domingo, 27 de dezembro de 2009

Irã e o mundo

Home > BBC > Sobrinho de líder oposicionista é morto em protesto no Irã
27/12 - 13:38, atualizada às 14:00 27/12 - BBC Brasil

Um sobrinho do líder oposicionista iraniano Mir Hossein Mousavi foi morto neste domingo com um tiro no coração durante protestos contra o governo no centro de Teerã.

Segundo relatos de grupos oposicionistas, pelo menos quatro pessoas teriam sido mortas nos confrontos entre os manifestantes e as forças de segurança, mas as autoridades iranianas não confirmaram a informação.

Partidos de oposição do Irã haviam convocado a manifestação para coincidir com o fim da festividade muçulmana xiita de Ashura.

Segundo fontes oposicionistas, os manifestantes gritavam "Khamenei será derrubado", numa referência ao líder supremo do Irã, o aiatolá Ali Khamenei.

Relatos iniciais disseram que as forças de segurança dispararam tiros para o ar para tentar dispersar os manifestantes, mas vários relatos posteriores disseram que até quatro manifestantes haviam sido mortos.

Proibição

A mídia estrangeira está proibida pelo governo iraniano de cobrir as manifestações da oposição, razão pela qual as informações sobre as mortes não puderam ser confirmadas por fontes independentes.

A morte de Seyed Ali Mousavi, sobrinho do ex-candidato presidencial derrotado nas eleições de junho pelo presidente Mahmoud Ahmadinejad, foi confirmada pelo correspondente da BBC Jon Leyne.

Mousavi ficou em segundo lugar nas eleições presidenciais de junho, mas acusou o presidente Ahmadinejad, reeleito para mais um mandato, de fraudar a votação.

Desde então, foram realizadas grandes manifestações em protesto contra o resultado da eleição, com um saldo de vários mortos nas primeiras semanas, mas as fatalidades têm sido raras desde então.

Segundo Siavash Ardalan, da TV persa da BBC, as forças de segurança iranianas precisam caminhar sobre uma linha fina para não parecerem fracas, mas também para evitar provocar ainda mais os manifestantes da oposição.

Tensão

A tensão no Irã vem se intensificando desde a morte do clérigo dissidente aiatolá Hoseyn Ali Montazeri, na semana passada, aos 87 anos.

Simpatizantes do líder oposicionista Mir Hossein Mousavi procuraram aproveitar as festividades xiitas deste fim de semana para demonstrar seu contínuo repúdio ao governo do presidente Mahmoud Ahmadinejad.

Após a proibição das manifestações, a oposição escolheu o altamente significativo festival de Ashura, quando milhões de iranianos tradicionalmente vão às ruas para participar de cerimônias e paradas.

O festival comemora a morte, no século 7, do imã Hussein, neto do profeta Maomé.

Fumaça

Helicópteros da polícia podiam ser vistos sobrevoando o centro de Teerã, enquanto colunas de fumaça negra eram vistas em diversas partes.

Nas ruas, as forças de segurança tentaram impedir que os manifestantes chegassem à praça Enghelab, no centro da cidade.

Segundo sites oposicionistas, os manifestantes gritavam "Este é o mês do sangue" e pediam a derrubada de Khamenei.

Simultaneamente, grupos de manifestantes pró-governo participavam de um protesto na praça Enghelab para manifestar apoio ao aiatolá Khamenei, segundo testemunhas.

Outras manifestações ocorreram nas cidades de Isfahan e Najafabad.

COMENTO:
Será qe as ONGs vão questionar o governo Iraniano?
Será que a ONU mandará abrir uma investigação?
Quantos já morreram depois das eleições no Irã?
E o mundo assisti passivamente.
Lógico não é Israel que está envolvido.
Alguém vai dizer que o serviço secreto de Israel está por trás do incitamento.

sábado, 26 de dezembro de 2009

Feliz Natal

Aos meus leitores e seguidores um feliz natal e que em 2010 a doutrina materialista do consumo irrestrito responsável pela crise economica possa ser substituida pela busca do seu EU interior onde se descobre o amor, o perdão e o caminho para uma vida melhor.
A todos um 2010 de muita paz, saúde e harmonia.

domingo, 20 de dezembro de 2009

Clima e políticos.

Com a politização e ideologização da questão ambiental aliados a interesses economicos de cada nação é impossível que 193 países cheguem a um acordo.
O fracasso na Dinamarca é o espelho disso.Um monte de países discutindo quem pagará o preço.Não estão preocupados com o planeta.Ou será que estão chegando a conclusão que os ,ditos, cientistas céticos estão afirmando sobre a aquecimento global é a verdade?
A solução para o planeta está na conscientização de cada um sobre o que fazer.Se esperarmos pelos políticos não chegaremos a lugar nenhum.Não chegarão a um acordo e se chegarem não o cumprirão como foi até hoje em relação ao protocolo de Kioto.No fim culparão os Estados Unidos por tudo.

segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

Mais clima e água

Diário do Nordestesegunda-feira 14/12/2009

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Negócios Negócios ENTREVISTA - Professor José carlos Parente de Oliveira * (15/11/2009)

´O planeta está esfriando!´

Para o professor José Parente, desde o el niño de 1998, a temperatura da terra vem diminuindo

Na contramão do ambiental e politicamente correto, o professor cearense José Carlos Parente de Oliveira, 56, da UFC, Doutor em Física com Pós-doutorado em Física da Atmosfera, diz que, cientificamente, não se sustenta a tese de que a atividade humana influencia o clima no planeta, que não está aquecendo. "Na verdade, a Terra está esfriando", afirma ele. Na entrevista a seguir, o professor Parente põe o dedo em uma antiga ferida: "Perdemos o foco do problema. E o foco do problema são os meios de produzir, é a forma errada de como o homem produz seus bens"

Por que o senhor caminha na contramão do ambientalmente correto e proclama que o planeta não está aquecendo, mas esfriando?

A busca da verdade deve ser o norte, o foco da atividade em ciências. E penso que não é isso o que ocorre com o tema aquecimento global. A sociedade está sendo bombardeada por notícias, reportagens na tevê, filmes e tudo isso com a mensagem de que as atividades humanas relacionadas às queimas de combustível fóssil (petróleo, carvão e gás) são as culpadas pelo aquecimento da Terra. O grande responsável por esse bombardeio é o Painel Intergovernamental sobre as Mudanças Climáticas (IPCC na sigla em inglês), que é um órgão da ONU.

O senhor quer dizer que um organismo da ONU está provocando um terrorismo ambiental?

