctica del islam representa, para el creyente, el cumplimiento pleno de su vocación humana, al tiempo que le permite sentirse integrado en una comunidad equilibrada. La esperanza depositada en que toda la humanidad, con el tiempo, se rendirá a la evidencia de la verdadera fe, viene reforzada por las tradiciones proféticas, que anuncian que Jesús, cuando vuelva a la tierra para establecer en ella el reino de la justicia y la paz, practicará él mismo el islam bajo la forma tradicional – sunna – procedente de Mahoma, instrumento de la última Revelación. Esperanza en los más cautelosos, y yihad para los que tienen prisa.
La escatología islámica está determinada por dos acontecimientos: el primero es la llegada del dayyal – el Gran Satán - , un ser maléfico que traerá corrupción, injusticia, opresión e inmoralidad y que en la conciencia colectiva está fuertemente identificado con el Occidente decadente, pagano y enemigo de la verdad – islam -. El segundo es la esperanza depositada en la llegada del Mahdi y con él, la restauración islámica o califato universal. El Mesías, con ayuda del Mahdi, vencerá al dayyal y le matará. Entonces se iniciará una nueva época de paz y armonía universal. Jesús practicará el islam tal como lo reveló el profeta Mahoma y toda la humanidad se le unirá. Al final de su segunda misión en la tierra, que durará cuarenta años, morirá y será enterrado en Medina, junto al profeta del Islam y los primeros califas.
Esta creencia, que podría pasar livianamente por la de un texto apocalíptico cualquiera, es realmente peligrosa. Lo es porque en el chiísmo esta creencia está estrechamente asociada a la doctrina que el poder político en el Islam no puede pertenecer más que a los imanes, descendientes de Alí y de Fátima, hija del Profeta. Según el chiísmo mayoritario, hubo doce imanes. El duodécimo, llamado Muhammad al Mahdí, desapareció de forma misteriosa el año 874, poco después de la muerte de su padre. Según la tradición, desde entonces se encuentra oculto y debe aparecer poco antes del Juicio Final, coincidiendo con una época impía, opresiva y violenta.
La influencia de esta doctrina, junto con teorías de inspiración marxistas y tercermundistas en el movimiento revolucionario iraní es incuestionable. El propio Jomeini, que se decía descendiente de la familia del Profeta, se autoproclamó imán y precursor y portavoz del Mahdi, el Señor del tiempo, cuya venida sería inminente. Revolución y escatología, pues, al servicio de un régimen delirante.
En cuanto a la estructura de Estado, Jomeini estableció un sistema de gobierno totalmente innovador en el mundo islámico de su tiempo con el objetivo de adaptar el Islam al concepto europeo de Estado-nación. Una concepción maquiavélica y profundamente hegeliana del poder, que llevaría la razón de Estado hasta sus últimas consecuencias. Sirviéndose del modelo de la Constitución francesa de 1958, diseñó una Constitución a su medida, aparentemente democrática en su estructura, pero fuertemente condicionada por las características sociológicas, religiosas y culturales de los persas: instauración de una República, elecciones por sufragio universal, Parlamento, Presidente, Consejo de Ministros, partidos políticos con voz y voto y el equivalente a una Corte Suprema. Todo ello revestido con un fuerte lenguaje religioso en nombre de la lucha contra la influencia occidental y un discurso profundamente antinorteamericano y antisionista. No en balde, Jomeini estaba obsesionado por una supuesta conspiración fraguada por el gobierno de Gran Bretaña, la infiltración judía y agentes extranjeros. Para conjurar los peligros, y puesto que el Islam es un sistema de vida completo que abarca tanto lo individual como lo colectivo, nada mejor que un poder ejecutivo fuerte en el que coincidan el mandato divino, la tradición y la razón.
Un gobierno islámico constitucional en el que el poder legislativo y la soberanía residen exclusivamente en Allah, mientras que el poder ejecutivo se confiere también por mandato divino, tal y como lo adquirieron y ejercieron en su día el Profeta Mahoma y Alí, su sucesor. Ante la ausencia del Iman o sucesor legítimo del Profeta, los alfaquíes o jurisconsultos musulmanes son los encargados de ejercer esa tutela. Como mensajeros de Allah, y como garantes únicos de la transmisión auténtica de los mensajes proféticos, su labor no es legislar, sino aplicar las leyes divinas que el Profeta ha promulgado. Por eso sólo velan por la aplicación de la sharía – cortar las manos a los ladrones y administrar latigazos y lapidaciones, en aplicación de los preceptos penales del islam – y supervisan que el funcionamiento del gobierno se ajuste igualmente a los preceptos del islam. Pero un Estado moderno necesita un poder ejecutivo. Y la tarea de gobernar recae directamente en el Líder Supremo en sustitución del iman oculto. Jomeini se declara a sí mismo sucesor del Profeta, y blinda al Líder Supremo – él mismo y desde 1989 Alí Jamenei – con el poder y la autoridad absoluta para emitir nuevas leyes, que deben considerarse como religiosamente vinculantes, e incluso derogar preceptos firmemente establecidos en base a las necesidades del Estado – o sea, de las suyas propias –.
Aunque en teoría el Estado representa a todos los ciudadanos, la administración de su poder pertenece a una casta o élite de elegidos. Ellos son los únicos conscientes realmente que la Historia les ha elegido para llevar a cabo una misión escatológica: la purificación ideológica necesaria para facilitar el retorno a una sociedad ideal de acuerdo con los preceptos islámicos. Para ello, el Estado debe doblegar, como sea, las voluntades individuales, que deben coincidir con los intereses del Estado. El Corán no está hecho para rezar, sino para organizar sociedades, y los dirigentes religiosos se forman no para rezar, sino para gobernar, declaró en su día Jomeini. La tiranía se impone en un régimen en el que el Estado es un fin en sí mismo y que considera que el martirio es fuente de legitimidad para enfrentar a la tiranía y la injusticia de un gobierno usurpador – el dayyal, el Occidente decadente, el Gran Satán americano, el Israel ocupante, el islam acomodaticio y corrupto -. En definitiva, extender el gobierno absoluto del Profeta de Allah dentro y fuera de sus fronteras. El terror como política de Estado. Y la bomba atómica el método más eficaz para forzar la aparición de un Madhi que está ya aquí, pero que no se hace visible. ¿De verdad que no peligra nuestra supervivencia?
Reenvia: www.porisrael.org
COMENTO:
Quando o presidente do Irã diz que vai varrer Israel do mapa não está fazendo discurso eleitoreiro.Ele acredita que é o enviado para preparar o terreno para a vinda do imã Mahdi.Este preparo inclui a eliminação de Israel mas óbviamente que ele é um perigo para o mundo ocidental que não entende a cultura e mentalidade religiosa dos dirigentes do Irã.
¿PORQUE IRAN ASPIRA A SER UNA POTENCIA NUCLEAR?
La sombra de la revolución es alargada
Marta Gonzalez Isidoro , Infomedio
El 1 de febrero de 1979, a las 9:33 horas, aterrizaba en el aeropuerto de Teherán un avión procedente de París con un pasajero muy especial a bordo: el Ayatollah Jomeini. El Imán regresaba del exilio después de liderar y organizar durante una década un movimiento político de masas centrado en un conjunto de objetivos muy simples pero de gran eficacia y resonancia internacional: la expulsión del Sha, la abolición de la monarquía, milenaria en Irán, y el fin de la influencia occidental en el país, especialmente la norteamericana. Legitimado por el éxito, llega también con una biblia política bajo el brazo: el gobierno islámico, una apuesta personal firme que sellaría para siempre el futuro del nuevo Irán y determinaría el diseño del frágil tablero de Oriente Medio, al tiempo que extendería su larga y oscura sombra incluso por América Latina.
Si bien las causas de la revolución de 1979 hay que buscarlas en la corrupción, la desigualdad, la ausencia de democracia o la explotación extranjera de su principal recurso, el petróleo, tampoco las promesas de instaurar la justicia social mediante el establecimiento de la Sharía se han cumplido del todo, y en el Irán islámico las desigualdades sociales siguen siendo enormes. A pesar de todo, no cabe duda de que, treinta y un años después, el éxito de la Revolución que Jomeini puso en marcha ha sido rotundo.
Convertida en superpotencia regional y en actor internacional decisivo, Irán es hoy la pesadilla del mundo libre por sus relaciones con el terrorismo internacional, sus alianzas contra natura, sus ambiciones militares, su antisemitismo patológico, y, sobre todo, por la oscuridad de su programa nuclear. Irán comienza a ser percibido como una amenaza – todavía no existencial, al menos para la frágil y ambigua Unión Europea -, teniendo en cuenta que, según su presidente Mahmud Ahmadineyad, habría conseguido el primer paquete de uranio enriquecido al 20% - necesario para construir una bomba atómica – y tiene ya capacidad para enriquecer al 80%. Las previsiones de los analistas y expertos en física nuclear no son muy halagüeñas: entre seis meses y un año Irán podría estar preparado para ensamblar material nuclear en las ojivas de los misiles que ya dispone. Un peligro potencialmente añadido si este material cayese en manos de algunos de sus socios en el terror, como Hizbollah o Hamas.
¿Por qué Irán aspira a ser un Estado nuclear?. ¿Por qué la Comunidad Internacional quiere – o eso dice – evitarlo a toda costa?. ¿Es sólo una cuestión de poder y liderazgo regional o existe algún condicionante emanado de su propia interpretación chií del Islam?. ¿Realmente existe un riesgo para la supervivencia del mundo libre?. La Revolución iraní ¿Es fruto de la auténtica tradición del Islam o de otras influencias?. ¿Por qué el terrorismo de Estado es un elemento per se de su sistema político? Para entender el debate ideológico-político que se está produciendo desde hace algunos años sobre Irán y responder a estas cuestiones es imprescindible conocer la propia teología chií y el sistema de gobierno creado y legado por el Ayatollah Jomeini.
El Islam no es una religión cualquiera. Ni siquiera es una de las tres religiones que llamamos del Libro, situada, por tanto, al mismo nivel conceptual y teológico que el Judaísmo y el Cristianismo. El Islam es superior, porque el Islam es, según sus creyentes, la Religión, la única y verdadera, la última oportunidad dada por Dios – Allah – a los hombres para que recapaciten y vuelvan a la senda del buen camino. Como última religión revelada, el Islam tiene conciencia de haber regresado a la religión primordial, la que se funda en la doctrina de la Unidad – umma o comunidad de creyentes -, fuente de toda verdad, y que, mediante la sumisión – islam – al Dios único – Allah – abre al hombre la vía del retorno a él.
Parece complicado pero, en realidad, es muy simple: como la humanidad es única, Dios se ha Revelado al hombre de forma única, enviando a cada comunidad, a lo largo de los tiempos, un Profeta distinto que adaptaba su lenguaje en función del lugar, espacio y tiempo en el que se aparecía. Adán fue el primer profeta portador de la Revelación universal, seguido por el resto de los profetas: Abraham, Noé, Moisés, Jonás, Ezequiel, David, Elías o Jesús, y así hasta llegar a Mahoma, el último profeta y última oportunidad de salvación cuando llegue el Juicio Final y la consumación de los tiempos. Por eso, aparte de algunos que pertenecen al pasado bastante oscuro de la Arabia pre-islámica, como Chueb, Hud o Salih, los profetas que menciona el Corán – su libro sagrado – se corresponden, por lo general, con los personajes bíblicos. Eso sí: a diferencia del Antiguo Testamento cristiano o Deuteronomio, que se corresponde íntegramente con la Torah judía, el Corán hace una adaptación bastante sui generis de la historia común. En esta interpretación, el que no abraza el islam es infiel. Los politeístas, por descontado, y los judíos y cristianos por haber traicionado el mensaje divino, haber ocultado los pasajes que anuncian la llegada de Mahoma y por no haber estado atentos a los signos de Dios. La infidelidad de los judíos es aun más grave que la de los cristianos, puesto que han osado atribuirse la descendencia de Abraham – que sólo fue un hanif muslim o verdadero creyente sometido a Dios -, y por no haber creído que Jesús era el Mesías, el Profeta de Dios, su Verbo. Los cristianos merecen un poco más de indulgencia, al compartir con ellos la misión divina de Jesús, aunque se distancian en la medida en que no creen en su naturaleza divina. No obstante, la yihad – guerra santa - aplicada a los judíos y cristianos que han vivido bajo regímenes islámicos a lo largo de la historia ha sido más sutil, puesto que oficialmente estaban protegidos por el paraguas de la dhimma, pacto que garantizaba la seguridad de sus vidas y sus bienes a cambio del pago de un tributo.
