domingo, 30 de maio de 2010

Lei de Gerson

artigo
A ética da malandragem

Em meados da década de 70, o slogan publicitário “gosto de levar vantagem em tudo” liquidou com a reputação de Gérson, brilhante canhotinha de ouro e meia-armador da seleção brasileira. O erro fatal do anúncio dos cigarros Vila Rica era o de vangloriar a malandragem. Vista hoje, a frase soa quase ingênua, incapaz de produzir qualquer efeito, muito menos indignação. Até porque a malandragem virou regra. Tem seu código próprio. Na política, então, as transgressões parecem não causar espanto algum.

Vale tudo. Infringir, burlar, trapacear e desonrar toda sorte de leis, menos a lei de Gérson.

Na Câmara dos Deputados e no Senado, casas responsáveis por fazer as leis, raro é o dia em que elas não são dribladas. Em nome de se tirar vantagens, acumulam-se mensalões, venda de votos, contratações irregulares, atos secretos, nepotismo e outros tantos malfeitos. Além de espertezas diversas, como artifícios sutis, mas não menos graves, a exemplo da mudança na redação final do projeto Ficha Limpa, que pode até inviabilizá-lo.

As violações estão em todos os cantos. E parecem se multiplicar em anos eleitorais.

Vilipendiada cotidianamente, a lei eleitoral é quase uma peça de ficção. Os instrumentos de punição para quem a fere são tão chinfrins que acabam por estimular o crime.

Do reincidente presidente Lula, quatro vezes multado pela Justiça Eleitoral por campanha antecipada, à sua candidata Dilma Rousseff, com outras duas multas, todos pecam. E auferem lucros com os seus pecados. Nem mesmo se prestam à confissão, já que a penitência é simbólica, menor que as dez Ave-Marias de praxe.

Petistas e democratas já se enlamearam. E pelo andar da carruagem, todos os partidos e candidatos vão entrar nessa.

Se o PT se lixou para as punições que recebeu e acintosamente insistiu em desrespeitar a lei em seu programa partidário, o DEM não se fez de rogado. No programa veiculado na última quinta-feira a estrela máxima foi o candidato tucano José Serra. Certamente o DEM o fez com risco medido de, no máximo, assim como o PT, ter seu horário gratuito suspenso em 2011. Custo muitíssimo baixo.

Serra também não sai ileso. Poderá sempre alegar, como já o fez, que não teve participação direta e intencional no programa dos democratas. Pressionado pelo êxito de Dilma depois de suas sucessivas transgressões, o DEM também decidiu chutar a lei. Na TV, editou o discurso de lançamento da pré-candidatura de Serra para fazer campanha deslavada. Um truque, uma artimanha.

A lei pode até não prever punição para casos assim. Difícil é crer que o partido aliado tenha usado esse ardil sem o consentimento e o aval do candidato tucano.

Mas não haverá perdão se o programa do PPS, que vai ao ar no próximo dia 10, lançar mão do mesmo artifício. A conveniência dita ainda que o PSDB, em seu programa no final de junho, nem de longe pense em tramóia semelhante, sob pena de ter de se ajoelhar no milho diante do país.

Até mesmo a aura puritana de Marina Silva se quebrou. Sua equipe tratou de tapar o nome da candidata nas placas e cartazes no ato de lançamento da candidatura do verde Fernando Gabeira ao governo do Rio. Mal cobertas com fitas adesivas transparentes, em todas elas lia-se o nome de Marina. Pode não ser, mas que parece malandragem pura, parece.

Todos fingem que não sabem. Mas leis - goste-se delas ou não - são feitas para serem cumpridas. São normas que visam ao bem comum. Quem as desrespeita agride a coletividade. Se elas são inadequadas ou estão ultrapassadas, cabe ao Legislativo mudá-las. A não ser que se prefira premiar a lei de Gerson, mandar a ética às favas e perpetuar a desordem geral.



