por Herman Glanz
segunda-feira, junho 7, 2010
O episódio da flotilha com a chamada “ajuda humanitária” para a Faixa de Gaza é a conseqüência da reação muçulmana à existência de Israel e não a causa das hostilidades e da hipócrita reação internacional. Trata-se da já nossa conhecida mobilização provocativa para gerar reação, confrontos e, se possível, mortes, pois a visão do sangue derramado produz simpatia à causa pretendida, é perder para sair ganhando. O dito pacifismo não era tão pacífico. Veja-se que, no dia 2 de junho, em entrevista publicada no jornal “O Globo”, do Rio de Janeiro, a cineasta brasileira Iara Lee, que estava a bordo do barco ‘Mavi Marmara’, declarou que, a bordo, “não tinha muita arma”; logo havia armas, entenda-se.
Quando inspecionado, viu-se o barco lotado de armas brancas, granadas e material para confecção de bombas e foguetes. Dos seis barcos, cinco não deram problema algum, o que demonstra que não haveria risco com a abordagem e recebimento da chamada “ajuda humanitária”. Foi oferecido receber a ajuda no porto de Ashdod e levá-la ao seu destino na Faixa de Gaza. Fosse somente essa a intenção da “ajuda humanitária”, tudo estaria resolvido. É verdade que os preparativos israelenses foram inadequados, pois surgiram problemas no sexto barco. Há um uso excessivo do clamor da mídia condenando Israel, um linchamento midiático, mas nunca há um clamor, mesmo não excessivo, condenando os ataques, permanentes e continuados, que sofre a população israelense, com foguetes, mísseis e atos de terror.
Mesmo durante o incidente, e agora mesmo, foguetes caem em Isarel. O grupo terrorista Hamas, que governa a Faixa de Gaza, não faz segredo desejar a eliminação do Estado de Israel e a imprensa mundial exige que Israel não se defenda, para desaparecer mais depressa. Por que Israel não tem o direito de se defender? Foi essa hipocrisia que conduziu ao Holocausto, assassinando 6 milhões de judeus numa bem montada indústria da morte. A população judaica de Israel não está disposta a correr esse risco novamente. É esse o motivo do bloqueio naval à Faixa de Gaza, para reduzir, a um mínimo, a entrada de armas para o Hamas, especialmente mísseis iranianos, que servirão para matar a população de Israel. Gaza não pode se transformar em porto iraniano. E não há clamor mundial contra tal fato.
A chamada “ajuda humanitária” não passa de um marketing de propaganda. Ajuda humanitária não necessitaria de tanta gente dita ilustre, das mais diversas profissões, e que nada tem a ver com humanitário, pois vieram em apoio a terroristas, inclusive trazendo um grupo a bordo. Toda essa gente a bordo, depois de muito tempo de preparativos, pretendia é badalar nos bares e restaurantes da orla de Gaza. Vejam este anúncio http://www.nowpublic.com/world/enjoy-fine-dining-gaza-roots-restaurant que marca a ‘fome zero’ de Gaza, onde não há a tal fome, com os mercados abastecidos. Havendo miserabilidade, onde são aplicados os milhões de ajuda que recebe o Hamas?
A Turquia de Erdogan abandonou a Turquia de Ataturk e se volta para o islamismo fundamentalista. Participou da farsa do Irã, com o Presidente Lula, ambos os países usados para os fins do belicoso Ahmadinejad, o tal que nega o Holocausto. A Turquia não entrará para a União Européia, mas aspira liderar o mundo muçulmano.
A flotilha foi organizada pela ONG turca Insani Yardim Vakfi, Human Rights, Liberties and Humanitarian Relief (IHH). O lançamento da flotilha em Istambul contou com a participação de inúmeros representantes do Hamas, entre eles Mahmad Tzoalha e Sahar Albirawi, terroristas operando hoje na Inglaterra, e Hamam Said, um dos líderes da Irmandade Islâmica na Jordânia. O governo turco deu suporte. Adam Shapiro e Huwaida Arraf, fundadores e dirigentes do ISM – Movimento Internacional de Solidariedade, dirigentes também do Movimento Gaza Livre, participaram da organização da flotilha. Os dois tem antecedentes, pois em 2003 infiltraram os terroristas que se explodiram no Mike’s Bar em Tel Aviv.