La práctica del islam representa, para el creyente, el cumplimiento pleno de su vocación humana, al tiempo que le permite sentirse integrado en una comunidad equilibrada. La esperanza depositada en que toda la humanidad, con el tiempo, se rendirá a la evidencia de la verdadera fe, viene reforzada por las tradiciones proféticas, que anuncian que Jesús, cuando vuelva a la tierra para establecer en ella el reino de la justicia y la paz, practicará él mismo el islam bajo la forma tradicional – sunna – procedente de Mahoma, instrumento de la última Revelación. Esperanza en los más cautelosos, y yihad para los que tienen prisa.
La escatología islámica está determinada por dos acontecimientos: el primero es la llegada del dayyal – el Gran Satán - , un ser maléfico que traerá corrupción, injusticia, opresión e inmoralidad y que en la conciencia colectiva está fuertemente identificado con el Occidente decadente, pagano y enemigo de la verdad – islam -. El segundo es la esperanza depositada en la llegada del Mahdi y con él, la restauración islámica o califato universal. El Mesías, con ayuda del Mahdi, vencerá al dayyal y le matará. Entonces se iniciará una nueva época de paz y armonía universal. Jesús practicará el islam tal como lo reveló el profeta Mahoma y toda la humanidad se le unirá. Al final de su segunda misión en la tierra, que durará cuarenta años, morirá y será enterrado en Medina, junto al profeta del Islam y los primeros califas.
Esta creencia, que podría pasar livianamente por la de un texto apocalíptico cualquiera, es realmente peligrosa. Lo es porque en el chiísmo esta creencia está estrechamente asociada a la doctrina que el poder político en el Islam no puede pertenecer más que a los imanes, descendientes de Alí y de Fátima, hija del Profeta. Según el chiísmo mayoritario, hubo doce imanes. El duodécimo, llamado Muhammad al Mahdí, desapareció de forma misteriosa el año 874, poco después de la muerte de su padre. Según la tradición, desde entonces se encuentra oculto y debe aparecer poco antes del Juicio Final, coincidiendo con una época impía, opresiva y violenta.
La influencia de esta doctrina, junto con teorías de inspiración marxistas y tercermundistas en el movimiento revolucionario iraní es incuestionable. El propio Jomeini, que se decía descendiente de la familia del Profeta, se autoproclamó imán y precursor y portavoz del Mahdi, el Señor del tiempo, cuya venida sería inminente. Revolución y escatología, pues, al servicio de un régimen delirante.
En cuanto a la estructura de Estado, Jomeini estableció un sistema de gobierno totalmente innovador en el mundo islámico de su tiempo con el objetivo de adaptar el Islam al concepto europeo de Estado-nación. Una concepción maquiavélica y profundamente hegeliana del poder, que llevaría la razón de Estado hasta sus últimas consecuencias. Sirviéndose del modelo de la Constitución francesa de 1958, diseñó una Constitución a su medida, aparentemente democrática en su estructura, pero fuertemente condicionada por las características sociológicas, religiosas y culturales de los persas: instauración de una República, elecciones por sufragio universal, Parlamento, Presidente, Consejo de Ministros, partidos políticos con voz y voto y el equivalente a una Corte Suprema. Todo ello revestido con un fuerte lenguaje religioso en nombre de la lucha contra la influencia occidental y un discurso profundamente antinorteamericano y antisionista. No en balde, Jomeini estaba obsesionado por una supuesta conspiración fraguada por el gobierno de Gran Bretaña, la infiltración judía y agentes extranjeros. Para conjurar los peligros, y puesto que el Islam es un sistema de vida completo que abarca tanto lo individual como lo colectivo, nada mejor que un poder ejecutivo fuerte en el que coincidan el mandato divino, la tradición y la razón.
Un gobierno islámico constitucional en el que el poder legislativo y la soberanía residen exclusivamente en Allah, mientras que el poder ejecutivo se confiere también por mandato divino, tal y como lo adquirieron y ejercieron en su día el Profeta Mahoma y Alí, su sucesor. Ante la ausencia del Iman o sucesor legítimo del Profeta, los alfaquíes o jurisconsultos musulmanes son los encargados de ejercer esa tutela. Como mensajeros de Allah, y como garantes únicos de la transmisión auténtica de los mensajes proféticos, su labor no es legislar, sino aplicar las leyes divinas que el Profeta ha promulgado. Por eso sólo velan por la aplicación de la sharía – cortar las manos a los ladrones y administrar latigazos y lapidaciones, en aplicación de los preceptos penales del islam – y supervisan que el funcionamiento del gobierno se ajuste igualmente a los preceptos del islam. Pero un Estado moderno necesita un poder ejecutivo. Y la tarea de gobernar recae directamente en el Líder Supremo en sustitución del iman oculto. Jomeini se declara a sí mismo sucesor del Profeta, y blinda al Líder Supremo – él mismo y desde 1989 Alí Jamenei – con el poder y la autoridad absoluta para emitir nuevas leyes, que deben considerarse como religiosamente vinculantes, e incluso derogar preceptos firmemente establecidos en base a las necesidades del Estado – o sea, de las suyas propias –.
Aunque en teoría el Estado representa a todos los ciudadanos, la administración de su poder pertenece a una casta o élite de elegidos. Ellos son los únicos conscientes realmente que la Historia les ha elegido para llevar a cabo una misión escatológica: la purificación ideológica necesaria para facilitar el retorno a una sociedad ideal de acuerdo con los preceptos islámicos. Para ello, el Estado debe doblegar, como sea, las voluntades individuales, que deben coincidir con los intereses del Estado. El Corán no está hecho para rezar, sino para organizar sociedades, y los dirigentes religiosos se forman no para rezar, sino para gobernar, declaró en su día Jomeini. La tiranía se impone en un régimen en el que el Estado es un fin en sí mismo y que considera que el martirio es fuente de legitimidad para enfrentar a la tiranía y la injusticia de un gobierno usurpador – el dayyal, el Occidente decadente, el Gran Satán americano, el Israel ocupante, el islam acomodaticio y corrupto -. En definitiva, extender el gobierno absoluto del Profeta de Allah dentro y fuera de sus fronteras. El terror como política de Estado. Y la bomba atómica el método más eficaz para forzar la aparición de un Madhi que está ya aquí, pero que no se hace visible. ¿De verdad que no peligra nuestra supervivencia?
Reenvia: www.porisrael.org
COMENTO:
Quando o presidente do Irã diz que vai varrer Israel do mapa não está fazendo discurso eleitoreiro.Ele acredita que é o enviado para preparar o terreno para a vinda do imã Mahdi.Este preparo inclui a eliminação de Israel mas óbviamente que ele é um perigo para o mundo ocidental que não entende a cultura e mentalidade religiosa dos dirigentes do Irã.
domingo, 21 de março de 2010
ONGs e Pobreza
Artigos
21/03/2010
Não doe para o Haiti
Convidado - Demétrio Magnoli
Estarrecido, como todos nós, pela tragédia humana do Haiti pós-terremoto, um amigo converteu a celebração de seu aniversário em evento de captação de doações para os haitianos. O dinheiro arrecadado não chegará nunca às pessoas que perderam o quase nada que tinham. Será desviado para financiar os intermediários entre o mundo e o devastado país caribenho: as ONGs internacionais, às vezes associadas à diminuta, cleptocrática elite haitiana. Já era assim antes do terremoto. Piorou depois.
Estado despido de soberania, o Haiti é um protetorado da ONU governado pelas ONGs. Obviamente, existem ONGs bem-intencionadas, mas não é esse o ponto. O experimento ultraliberal de abolição da soberania e do autogoverno equivale à anulação da cidadania dos haitianos. As pessoas não têm direitos, a não ser o de aguardar na fila até que o funcionário de uma ONG lhes estendam um prato de comida. É assim há anos, bem antes do terremoto.
A soberania haitiana acabou junto com sua recente, turbulenta democracia, em fevereiro de 2004, quando forças americanas e francesas sequestraram o presidente Jean-Bertrand Aristide e o depositaram na República Centro-Africana. Naquele momento, a pedido de George W. Bush, o Brasil assumiu a liderança da Missão das Nações Unidas de Estabilização do Haiti (Minustah). A ONU não restaurou a democracia, mas forneceu cobertura política e sustentação militar para a instalação de um arremedo de governo emanado de eleições sem liberdade. Em seis anos, realizaram-se uma eleição presidencial e duas parlamentares. Nenhuma teve a participação de Aristide, compulsoriamente exilado, nem de sua organização, a Fanmi Lavalas, o maior partido haitiano, impedido de concorrer por chicanas burocráticas do comitê eleitoral. É como se o PT fosse proibido de disputar eleições no Brasil.
Politicamente, o Haiti atual é fruto do protetorado da ONU. Operam no país 9 mil ONGs, uma taxa per capita inigualada em qualquer outro lugar. Na “república das ONGs”, mesmo antes do terremoto, não existia nada parecido com um Estado e quase nenhum sinal de serviços públicos. Perto de 85% das crianças estudam em escolas privadas. O transporte público é privado, assim como a distribuição de água. Contam-se 6 mil policiais em todo o território, mas 15 mil agentes de empresas de segurança. Os serviços de saúde são, na sua maioria, operados por empresas privadas. O Hospital Geral de Porto Príncipe, um dos raros estabelecimentos públicos, encontra-se circundado por clínicas e farmácias privadas, de propriedade dos médicos do hospital. Nenhuma das empresas dedicadas a fornecer serviços públicos está submetida a agências estatais de vigilância. Mas virtualmente todas atuam como tentáculos diretos ou indiretos das ONGs.
Aquilo que se faz passar por um governo nacional não passa de uma coleção de despachantes das entidades privadas internacionais. Todos os ministros haitianos têm conexões com os conselhos locais das ONGs. Muitos deles exercem funções de conselheiros de diversas ONGs. Até o Viva Rio, uma ONG brasileira muito menos poderosa que a britânica Oxfam ou a americana Care, conta com os préstimos de um ministro. A nação sem Estado, sem governo e sem democracia transformou-se em reserva de caça dessas organizações, que funcionam como lagoas de captação dos financiamentos de instituições multilaterais e das doações internacionais. Ninguém conhece de fato os orçamentos dos entes estrangeiros engajados na obra humanitária de salvação dos haitianos.
Um alto oficial das forças brasileiras da Minustah narrou, num encontro acadêmico, um revelador episódio singular. Anos atrás, uma ONG decidiu limpar um canal de águas pluviais a céu aberto de Porto Príncipe que estava entupido por lixo residencial. O oficial militar argumentou que a iniciativa seria inútil, pois inexistia serviço de coleta de lixo e os residentes, encapsulados em moradias de 13 metros quadrados, não tinham alternativa para se livrar do lixo. Os responsáveis ongueiros retrucaram que, após a limpeza, a comunidade se encarregaria de conservar o canal desimpedido. A teoria subjacente é que o Haiti não precisa de Estado, mas da cooperação entre as ONGs e o povo. Meses depois, o canal estava novamente entupido.
O Haiti das imagens da TV é uma massa homogênea de miseráveis salpicada por gangues criminosas. O Haiti de verdade é diferente. O país tem intelectuais, escritores e uma imprensa sem dinheiro, mas com ideias. Entre os haitianos há profissionais qualificados em quase todas as áreas, da medicina à engenharia, passando pela educação e pelas letras. Eles só têm trabalho quando conseguem ingressar na rede das ONGs.
Existe diferenciação social no Haiti. De um lado, em enclaves patrulhados por forças privadas, reside uma elite muito rica, que não participa diretamente da vida política, mas exerce poder por meio de figuras interpostas e beneficia-se da pervasiva, assombrosa corrupção oficial. De outro, nos EUA existe uma classe média formado por exilados haitianos que partiram como reação à absoluta ausência de segurança jurídica na sua pátria. Os cerca de 600 mil imigrantes haitianos nos EUA não investem no Haiti, pois temem perder seus modestos patrimônios, mas enviam dinheiro aos familiares. Os miseráveis das paisagens exibidas na TV subsistem, essencialmente, com as rendas transferidas pelos exilados, que representam algo como um quarto do PIB e circundam o sistema de desvio de recursos das ONGs.