Mary Zaidan é jornalista. Trabalhou nos jornais O Globo e O Estado de S. Paulo, em Brasília. Foi assessora de imprensa do governador Mario Covas em duas campanhas e ao longo de todo o seu período no Palácio dos Bandeirantes. Há cinco anos coordena o atendimento da área pública da agência 'Lu Fernandes Comunicação e Imprensa'.

COMENTO:
Excelente artigo que nem precisa comentar.

Corrupção e destino

Ministro do Tesouro britânico renuncia após escândalo

Reuters:

O ministro do Tesouro da Grã-Bretanha, David Laws, renunciou no sábado depois de admitir ter requerido dinheiro público para aluguel que ele repassou para seu companheiro.

Laws, um democrata liberal, era o segundo homem de maior importância no Tesouro, em um governo de coalizão liderado pelo Partido Conservador, que assumiu o poder há pouco mais de duas semanas.

Ele pagou mais de 40 mil libras durante vários anos por quartos em duas propriedades de seu parceiro, noticiou o jornal Daily Telegraph.

Ao lado do ministro das Finanças, George Osborne, ele era responsável por identificar cortes e reduzir os gastos do governo para lidar com o déficit orçamentário da Grã-Bretanha.

O liberal democrata Danny Alexander foi nomeado o novo ministro do Tesouro após a renúncia de Laws, de acordo com o gabinete do primeiro-ministro

COMENTO:
Com escandalos muito piores o máximo que acontece aqui é uma licença ou férias.
Tem países onde até se suicidam de vergonha.

BOLÍVIA E COCA

Deu na Folha de S. Paulo
Polícia Federal avaliza visão de Serra sobre Bolívia

Itamaraty enviou relatório à Câmara que revela crescimento na produção de cocaína sob a gestão de Morales

Aumento é resultado de política que combate o tráfico, mas valoriza a produção da folha de coca, afirma ministério

Josias de Souza:

Documentos oficiais produzidos pelo governo durante a gestão do presidente Lula reforçam a acusação de José Serra (PSDB) contra o governo da Bolívia.

O pré-candidato acusou o governo boliviano, na última quarta-feira, de ser "cúmplice" dos traficantes que enviam cocaína para o Brasil. Em reação, a rival petista Dilma Rousseff disse que Serra "demoniza" a Bolívia.

Dados colecionados pelo governo, porém, avalizam a versão do tucano.

Sob condição de anonimato, uma autoridade da Divisão de Controle de Produtos Químicos da Polícia Federal falou à Folha que, segundo relatórios oficiais da PF, 80% da cocaína distribuída no país vem da Bolívia -a maior parte na forma de "pasta". O refino é feito no Brasil.

Para a PF, a evolução do tráfico revela que há "leniência" do país vizinho. Serra usara uma expressão análoga: "corpo mole".

A PF atribui o fenômeno a aspectos culturais, pois o cultivo da folha de coca é legal na Bolívia. O produto é usado de rituais indígenas à produção de medicamentos. Seu excedente abastece o tráfico

Num documento endereçado à Comissão de Relações Exteriores da Câmara, em 2007, o Itamaraty disse que, "entre 2005 e 2006, a área de produção de folha de coca na Bolívia cresceu de 24.400 para 27.500 hectares".

sábado, 29 de maio de 2010

Para nossa diversão

Marido chega em casa vindo da igreja, cumprimenta sua mulher, ergue-a do chão e a carrega pela casa.

Ela, surpresa, pergunta sorrindo:

"O pastor pregou sobre ser romântico?"

Sem fôlego, o marido responde:

- Não, ele disse que devemos suportar nossos fardos


OUTRA:

Um elefante perguntou ao camelo:



- Por que seus peitos estão nas costas?

- Bom, disse o camelo, acho sua pergunta um tanto estranha para quem tem o pinto na cara.

BOLÍVIA E NARCOTRÁFICO

PF apreende meia tonelada de cocaína vinda da Bolívia

Dois caminhões traziam droga na divisa com SP; apreensão é uma das maiores ocorridas no País

João Naves de Oliveira, de O Estado de S. Paulo:

Na madrugada desta sexta-feira, 28, a Polícia Federal (PF) apreendeu no Mato Grosso do Sul (MS) dois caminhões transportando uma grande quantidade de cocaína procedente da Bolívia. Foi uma das maiores apreensões do gênero ocorrida até hoje no País.