A TV Al Jazeera, um dia antes, relatava que os participantes da flotilha estavam cantando “Khaibar, Khaibar, oh judeus, o exército de Maomé voltará!” Também nos barcos gritavam: “Voltem para Auschwitz” e, “lembrem-se do 11 de setembro”. Um dos principais organizadores da empreitada, Bülent Yildirim, declarou: “Meus irmãos, trago-lhes as bençãos de Saladin e do Sultão Abd Al-Hamid. Existem 70 milhões de Sultãos Abd Al-Hamids na Turquia, e todos apóiam vocês.” Não era ajuda humanitária, era jihad.
Por outro lado, a operação militar israelense, embora possa ser criticada pela falha no sexto barco, quando foram atacados pelos passageiros, mas foi o resultado da aplicação da doutrina Obama, para evitar o uso de armas de fogo. Mas a ação militar israelense encontra estribo no “Manual da Cruz Vermelha Internacional para uso da Lei Internacional Aplicável aos Conflitos Armados no Mar”, aprovados em San Remo, em 12 de junho de 1994.
Art. 67 – Navios mercantes, sob bandeira de Estados Neutros, não podem ser atacados a menos que:
(a) estiverem, com suficiente base, carregando contrabando ou furando bloqueio, depois de previamente advertidos e que, intencionalmente e claramente se recusam a parar, ou intencionalmente e claramente resistem a uma visita, busca ou captura
98 – Navios mercantes, havendo base consistente, que pretendem furar o bloqueio, podem ser capturados. Navios mercantes que, depois de advertidos, claramente resistem à captura, podem ser atacados.
A mesma redação figura estipulada nos “Princípios de Helsinque a Respeito da Lei Marítima de Neutralidade”, segundo itens 5.1.2 (3), 5.1.2 (4), 5.2.1 e 5.2.10. Portanto, a operação tem base na lei internacional.
Mas, em razão do ocorrido, um ar dos anos 1930 culpando os judeus pelos males existente, está sendo visto um recrudescimento de uma hábil campanha, um ardil montado para disfarçar o antissemitismo, e que seduz uma esquerda antissemita (nem toda o é, e nada se tem contra a esquerda, pelo contrário, uma parte significativa da esquerda é que é contra judeus e Israel), vendo-se o retorno de uma emboscada para apanhar incautos e arrastar simpatizantes, visando jogar os judeus contra Israel e contra seu governo livremente e democraticamente eleito. Só se fala em Israel ceder (ceder até desaparecer), nunca se fala nos palestinos cederem, em aceitar Israel.
A própria esquerda israelense se sente atônita entre reagir à esquerda antissemita ou aceitá-la, para não parecer descolada da esquerda mundial e, cansada de guerra, muito bem e pacientemente usada pelos muçulmanos, essa esquerda israelense sente seu moral abalado, que é o que pretendem os vizinhos, fazendo-a até sucumbir. A esquerda que vive em Israel acha que cedendo tudo, haverá paz, neste tudo há os que até aceitam tornar o Estado de Israel islâmico. E veja-se que a esquerda em Israel passou a ser minoria, quase varrida de Isrel, mas faz muito barulho com o uso excessivo do eco da mídia mundial.
Caso os vizinhos de Israel não o atacassem permanentemente, não haveria ataques em revide, não haveria guerra e os palestinos só colheriam os louros de uma vida econômica confortável e democrática, que não encontram em países vizinhos de Israel. Os palestinos querem trabalho em Israel, ganhar a vida em Israel, gozar da democracia e liberdade israelenses, que Israel lhes proporcione tudo, sob o tradicional slogan de que os judeus são ricos e devem pagar para viver entre os muçulmanos como cidadãos de segunda classe. Isso todos os governos de Israel recusaram, de esquerda ou de direita, desde Ben Gurion.
terça-feira, 8 de junho de 2010
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