Nos impérios europeus do século 19, as administrações coloniais dedicavam-se a subjugar os “nativos”, mas ao menos implantavam serviços públicos básicos, em geral de baixa qualidade. No Haiti sob protetorado da ONU, nem isso se faz. O povo deve mendigar às ONGs cujas sedes ficam em Washington, Paris, Ottawa ou no Rio de Janeiro. Não doe para o Haiti. Você estará doando para as ONGs.
Fonte: Jornal ” O Estado de S. Paulo” - 18/03/10
COMENTO:
É preciso acabar com a farra dessas ONGs.Há interesses outros escondidos por trás da desculpa de promover inclusão social.
O artigo mostra que elas não são solução.Na verdade serve de desculpa para o Estado não fazer seu dever de casa.São então obstáculos ao verdadeiro desenvolvimento.
Nove mil ONGs e a pobreza continua.Falta o Estado que mantém relações de interesses com essas mesmas ONGs.
Podemos trazer, nas devidas proporções ,esse problema ao Brasil.Há várias denuncias de desvio de verbas publicas para essas organizações.Elas não prestam contas, não são transparentes.
Existe algum trabalho cientifico, academico que prova que as ações dessas ONGs nas favelas reduzam a criminalidade?Que afastam crianças do aliciamento do tráfico de drogas?Ou tudo é só achismo?Onde estão os dados?
Elas diminuiram a pobreza?As desigualdades?Como ficam os deveres?Ou só transmitem os direitos?
Muitas questões ainda estão para serem respondidas.
O que não pode é disfarçar a falta de uma política habitacional com a imagem que as ONGs vão suprir as necessidades desses moradores ou que o PAC vai resolver este problema com construções superfaturadas que desabam na 1ªchuva.
É preciso também desarmar a subcultura de glamourizar as favelas achando que é normal sua existencia, tornando-as um roteiro turístico e levando a idéia aos moradores de que é bom morar lá.Afinal não pagam luz,água e IPTU.
21/03/2010
Não doe para o Haiti
Convidado - Demétrio Magnoli
Estarrecido, como todos nós, pela tragédia humana do Haiti pós-terremoto, um amigo converteu a celebração de seu aniversário em evento de captação de doações para os haitianos. O dinheiro arrecadado não chegará nunca às pessoas que perderam o quase nada que tinham. Será desviado para financiar os intermediários entre o mundo e o devastado país caribenho: as ONGs internacionais, às vezes associadas à diminuta, cleptocrática elite haitiana. Já era assim antes do terremoto. Piorou depois.
Estado despido de soberania, o Haiti é um protetorado da ONU governado pelas ONGs. Obviamente, existem ONGs bem-intencionadas, mas não é esse o ponto. O experimento ultraliberal de abolição da soberania e do autogoverno equivale à anulação da cidadania dos haitianos. As pessoas não têm direitos, a não ser o de aguardar na fila até que o funcionário de uma ONG lhes estendam um prato de comida. É assim há anos, bem antes do terremoto.
A soberania haitiana acabou junto com sua recente, turbulenta democracia, em fevereiro de 2004, quando forças americanas e francesas sequestraram o presidente Jean-Bertrand Aristide e o depositaram na República Centro-Africana. Naquele momento, a pedido de George W. Bush, o Brasil assumiu a liderança da Missão das Nações Unidas de Estabilização do Haiti (Minustah). A ONU não restaurou a democracia, mas forneceu cobertura política e sustentação militar para a instalação de um arremedo de governo emanado de eleições sem liberdade. Em seis anos, realizaram-se uma eleição presidencial e duas parlamentares. Nenhuma teve a participação de Aristide, compulsoriamente exilado, nem de sua organização, a Fanmi Lavalas, o maior partido haitiano, impedido de concorrer por chicanas burocráticas do comitê eleitoral. É como se o PT fosse proibido de disputar eleições no Brasil.
Politicamente, o Haiti atual é fruto do protetorado da ONU. Operam no país 9 mil ONGs, uma taxa per capita inigualada em qualquer outro lugar. Na “república das ONGs”, mesmo antes do terremoto, não existia nada parecido com um Estado e quase nenhum sinal de serviços públicos. Perto de 85% das crianças estudam em escolas privadas. O transporte público é privado, assim como a distribuição de água. Contam-se 6 mil policiais em todo o território, mas 15 mil agentes de empresas de segurança. Os serviços de saúde são, na sua maioria, operados por empresas privadas. O Hospital Geral de Porto Príncipe, um dos raros estabelecimentos públicos, encontra-se circundado por clínicas e farmácias privadas, de propriedade dos médicos do hospital. Nenhuma das empresas dedicadas a fornecer serviços públicos está submetida a agências estatais de vigilância. Mas virtualmente todas atuam como tentáculos diretos ou indiretos das ONGs.
Aquilo que se faz passar por um governo nacional não passa de uma coleção de despachantes das entidades privadas internacionais. Todos os ministros haitianos têm conexões com os conselhos locais das ONGs. Muitos deles exercem funções de conselheiros de diversas ONGs. Até o Viva Rio, uma ONG brasileira muito menos poderosa que a britânica Oxfam ou a americana Care, conta com os préstimos de um ministro. A nação sem Estado, sem governo e sem democracia transformou-se em reserva de caça dessas organizações, que funcionam como lagoas de captação dos financiamentos de instituições multilaterais e das doações internacionais. Ninguém conhece de fato os orçamentos dos entes estrangeiros engajados na obra humanitária de salvação dos haitianos.
Um alto oficial das forças brasileiras da Minustah narrou, num encontro acadêmico, um revelador episódio singular. Anos atrás, uma ONG decidiu limpar um canal de águas pluviais a céu aberto de Porto Príncipe que estava entupido por lixo residencial. O oficial militar argumentou que a iniciativa seria inútil, pois inexistia serviço de coleta de lixo e os residentes, encapsulados em moradias de 13 metros quadrados, não tinham alternativa para se livrar do lixo. Os responsáveis ongueiros retrucaram que, após a limpeza, a comunidade se encarregaria de conservar o canal desimpedido. A teoria subjacente é que o Haiti não precisa de Estado, mas da cooperação entre as ONGs e o povo. Meses depois, o canal estava novamente entupido.
O Haiti das imagens da TV é uma massa homogênea de miseráveis salpicada por gangues criminosas. O Haiti de verdade é diferente. O país tem intelectuais, escritores e uma imprensa sem dinheiro, mas com ideias. Entre os haitianos há profissionais qualificados em quase todas as áreas, da medicina à engenharia, passando pela educação e pelas letras. Eles só têm trabalho quando conseguem ingressar na rede das ONGs.
Existe diferenciação social no Haiti. De um lado, em enclaves patrulhados por forças privadas, reside uma elite muito rica, que não participa diretamente da vida política, mas exerce poder por meio de figuras interpostas e beneficia-se da pervasiva, assombrosa corrupção oficial. De outro, nos EUA existe uma classe média formado por exilados haitianos que partiram como reação à absoluta ausência de segurança jurídica na sua pátria. Os cerca de 600 mil imigrantes haitianos nos EUA não investem no Haiti, pois temem perder seus modestos patrimônios, mas enviam dinheiro aos familiares. Os miseráveis das paisagens exibidas na TV subsistem, essencialmente, com as rendas transferidas pelos exilados, que representam algo como um quarto do PIB e circundam o sistema de desvio de recursos das ONGs.
Nos impérios europeus do século 19, as administrações coloniais dedicavam-se a subjugar os “nativos”, mas ao menos implantavam serviços públicos básicos, em geral de baixa qualidade. No Haiti sob protetorado da ONU, nem isso se faz. O povo deve mendigar às ONGs cujas sedes ficam em Washington, Paris, Ottawa ou no Rio de Janeiro. Não doe para o Haiti. Você estará doando para as ONGs.
Fonte: Jornal ” O Estado de S. Paulo” - 18/03/10
COMENTO:
É preciso acabar com a farra dessas ONGs.Há interesses outros escondidos por trás da desculpa de promover inclusão social.
O artigo mostra que elas não são solução.Na verdade serve de desculpa para o Estado não fazer seu dever de casa.São então obstáculos ao verdadeiro desenvolvimento.
Nove mil ONGs e a pobreza continua.Falta o Estado que mantém relações de interesses com essas mesmas ONGs.
Podemos trazer, nas devidas proporções ,esse problema ao Brasil.Há várias denuncias de desvio de verbas publicas para essas organizações.Elas não prestam contas, não são transparentes.
Existe algum trabalho cientifico, academico que prova que as ações dessas ONGs nas favelas reduzam a criminalidade?Que afastam crianças do aliciamento do tráfico de drogas?Ou tudo é só achismo?Onde estão os dados?
Elas diminuiram a pobreza?As desigualdades?Como ficam os deveres?Ou só transmitem os direitos?
Muitas questões ainda estão para serem respondidas.
O que não pode é disfarçar a falta de uma política habitacional com a imagem que as ONGs vão suprir as necessidades desses moradores ou que o PAC vai resolver este problema com construções superfaturadas que desabam na 1ªchuva.
É preciso também desarmar a subcultura de glamourizar as favelas achando que é normal sua existencia, tornando-as um roteiro turístico e levando a idéia aos moradores de que é bom morar lá.Afinal não pagam luz,água e IPTU.
sábado, 20 de março de 2010
Religião e Política no Irã:O perigo
O artigo é longo mas muito instrutivo.
A doutrina do mahdismo
Muitos ocidentais gostam de pensar que a religião não tem nenhum papel na política moderna. Entretanto, a crença na figura messiânica do islamismo, denominada o Mahdi ou o Imã Oculto (ou Escondido), é que dirige as políticas do presidente iraniano, Mahmoud Ahmadinejad. Os xiitas crêem que o Mahdi voltará, governará sobre um sistema único na terra, e derramará o julgamento sobre todos os não-muçulmanos. Este artigo apresenta a doutrina do mahdismo e mostra como ela afeta o mundo. (extraído de Middle East Media Research Institute [Instituto de Pesquisa Sobre a Mídia do Oriente Médio] – www.MEMRI.org).
De acordo com a tradição xiita, os Doze Imãs, descendentes de Ali Ibn Abi Talib (Imã Ali), primo e genro do profeta Maomé, foram dotados de qualidades divinas que os capacitaram a conduzir os crentes xiitas e para operarem como emissários de Alá na terra. No entanto, quando o Décimo Segundo Imã, Muhammad Al-Mahdi,[1] desapareceu no ano 941 d.C., sua conexão com os crentes xiitas foi rompida. Desde então, foi ordenado aos xiitas que aguardem pelo retorno dele a qualquer momento.
Nesse ínterim, os clérigos xiitas mais destacados são considerados representantes dos Imãs. Assim, eles têm autoridade para tratar dos assuntos da comunidade xiita, principalmente nas esferas religiosa e jurídica, até que o Imã Oculto retorne, lidere a comunidade xiita e a liberte de seus sofrimentos.
De acordo com a crença xiita, durante o período da ausência do Mahdi (período esse denominado ghaibat ou “ocultação”), ninguém, exceto Deus, sabe a hora do retorno do Mahdi, e nenhum homem pode pressupor ou prever quando essa hora chegará. Com o reaparecimento do Mahdi, todos os males serão reparados, a justiça divina será instaurada e a verdade do islamismo xiita será reconhecida pelo mundo inteiro (mahdismo).[2]
O mahdismo e o regime islâmico no Irã
Desde o estabelecimento do regime islâmico, em 1979, até a ascensão ao poder de Mahmoud Ahmadinejad, em agosto de 2005, o mahdismo vinha sendo uma doutrina religiosa e uma tradição que não possuía nenhuma manifestação política. O sistema político funcionava independentemente dessa crença messiânica e da expectativa do retorno do Mahdi. Foi apenas com a presidência de Ahmadinejad que essa doutrina religiosa tornou-se uma filosofia política e foi levad a um lugar central na política.
Durante a era do aiatolá Ruhollah Khomeini, fundador do regime islâmico do Irã, o mahdismo permaneceu fora do âmbito político. Sem dúvida, porém, a era de Khomeini foi caracterizada pelo fervor messiânico. Os iranianos atribuíam qualidades messiânicas a ele e lhe conferiram o título de “Imã”, que até então havia sido reservado para os Doze Imãs. Na verdade, a chegada de Khomeini ao poder foi vista na época como a realização da profecia que dizia respeito ao retorno do Mahdi.