Por enquanto a PF informa apenas tratar-se de meia tonelada. A droga está sendo pesada pela PF de Três Lagoas, região leste de MS, na divisa com São Paulo.

A maior apreensão de cocaína realizada até hoje no Estado aconteceu no dia 8 deste mês, em Miranda, região do Pantanal, quando um caminhão frigorífico conduzia 725 quilos do entorpecente boliviano, entre uma carga de 16 toneladas de carne bovina.

Rapidinhas

1- Policia Federal apreende enorme quantidade de drogas vinda da Bolívia.Enquanto isso Lula abraça Evo Cocaleiro Morales.Leiam a reportagem de Diogo Mainardi na revista Veja.
Aproveito para listar os amigos do Lula:Evo Morales, Hugo Chaves,Kadafi, Ahmadinejad, os irmãos Castro Rafael Correa, o Presidente do Sudão e por aí vai.Decididamente não são pessoas que contribuem para um mundo melhor.Não esqueçam da quantidade de gente que morre no Brasil vitimado pelo uso e tráfico de drogas que esta intimamente associado ao tráfico de armas, organizações terroristas e a alguns presidentes citados acima.

2-A Turquia tornou o mundo mais perigoso.Ao diminuir a influencia dos militares no governo o Primeiro Ministro Turco deixou de intermediar um acordo de paz entre Israel e a Síria, se voltou para o Irã onde participou de um acordo fajuto e adota uma política nitidamente anti israelense deixando de ser um parceiro neutro com credibilidade para levar adiantenegocições sérias de paz no conflito do oriente médio.

quinta-feira, 27 de maio de 2010

O melhor artigo sobra Brasil e Irã

Por Reinaldo Azevedo


UM ARTIGO FUNDAMENTAL. “SERÁ QUE LULA ESTÁ DO LADO DOS ANJOS?”
quinta-feira, 27 de maio de 2010 | 4:49

A política externa do governo Lula, com efeito, ganhou o mundo e é um sucesso. Às avessas!!! Thomas Friedman, um dos mais importantes e respeitados articulistas do New York Times - e do mundo -, escreve hoje o que me parece o melhor texto de quantos foram publicados a respeito: “Mais feio impossível!”.

Friedman, vocês verão, considera fatal um Irã nuclear, o que não quer dizer que não condene severamente o “acordo” negociado por Brasil e Turquia. Para ele, ao lado de pressionar o país a se submeter às regras internacionais, é preciso apoiar o movimento em favor da democracia. E censura Lula também por isto: o líder trabalhista que se tornou famoso por sua luta “progressista” virou as costas para o clamor por mais democracia no Irã. E deixa claro: não consegue pensar em nada mais feio do que ver Lula, Ahmadinejad e o primeiro-ministro turco de mãos dadas.

Para Friedman, mais importante do que arrancar um acordo nuclear convincente do Irã é fortalecer no país o movimento em favor da democracia. Traduzo o texto rapidinho.
*
Confesso que tão logo vi a foto, no dia 17 de maio, do presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, ao lado de seu parceiro brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva, e do primeiro-ministro turco, Recep Tayyip Erdogan, de braços levantados — depois da assinatura do suposto acordo para pôr fim à crise gerada pelo programa nuclear do Irã — tudo o que pude pensar foi: “Há coisa mais feia do que assistir a democratas vendendo baratinho outros democratas a um negador do Holocausto, assassino e ladrão de voto só para cutucar os EUA e mostrar que eles também podem atuar na cena global?

Não! Mais feio impossível!