Vejamos. A hipótese do aquecimento global antrópico defendido pelo IPCC não possui base científica sólida. Não há dados observacionais que provem cabalmente a influência humana no clima. Se voltarmos um pouco no tempo nós constataremos que entre os anos de 1945 e 1977 houve um resfriamento da Terra, acompanhado de grande alarde de que o planeta congelaria, haveria fome, milhares de espécies desapareceriam etc. E veja que nesse período houve grande queima de carvão e petróleo motivada pela reconstrução da Europa e da Ásia após a 2ª Guerra Mundial. Outro exemplo de não conexão entre concentração de CO2 e temperatura da Terra ocorreu entre os anos 1920 e 1940, período em que a Terra esteve mais quente que os anos finais do século XX, e nesse período a atividade de queima de combustível foi de apenas 10% do que foi observado nos anos 1980 e 1990.

Afinal, o que é mesmo que está acontecendo?

Por volta dos anos 1300 ocorreu o Período Quente Medieval em que a temperatura da Terra foi superior a atual em cerca de um grau centígrado. Segui-se então um período frio conhecido como Pequena Era Glacial por volta dos anos 1800. Esses períodos são bem conhecidos dos estudiosos do clima terrestre. O que está ocorrendo é uma recuperação da temperatura pós Pequena Era Glacial, mas essa recuperação é lenta e ocorrem oscilações em torno dela. Para visualizar, podemos pensar em uma reta que ascende lentamente, ocorrendo oscilações em torno dela. Essas oscilações ocorrem em menores escalas de tempo, e são originadas por fatores naturais, como a radiação solar, a interação dos oceanos, principalmente do Pacífico, cuja temperatura oscila com período aproximadamente decenal. Porém essa recuperação cessou em 1998.

Então, em vez de estar aquecendo, a Terra está esfriando agora? Mas isso é o contrário do que proclamam as ONGs, os cientistas, os jornais. Quem está errado?

No ano de 1998, houve um fenômeno atípico: um super El Niño aqueceu a terra quase um grau acima da média em que ela se encontrava. Desde esse fenômeno do El Niño, a temperatura da Terra, sistematicamente, vem diminuindo, conforme os dados coligidos pelos satélites. Esses dados, porém, não são aceitos e nem utilizados pelo IPCC nos seus documentos.

Qual a razão? Há um viés político por trás disso?

Penso que a atividade cientifica não está desvinculada da política. São as nações e sua sociedade que definem o ramo da ciência a ser financiado por elas. Entendo que a atitude do IPCC é para favorecer cientistas, pesquisadores que defendem a tese hipotética de que o homem é culpado pelo pequeno aquecimento do planeta, que cessou em 1998 e que foi menor do que o anunciado. Os satélites que medem o clima da terra desde 1978 indicam que, de 1998 para cá, estamos vivendo um período de diminuição da temperatura. Só para que se tenha uma ideia de que esse dado de redução da temperatura é levado a sério, o grupo de pesquisas da Nasa que lida com lançamento de satélites está programando para 2021-2022 o envio de uma nave que deixará o sistema solar. Ora, a atividade solar é muito importante e é um impedimento para que uma nave como essa saia do sistema solar. Por que eles programam esse lançamento para 2021-2022? Resposta: porque será o ano em que o sol terá a menor atividade. E a atividade solar é muito bem relacionada com a temperatura da terra, via efeito indireto de formação de nuvens baixas. Essa correlação de nuvens baixas, atividade solar e temperatura da terra está muito bem documentada na literatura científica.

Qual é a causa do aumento de furacões, tempestades, tufões, terremotos na Ásia, na África, na Europa e nas Américas?

Há um exagero nas notícias. Quando mergulhamos na literatura científica, observamos que terremotos severos, de níveis 4 e 5, estão sendo reduzidos. A frequência desses eventos tem diminuído nos últimos anos. No litoral da China, trabalhos científicos mostram que nos últimos 50 anos a atividade de furacões também se reduz. O efeito destruidor do furacão Catrina, sempre mencionado porque destruiu New Orleans (EUA), aconteceu mais pela falta de providências preventivas dos governantes, que não ouviram as advertências dos cientistas. Os muros de contenção de New Orleans precisavam ser recuperados. E ninguém fez nada. O estrago do Catrina nada teve a ver com o clima. Faltou a ação do Governo.

O senhor condena o uso de combustível fóssil, como o carvão, na geração de energia elétrica?

Vamos particularizar o Brasil, pois é aqui que essa discussão se dá. O Brasil é um País privilegiado. Praticamente 80% de sua matriz energética são de origem hidráulica, e aí nós não necessitaríamos de carvão mineral. Mas, no mundo, há países que não têm esse privilegio brasileiro e têm de utilizar para o seu bem estar e desenvolvimento o carvão e o petróleo. Não há outra alternativa. As alternativas limpas que se apresentam . a energia eólica e a energia solar, por exemplo, ainda não são completamente eficientes, pois necessitam de mais pesquisa, de mais estudo porque não obtêm ainda o rendimento ótimo. Há maneiras racionais de usar carvão e petróleo sem que se agrida o ambiente. Assim, a discussão que considero mais fundamental do que saber se o homem aquece ou não o planeta é a seguinte: o que o homem deve fazer para não poluir o mar, os rios, o lençol freático, para não derrubar e não queimar florestas, para manejar corretamente o solo. É esta a ação do homem que deveria ser o centro das atenções de todos, cientistas, pesquisadores, políticos, governantes, reis, rainhas e príncipes.

Agora o senhor está no caminho ambientalmente correto...

Veja: quando o homem queima a floresta, ele não está aumentando a temperatura do planeta, mas piorando as suas próprias condições de vida e ameaçando a fauna e a flora.

Quando o senhor expõe estes pontos de vista em auditórios acadêmicos, a crítica vem contundente?

É surpreendente que não, porque os argumentos que utilizo são baseados em dados da natureza e fazem com que o público os aceite. Já fiz uma centena de seminários. Eu diria que só duas vezes eu fui interpelado de forma mais contundente, não pela maioria, mas por dois colegas pesquisadores que defendem o ponto de vista amplamente divulgado pelo IPCC. Mas eu já ouvi a manifestação de muitas pessoas favoráveis ao que exponho em minhas palestras e conferências.

O que o senhor acha das ONGs ambientalistas?