A instauração do Governo do Jurisprudente (velayat-e faqih) por Khomeini no Irã motivou uma transformação no xiismo, substituindo sua tradicional passividade por uma perspectiva mais ativa. Como parte dessa mudança, Khomeini afirmou que os xiitas não deveriam apenas aguardar passivamente pelo retorno do Mahdi, mas deveriam ativamente preparar o terreno para seu retorno e para a libertação da comunidade xiita. Um componente dessa abordagem ativa foi a tomada do poder pelos clérigos. Entretanto, Khomeini manteve a doutrina do mahdismo na periferia da esfera política. Ele nem afirmou possuir uma conexão direta com Deus, nem presumiu prever a hora do retorno do Mahdi.
Após a morte de Khomeini em 1989, o mahdismo teve um declínio no Irã. As administrações de Ali Akbar Hashemi Rafsanjani (1989-1997) e de Mohammad Khatami (1997-2005) mantiveram uma estreita separação entre a política e o mahdismo – uma política que mudaria com a presidência de Ahmadinejad.[3]
Este documento analisa a politização do mahdismo pelo presidente iraniano Mahmoud Ahmadinejad e por seu mentor espiritual, aiatolá Taqi Mesbah-e Yazdi.
O messianismo na política externa iraniana
A doutrina messiânica do mahdismo também está manifestada na política externa iraniana, especialmente em sua atitude com relação às superpotências ocidentais e com respeito ao programa nuclear. O aiatolá Mesbah-e Yazdi, mentor de Ahmadinejad, expressou a seguinte abordagem em um discurso no dia 11 de outubro de 2006: “A maior obrigação daqueles que aguardam o aparecimento do Mahdi é lutar contra a heresia e a arrogância global [i.e., do Ocidente, principalmente dos Estados Unidos]”.[4]
Os discursos de Ahmadinejad são caracteristicamente irônicos a respeito das “forças da arrogância”, i.e., do Ocidente, principalmente dos Estados Unidos, e ameaçadores com relação a quaisquer pessoas que não aceitem o messianismo xiita como uma alternativa à “perdição e destruição” que as está aguardando: “Aqueles que não responderem ao chamado para prosseguirem em direção à verdade – um bom destino não os aguarda. Ouvi dizer que o presidente de um desses países [i.e., o [então] presidente dos Estados Unidos, George Bush] (...) disse que o presidente do Irã o estava ameaçando. Eu disse a ele: ‘Não sou eu que o está ameaçando. É o mundo inteiro que o ameaça porque o mundo em sua totalidade é rápido contra a opressão e os opressores. Vocês [países ocidentais] não são nada comparados ao poder de Deus. Nós os convidamos a [tomarem] o caminho da retidão, o caminho dos Profetas, do monoteísmo e da justiça. Se pensam que podem se sentar em seus palácios de cristal e determinar o destino do mundo, vocês estão enganados. (...) Nosso chamado [a vocês] para tomarem a direção da verdade [tem origem] na compaixão. Não queremos que se metam em problemas, uma vez que vocês sabem que o resultado da opressão e da injustiça é perdição e destruição”.[5]
Essas características também são evidentes na política nuclear de Ahmadinejad. Em contraste com o governo de Khatami, que se empenhou por amenizar a posição do Ocidente com respeito à questão nuclear via constante diálogo, Ahmadinejad e seu círculo mais próximo não evitam confrontar o Ocidente, já que eles consideram que essa luta é uma das maneiras de preparar o terreno para o retorno do Mahdi.
De acordo com o diário Rooz, “Alguns daqueles mais próximos de Ahmadinejad, que freqüentemente falam sobre [a necessidade de] preparar o terreno para o retorno do Mahdi, fazem explicitamente a ligação [do destino] do dossiê nuclear iraniano com essa necessidade. (...) De acordo com informações confiáveis, eles enfatizaram, em diversas reuniões privativas, que a oposição [iraniana] à pressão global [sobre o programa nuclear iraniano] e sua insistência no direito de utilizar a energia nuclear estão entre as maneiras de preparar o terreno para o retorno do Imã [Oculto]”.
O mahdismo e a ideologia do aiatolá Mohammad Taqi Mesbah-e Yazdi
Um discurso feito no Seminário Internacional sobre a Doutrina do Mahdismo pelo aiatolá Mohammad Taqi Mesbah-e Yazdi mostra que ele também considera a crença no Mahdi como um conceito que transcende o âmbito religioso ou teórico. O aiatolá Yazdi deu a essa crença uma tangível dimensão político-ideológica quando explicou que o retorno do Mahdi levaria ao estabelecimento de um governo único sobre todo o mundo e que a presente batalha contra os infiéis e contra “a arrogância global” está preparando o terreno e apressando a vinda do Mahdi:[7]
“Implementar as leis do islamismo, estabelecer a justiça e lutar contra a heresia e a opressão são os deveres mais importantes daqueles que aguardam o [retorno do] Imã Oculto e preparam o terreno para sua vinda. (...) Devemos intensificar a fé religiosa e [o poder] da religião no Irã e no mundo inteiro. (...) Com a finalidade de apressar a vinda do Imã Oculto, devemos disseminar a justiça e a lei religiosa para aumentarmos a consciência do público a respeito dessas coisas [por todo o mundo] para que a fé [xiita] seja aceita pela sociedade [em todos os lugares]. (...)
Um dos aspectos ideológicos da doutrina mahdista é [sua] universalidade, uma vez que o Mahdi vem para estabelecer justiça e retidão no mundo inteiro. Um outro aspecto é a disseminação da justiça e da retidão [segundo a lei de] um único homem, um único centro, e um único sistema. Como o Imã Oculto é o responsável pela disseminação da justiça e da retidão, o mundo precisará ter um único centro e governo (...) para que possa sair de um estado de [divisão] e estabelecer um único governo [universal] dirigido pelo [Imã Oculto], e todo tipo de opressão e de exploração será [então] banido do mundo”.
Em um discurso em 2006 que marcava o aniversário do Mahdi, o aiatolá Mesbah-e Yazdi enfatizou a importância de lutar contra a heresia que, em sua opinião, está retardando a vinda do Mahdi:
“Nosso mais nobre dever é lutar para reduzir a opressão, ser mais [rigorosos] na execução da lei islâmica (...) e enfraquecer o controle dos regimes opressivos e tirânicos sobre os oprimidos. Essas [ações] podem [acelerar] o retorno do Imã Oculto. (...) Se quisermos acelerar a vinda do Mahdi, devemos remover quaisquer obstáculos [que estejam atrasando seu retorno]. Quais são os obstáculos que estão atrasando o aparecimento do Mahdi? [Eles são] a negação [herética] da bênção [conferida] sobre a sociedade pela presença do Imã, [assim como] a ingratidão, a insubordinação e as objeções [à doutrina do mahdismo]. Se quisermos apressar a vinda do Mahdi, devemos eliminar esses obstáculos. Devemos lutar para instaurar maior justiça, assegurar uma implementação [mais rigorosa] da lei islâmica, [fazer com que] as pessoas tenham maior interesse na fé e suas diretivas, [estabelecer] as leis religiosas como [valores] dominantes da sociedade, [assegurar] que a fé religiosa seja tida como um consenso nas conferências, e limitar [o controle dos opressores, i.e., das potências ocidentais] sobre os oprimidos em todo o mundo – tanto muçulmano quanto não-muçulmano. [É isso que devemos fazer] a fim de prepararmos o terreno para a vinda do Mahdi. Dessa forma, a maior obrigação daqueles que aguardam o aparecimento do Mahdi é lutar contra a heresia e a arrogância global”.[8]
Fatemeh Rajabi, que é afiliado ao Ansar-e Hezb’allah e autor de um livro sobre Ahmadinejad intitulado The Miracle of the Third Millenium [O Milagre do Terceiro Milênio], disse que o “governo de Ahmadinejad [foi estabelecido para facilitar] a vinda do Imã Oculto”. (A. Savyon e Y. Mansharof – extraído de www.memri.org – Israel My Glory - http://www.beth-shalom.com.br)
A. Savyon é diretor do Projeto de Mídia Iraniana. Y. Mansharof é pesquisador do MEMRI.
COMENTO:
Muitos analistas alegam que as ameaças do presidente do Irã são meras figuras de retórica.Será que eles tem conhecimento do texto acima?
Israel é um país que não pode se dar ao luxo de perder uma guerra pois isso significaria seu fim.
Experiências passadas mostram que existem os "loucos,fanáticos e messianicos" que causaram enormes estragos no mundo.Vide Hitler.
A introdução de elementos religiosos messianicos na política como acontece com o Irã nos leva a uma enorme desconfiança que os discursos de seu presidente não são figuras de retórica.O mundo ainda não entendeu que um Irã nuclearizado não é um perigo só para Israele sim para todo planeta.
Mesmo com todas essas preocupações o tempo vai passando e eu pergunto:E agora?Como vai o dialogo?Até quando vamos esperar as respostas?
A doutrina do mahdismo
Muitos ocidentais gostam de pensar que a religião não tem nenhum papel na política moderna. Entretanto, a crença na figura messiânica do islamismo, denominada o Mahdi ou o Imã Oculto (ou Escondido), é que dirige as políticas do presidente iraniano, Mahmoud Ahmadinejad. Os xiitas crêem que o Mahdi voltará, governará sobre um sistema único na terra, e derramará o julgamento sobre todos os não-muçulmanos. Este artigo apresenta a doutrina do mahdismo e mostra como ela afeta o mundo. (extraído de Middle East Media Research Institute [Instituto de Pesquisa Sobre a Mídia do Oriente Médio] – www.MEMRI.org).
De acordo com a tradição xiita, os Doze Imãs, descendentes de Ali Ibn Abi Talib (Imã Ali), primo e genro do profeta Maomé, foram dotados de qualidades divinas que os capacitaram a conduzir os crentes xiitas e para operarem como emissários de Alá na terra. No entanto, quando o Décimo Segundo Imã, Muhammad Al-Mahdi,[1] desapareceu no ano 941 d.C., sua conexão com os crentes xiitas foi rompida. Desde então, foi ordenado aos xiitas que aguardem pelo retorno dele a qualquer momento.
Nesse ínterim, os clérigos xiitas mais destacados são considerados representantes dos Imãs. Assim, eles têm autoridade para tratar dos assuntos da comunidade xiita, principalmente nas esferas religiosa e jurídica, até que o Imã Oculto retorne, lidere a comunidade xiita e a liberte de seus sofrimentos.
De acordo com a crença xiita, durante o período da ausência do Mahdi (período esse denominado ghaibat ou “ocultação”), ninguém, exceto Deus, sabe a hora do retorno do Mahdi, e nenhum homem pode pressupor ou prever quando essa hora chegará. Com o reaparecimento do Mahdi, todos os males serão reparados, a justiça divina será instaurada e a verdade do islamismo xiita será reconhecida pelo mundo inteiro (mahdismo).[2]
O mahdismo e o regime islâmico no Irã
Desde o estabelecimento do regime islâmico, em 1979, até a ascensão ao poder de Mahmoud Ahmadinejad, em agosto de 2005, o mahdismo vinha sendo uma doutrina religiosa e uma tradição que não possuía nenhuma manifestação política. O sistema político funcionava independentemente dessa crença messiânica e da expectativa do retorno do Mahdi. Foi apenas com a presidência de Ahmadinejad que essa doutrina religiosa tornou-se uma filosofia política e foi levad a um lugar central na política.
Durante a era do aiatolá Ruhollah Khomeini, fundador do regime islâmico do Irã, o mahdismo permaneceu fora do âmbito político. Sem dúvida, porém, a era de Khomeini foi caracterizada pelo fervor messiânico. Os iranianos atribuíam qualidades messiânicas a ele e lhe conferiram o título de “Imã”, que até então havia sido reservado para os Doze Imãs. Na verdade, a chegada de Khomeini ao poder foi vista na época como a realização da profecia que dizia respeito ao retorno do Mahdi.
