terça-feira, 21 de julho de 2009

O outro lado da história.Uma outra visão

QUEM ESPERA SEMPRE ALCANÇA: A ESTRATÉGIA PALESTINA - por Herman Glanz 19/07/2009julho 20, 2009 @ 16:05 · Filed under Herman Glanz

Temos falado que os vizinhos de Israel, árabes como os atuais palestinos, se valem do tempo para alcançar seus propósitos, pouco se importando com os direitos humanos, tanto para os seus como o dos outros, pois o tempo permite minar o moral do inimigo, mesmo ás próprias custas de seus homens.

Numa entrevista, em 25 de junho passado, para o diário jordaniano, Al Dustour, o negociador palestino, Saeb Erekat, declarou que Israel vem, paulatinamente, atendendo às exigências palestinas, de forma que é uma questão de tempo chegar onde pretendem. Informou, por exemplo, que o governo israelense anterior, de Ehud Olmert, chegou a oferecer a Mahmoud Abbas um território igual a 100% da chamada Margem Ocidental, apenas propondo troca de terras em determinados pontos.

Mas que a Autoridade Palestina não aceitará qualquer discussão sobre troca de territórios antes que Israel reconheça a soberania palestina sobre todos os territórios ‘ocupados’ por Israel em 1967. Disse ter ocorrido uma mudança das posições de Israel ao longo do tempo, quebrando antigos tabus, demonstrando que os palestinos não devem ter pressa para atingir seus objetivos, inclusive o retorno dos refugiados e compensações financeiras, que não são mutuamente exclusivas, pois exigem ambos. Disse ainda que os palestinos estão agindo em total coordenação com a Jordânia. Falou Erekat ser impossível reconhecer Israel como Estado Judeu, pois implicaria assumir o Movimento Sionista, porque esse movimento considera que religião e nacionalidade constituem uma mesma coisa.

Como Israel possui Tratados com o Egito e a Jordânia, e relações com um sem número de países, e a nenhum exigiu tal reconhecimento, por que então o exigir dos palestinos? Tal reconhecimento poderá prejudicar o direito de retorno dos palestinos. Mas Erekat ocultou que o Estado Palestino que pretende ver criado de jure, em seu já terceiro anteprojeto de Constituição, afirma que o islamismo é a religião do Estado Palestino e que a Lei palestina se subordina à Shari’ia.

Tendo em vista o recente discurso do atual Primeiro-Ministro de Israel, Netanyahu, dizendo não a tudo o que foi oferecido pelo governo anterior de Israel, a iniciativa de paz ainda se mostra interessante para os palestinos, disse Erekat, porque inclui uma cláusula que diz que somente ocorrerá normalização das relações com Israel depois da completa retirada dos ‘territórios ocupados’ por Israel em 1967, incluindo Jerusalém e Golã.

Essa é a razão pela qual sempre falamos que a paz, no momento, não se fará, enquanto as exigências dos atuais palestinos continuarem nesse estado de coisas. Falar em territórios ocupados tem um conteúdo embutido: se Jerusalém é território ocupado, todo Israel também o é, e assim se consumará, posteriormente, a destruição de Israel. Pode-se até entregar territórios, mas não devolver territórios chamados de ocupados por Israel.

Outro fato que passou despercebido, ou melhor, foi silenciado, foi a entrevista de Mahmoud Abbas, o Abu Mazen como terrorista, atual Presidente da Autoridade Palestina, à TV Al Palestinia, na semana que passou. Abu Mazen contou sua infância em Safed, Israel, de família de há muito lá radicada, e de como sua família fugiu de lá, a pé, em 1948, atravessando o rio Jordão, indo para Damasco, na Síria, temendo represálias dos sionistas, especialmente em Safed, lembrando do massacre dos judeus pelos árabes, em 1929.

Com essa declaração, ele pretendia demonstrar ser um refugiado, com o direito de retorno, mas na verdade declarou que fugiram por conta própria, temendo que se lhes dessem o troco pelo que fizeram antes aos judeus, pois as famílias árabes sabiam terem massacrado os judeus anteriormente, expulsando-os. Não se deu conta que, tendo falado em 1929, demonstrou que os judeus, possuem anterior direito de retorno, pois de fato foram expulsos. E os judeus de Safed lá estavam desde tempos imemoriais, muito antes da vinda dos árabes.

A Paz é uma questão de paciência, com os massacres pelos árabes continuando, desta vez com mísseis Kassam, que voltaram a cair em Israel, vindos de Gaza. A explosão de um dos depósitos de armas do Hizbollah, no Líbano, construído diante da vigilância das Nações Unidas e do governo do Líbano,, demonstrou o rearmamento do Hizbollah, e que de nada adianta a fiscalização dos organismos internacionais.

Quem espera sempre alcança, diz o ditado popular. A Paz deve ser esperada. O tempo pode trabalhar a favor de Israel.

COMENTO:
A história do Oriente Médio é complexa e cheia de detalhes por isso tem muita gente falando besteira.Não sabem o que falam.
É preciso estudar e ouvir todas as versões para que se possa emitir uma opinião com credibilidade.
A paz entretanto só será possível se incluir um programa de paralização da transmissão do ódio aos judeus que ocorre nos países muçulmanos sobretudo nas escolas.

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