Quando a questão do aquecimento começou por volta de 1980, as ONGS encontraram aí uma oportunidade de se tornarem mais visíveis. Aí, elas ficaram, inadvertidamente, prisioneiras deste tema, por meio do qual tiraram DE foco o real problema do mundo. E o real problema do mundo é o da água, é a poluição da água e do ambiente. O responsável por esse problema é o meio de como a produção de bens se dá. O modo de produzir, destruindo os recursos naturais e utilizando-os sem nenhum controle, faz com que o planeta e a raça humana se tornem frágeis. Hoje, a linha de atuação das ONGs levará, no curto prazo, a uma situação bastante complicada nos países pobres. Exemplo: se a reunião de Copenhague, em dezembro, decidir que o uso de carvão e de petróleo deve ser cortado em 40% como se propõe, países como a China, a Índia, toda a África e também o Brasil terão problemas. 400 milhões de indianos juntam e queimam esterco para se proteger do frio e até para cozinha r; na China, a situação é mais dramática: 800 milhões de chineses nunca viram uma lâmpada acesa. Cortar a queima de combustível fóssil em 40% será o mesmo que implementar nesses países uma teoria ecomalthusiana para controlar ferozmente essa população pobre do mundo.

O senhor acha que os países ricos, que poluíram para crescer, querem impedir agora que os pobres cresçam?

Eu não concordo com essa teoria da conspiração. Mas é muito esquisito que se tente agora definir quotas de queima de combustíveis para todos os países, indistintamente. Isso não pode. Um americano consome 20 vezes mais do que um africano. Não se pode colocar todos os países da mesma forma na panela furada do aquecimento global. O africano é tão responsável pelo planeta quanto o americano ou o chinês. Nós perdemos o foco do problema. E o foco do problema são os meios de produzir, é a forma de como o homem produz seus bens. O que devemos fazer é focar na questão da água, da poluição ambiental, porque é possível queimar com responsabilidade. Mas para isso é necessária a decisão política. A boa gestão ambiental é, na minha opinião, a saída.

COMENTO:
Apesar das controvérsias ,todos são de opinião que devemos tratar bem da natureza pois caso contrário ela se vingará de nós, com grande queda nas nossas condições de sobrevivencia.
Um ponto abordado na entrevista e que quase não se menciona é o alerta a respeito da disponibilidade de água.A poluição do meio ambiente levará a uma falta de água potável que a tornaria a razão de guerras futuras.
Cada um de nós deve fazer sua pare para preservação do meio ambiente.Se eperarmos governos chegarem a um acordo e principalmente cumpri-los é provável que será tarde demais.

sábado, 12 de dezembro de 2009

Mais sobre clima

Texto retirado do site www.uol.com.br
Mudanças climáticas
Aquecimento global: o homem precisa saber se relacionar com o fenômeno, diz pesquisador da UERJ
...
O físico Antonio Carlos de Freitas, pesquisador do Laboratório de Radioecologia e Mudanças Globais da Universidade do Estado Rio de Janeiro (Laramg/UERJ), faz parte de uma equipe que acompanha as mudanças climáticas mundiais fazendo viagens com freqüência para a Antártida.

O grupo trabalha numa estação pertencente ao Brasil – denominada Estação Antártica Comandante Ferraz EACF -, mantida pelo Programa Antártico Brasileiro e que apóia várias atividades de pesquisa na Península Antártica. Os especialistas se alternam nas viagens e pesquisas de campo. No último inverno, os membros da equipe da UERJ que foram para o continente gelado tiveram uma surpresa: se depararam com uma temperatura de nada menos que 12 graus positivos.

A temperatura inusitada é, sem dúvida, um dos grandes sinais de que o mundo está passando por mudanças climáticas, sendo a mais importante delas o aquecimento global. Em meio a todo o alarde feito em relação a isso, no entanto, o pesquisador chama a atenção para um fato: o fenômeno é necessário para a Terra, até certo ponto. Se não fosse por ele, o planeta apresentaria uma temperatura média global 15 graus abaixo da que temos hoje. De uma certa forma, o efeito estufa e o aquecimento global servem, então, para viabilizar a vida na Terra. O que muda, destaca o físico, é a relação humana com esse processo. Ele aponta dois marcos dessa relação. O primeiro impacto causado veio com nossos ancestrais nas cavernas. Começaram a dominar o fogo e com isso geraram vários tipos de gases, provenientes das queimadas, aumentando progressivamente a concentração de dióxido de carbono na atmosfera, afirma, complementando que o segundo marco seria a Revolução Industrial, a partir da qual o homem teria passado a explorar cada vez mais os recursos naturais e também a descartar o resíduo de todo o processo industrial, indiscriminadamente, no meio ambiente. Como conseqüências disso vieram as grandes explosões demográficas, as concentrações nos grandes centros urbanos e por aí vai, analisa.

A questão do aquecimento, apesar de estar em destaque em todos os jornais e revistas ultimamente, não é, tampouco, nova. As mudanças climáticas tiveram início na formação do planeta, e a ciência acompanha essas alterações há muitos anos. No entanto, o processo de aquecimento se intensificou de 1995 para cá – dos 12 anos mais quentes registrados a partir de 1850, onze ocorreram depois de 95. Além disso, há ainda uma demora entre o tempo da descoberta científica e a sua divulgação na mídia. Falta também, segundo Freitas, uma análise mais intensa por parte dos meios de comunicação, que na opinião dele se concentram em cobrir eventos sobre o clima enquanto eles estão em andamento mas divulgam pouco as conclusões dos encontros. Ele cita o Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas (IPCC) como exemplo disso. De qualquer forma, quanto mais os cientistas pesquisam, mais eles descobrem, e com isso naturalmente as considerações a respeito do aquecimento global têm aparecido cada vez mais na mídia.

O aquecimento global é o grande problema climático do planeta atualmente, mas não o único, já que dá origem a outras transformações no meio ambiente e no clima. Freitas – que também faz pesquisa fotográfica, registrando a biodiversidade ao fazer trabalhos de campo – aponta como conseqüências graves o desaparecimento de algumas espécies de animais, especialmente os anfíbios, que dependem tanto do ambiente aquático como do terrestre. Se estamos mudando a relação climática no mundo, esses ambientes sofrem. E, se sofrem tanto o aquático quanto o terrestre, os anfíbios sofrem duplamente, explica o pesquisador, que acrescenta ainda como outra conseqüência das alterações do clima a falta de uma sazonalidade, bem diferente de anos atrás, quando as características de cada estação eram bem marcadas.

As queimadas contribuem bastante para trazer problemas para o meio ambiente, à medida que eliminam um material que se mistura à atmosfera, e depois desce de uma forma sempre prejudicial à natureza. A chuva ácida e a chuva negra – fenômeno que costuma suceder explosões nucleares – são exemplos dessa devolução de dejetos através de fenômenos naturais. No entanto, esses detritos que caem em forma de chuvas podem atingir qualquer lugar, inclusive as regiões cobertas por gelo, o que representa uma ameaça significativa ao meio ambiente. Freitas já notou esse tipo de material depositado sobre o gelo, em suas viagens a trabalho. E alerta para o fato de que, como a cor branca das superfícies geladas do planeta contribui para refletir os raios solares, se um dia essas partes ficarem escuras, por estarem cobertas de poluentes, elas deixarão de ter essa importante capacidade. Ao se pensar que as queimadas podem ocorrer de forma natural e acidental, mas também costumam ser provocadas pelo homem, tem-se um bom exemplo de como pode ser a relação humana com o aquecimento global.