A instauração do Governo do Jurisprudente (velayat-e faqih) por Khomeini no Irã motivou uma transformação no xiismo, substituindo sua tradicional passividade por uma perspectiva mais ativa. Como parte dessa mudança, Khomeini afirmou que os xiitas não deveriam apenas aguardar passivamente pelo retorno do Mahdi, mas deveriam ativamente preparar o terreno para seu retorno e para a libertação da comunidade xiita. Um componente dessa abordagem ativa foi a tomada do poder pelos clérigos. Entretanto, Khomeini manteve a doutrina do mahdismo na periferia da esfera política. Ele nem afirmou possuir uma conexão direta com Deus, nem presumiu prever a hora do retorno do Mahdi.
Após a morte de Khomeini em 1989, o mahdismo teve um declínio no Irã. As administrações de Ali Akbar Hashemi Rafsanjani (1989-1997) e de Mohammad Khatami (1997-2005) mantiveram uma estreita separação entre a política e o mahdismo – uma política que mudaria com a presidência de Ahmadinejad.[3]
Este documento analisa a politização do mahdismo pelo presidente iraniano Mahmoud Ahmadinejad e por seu mentor espiritual, aiatolá Taqi Mesbah-e Yazdi.
O messianismo na política externa iraniana
A doutrina messiânica do mahdismo também está manifestada na política externa iraniana, especialmente em sua atitude com relação às superpotências ocidentais e com respeito ao programa nuclear. O aiatolá Mesbah-e Yazdi, mentor de Ahmadinejad, expressou a seguinte abordagem em um discurso no dia 11 de outubro de 2006: “A maior obrigação daqueles que aguardam o aparecimento do Mahdi é lutar contra a heresia e a arrogância global [i.e., do Ocidente, principalmente dos Estados Unidos]”.[4]
Os discursos de Ahmadinejad são caracteristicamente irônicos a respeito das “forças da arrogância”, i.e., do Ocidente, principalmente dos Estados Unidos, e ameaçadores com relação a quaisquer pessoas que não aceitem o messianismo xiita como uma alternativa à “perdição e destruição” que as está aguardando: “Aqueles que não responderem ao chamado para prosseguirem em direção à verdade – um bom destino não os aguarda. Ouvi dizer que o presidente de um desses países [i.e., o [então] presidente dos Estados Unidos, George Bush] (...) disse que o presidente do Irã o estava ameaçando. Eu disse a ele: ‘Não sou eu que o está ameaçando. É o mundo inteiro que o ameaça porque o mundo em sua totalidade é rápido contra a opressão e os opressores. Vocês [países ocidentais] não são nada comparados ao poder de Deus. Nós os convidamos a [tomarem] o caminho da retidão, o caminho dos Profetas, do monoteísmo e da justiça. Se pensam que podem se sentar em seus palácios de cristal e determinar o destino do mundo, vocês estão enganados. (...) Nosso chamado [a vocês] para tomarem a direção da verdade [tem origem] na compaixão. Não queremos que se metam em problemas, uma vez que vocês sabem que o resultado da opressão e da injustiça é perdição e destruição”.[5]
Essas características também são evidentes na política nuclear de Ahmadinejad. Em contraste com o governo de Khatami, que se empenhou por amenizar a posição do Ocidente com respeito à questão nuclear via constante diálogo, Ahmadinejad e seu círculo mais próximo não evitam confrontar o Ocidente, já que eles consideram que essa luta é uma das maneiras de preparar o terreno para o retorno do Mahdi.
De acordo com o diário Rooz, “Alguns daqueles mais próximos de Ahmadinejad, que freqüentemente falam sobre [a necessidade de] preparar o terreno para o retorno do Mahdi, fazem explicitamente a ligação [do destino] do dossiê nuclear iraniano com essa necessidade. (...) De acordo com informações confiáveis, eles enfatizaram, em diversas reuniões privativas, que a oposição [iraniana] à pressão global [sobre o programa nuclear iraniano] e sua insistência no direito de utilizar a energia nuclear estão entre as maneiras de preparar o terreno para o retorno do Imã [Oculto]”.
O mahdismo e a ideologia do aiatolá Mohammad Taqi Mesbah-e Yazdi
Um discurso feito no Seminário Internacional sobre a Doutrina do Mahdismo pelo aiatolá Mohammad Taqi Mesbah-e Yazdi mostra que ele também considera a crença no Mahdi como um conceito que transcende o âmbito religioso ou teórico. O aiatolá Yazdi deu a essa crença uma tangível dimensão político-ideológica quando explicou que o retorno do Mahdi levaria ao estabelecimento de um governo único sobre todo o mundo e que a presente batalha contra os infiéis e contra “a arrogância global” está preparando o terreno e apressando a vinda do Mahdi:[7]
“Implementar as leis do islamismo, estabelecer a justiça e lutar contra a heresia e a opressão são os deveres mais importantes daqueles que aguardam o [retorno do] Imã Oculto e preparam o terreno para sua vinda. (...) Devemos intensificar a fé religiosa e [o poder] da religião no Irã e no mundo inteiro. (...) Com a finalidade de apressar a vinda do Imã Oculto, devemos disseminar a justiça e a lei religiosa para aumentarmos a consciência do público a respeito dessas coisas [por todo o mundo] para que a fé [xiita] seja aceita pela sociedade [em todos os lugares]. (...)
Um dos aspectos ideológicos da doutrina mahdista é [sua] universalidade, uma vez que o Mahdi vem para estabelecer justiça e retidão no mundo inteiro. Um outro aspecto é a disseminação da justiça e da retidão [segundo a lei de] um único homem, um único centro, e um único sistema. Como o Imã Oculto é o responsável pela disseminação da justiça e da retidão, o mundo precisará ter um único centro e governo (...) para que possa sair de um estado de [divisão] e estabelecer um único governo [universal] dirigido pelo [Imã Oculto], e todo tipo de opressão e de exploração será [então] banido do mundo”.
Em um discurso em 2006 que marcava o aniversário do Mahdi, o aiatolá Mesbah-e Yazdi enfatizou a importância de lutar contra a heresia que, em sua opinião, está retardando a vinda do Mahdi:
“Nosso mais nobre dever é lutar para reduzir a opressão, ser mais [rigorosos] na execução da lei islâmica (...) e enfraquecer o controle dos regimes opressivos e tirânicos sobre os oprimidos. Essas [ações] podem [acelerar] o retorno do Imã Oculto. (...) Se quisermos acelerar a vinda do Mahdi, devemos remover quaisquer obstáculos [que estejam atrasando seu retorno]. Quais são os obstáculos que estão atrasando o aparecimento do Mahdi? [Eles são] a negação [herética] da bênção [conferida] sobre a sociedade pela presença do Imã, [assim como] a ingratidão, a insubordinação e as objeções [à doutrina do mahdismo]. Se quisermos apressar a vinda do Mahdi, devemos eliminar esses obstáculos. Devemos lutar para instaurar maior justiça, assegurar uma implementação [mais rigorosa] da lei islâmica, [fazer com que] as pessoas tenham maior interesse na fé e suas diretivas, [estabelecer] as leis religiosas como [valores] dominantes da sociedade, [assegurar] que a fé religiosa seja tida como um consenso nas conferências, e limitar [o controle dos opressores, i.e., das potências ocidentais] sobre os oprimidos em todo o mundo – tanto muçulmano quanto não-muçulmano. [É isso que devemos fazer] a fim de prepararmos o terreno para a vinda do Mahdi. Dessa forma, a maior obrigação daqueles que aguardam o aparecimento do Mahdi é lutar contra a heresia e a arrogância global”.[8]
Fatemeh Rajabi, que é afiliado ao Ansar-e Hezb’allah e autor de um livro sobre Ahmadinejad intitulado The Miracle of the Third Millenium [O Milagre do Terceiro Milênio], disse que o “governo de Ahmadinejad [foi estabelecido para facilitar] a vinda do Imã Oculto”. (A. Savyon e Y. Mansharof – extraído de www.memri.org – Israel My Glory - http://www.beth-shalom.com.br)
A. Savyon é diretor do Projeto de Mídia Iraniana. Y. Mansharof é pesquisador do MEMRI.
COMENTO:
Muitos analistas alegam que as ameaças do presidente do Irã são meras figuras de retórica.Será que eles tem conhecimento do texto acima?
Israel é um país que não pode se dar ao luxo de perder uma guerra pois isso significaria seu fim.
Experiências passadas mostram que existem os "loucos,fanáticos e messianicos" que causaram enormes estragos no mundo.Vide Hitler.
A introdução de elementos religiosos messianicos na política como acontece com o Irã nos leva a uma enorme desconfiança que os discursos de seu presidente não são figuras de retórica.O mundo ainda não entendeu que um Irã nuclearizado não é um perigo só para Israele sim para todo planeta.
Mesmo com todas essas preocupações o tempo vai passando e eu pergunto:E agora?Como vai o dialogo?Até quando vamos esperar as respostas?
Para sua diversão.
Numa homenagem ao nosso amigo TheShirt
Lula lá... 1
Um suíço, procurando orientação sobre o caminho, pára seu carro ao lado de outro carro, este com um casal de brasileiros dentro.
O suíço pergunta:
- Entschuldigung, koennen sie Deutsch sprechen?
Os dois brasileiros ficaram mudos.
- Excusez-moi, parlez vous français? - tentou.
Os dois continuaram a olhar para ele impávidos e serenos.
- Prego signori, parlate italiano?
Nada por parte dos brasileiros.
- Hablan ustedes español?
Nenhuma resposta.
- Please, do you speak english?
Nada. Angustiado, o suíço desiste e vai embora.
Dona Marisa vira-se para Lula e diz:
- Talvez devêssemos aprender uma língua estrangeira...
- Mas pra quê, companheira? - pergunta Lula - Aquele idiota sabia cinco e adiantou alguma coisa?
Lula lá... 1
Um suíço, procurando orientação sobre o caminho, pára seu carro ao lado de outro carro, este com um casal de brasileiros dentro.
O suíço pergunta:
- Entschuldigung, koennen sie Deutsch sprechen?
Os dois brasileiros ficaram mudos.
- Excusez-moi, parlez vous français? - tentou.
Os dois continuaram a olhar para ele impávidos e serenos.
- Prego signori, parlate italiano?
Nada por parte dos brasileiros.
- Hablan ustedes español?
Nenhuma resposta.
- Please, do you speak english?
Nada. Angustiado, o suíço desiste e vai embora.
Dona Marisa vira-se para Lula e diz:
- Talvez devêssemos aprender uma língua estrangeira...
- Mas pra quê, companheira? - pergunta Lula - Aquele idiota sabia cinco e adiantou alguma coisa?
Verdade e Mentira
Rrtirado de http://www.gentequemente.org.br
MENTIRA:
“Tenho um vírus da paz desde que eu estava no útero da minha mãe. Não me lembro de ter me envolvido em nenhuma briga.” (Presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em Israel, 15/03/10.)
A VERDADE:
Desde os tempos de sindicalista, Lula briga com inimigos reais e imaginários. Já atacou o Congresso, os brancos de olhos azuis, a imprensa, a oposição e o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso. Só maneirou na campanha de 2002, quando seu marqueteiro desenhou o modelito Lulinha paz e amor para possibilitar sua eleição.
MENTIRA:
“Minha vontade era não votar os royalties este ano, pois sabia que era um ano político e que em ano de eleição todo mundo quer fazer gracinha. Disse que era para deixar para o ano que vem, pois tudo isso é para 2016.” (Presidente Luiz Inácio Lula da Silva, na Jordânia, 18/03/10.)
A VERDADE:
Foram Lula e a pré-candidata do PT Dilma Rousseff que pediram, mais de uma vez, o regime de urgência para a votação no Congresso para a partilha dos royalties do pré-sal. Apesar de ter sido desaconselhado por vários governadores e parlamentares, já que a exploração começaria só por volta de 2015, Lula manteve o regime especial
MENTIRA:
“Tenho um vírus da paz desde que eu estava no útero da minha mãe. Não me lembro de ter me envolvido em nenhuma briga.” (Presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em Israel, 15/03/10.)
A VERDADE:
Desde os tempos de sindicalista, Lula briga com inimigos reais e imaginários. Já atacou o Congresso, os brancos de olhos azuis, a imprensa, a oposição e o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso. Só maneirou na campanha de 2002, quando seu marqueteiro desenhou o modelito Lulinha paz e amor para possibilitar sua eleição.
