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Enviado por Maria Helena - 5.7.2010| 13h00m
Mais um ditador pra nossa lista
Não há a menor justificativa para a Guiné Equatorial ser admitida na CPLP (Comunidade de Países de Língua Portuguesa). A não ser duas vontades: a do ditador Teodoro Obiang Nguema... e a do presidente do Brasil.
Vamos ser francos: os membros da CPLP são Portugal, Angola, Moçambique, Cabo Verde, São Tomé e Príncipe, Timor-Leste e Brasil. Qual o mais forte? Bidúuu...
O ditador da Guiné, homem triliardário desde que descobriram petróleo em seu país, decretou que o português é uma das línguas daquele país, quando sua colonizaçao foi francesa e espanhola. É verdade que os primeiros a lá por os pés foram os portugueses, mas desde o século XVIII que isso mudou.
O que não muda é a sede de poder desse ditador. Para entrar na CPLP e com ela poder negociar de igual para igual e, sobretudo, aumentar a credibilidade de seu país e limpar sua imagem, ele obrigou as escolas a lecionar português, para apresentar a Guiné Equatorial como um país de língua, tradições e cultura portuguesas.
"A Guiné Equatorial é uma república com eleições a cada sete anos -o presidente pode se reeleger quantas vezes quiser. Independente da Espanha desde 1968, foi por um golpe que Mbasogo tomou o poder do país em 1979.
Desde então, é acusado de reprimir e matar opositores e manter o poder com violência. Pelas ruas da capital Malabo circulam policiais armados com fuzis AK-47 e tanques de guerra. Desde os anos 1990, quando descobriu petróleo, o país tem um dos maiores PIBs da África, mas os índices de desenvolvimento humano, alfabetismo e expectativa de vida não acompanharam.
O país ainda sofre com doenças tropicais, como malária e febre tifoide.
Mbasogo, entretanto, é considerado um dos mandatários mais ricos do mundo" (em reportagem de Ana Flor para a Folha de São Paulo, 05/07/2010)
"O ditador, em vez de melhorar a situação de seu povo, tentou comprar a cooperação internacional. Ofereceu à UNESCO um prêmio em seu nome, no valor de 3 milhões de euros, dedicado à Preservação da Vida. Mas as críticas irônicas foram tantas (por que não o Prêmio Robert Mugabe para a Produtividade Alimentar, ou o Prêmio Ahmadinejad para a Paz com Energia Nuclear, que a UNESCO suspendeu o prêmio" (O perigoso silêncio do Brasil e Portugal, de Marina Costa Lobo, O Globo, 04/07/2010).
Mas quem tem amigo não morre pagão. E Lula, que dormiu lá esta noite, se reune nesta manhã com a doce figura de Mbasogo.
A desculpa do Itamaraty - quer dizer, desculpa é modo de falar, pois ninguém palpita, o Lula e o Itamaraty em matéria de Política Externa fazem o que bem querem - mas a desculpa é que o melhor é "integrar em vez de isolar".
O Brasil tem se comportado como um adolescente problema, daqueles que só faz amigos complicados. Escolhemos a dedo o que há de mais... digamos, sui-generis.
Mas que ninguém chore por Mbasogo: já estamos tão integradinhos lá que em Malabo temos representação diplomática!
Olhem no mapa o que é Malabo. É um pitéu...
COMENTO:
Mais um ditador para a coleção do Lula.
Que time:Kadafi,Ahmadinejad,Chavez,Irmão Castro,Bashir Assad,o presidente do Sudão e da Coreia do Norte.
segunda-feira, 5 de julho de 2010
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