Irreversível, mas nem por isso motivo para descuido.

Assim como afirmou o IPCC, a situação gerada pelo aquecimento global é um processo irreversível. No entanto não se pode pensar que nada deve ser feito para mantê-lo sob controle. Apesar disso, Freitas destaca que, mesmo que fossem tomadas atitudes drásticas agora, os problemas climáticos não seriam resolvidos de forma imediata. Se o mundo parasse de emitir gases poluentes hoje, a normalidade da questão só poderia ser observada daqui alguns milhares de anos, afirma.

Algumas idéias que já foram divulgadas na mídia como sugestões para conter o aquecimento, como a colocação de trilhões de pequenos discos espelhados para desviar uma pequena porcentagem de raios solares, ou o armazenamento de oxigênio sob o solo, são consideradas próximas à ficção científica pelo pesquisador. Não acredito em soluções tecnológicas mirabolantes, acredito mais em soluções propriamente ambientais, afirma. Ele aponta como uma boa medida – e de custo mais baixo do que provavelmente uma solução com tecnologia tão avançada exigiria – o replantio de áreas desmatadas, que resultaria em uma nova cobertura vegetal para o planeta. Isso equilibraria o dióxido de carbono na atmosfera, levaria a uma diminuição do efeito estufa e, conseqüentemente, à redução de algumas conseqüências do aquecimento global.

Outras contribuições, simples e que poderiam partir de cada indivíduo, seriam a diminuição do consumo de água e de energia no dia-a-dia – o que seria feito, por exemplo, fechando-se uma torneira ao escovar os dentes ou usando-se um ferro ligado para passar várias roupas de uma vez no lugar de apenas uma. Dessa forma, conclui o pesquisador, haveria uma reeducação da população em relação ao cuidado e à preocupação com o ambiente.

Freitas afirma que a relação custo-benefício das energias renováveis ainda não está equilibrada e precisa ser estudada, mas que o mundo deve investir nessas formas de energia, menos prejudiciais ao meio ambiente, também como forma de conter o aquecimento global.

E, para os brasileiros que por vezes se consideram livres das conseqüências trazidas pela aceleração do aquecimento do planeta, o pesquisador faz um alerta, lembrando que o mito de que o Brasil é um país abençoado que está livre dos efeitos do aquecimento global é logo refutado quando se observa fenômenos como a violenta seca que atingiu o Amazonas no ano passado, e as fortes tempestades que atingiram o Sul do país. São conseqüências dessas mudanças, e mostram que essas coisas estão acontecendo perto da gente também, diz.

Escrito por: Camila Leporace

COMENTO:
Me parece que se cada um fizer sua parte faremos muito mais que os políticos reunidos dizem que farão.
Vamos economizar água e energia.É fácil.
Façam coleta seletiva de lixo.É fácil também e pode render um dinheiro para aplicar em outras ações de caridade.

CLIMA E ECONOMIA

PRAGMATICA, by Mordechai Cano
Texto retirado do blog http://orientemedio1.wordpress.com

Todos os Paises do ocidente estao ainda sentindo os efeitos da recessao e aumentar os custos de producao ou os deficits Nacionais ou dos Estados para salvar o mundo, nao esta nos planos de nenhuma nacao.

Se o aquecimento global for mesmo uma realidade e nao mais um mito dos naturebas, temos dois graves problemas para resolve-lo. O custo finaceiro e o custo social. As medidas requeridas para diminuir a emissao de gazes sao tao caras que muito poucas industrias poderiam de sobreviver, e isto criaria desemprego em percentages nunca antes visto nos paises industrializados. 40 anos atras acatando uma resolucao de nao-sei-quens- o Canada impus normas tao estritas a industria do couro que fecharam mais de 150 empresas desempregando dezenas de milhares.(Lembro a todos que o Canada foi fundado devido ao comercio de peles). A industrias mudaram para Italia e alemanha que sao hojes os maiores paises exportadores de estes produtos.Nunca ninguem impos as mesmas normas a Argentina e o Brasil, e estes dois paises tem uma industraia fortissima nesse segmento.

Assim, todos sabem mas fingem nao saber que a India e a China, os dois maoires paises poluidores do mundo, nao podem impor normas antipoluicao a industria sem perder a competitividade , o que acarretaria na perda de parte do mercado com o consequentes custos sociais.

O Canada , os USA e a UE, sabedores de que se impuserem custos adicionais as empresas estas migrarao para China , India ou mesmo o Mexico nao devem fazer nada alem de uma declaracao de principios. O Mexico eh um caso especial. Este pais eh signatario do protocolo de Kioto mas nunca implementou nenhuma das clausulas do documento e se qualquer empresa Canadense ou Americana for apertada, mudara de malas , cuias e empregos para o sul da fronteira Americana.

Nao eh dificil prever que esta reuniao de Cupula nao trara resultado pratico algum. Todos os Paises do ocidente estao ainda sentindo os efeitos da recessao e aumentar os custos de producao ou os deficits Nacionais ou dos Estados para salvar o mundo, nao esta nos planos de nenhuma nacao.Tem ainda o que passou a ser chamado de “e-mail gate” fazendo referencia aos e-mail trocados pelos cientistas que elaboraram a teoria do aquecimento global, nos quais mostravam muitas duvidas a respeito da confiabilidade das pesquizas.

Hoje escutei no Radio o professor Richard Singer ambientologista da Universidade de Columbia dizer que o gelo das calotas polares nao somente nao tem dimuinuido, mas tem aumentado na ultima decada e que o aquecimento e posterior esfriamento dos polos eh ciclico e que nada ha que comprove que existe um irreversivel aquecimento Global. Ele disse ainda que as geleiras derretendo mostradas pelas ONG`s como prova do aquecimento, estao derretendo faz centenas de anos, muito antes da revolucao industrial que trouxe o conceito da poluicao ambiental e que eventualmente se formarao novamente quando o ciclo de frio-calor se renove em favor do frio.
Torço para que o aquecimento global seja um erro cientifico,porque se for verdadeiro,nada será feito para conte-lo.