MENTIRA:
“Minha vontade era não votar os royalties este ano, pois sabia que era um ano político e que em ano de eleição todo mundo quer fazer gracinha. Disse que era para deixar para o ano que vem, pois tudo isso é para 2016.” (Presidente Luiz Inácio Lula da Silva, na Jordânia, 18/03/10.)
A VERDADE:
Foram Lula e a pré-candidata do PT Dilma Rousseff que pediram, mais de uma vez, o regime de urgência para a votação no Congresso para a partilha dos royalties do pré-sal. Apesar de ter sido desaconselhado por vários governadores e parlamentares, já que a exploração começaria só por volta de 2015, Lula manteve o regime especial
sexta-feira, 19 de março de 2010
Frases do dia
Não sou especialista em Brasil, mas uma coisa estou habilitado a dizer: Não creiam que mão-de-obra barata ainda seja uma vantagem.
Peter Drucker
Gerenciamento é substituir músculos por pensamentos, folclore e superstição por conhecimento, e força por cooperação.
Peter Drucker
Meia-idade é quando você pára de criticar os mais velhos e começa a criticar os mais novos.
Laurence Peter
Peter Drucker
Gerenciamento é substituir músculos por pensamentos, folclore e superstição por conhecimento, e força por cooperação.
Peter Drucker
Meia-idade é quando você pára de criticar os mais velhos e começa a criticar os mais novos.
Laurence Peter
quinta-feira, 18 de março de 2010
Resumo da ópera
Retirado do http://blogdomrx.blogspot.com/
Israel, EUA, Irã... e Brasil
Não tenho tempo de postar adequadamente sobre o tema, que é interessante. Lula está em Israel e já deu suas cartadas de "estadista internacional": recusou-se a colocar flores no túmulo de Theodor Herzl, fundador do sionismo moderno; criticou o muro anti-terrorismo e a posse de armas nucleares (por Israel, não pelo Irã); e ainda se dispôs a mediar a paz entre as nações... Deve estar treinando para Presidente da ONU.
Enquanto isso as relações entre EUA e Israel se desgastam com a ordem de construção de casas em Jerusalém Oriental, e os palestinos lançam um "Dia de Fúria" devido à inauguração de uma sinagoga reconstruída na mesma parte da cidade (eles não querem sinagogas, mas a sua famosa mesquita permanece no ponto mais importante de Jerusalém). E o Irã continua calmamente construindo sua bomba, enquanto reprime protestos.
As coisas estão esquentando, o que, nessa região do mundo, nunca é bom sinal.
COMENTO:
Acrescentaria a volta do lançamento de foguetes pelo Hamas.
Israel, EUA, Irã... e Brasil
Não tenho tempo de postar adequadamente sobre o tema, que é interessante. Lula está em Israel e já deu suas cartadas de "estadista internacional": recusou-se a colocar flores no túmulo de Theodor Herzl, fundador do sionismo moderno; criticou o muro anti-terrorismo e a posse de armas nucleares (por Israel, não pelo Irã); e ainda se dispôs a mediar a paz entre as nações... Deve estar treinando para Presidente da ONU.
Enquanto isso as relações entre EUA e Israel se desgastam com a ordem de construção de casas em Jerusalém Oriental, e os palestinos lançam um "Dia de Fúria" devido à inauguração de uma sinagoga reconstruída na mesma parte da cidade (eles não querem sinagogas, mas a sua famosa mesquita permanece no ponto mais importante de Jerusalém). E o Irã continua calmamente construindo sua bomba, enquanto reprime protestos.
As coisas estão esquentando, o que, nessa região do mundo, nunca é bom sinal.
COMENTO:
Acrescentaria a volta do lançamento de foguetes pelo Hamas.
MAIS LULA E ORIENTE MÉDIO
Reinaldo Azevedo
ISRAEL CONHECE A DIPLOMACIA DO NHAMBU
quarta-feira, 17 de março de 2010 | 5:57
Em visita a Israel, Lula, com efeito, deu demonstrações da sua enorme capacidade de ser um “novo interlocutor” no Oriente Médio. No Parlamento de Israel, suas críticas foram dirigidas exclusivamente ao país. No encontro com autoridades palestinas, os isaelenses apanharam de novo. “Ah, mas e as 1.600 casas?”, poderia indagar alguém. A crise é um tanto mais antiga, não é mesmo?
Um “negociador” tenta encontrar um meio-termo entre os litigantes; os mais sagazes sabem que uma de sua tarefas é reduzir a pauta de reivindicações, em vez de ampliá-la. Lula aproveitou a visita à Autoridade Nacional Palestina para pedir a derrubada do muro que separa a Cisjordânia de Israel, o que não está sendo cogitado, no momento, nem por Mohamoud Abbas. É como apagar incêndio com gasolina, para usar imagem popular sofisticada perto de outra a que Celso Amorim, o Megalonanico, recorreu. Já falo a respeito.
Talvez não tenham informado a Lula que o tão detestado muro reduziu a praticamente zero os atentados terroristas em território israelense praticados por palestinos oriundos da Cisjordânia. O nosso gênio da negociação sempre poderá dizer que este não é melhor caminho. Claro que não! O melhor é pôr fim aos atentados terroristas. Mas Lula não tocou no assunto, preferindo destacar o sofrimento do povo palestino com o muro e o bloqueio. As razões por que existem uma coisa e outra foram solenemente ignoradas.
Hoje, Lula depositará flores no túmulo de Yasser Arafat, o histórico líder palestino, que tinha as mãos inequivocamente sujas de sangue. Levará as flores que se negou a deixar sobre o campa de Theodor Hezrl, o fundador do Movimento Sionista, que nunca matou ninguém.
EIS O PERFIL ACABADO DO HOMEM QUE PRETENDE SER UM NOVO ATOR NAS NEGOCIAÇÕES NO ORIENTE MÉDIO.
Lula visitou o Museu do Holocausto em Jerusalém. Fez o discurso de praxe, afirmando que aquilo nunca mais pode se repetir etc e tal. E dramatizou: “Nunca Mais, nunca mais, nunca mais!”, como uma litania. Daqui a dois meses, encontra-se com um contumaz negador do Holocausto, Mahmoud Arhmadinejad. Na visita do facínora ao Brasil, o governo brasileiro deixou claro que Lula não tocaria no assunto. E o próprio Demiurgo se encarregou de resumir: como chefe de estado, não tinha de se meter nos conflitos entre judeus e árabes — ele pensava que iranianos fossem árabes…
Esse é o grande negociador que chegou ao Oriente Médio! Ele se quer “uma alternativa”. Israel está sob fogo cerrado. Ontem, a Casa Branca confirmou o cancelamento da visita ao país do enviado para o Oriente Médio, George Mitchell, prevista para sexta. A decisão acentuou a crise entre os dois países. Indagado a respeito, Amorim deu uma resposta iluminada: “Em briga de jacu, nhambu não entra. Não vou me meter nas discussões entre Hillary Clinton e Binyamin Netanyahu”.
Lula volta a se encontrar com Mahamoud Abbas nesta quarta. Uma das suas intenções é promover o entendimento entre os terroristas do Hamas, que deram um golpe na Faixa de Gaza, e o Fattah. Vai tentar emprestar a sua tecnologia “companheira” de negociação. Deve imaginar que isso é mais ou menos como fazer um acordo por aqui entre a CUT e a Força Sindical…
Lula já tinha revelado ao mundo seu real tamanho na questão cubana. Em Israel, dá seqüência à obra. Daqui a dois meses, ele faz um arremate abraçando Ahmadinejad.
COMENTO:
Vejam o que eu disse no post anterior e o que o artigo acima menciona:Para Lula iranianos são Árabes?
ISRAEL CONHECE A DIPLOMACIA DO NHAMBU
quarta-feira, 17 de março de 2010 | 5:57
Em visita a Israel, Lula, com efeito, deu demonstrações da sua enorme capacidade de ser um “novo interlocutor” no Oriente Médio. No Parlamento de Israel, suas críticas foram dirigidas exclusivamente ao país. No encontro com autoridades palestinas, os isaelenses apanharam de novo. “Ah, mas e as 1.600 casas?”, poderia indagar alguém. A crise é um tanto mais antiga, não é mesmo?
Um “negociador” tenta encontrar um meio-termo entre os litigantes; os mais sagazes sabem que uma de sua tarefas é reduzir a pauta de reivindicações, em vez de ampliá-la. Lula aproveitou a visita à Autoridade Nacional Palestina para pedir a derrubada do muro que separa a Cisjordânia de Israel, o que não está sendo cogitado, no momento, nem por Mohamoud Abbas. É como apagar incêndio com gasolina, para usar imagem popular sofisticada perto de outra a que Celso Amorim, o Megalonanico, recorreu. Já falo a respeito.
Talvez não tenham informado a Lula que o tão detestado muro reduziu a praticamente zero os atentados terroristas em território israelense praticados por palestinos oriundos da Cisjordânia. O nosso gênio da negociação sempre poderá dizer que este não é melhor caminho. Claro que não! O melhor é pôr fim aos atentados terroristas. Mas Lula não tocou no assunto, preferindo destacar o sofrimento do povo palestino com o muro e o bloqueio. As razões por que existem uma coisa e outra foram solenemente ignoradas.
Hoje, Lula depositará flores no túmulo de Yasser Arafat, o histórico líder palestino, que tinha as mãos inequivocamente sujas de sangue. Levará as flores que se negou a deixar sobre o campa de Theodor Hezrl, o fundador do Movimento Sionista, que nunca matou ninguém.
EIS O PERFIL ACABADO DO HOMEM QUE PRETENDE SER UM NOVO ATOR NAS NEGOCIAÇÕES NO ORIENTE MÉDIO.
Lula visitou o Museu do Holocausto em Jerusalém. Fez o discurso de praxe, afirmando que aquilo nunca mais pode se repetir etc e tal. E dramatizou: “Nunca Mais, nunca mais, nunca mais!”, como uma litania. Daqui a dois meses, encontra-se com um contumaz negador do Holocausto, Mahmoud Arhmadinejad. Na visita do facínora ao Brasil, o governo brasileiro deixou claro que Lula não tocaria no assunto. E o próprio Demiurgo se encarregou de resumir: como chefe de estado, não tinha de se meter nos conflitos entre judeus e árabes — ele pensava que iranianos fossem árabes…
Esse é o grande negociador que chegou ao Oriente Médio! Ele se quer “uma alternativa”. Israel está sob fogo cerrado. Ontem, a Casa Branca confirmou o cancelamento da visita ao país do enviado para o Oriente Médio, George Mitchell, prevista para sexta. A decisão acentuou a crise entre os dois países. Indagado a respeito, Amorim deu uma resposta iluminada: “Em briga de jacu, nhambu não entra. Não vou me meter nas discussões entre Hillary Clinton e Binyamin Netanyahu”.
Lula volta a se encontrar com Mahamoud Abbas nesta quarta. Uma das suas intenções é promover o entendimento entre os terroristas do Hamas, que deram um golpe na Faixa de Gaza, e o Fattah. Vai tentar emprestar a sua tecnologia “companheira” de negociação. Deve imaginar que isso é mais ou menos como fazer um acordo por aqui entre a CUT e a Força Sindical…
Lula já tinha revelado ao mundo seu real tamanho na questão cubana. Em Israel, dá seqüência à obra. Daqui a dois meses, ele faz um arremate abraçando Ahmadinejad.
COMENTO:
Vejam o que eu disse no post anterior e o que o artigo acima menciona:Para Lula iranianos são Árabes?
LULA E ORIENTE MÉDIO: UMA LÁSTIMA
Da Agência Estado, 18/03/10, às 13:08
Lula chama premier jordaniano de 'turco'
por Denise Chrispim Marin, enviada especial
Com deslizes já repetidos em outros países árabes, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva encerrou hoje sua visita ao Oriente Médio. Assim como no caso imediatamente anterior, na Turquia, o constrangimento de boa parte da plateia a quem Lula se dirigia começou quando ele defendeu que o Brasil deveria agir como um "mascate". Lula trocou o nome do primeiro-ministro jordaniano, Samir Rifai, chamou-o de "turco" e ainda designou a Jordânia como um país pobre.