“Por muitos anos, os países não-alinhados e em desenvolvimento culparam os EUA por cinicamente perseguir seus próprios interesses, sem se preocupar com os direitos humanos”, observa Karim Sadjadpour, do Carnegie Endowment. “Como a Turquia e o Brasil aspiram a fazer parte do cenário global, eles vão enfrentar as mesmas críticas que antes faziam. A visita de Lula e Erdogan ao Irã aconteceu poucos dias depois de o país ter executado cinco prisioneiros políticos, torturados em interrogatórios. Eles abraçaram calorosamente Ahmadinejad como a um irmão, mas não disseram uma só palavra sobre direitos humanos. É expressão da suposição errada de que os palestinos são os únicos que buscam justiça no Oriente Médio e de que, se você evoca a causa deles, pode, então fazer as vontades de Ahmadinejad.

Turquia e Brasil são duas democracias nascentes que tiveram de superar suas próprias histórias de governos militares. É vergonho para seus líderes abraçar e fortalecer o presidente iraniano, que usa o Exército e a polícia para esmagar e matar democratas iranianos — pessoas que buscam a mesma liberdade de expressão e de escolha política de que desfrutam turcos e brasileiros.

“Lula é um político gigantesco, mas, moralmente, é uma profunda decepção”, disse Moisés Naim, editor da revista Foreign Policy e ex-ministro do Comércio da Venezuela.

Lula, observou Naim, “apoiou o enfraquecimento da democracia na América Latina”. Ele freqüentemente venera o homem forte da Venezuela, Hugo Chávez, e Fidel Castro, o ditador de Cuba, e, atualmente, Ahmadinejad, mas denuncia a Colômbia — um dos grandes exemplos de sucesso da democracia — porque o país permite que aviões americanos usem suas bases militares para combater o narcotráfico. “Lula tem sido bom para o Brasil, mas terrível para seus vizinhos democráticos”, disse Naím. Lula, que surgiu para a fama como um progressista líder trabalhista, virou as costas para os líderes trabalhistas violentamente reprimidos no Irã.

Certo! Tivessem o Brasil e a Turquia realmente convencido o Irã a, comprovadamente, pôr um fim a seu suspeito programa de armas nucleares, os Estados Unidos teriam dado seu apoio. Mas isso não aconteceu.

O Irã tem hoje algo em torno de 2.197 quilos de urânio pouco enriquecido. Segundo o acordo de 17 de maio, o país supostamente concordou em enviar 1.200 quilos de seu estoque para a Turquia para trocar por um tipo de combustível nuclear necessário para uso medicinal — o combustível não pode ser empregado para fazer uma bomba. Mas isso ainda deixaria o Irã com aproximadamente uma tonelada de urânio estocado, que o país se recusa a pôr sob inspeção internacional e que pode continuar a ser processado para elevar o nível de enriquecimento e fazer a bomba.

Então, o que esse acordo realmente faz é aquilo que o Irã já queria fazer: enfraquecer a coalizão global que pressiona o país a abrir suas instalações nucleares à inspeção da ONU e, de quebra, legitima Ahmadinejad no aniversário do esmagamento do movimento pela democracia no Irã, que reivindicava a recontagem dos votos nas eleições de junho de 2009.

Do meu ponto de vista, a “Revolução Verde” no Irã é o mais importante, e espontâneo, movimento democrático a surgir no Oriente Médio em décadas. Ele foi reprimido, mas continua, e, no fim das contas, seu sucesso — e não qualquer acordo nuclear com o clero iraniano — é a única base sustentável para a segurança e a estabilidade. Nós temos gastado pouquíssimo tempo e energia alimentando esse princípio de democracia e tempo e energia demais buscando um acordo nuclear.

É como me disse Abbas Milani, um especialista em Irã da Universidade de Stanford: “A única solução de longo prazo para o impasse é um regime mais democrático, responsável e transparente em Teerã. A grande vitória do regime clerical do Irã foi fazer com que a questão nuclear fosse praticamente o único foco de suas relações com o Estados Unidos e com o Ocidente. O Ocidente deveria desde sempre ter perseguido uma política de duas vias: negociações sérias nos assuntos relativos ao programa nuclear e não menos sérias naqueles relativos aos direitos humanos e à democracia no Irã.