COMENTO:
Apesar dos erros de português(me parece que o autor mora em Israel)o texto é bem ilustrativo de alguns problemas economicos que surgem na aplicação de acordos internacionais no que dizem respeito a medidas de controle de emissão de CO2.
É preciso estudar muito sobre este tema.Ser transparente,evitar politização e acima de tudo ter integridade moral e ética

Mudança climática:política x ciência

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11/12/2009 - 14h36
"Não existe aquecimento global", diz representante da OMM na América do Sul
Por Carlos Madeiro
Especial para o UOL Ciência e Saúde
Com 40 anos de experiência em estudos do clima no planeta, o meteorologista da Universidade Federal de Alagoas Luiz Carlos Molion apresenta ao mundo o discurso inverso ao apresentado pela maioria dos climatologistas. Representante dos países da América do Sul na Comissão de Climatologia da Organização Meteorológica Mundial (OMM), Molion assegura que o homem e suas emissões na atmosfera são incapazes de causar um aquecimento global. Ele também diz que há manipulação dos dados da temperatura terrestre e garante: a Terra vai esfriar nos próximos 22 anos.




Segundo Luiz Carlos Molion, somente o Brasil, dentre os países emergentes, dá importância à conferência da ONU

Em entrevista ao UOL, Molion foi irônico ao ser questionado sobre uma possível ida a Copenhague: “perder meu tempo?” Segundo ele, somente o Brasil, dentre os países emergentes, dá importância à conferência da ONU. O metereologista defende que a discussão deixou de ser científica para se tornar política e econômica, e que as potências mundiais estariam preocupadas em frear a evolução dos países em desenvolvimento.



UOL: Enquanto todos os países discutem formas de reduzir a emissão de gases na atmosfera para conter o aquecimento global, o senhor afirma que a Terra está esfriando. Por quê?

Luiz Carlos Molion: Essas variações não são cíclicas, mas são repetitivas. O certo é que quem comanda o clima global não é o CO2. Pelo contrário! Ele é uma resposta. Isso já foi mostrado por vários experimentos. Se não é o CO2, o que controla o clima? O sol, que é a fonte principal de energia para todo sistema climático. E há um período de 90 anos, aproximadamente, em que ele passa de atividade máxima para mínima. Registros de atividade solar, da época de Galileu, mostram que, por exemplo, o sol esteve em baixa atividade em 1820, no final do século 19 e no inicio do século 20. Agora o sol deve repetir esse pico, passando os próximos 22, 24 anos, com baixa atividade.

UOL: Isso vai diminuir a temperatura da Terra?

Molion: Vai diminuir a radiação que chega e isso vai contribuir para diminuir a temperatura global. Mas tem outro fator interno que vai reduzir o clima global: os oceanos e a grande quantidade de calor armazenada neles. Hoje em dia, existem boias que têm a capacidade de mergulhar até 2.000 metros de profundidade e se deslocar com as correntes. Elas vão registrando temperatura, salinidade, e fazem uma amostragem. Essas boias indicam que os oceanos estão perdendo calor. Como eles constituem 71% da superfície terrestre, claro que têm um papel importante no clima da Terra. O [oceano] Pacífico representa 35% da superfície, e ele tem dado mostras de que está se resfriando desde 1999, 2000. Da última vez que ele ficou frio na região tropical foi entre 1947 e 1976. Portanto, permaneceu 30 anos resfriado.

UOL: Esse resfriamento vai se repetir, então, nos próximos anos?

Molion: Naquela época houve redução de temperatura, e houve a coincidência da segunda Guerra Mundial, quando a globalização começou pra valer. Para produzir, os países tinham que consumir mais petróleo e carvão, e as emissões de carbono se intensificaram. Mas durante 30 anos houve resfriamento e se falava até em uma nova era glacial. Depois, por coincidência, na metade de 1976 o oceano ficou quente e houve um aquecimento da temperatura global. Surgiram então umas pessoas - algumas das que falavam da nova era glacial - que disseram que estava ocorrendo um aquecimento e que o homem era responsável por isso.

UOL: O senhor diz que o Pacífico esfriou, mas as temperaturas médias Terra estão maiores, segundo a maioria dos estudos apresentados.

Molion: Depende de como se mede.

UOL: Mede-se errado hoje?

Molion: Não é um problema de medir, em si, mas as estações estão sendo utilizadas, infelizmente, com um viés de que há aquecimento.

UOL: O senhor está afirmando que há direcionamento?

Molion: Há. Há umas seis semanas, hackers entraram nos computadores da East Anglia, na Inglaterra, que é um braço direto do IPCC [Painel Intergovernamental sobre Mudança Climática], e eles baixaram mais de mil e-mails. Alguns deles são comprometedores. Manipularam uma série para que, ao invés de mostrar um resfriamento, mostrassem um aquecimento.

UOL: Então o senhor garante existir uma manipulação?

Molion: Se você não quiser usar um termo tão forte, digamos que eles são ajustados para mostrar um aquecimento, que não é verdadeiro.

UOL: Se há tantos dados técnicos, por que essa discussão de aquecimento global? Os governos têm conhecimento disso ou eles também são enganados?

Molion: Essa é a grande dúvida. Na verdade, o aquecimento não é mais um assunto científico, embora alguns cientistas se engajem nisso. Ele passou a ser uma plataforma política e econômica. Da maneira como vejo, reduzir as emissões é reduzir a geração da energia elétrica, que é a base do desenvolvimento em qualquer lugar do mundo. Como existem países que têm a sua matriz calcada nos combustíveis fósseis, não há como diminuir a geração de energia elétrica sem reduzir a produção.

UOL: Isso traria um reflexo maior aos países ricos ou pobres?

Molion: O efeito maior seria aos países em desenvolvimento, certamente. Os desenvolvidos já têm uma estabilidade e podem reduzir marginalmente, por exemplo, melhorando o consumo dos aparelhos elétricos. Mas o aumento populacional vai exigir maior consumo. Se minha visão estiver correta, os paises fora dos trópicos vão sofrer um resfriamento global. E vão ter que consumir mais energia para não morrer de frio. E isso atinge todos os países desenvolvidos.

UOL: O senhor, então, contesta qualquer influência do homem na mudança de temperatura da Terra?

Molion: Os fluxos naturais dos oceanos, polos, vulcões e vegetação somam 200 bilhões de emissões por ano. A incerteza que temos desse número é de 40 bilhões para cima ou para baixo. O homem coloca apenas 6 bilhões, portanto a emissões humanas representam 3%. Se nessa conferência conseguirem reduzir a emissão pela metade, o que são 3 bilhões de toneladas em meio a 200 bilhões?Não vai mudar absolutamente nada no clima.

UOL: O senhor defende, então, que o Brasil não deveria assinar esse novo protocolo?