As gafes ocorreram durante o improviso do presidente no Seminário Brasil-Jordânia: Perspectivas de Comércio e de Investimentos, que reuniu cerca de 500 empresários jordanianos, brasileiros e iraquianos. Lula lembrou que todo mascate - a profissão de vendedor ambulante, adotada por muitos sírios e libaneses - era chamado carinhosamente de "turco" no Brasil.
Uma vez mais, mostrou-se alheio ao fato de que, no Oriente Médio, tal designação não cai bem, dadas as lembranças dolorosas do período de domínio do Império Otomano na região. Essa ocupação foi um dos fatores que provocaram a massiva emigração de sírios e libaneses, obrigados a portar passaporte turco, no início do século 20.
"O Salim deveria ser tratado de turco", afirmou Lula, dirigindo-se a Samir Rifai. "Aqui tem muita gente com cara de turco. Ou seja, (a pessoa) que coloca um monte de peça de pano debaixo do braço e sai de casa em casa batendo palma e vendendo."
Lula concluiu com a associação do trabalho do mascate à sua política de privilegiar as relações comerciais do Brasil com países pobres, em uma referência direta à Jordânia. "O mascate não vai na Avenida Paulista, não vai no Morumbi, não vai nas ruas dos ricos. Ele vai nas ruas da periferia, onde o pobre pode comprar para pagar em suaves 12 prestações, 24 prestações ou mais", afirmou. "Eu achava que o Brasil pudesse ser assim."
COMENTO:
Essa viagem de Lula ao Oriente Médio foi uma lástima, uma vergonha para o Brasil.
Demonstrou total desconhecimento da história, da cultura, da mentalidade e outras particularidades da região.
Se recusou a depositar flores no mausoléu de Theodor Herzl, idealizador de Israel, que nunca matou ninguém mas depositou flores no túmulo de Arafat, hoje reconhecidamente como corrupto que perdeu a grande chance de paz com Israel e que tinha as mãos sujas de sangue.
Não sabe ainda diferenciar Arabes de Otomanos e talvez de Persas.Será que cometerá a mesma gafe no Irã?
Quer ser mediador do conflito defendendo apenas um lado?
O conflito no OM é extremamente complexo, envolve fatores históricos, jurídicos e culturais.É necessário conhecimento aprofundado desses itens, além é claro da isenção, para se candidatar a essa função.
Foi tudo muito lastimável.
Lula chama premier jordaniano de 'turco'
por Denise Chrispim Marin, enviada especial
Com deslizes já repetidos em outros países árabes, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva encerrou hoje sua visita ao Oriente Médio. Assim como no caso imediatamente anterior, na Turquia, o constrangimento de boa parte da plateia a quem Lula se dirigia começou quando ele defendeu que o Brasil deveria agir como um "mascate". Lula trocou o nome do primeiro-ministro jordaniano, Samir Rifai, chamou-o de "turco" e ainda designou a Jordânia como um país pobre.
As gafes ocorreram durante o improviso do presidente no Seminário Brasil-Jordânia: Perspectivas de Comércio e de Investimentos, que reuniu cerca de 500 empresários jordanianos, brasileiros e iraquianos. Lula lembrou que todo mascate - a profissão de vendedor ambulante, adotada por muitos sírios e libaneses - era chamado carinhosamente de "turco" no Brasil.
Uma vez mais, mostrou-se alheio ao fato de que, no Oriente Médio, tal designação não cai bem, dadas as lembranças dolorosas do período de domínio do Império Otomano na região. Essa ocupação foi um dos fatores que provocaram a massiva emigração de sírios e libaneses, obrigados a portar passaporte turco, no início do século 20.
"O Salim deveria ser tratado de turco", afirmou Lula, dirigindo-se a Samir Rifai. "Aqui tem muita gente com cara de turco. Ou seja, (a pessoa) que coloca um monte de peça de pano debaixo do braço e sai de casa em casa batendo palma e vendendo."
Lula concluiu com a associação do trabalho do mascate à sua política de privilegiar as relações comerciais do Brasil com países pobres, em uma referência direta à Jordânia. "O mascate não vai na Avenida Paulista, não vai no Morumbi, não vai nas ruas dos ricos. Ele vai nas ruas da periferia, onde o pobre pode comprar para pagar em suaves 12 prestações, 24 prestações ou mais", afirmou. "Eu achava que o Brasil pudesse ser assim."
COMENTO:
Essa viagem de Lula ao Oriente Médio foi uma lástima, uma vergonha para o Brasil.
Demonstrou total desconhecimento da história, da cultura, da mentalidade e outras particularidades da região.
Se recusou a depositar flores no mausoléu de Theodor Herzl, idealizador de Israel, que nunca matou ninguém mas depositou flores no túmulo de Arafat, hoje reconhecidamente como corrupto que perdeu a grande chance de paz com Israel e que tinha as mãos sujas de sangue.
Não sabe ainda diferenciar Arabes de Otomanos e talvez de Persas.Será que cometerá a mesma gafe no Irã?
Quer ser mediador do conflito defendendo apenas um lado?
O conflito no OM é extremamente complexo, envolve fatores históricos, jurídicos e culturais.É necessário conhecimento aprofundado desses itens, além é claro da isenção, para se candidatar a essa função.
Foi tudo muito lastimável.
Hipocrisia Européia
O Portal de Notícias da Globo
18/03/10 - 16h57 - Atualizado em 18/03/10 - 17h00
Mais um foguete é lançado contra sul de Israel, não há vítimas
Da France Presse
Um segundo foguete disparado nesta quinta-feira da Faixa de Gaza alcançou o sul de Israel, mas não causou vítimas. O primeiro foguete, no entanto, havia deixado um morto, confirmou o Exército.
O projétil atingiu uma zona desbitada da região de Eshkol, ao sul de Tel Aviv, afirmou um porta-voz do exército.
Na manhã desta quinta-feira, um primeiro foguete havia causado a morte de um camponês tailandês em um kibutz ao sul de Israel.
O ataque foi reivindicado por um grupo salafista da Faixa de Gaza, Ansar al Suna, vinculado à rede islâmica Al-Qaeda.
Os disparos dos foguetes ocorreram no momento em que a chefe da diplomacia europeia, Catherine Ashton, visitava a região controlada pelo Hamas.
Depois de ser divulgada a notícia, Ashton condenou "todo tipo de violência".
O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, também condenou o ataque.
Israel, por sua vez, qualificou o incidente de "escalada séria" e prometeu uma resposta "adequada e forte".
Em geral, o exército israelense responde aos disparos de foguetes com ataques aéreos.
Segundo um balanço do exército israelense, os grupos armados palestinos da Faixa de Gaza dispararam em torno de 150 foguetes contra Israel desde o fim da ofensiva militar contra este território palestino entre dezembro de 2008 e janeiro de 2009.
Desde junho de 2007, a Faixa de Gaza está sob controle do Hamas
COMENTO:
VEJAM BEM:A representante européia condenou todo tipo de violência.ELA NÃO CONDENOU O ATAQUE DELIBERADO COM A MORTE DE UM CIVIL ENQUANTO A MESMA VISITAVA GAZA.
Típico da hipocrisia e cinismo da velha Europa.
18/03/10 - 16h57 - Atualizado em 18/03/10 - 17h00
Mais um foguete é lançado contra sul de Israel, não há vítimas
Da France Presse
Um segundo foguete disparado nesta quinta-feira da Faixa de Gaza alcançou o sul de Israel, mas não causou vítimas. O primeiro foguete, no entanto, havia deixado um morto, confirmou o Exército.
O projétil atingiu uma zona desbitada da região de Eshkol, ao sul de Tel Aviv, afirmou um porta-voz do exército.
Na manhã desta quinta-feira, um primeiro foguete havia causado a morte de um camponês tailandês em um kibutz ao sul de Israel.
O ataque foi reivindicado por um grupo salafista da Faixa de Gaza, Ansar al Suna, vinculado à rede islâmica Al-Qaeda.
Os disparos dos foguetes ocorreram no momento em que a chefe da diplomacia europeia, Catherine Ashton, visitava a região controlada pelo Hamas.
Depois de ser divulgada a notícia, Ashton condenou "todo tipo de violência".
O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, também condenou o ataque.
Israel, por sua vez, qualificou o incidente de "escalada séria" e prometeu uma resposta "adequada e forte".
Em geral, o exército israelense responde aos disparos de foguetes com ataques aéreos.
Segundo um balanço do exército israelense, os grupos armados palestinos da Faixa de Gaza dispararam em torno de 150 foguetes contra Israel desde o fim da ofensiva militar contra este território palestino entre dezembro de 2008 e janeiro de 2009.
Desde junho de 2007, a Faixa de Gaza está sob controle do Hamas
COMENTO:
VEJAM BEM:A representante européia condenou todo tipo de violência.ELA NÃO CONDENOU O ATAQUE DELIBERADO COM A MORTE DE UM CIVIL ENQUANTO A MESMA VISITAVA GAZA.
Típico da hipocrisia e cinismo da velha Europa.
quarta-feira, 17 de março de 2010
Exemplo
Da coluna de Sonia Racy, Estadão, 16/03/2010
Aristocracia é isso
''Igualzinho.
Gustav da Suécia e a rainha Silvia chegam ao Brasil, dia 22, por Recife. Em avião de carreira da TAP, com apenas..... quatro seguranças''.
COMENTO:É um exemplo de humildade e simplicidade.É também um exemplo de gestão pois evita gastos excessivos e uso inadequado de recursos humanos.
Se somarmos os gastos de nossos dirigentes com delegações super dimensionadas ficaríamos abismado com o desperdício de dinheiro público.
Precisamos mostrar aos políticos que o dinheiro não é deles e sim nosso.Eles são os síndicos que devem administrar nossos valores.Se não o fizerem bem ,devem ser trocados nas eleições.
Votar é um ato de alta responsabilidade.Estamos nomeando alguém para administrar o que é nosso.Será que é tão difícil isso?
Aristocracia é isso
''Igualzinho.
Gustav da Suécia e a rainha Silvia chegam ao Brasil, dia 22, por Recife. Em avião de carreira da TAP, com apenas..... quatro seguranças''.
COMENTO:É um exemplo de humildade e simplicidade.É também um exemplo de gestão pois evita gastos excessivos e uso inadequado de recursos humanos.
Se somarmos os gastos de nossos dirigentes com delegações super dimensionadas ficaríamos abismado com o desperdício de dinheiro público.
Precisamos mostrar aos políticos que o dinheiro não é deles e sim nosso.Eles são os síndicos que devem administrar nossos valores.Se não o fizerem bem ,devem ser trocados nas eleições.
Votar é um ato de alta responsabilidade.Estamos nomeando alguém para administrar o que é nosso.Será que é tão difícil isso?
Para diversão
Deixo bem claro que não sou o autor.rsssss
Enviado por L.C.Lemos - 17.3.2010| 14h30m
Sem novidades nesse front
Mulher: Queria ser um jornal para estar nas suas mãos o dia inteiro...
Marido: Eu também queria que você fosse um jornal, só assim eu teria um exemplar novo por dia.
Médico: Seu marido precisa de repouso e sossego. Leve esses comprimidos para dormir.
Mulher: A que horas devo dar a ele um comprimido?
Médico: São para a senhora.
Mulher: Tive que me casar como você para descobrir como você é burro.
Marido: Devia ter desconfiado na hora em que pedi a você para casar comigo.
Marido: Hoje é domingo e eu quero aproveitar o dia. Por isso comprei 3 entradas para o cinema.
Mulher: 3? Por que?
Marido: Para você e seus pais.
Mas que é engraçado é!
Enviado por L.C.Lemos - 17.3.2010| 14h30m
Sem novidades nesse front
Mulher: Queria ser um jornal para estar nas suas mãos o dia inteiro...
Marido: Eu também queria que você fosse um jornal, só assim eu teria um exemplar novo por dia.
Médico: Seu marido precisa de repouso e sossego. Leve esses comprimidos para dormir.
Mulher: A que horas devo dar a ele um comprimido?
Médico: São para a senhora.
Mulher: Tive que me casar como você para descobrir como você é burro.
Marido: Devia ter desconfiado na hora em que pedi a você para casar comigo.
Marido: Hoje é domingo e eu quero aproveitar o dia. Por isso comprei 3 entradas para o cinema.
Mulher: 3? Por que?
Marido: Para você e seus pais.
Mas que é engraçado é!