Molion: Dos quatro do bloco do BRIC (Brasil, Rússia, Índia e China), o Brasil é o único que aceita as coisas, que “abana o rabo” para essas questões. A Rússia não está nem aí, a China vai assinar por aparência. No Brasil, a maior parte das nossas emissões vem da queimadas, que significa a destruição das florestas. Tomara que nessa conferência saia alguma coisa boa para reduzir a destruição das florestas.

UOL: Mas a redução de emissões não traria nenhum benefício à humanidade?

Molion: A mídia coloca o CO2 como vilão, como um poluente, e não é. Ele é o gás da vida. Está provado que quando você dobra o CO2, a produção das plantas aumenta. Eu concordo que combustíveis fósseis sejam poluentes. Mas não por conta do CO2, e sim por causa dos outros constituintes, como o enxofre, por exemplo. Quando liberado, ele se combina com a umidade do ar e se transforma em gotícula de ácido sulfúrico e as pessoas inalam isso. Aí vêm os problemas pulmonares.

UOL: Se não há mecanismos capazes de medir a temperatura média da Terra, como o senhor prova que a temperatura está baixando?

Molion: A gente vê o resfriamento com invernos mais frios, geadas mais fortes, tardias e antecipadas. Veja o que aconteceu este ano no Canadá. Eles plantaram em abril, como sempre, e em 10 de junho houve uma geada severa que matou tudo e eles tiveram que replantar. Mas era fim da primavera, inicio de verão, e deveria ser quente. O Brasil sofre a mesma coisa. Em 1947, última vez que passamos por uma situação dessas, a frequência de geadas foi tão grande que acabou com a plantação de café no Paraná.

UOL: E quanto ao derretimento das geleiras?

Molion: Essa afirmação é fantasiosa. Na realidade, o que derrete é o gelo flutuante. E ele não aumenta o nível do mar.

UOL: Mas o mar não está avançando?

Molion: Não está. Há uma foto feita por desbravadores da Austrália em 1841 de uma marca onde estava o nível do mar, e hoje ela está no mesmo nível. Existem os lugares onde o mar avança e outros onde ele retrocede, mas não tem relação com a temperatura global.

UOL: O senhor viu algum avanço com o Protoclo de Kyoto?

Molion: Nenhum. Entre 2002 e 2008, se propunham a reduzir em 5,2% as emissões e até agora as emissões continuam aumentando. Na Europa não houve redução nenhuma. Virou discursos de políticos que querem ser amigos do ambiente e ao mesmo tempo fazer crer que países subdesenvolvidos ou emergentes vão contribuir com um aquecimento. Considero como uma atitude neocolonialista.

UOL: O que a convenção de Copenhague poderia discutir de útil para o meio ambiente?

Molion: Certamente não seriam as emissões. Carbono não controla o clima. O que poderia ser discutido seria: melhorar as condições de prever os eventos, como grandes tempestades, furacões, secas; e buscar produzir adaptações do ser humano a isso, como produções de plantas que se adaptassem ao sertão nordestino, como menor necessidade de água. E com isso, reduzir as desigualdades sociais do mundo.

UOL: O senhor se sente uma voz solitária nesse discurso contra o aquecimento global?

Molion: Aqui no Brasil há algumas, e é crescente o número de pessoas contra o aquecimento global. O que posso dizer é que sou pioneiro. Um problema é que quem não é a favor do aquecimento global sofre retaliações, têm seus projetos reprovados e seus artigos não são aceitos para publicação. E eles [governos] estão prejudicando a Nação, a sociedade, e não a minha pessoa.

COMENTO:
Aquecimento global é um tema empolgante mas extremamente complexo.É necessário ouvir e analisar as diversas correntes.O que vemos hoje ,entretanto, é uma politização perigosa do tema que sempre está atrelada a interesses economicos.Com o padrão moral atual do planeta temos que ficar alertas pois o que parece ser preocupação sobre os destinos da Terra na verdade é uma luta de determinados grupos ideológicos e economicos pelo poder sobre as pessoas.
O escandalo pouco divulgado sobre os e-mails informando as manipulações de dados,a entrevista acima e alguns vídeos encontrados no youtube de cientistas com opiniões divergentes nos alertam para uma melhor reflexão desse assunto.
De qualquer maneira, cuidar da natureza é obrigação de cada um de nós pois é ela que fornece nosso sustento.
Fica também aqui um alerta sobre o uso político do tema.É preciso cuidado pois estamos escaldados com tantas fraudes e falsidades.

quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

Guerra entre civilizações

Jerusalem Post
9 de Dezembro de 2009

http://pt.danielpipes.org/7814/minaretes-suicos-isla-europeu

Original em inglês: Swiss Minarets and European Islam
Tradução: Joseph Skilnik

Qual a importância do recente referendo suíço sobre a proibição da construção de minaretes (pináculos adjacentes às mesquitas de onde são emitidas as chamadas às orações)?

Alguns podem ver a decisão de 57,5 a 42,5 por cento endossando a emenda constitucional como quase inexpressiva. O establishment político se opôs à emenda de forma esmagadora, a proibição provavelmente nunca entrará em vigor. Apenas 53,4 por cento do eleitorado votou, portanto meros 31 por cento de toda a população endossam a proibição. A proibição não aborda as aspirações islamistas e muito menos o terrorismo muçulmano. Ela não tem nenhum impacto sobre a prática do Islã. Não previne a construção de novas mesquitas nem requer que os quatro minaretes da Suíça existentes sejam demolidos.

Também é possível rejeitar o voto como sendo o resultado peculiar da singular democracia direta da Suíça, uma tradição que teve inicio em 1291 e não existe em nenhum outro lugar na Europa. Josef Joffe, o respeitado analista alemão, vê o voto como um retrocesso populista contra a série de humilhações que os suíços tiveram que suportar em anos recentes culminando no sequestro de dois homens de negócios na Líbia e o humilhante pedido de desculpas do presidente da Suíça para conseguir sua liberação.

Entretanto, eu vejo o referendo como consequente e bem além das fronteiras suíças.


"Nossa Senhora do Rosário," a primeira igreja cristã do Catar, não possui cruz, sino, cúpula, torre ou símbolo.

Primeiro, ela levanta questões delicadas de reciprocidade nas relações muçulmano cristãs. Alguns exemplos: Quando a primeira igreja cristã do Qatar, Nossa Senhora do Rosário, foi inaugurada em 2008, não possuía cruz, sino, cúpula, torre ou símbolo. O padre do Rosário, Tom Veneracion, explica sua ausência: "A ideia é a de ser discreto porque não queremos inflamar emoções." E quando os cristãos de Nazlet al-Badraman, uma cidade do Alto Egito, após quatro anos de "negociações laboriosas, suplicação e conflitos com as autoridades" finalmente conseguiram em outubro obter a permissão de restaurar uma torre cambaleante da Igreja Mar-Girgis, uma gangue de aproximadamente 200 muçulmanos atacaram-nos, atirando pedras gritando slogans sectários e islâmicos. A situação dos coptas é tão ruim que eles tiveram que reverter à construção de igrejas secretas.

Por que, a Igreja Católica e outras estão perguntando, deveriam os cristãos sofrer tais afrontas enquanto os muçulmanos desfrutam de plenos direitos em países historicamente cristãos? O voto suíço se adapta a esse novo espírito. Os islamistas, claro, rejeitam essa premissa de paridade; o ministro das Relações Exteriores do Irã Manouchehr Mottaki ameaçou seu colega suíço com "consequências" não específicas sobre o que ele classificou de atos anti-islâmicos, implicitamente intimidando que a proibição dos minaretes se torne uma questão internacional comparável aos tumultos das caricaturas dinamarquesas de 2006.


O ministro das Relações Exteriores do Irã Manouchehr Mottaki ameaça com "consequências" em virtude dos atos anti-islâmicos.

Segundo, a Europa está numa encruzilhada em relação a sua população muçulmana. Das três principais futuras possibilidades – de todos se entenderem, muçulmanos dominando ou sendo rejeitados – o primeiro é altamente improvável, mas o segundo e o terceiro parecem igualmente possíveis. Nesse contexto, o voto suíço representa uma legitimação potencialmente importante das visões anti-islâmicas. O voto ocasionou apoio através da Europa, sinalizado pela votação on-line patrocinada pela mídia da corrente predominante e por declarações de personalidades proeminentes. Segue uma pequena amostra:

França: 49.000 leitores do Le Figaro, por uma margem de 73 a 27 por cento, votariam pela proibição de novos minaretes em seu país. Os 24.000 leitores do L'Express concordaram por uma margem de 86 a12 por cento, com 2 por cento de indecisos. O importante colunista, Ivan Rioufol do Le Figaro, escreveu um artigo intitulado "Homenagem à resistência do povo suíço." O presidente Nicolas Sarkozy foi citado como tendo dito "o povo, na Suíça bem como na França, não quer que seu país mude, que seja desnaturado. Eles querem manter sua identidade."

Alemanha: 29.000 leitores do Der Spiegel votaram 76 a 21 por cento, com 2 por cento de indecisos, para proibir os minaretes na Alemanha. 17.000 leitores do Die Welt votaram 82 a 16 em favor do "Sim, eu me sinto constrangido pelos minaretes" sobre "Não, a liberdade de religião está sendo restringida."

Espanha: 14.000 leitores do 20 Minutos votaram 93 a 6 por cento em favor da declaração "Positivo, nós precisamos conter a crescente presença da islamização" contra "Negativo, é um obstáculo à integração dos imigrantes." 35.000 leitores do El Mundo responderam com 80 a 20 por cento que eles apóiam uma proibição dos minaretes semelhante à da Suíça.

Embora não seja científica, a assimetria dessas (e outras) pesquisas de opinião, variando entre 73 e 93 por cento das maiorias endossando o referendo suíço, sinalizam que os eleitores suíços representam o crescente sentimento anti-islâmico por toda a Europa. A nova emenda também valida e potencialmente encoraja a resistência à islamização através do continente.

Por essas razões, o voto suíço representa um possível divisor de águas para o islamismo europeu.

Atualização de 9 de dezembro de 2009: Uma pesquisa científica dos belgas patrocinada pelo semanário Le Soir realizado pelo iVOX descobriu que 59,3 por cento da população belga é favorável a uma proibição semelhante à da Suíça a respeito da construção de novos minaretes e 56,7 por cento quer proibir a construção de mesquitas. A pesquisa de opinião de 1.050 pessoas foi realizada de 3 a 5 de dezembro com uma margem de erro de 3 por cento

COMENTO:
Algumas considerações para relfexão:
1-Já existe uma disputa, ainda silenciosa, entre civilizações:Cristão x Muçulmanos.
2-Os imigrantes muçulmanos não se adaptam ao país que os aceita e querem a adaptação desse país ao modo de vida deles.
3-O rápido crescimento demográfico entre muçulmanos na Europa tornará em alguns anos o continente em maioria islâmica: a Eurábia.
4-Os fatos acima exacerbam antigos preconceitos e nacionalismos da Europa que eram mais acentuados antes da 2ª guerra.
Temos uma mistura explosiva.
Para resolver a questão surgirá alguém dizendo que a culpa é dos Judeus.

sábado, 5 de dezembro de 2009

Lula e a política externa

Enviado por Míriam Leitão e Alvaro Gribel - 4.12.2009| 15h00m
Coluna no Globo
Ele não fala por mim
O presidente Lula defendeu ontem, de novo, o programa nuclear iraniano. A defesa do Irã é tão gratuita que causa espanto. Por que defender o indefensável? Ele disse que os Estados Unidos e a Rússia não têm autoridade para criticar o Irã. Não foram apenas esses dois países que condenaram o programa iraniano. O mundo o condenou porque ele não tem nenhuma cara de ser pacífico.

Parte do raciocínio faz sentido, parte não faz. Quando defende o desarmamento nuclear de todos, Lula representa a maioria do povo brasileiro, a quem nunca interessou o desenvolvimento de armas nucleares. Mas não faz sentido é a defesa, extemporânea e gratuita, de um governo que se isola da comunidade internacional, que escondeu parte das suas instalações nucleares, que mentiu para a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) e que admite que está enriquecendo urânio além do percentual necessário para produzir energia.

O que o Brasil ganha defendendo um país que na semana passada foi condenado na Agência Internacional de Energia Atômica? China e Rússia votaram contra o aliado. O Brasil se absteve. Nada pior do que a abstenção num caso que merece uma posição clara.

Após sete anos de improvisos catastróficos em viagens internacionais, o presidente Lula ainda não entendeu que ele, quando está representando o Brasil, não fala por si, mas pela nação inteira. Portanto, tem que expressar o sentimento coletivo e não seus impulsos. Não há qualquer clamor no Brasil de defesa do Irã, muito menos do governo Ahmadinejad. Pelo contrário. A esdrúxula negativa de fatos históricos como o holocausto torna o governante iraniano definitivamente divorciado do pensamento da maioria dos brasileiros. Quando as urnas iranianas exalavam ainda o mau cheiro das fraudes, o Brasil foi o primeiro país a dizer que a eleição dele foi legítima. Até o Conselho de Guardiões do Irã admitiu que houve em cinquenta cidades do país mais votos que eleitores. A repressão ao movimento popular que pedia eleições limpas matou cidadãos nas ruas, como a jovem Neda. Naquele momento de indignação em todo o mundo com o governo Ahmadinejad, o Brasil se apressou a dar o aval a eleições fraudulentas.