Valores
Jogador de flamengo foi visto na Rocinha acompanhado por homens do tráfico usando armas de guerra.
Em entrevista disse que isso éra normal.
Normal????
É esse o valor que um ídolo do esporte mais popular do Brasil passa para seus fãs?
A crise moral na sociedade brasileira é muito séria pois ela afeta todos os setores, da política ao esporte.
Como se eleva os valores morais de um país?
Sem família estruturada e sem educação de qualidade não há desenvolvimento sustentável incluindo o moral.
Em entrevista disse que isso éra normal.
Normal????
É esse o valor que um ídolo do esporte mais popular do Brasil passa para seus fãs?
A crise moral na sociedade brasileira é muito séria pois ela afeta todos os setores, da política ao esporte.
Como se eleva os valores morais de um país?
Sem família estruturada e sem educação de qualidade não há desenvolvimento sustentável incluindo o moral.
sábado, 13 de março de 2010
Esquerda, Direita ou no meio?
Enviado por Ruy Fabiano - 13.3.2010| 13h15m
artigo
Esquerda versus esquerda
O presidente Lula disse, mais de uma vez, que um dos sinais do grande avanço político do Brasil nos últimos anos é o fato de que nas próximas eleições presidenciais só concorrerão candidatos de esquerda. Nesses termos, não haverá derrotados, pois ganhe quem ganhar todos estão do mesmo lado.
É só uma disputa de cargos, não de idéias. Mais espantoso que sua declaração foi o silêncio que a ela se seguiu. Um silêncio de consentimento ou temor, mas não de reflexão. A afirmação do presidente pode até expressar uma realidade partidária, mas está longe de assinalar uma realidade psicossocial efetiva.
Não é verdade que a sociedade brasileira seja, em seu conjunto, de esquerda. Basta lembrar a rejeição que provocou o recém-divulgado Programa Nacional de Direitos Humanos, confirmado em seus pontos essenciais pelo programa de governo de Dilma Roussef, que resume a agenda da esquerda.
Pesquisas recorrentes mostram que a maioria da população é conservadora. Reprova as invasões do MST, a remoção de símbolos religiosos de locais públicos, o casamento gay e a liberação do aborto, entre outros pontos dessa agenda, que não cabe aqui discutir.
O que importa é que, além de nenhum partido vocalizar essa rejeição, a população não a conecta à disputa política. A conduta situacionista só é criticada no quesito corrupção, que, embora tenha de fato superado o padrão clássico – já de si intolerável -, não encontra muitos oposicionistas em condições de denunciá-lo com plena autoridade.
Acaba sendo uma disputa sobre quem pecou menos – e ninguém atira com convicção a primeira pedra.
Também não é verdade que a sociedade brasileira seja de direita, até porque essa designação passou a ser utilizada não para identificar ideologicamente alguém, mas para ofender e excluir do jogo político, por desqualificação moral, os que ousam dissentir.
Ninguém, nem a maioria conservadora, quer ser chamado de direita. E o motivo é simples: associa-se à direita tudo o que de mais nefasto se produziu na humanidade nos últimos tempos - os regimes fascistas, nazista, as ditaduras militares, os campos de concentração e a exploração dos pobres.
De fato, numerosos regimes, inclusive aqui, no Brasil, deixaram um legado de desolação em face dessa ideologia. Mas do lado socialista não foi menor. Ao contrário, bem maior.
Somem-se os mortos da Rússia soviética – mais de 50 milhões – e os confronte com os de todos os regimes autoritários da América Latina no século XX (menos de 300 mil), e é possível dimensionar essa contabilidade macabra.
O regime militar brasileiro matou, segundo dados das próprias organizações que o denunciam, menos de 500 pessoas (o que não o absolve, claro) - e aprisionou 2 mil. Isso num universo de 100 milhões de habitantes (média da população no período), enquanto o regime cubano, com população média de 8 milhões neste mais de meio século de ditadura castrista, soma mais de 100 mil mortos.
Se algum matemático se dispuser a aplicar ao Brasil a proporção cubana, terá uma idéia da dimensão de ferocidade daquele regime, que, no entanto, é saudado como politicamente correto e defendido com ardor pela intelectualidade latino-americana.
O comunismo chinês matou 100 milhões, quase o dobro das duas guerras mundiais somadas (em torno de 60 milhões). E assim por diante. Os números são eloqüentes e devem ruborizar Hitler e seus sequazes. No entanto, é de bom tom proclamar-se de esquerda, mas de direita é fatal, ainda que os dois extremos se equivalham.
No Brasil, e na América Latina, essa falsa dicotomia se sustenta a partir de estratagemas que exploram a ignorância histórica da maioria da população. Quem não é de esquerda é de direita, como se entre um polo e outro nada houvesse, nenhuma alternativa civilizada de projeto político. À esquerda, são citados personagens queridos e admirados dos meios artístico e cultural; à direita, são lembrados os tiranos fascistas, ao lado de quem, óbvio, ninguém quer estar.
Isso cria um bloqueio mental, que expressa um patrulhamento ideológico sistemático, ao ponto de nenhum candidato a presidente ousar dizer que não é de esquerda, pelo temor de vir a ser associado à direita, mesmo ciente do artifício perverso que isso representa.
Nada empobrece mais o debate político que a falta de clareza e sinceridade de seus agentes, confinando-o a uma indigente gincana para saber quem rouba mais ou menos. Idéias, nem pensar.
Ruy Fabiano é jornalista
COMENTO:
O brasileiro não é de esquerda nem de direita.Ele é paradoxal,emite duplas mensagens.É contraditório.
A lei vale mas para os outros.Elege Presidente de um partido e deputados do partido de oposição.
É contra a corrupção mas sonega.
Enfim, poderíamos listar uma séria de atitudes que mostram a ambiguidade do povo.
Seria isto resultado de uma educação falha,fora da realidade, sem debates,com grade currícular inadequada e ultrapassada?Ou seria um caso de esquizofrenia coletiva?Coma palavra os psiquiatras psicólogos e educadores.
artigo
Esquerda versus esquerda
O presidente Lula disse, mais de uma vez, que um dos sinais do grande avanço político do Brasil nos últimos anos é o fato de que nas próximas eleições presidenciais só concorrerão candidatos de esquerda. Nesses termos, não haverá derrotados, pois ganhe quem ganhar todos estão do mesmo lado.
É só uma disputa de cargos, não de idéias. Mais espantoso que sua declaração foi o silêncio que a ela se seguiu. Um silêncio de consentimento ou temor, mas não de reflexão. A afirmação do presidente pode até expressar uma realidade partidária, mas está longe de assinalar uma realidade psicossocial efetiva.
Não é verdade que a sociedade brasileira seja, em seu conjunto, de esquerda. Basta lembrar a rejeição que provocou o recém-divulgado Programa Nacional de Direitos Humanos, confirmado em seus pontos essenciais pelo programa de governo de Dilma Roussef, que resume a agenda da esquerda.
Pesquisas recorrentes mostram que a maioria da população é conservadora. Reprova as invasões do MST, a remoção de símbolos religiosos de locais públicos, o casamento gay e a liberação do aborto, entre outros pontos dessa agenda, que não cabe aqui discutir.
O que importa é que, além de nenhum partido vocalizar essa rejeição, a população não a conecta à disputa política. A conduta situacionista só é criticada no quesito corrupção, que, embora tenha de fato superado o padrão clássico – já de si intolerável -, não encontra muitos oposicionistas em condições de denunciá-lo com plena autoridade.
Acaba sendo uma disputa sobre quem pecou menos – e ninguém atira com convicção a primeira pedra.
Também não é verdade que a sociedade brasileira seja de direita, até porque essa designação passou a ser utilizada não para identificar ideologicamente alguém, mas para ofender e excluir do jogo político, por desqualificação moral, os que ousam dissentir.
Ninguém, nem a maioria conservadora, quer ser chamado de direita. E o motivo é simples: associa-se à direita tudo o que de mais nefasto se produziu na humanidade nos últimos tempos - os regimes fascistas, nazista, as ditaduras militares, os campos de concentração e a exploração dos pobres.
De fato, numerosos regimes, inclusive aqui, no Brasil, deixaram um legado de desolação em face dessa ideologia. Mas do lado socialista não foi menor. Ao contrário, bem maior.
Somem-se os mortos da Rússia soviética – mais de 50 milhões – e os confronte com os de todos os regimes autoritários da América Latina no século XX (menos de 300 mil), e é possível dimensionar essa contabilidade macabra.
O regime militar brasileiro matou, segundo dados das próprias organizações que o denunciam, menos de 500 pessoas (o que não o absolve, claro) - e aprisionou 2 mil. Isso num universo de 100 milhões de habitantes (média da população no período), enquanto o regime cubano, com população média de 8 milhões neste mais de meio século de ditadura castrista, soma mais de 100 mil mortos.
Se algum matemático se dispuser a aplicar ao Brasil a proporção cubana, terá uma idéia da dimensão de ferocidade daquele regime, que, no entanto, é saudado como politicamente correto e defendido com ardor pela intelectualidade latino-americana.
O comunismo chinês matou 100 milhões, quase o dobro das duas guerras mundiais somadas (em torno de 60 milhões). E assim por diante. Os números são eloqüentes e devem ruborizar Hitler e seus sequazes. No entanto, é de bom tom proclamar-se de esquerda, mas de direita é fatal, ainda que os dois extremos se equivalham.
No Brasil, e na América Latina, essa falsa dicotomia se sustenta a partir de estratagemas que exploram a ignorância histórica da maioria da população. Quem não é de esquerda é de direita, como se entre um polo e outro nada houvesse, nenhuma alternativa civilizada de projeto político. À esquerda, são citados personagens queridos e admirados dos meios artístico e cultural; à direita, são lembrados os tiranos fascistas, ao lado de quem, óbvio, ninguém quer estar.
Isso cria um bloqueio mental, que expressa um patrulhamento ideológico sistemático, ao ponto de nenhum candidato a presidente ousar dizer que não é de esquerda, pelo temor de vir a ser associado à direita, mesmo ciente do artifício perverso que isso representa.
Nada empobrece mais o debate político que a falta de clareza e sinceridade de seus agentes, confinando-o a uma indigente gincana para saber quem rouba mais ou menos. Idéias, nem pensar.
Ruy Fabiano é jornalista
COMENTO:
O brasileiro não é de esquerda nem de direita.Ele é paradoxal,emite duplas mensagens.É contraditório.
A lei vale mas para os outros.Elege Presidente de um partido e deputados do partido de oposição.
É contra a corrupção mas sonega.
Enfim, poderíamos listar uma séria de atitudes que mostram a ambiguidade do povo.
Seria isto resultado de uma educação falha,fora da realidade, sem debates,com grade currícular inadequada e ultrapassada?Ou seria um caso de esquizofrenia coletiva?Coma palavra os psiquiatras psicólogos e educadores.
sexta-feira, 12 de março de 2010
Para diversão
Rola na Rede
Corpos Unidos
Nossos corpos estão tão unidos, que posso sentir as batidas do seu coração.
Nossa respiração confunde-se com a do outro...
Nossos movimentos são sincronizados... indo e voltando... para frente e para trás...
Às vezes pára, e então, quando nos cansamos da mesma posição,
nos esforçamos para mudar, mesmo que seja só por pouco tempo.
O suor de nossos corpos começa a fluir sem que nada possamos fazer...
Um calor enorme parece que nos fará desmaiar...
Uma força ainda maior nos faz ficar ainda mais colados um ao outro e, quando não agüentamos mais segurar...
Uma voz ecoa em nossos ouvidos:
- Estação Carioca, desembarque pelo lado direito do trem!
Corpos Unidos
Nossos corpos estão tão unidos, que posso sentir as batidas do seu coração.
Nossa respiração confunde-se com a do outro...
Nossos movimentos são sincronizados... indo e voltando... para frente e para trás...
Às vezes pára, e então, quando nos cansamos da mesma posição,
nos esforçamos para mudar, mesmo que seja só por pouco tempo.
O suor de nossos corpos começa a fluir sem que nada possamos fazer...
Um calor enorme parece que nos fará desmaiar...
Uma força ainda maior nos faz ficar ainda mais colados um ao outro e, quando não agüentamos mais segurar...
Uma voz ecoa em nossos ouvidos:
- Estação Carioca, desembarque pelo lado direito do trem!
Assinar:
Postagens (Atom)