Com Honduras, ocorreu o oposto: o governo brasileiro condenou as eleições antes mesmo que elas tivessem acontecido. E já avisou que não reconheceria o novo governo.

No caso de Honduras e no caso do Irã, o que a política externa perde é o tom. Ser a favor do desarmamento nuclear o Brasil sempre foi. Mas sempre foi também contra a proliferação nuclear. E o Irã neste momento significa, na opinião das maiores autoridades no assunto reunidos na AIEA, o risco de proliferação nuclear. O mais estranho da declaração de Lula é que ela veio depois de ter sido divulgado um comunicado conjunto com a chanceler alemã Angela Merkel, admoestando o Irã a “responder positivamente” e “cooperar inteiramente” com a AIEA e a ONU. Isso sim é o correto e tira o Irã do isolamento.

No caso de Honduras, a posição defendida pelo presidente Lula, seu secretário de Relações Internacionais, Marco Aurélio Garcia, e seu ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, tem a mesma dubiedade. No princípio, foi no tom exato, depois, desafinou. Numa região devastada por golpes de Estado, o Brasil condenou o golpe e a deportação de Manuel Zelaya, no que fez bem. A posição brasileira começou a sair do tom quando deixou de ser a defesa dos princípios democráticos para ser uma militância zelaysta.

O Brasil condenou uma eleição, a priori, e avalizou outra, quando a população ainda estava na rua indignada com as fraudes.

No mensalão do DEM em Brasília, o presidente Lula só encontrou a palavra “deplorável” no segundo dia. No primeiro, disse: “as imagens não falam por si”. O presidente da República não pode préjulgar. Mas não condenar antecipadamente não é o mesmo que absolver. Tudo fala por si no escândalo de Brasília: as imagens, os diálogos gravados, as conversas telefônicas, as desculpas improvisadas e mutantes e a hesitação do Democratas. “Aquela despesa mensal com político sua hoje está em quanto?”, disse o governador de Brasília, José Roberto Arruda. Muita coisa está fora da ordem nessa frase além do pronome possessivo.

O presidente Lula poderia não ter se manifestado. Seria melhor. Mas sua forma de lidar com a imprensa é autoritária como nos governos militares. Naquela época os generais não davam entrevistas coletivas. Eles falavam quando eram abordados em viagens internacionais. Ao seguir esse modelo, Lula acaba se aborrecendo quando perguntado por essa “coisinha”. Preferia que perguntassem sobre grandes questões internacionais. Mas, no dia seguinte, brindou seus interlocutores com a defesa dispensável do programa nuclear iraniano. No Brasil, nunca se viu um movimento de opinião pública a favor do programa nuclear iraniano. Isso não é uma questão por aqui. O que incomoda, machuca, confunde o país neste momento são estas “coisinhas” deploráveis. Lula quando fala certas coisas deveria esclarecer que fala por si.

COMENTO:
Estranha a defesa enfática do Lula ao Irã.Lógicamente há um interesse nisso.A participação no Conselho de Segurança e venda de uranio para o Irã estão inseridos neste contexto.
Mais uma vez se mostra a moral do Brasil:Para se levar vantagem em tudo vale qualquer negócio.Que triste propaganda do povo brasieliro o presidente leva ao exterior.
Lula está cometendo o mesmo erro que Chamberlain e Daladier tiveram com Hitler, mas como não tem m uito estudo e não sabe história, está explicado o caminho por ele traçado.Não sabe as consequencias que podem surgir.
Como diz Bóris Casoy: Isso é uma vergonha.

quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

America Latina e aliança islamico-esquerdista

UOL

01/12/2009 - 12h52
Rússia constrói fábricas de armas na Venezuela

Por Walker Simon

CARACAS (Reuters) - A Rússia está construindo fábricas de armas na Venezuela para produzir cartuchos e rifles AK-103, além de finalizar contratos para o envio de 53 helicópteros militares para o governo de Hugo Chávez, disse na segunda-feira a jornalistas o embaixador russo em Caracas, Vladmir Zaemskiy.

De acordo com ele, engenheiros russos e empreiteiras locais participam da construção das fábricas de armas, que no futuro empregarão mais de 1.500 funcionários.

As obras ocorrem no Estado central de Aragua e ainda não têm data prevista para a conclusão.

Chávez começou a assinar acordos militares com a Rússia em 2001, e até agora os detalhes eram escassos. Sabe-se, no entanto, que nos últimos anos Caracas adquiriu mais de 4 bilhões de dólares em equipamentos militares russos, o que inclui 24 caças Sukhoi.

Críticos dizem que Chávez está promovendo uma corrida armamentista na América Latina, mas o presidente alega que está apenas modernizando suas forças para fins defensivos.

Ao voltar em setembro da sua última viagem à Rússia, Chávez disse que Moscou havia aceitado conceder à Venezuela um empréstimo de 2,2 bilhões de dólares para a compra de 92 tanques e de um sistema de mísseis antiaéreos S-300.

Há dois anos, a Rússia havia aceitado vender o S-300 ao Irã, mas retardou a entrega devido a restrições dos EUA e de Israel à transação.

Zaemskiy não quis detalhar datas para a entrega dos tanques e do sistema de mísseis, nem informou se Moscou já desembolsou parte do empréstimo de 2,2 bilhões de dólares.

Acrescentou, no entanto, que "grandes contratos" estão sendo finalizados para entrega de 53 helicópteros modelo "Mil," que podem ser usados pelas Forças Armadas locais ou em missões humanitárias.

Entre 2006 e 2008, Moscou entregou à Venezuela 59 helicópteros militares, segundo dados do Instituto Internacional Estocolmo de Pesquisa da Paz.

O embaixador disse ainda que a Rússia está fornecendo uma 'linha completa" de peças de reposição para equipamentos militares à Venezuela, além de transferir tecnologia e construir centros de manutenção técnica.

"Como resultado dessa cooperação, a capacidade de defesa da Venezuela aumentou consideravelmente, bem como seu nível de independência tecnológica", disse o embaixador.

COMENTO:
Pobre América Latina,está se tornando referência para a aliança Islamico-esquerdista.
Teremos corrida armamentista, entrada de pessoas vinculadas ao terrorismo,assitencialismo crescente com imobilismo da população aliados com a corrupção existente no continente.
Mistura altamente explosiva.
Depois não podem reclamar.