Eu preferiria que o Irã jamais conseguisse a bomba. O mundo seria mais seguro sem novas armas nucleares, especialmente no Oriente Médio. Mas o Irã vai se tornar uma potência nuclear, e faz uma baita diferença se um Irã democrático tem o dedo no gatilho ou a atual ditadura clerical e assassina. Qualquer pessoa que trabalhe para retardar a bomba e para fortalecer a democracia no Irã está do lado dos anjos. Qualquer um que fortaleça esse regime tirânico e dê cobertura para sua delinqüência nuclear terá de prestar contas, um dia, ao povo iraniano.

*

É isso aí, leitores! De que lado vocês acham que Lula está? Dos anjos?

(texto originalmente publicado ontem, às 21h06)

Por Reinaldo Azevedo

COMENTO:
Só um detalhe do paradoxo da política externa do Brasil.Lula diz no Irã que não se intromete em assuntos internos dos países mas em relação a Honduras o que foi que ele fez?Até hoje não reconhece o Governo Hondurenho legitimamente eleito mais apóia o Governo iraniano eleito fraudulentamente e que cometeu crimes políticos ao condenar a morte manifestantes contrários a sua eleição.
Vai entender?Ou será que tem algo secreto por trás disso tudo?

domingo, 23 de maio de 2010

NARCOTRÁFICO E ORGANIZAÇÕES TERRORISTAS

Elo entre Al Qaeda, tráfico e brasileiros mobiliza PF
domingo, 23 de maio de 2010 | 6:51

Por Sérgio Dávila e Mario Cesar Carvalho, na Folha:


A Polícia Federal tenta desvendar um enigma que mistura a rede terrorista Al Qaeda, tráfico de cocaína para financiar ações do terror e um grupo brasileiro de supostos contrabandistas. A investigação visa identificar quem são os brasileiros citados por militantes ligados à Al Qaeda, que ajudariam o grupo terrorista a colocar entre 500 kg e uma tonelada de cocaína em Mali, na África Ocidental.

A aparente conexão brasileira foi descoberta com a prisão, em dezembro do ano passado, de três militantes de um braço da Al Qaeda que atua entre Gana, Mali e Argélia, na África Ocidental. O trio -Omar Issa, Harouna Touré e Idris Abdelrahman- é de Mali, foi preso em Gana e deportado para Nova York, onde será julgado.

É a primeira prisão de integrantes da Al Qaeda num caso que o governo dos EUA classifica de narcoterrorismo -a venda de drogas para financiar ações armadas. Touré era o contato com os brasileiros, de acordo com uma investigação da DEA (Drug Enforcement Administration, a agência americana antidrogas). Em conversas telefônicas e gravações em vídeo, Touré diz que traria a cocaína da Colômbia com a ajuda de brasileiros. O passaporte dele tem a comprovação de que passou pelo Brasil, pela França e pela Arábia Saudita.

Consultada pela Folha, a PF diz que investiga que grupo atuaria no rota do tráfico entre o Brasil e Mali

COMENTO:
Toda organização terrorista usa o tráfico de dorgas para financiar a compra de armas.Todo mundo sabe disso.É assim com as FARCS,Hezbollah , Al Qaeda e outras.
Nossa fornteira com a Colombia,Bolívia e a Tríplice fronteira são um escoadouro de negócios ilícitos.
Achar que não temos nada a ver com isso é ignorar o que se passa não só no Rio de Janeiro como em todo país no que se refere ao amplo consumo de drogas e o males que isso traz a sociedade.

quinta-feira, 20 de maio de 2010

COPA E CORRUPÇÃO

Deu na Folha de S. Paulo
A Copa decolou $$$

De Juca Kfouri:

Era pedra cantada: começou a farra das obras sem licitação, com a desculpa de que está tudo atrasado, para a Copa do Mundo no Brasil.

Foram liberados nada menos do que R$ 5 bilhões, repita-se, bilhões!, para a Infraero ampliar nossos terminais aeroportuários.

Não é que tamanha dinheirama liberada em época de eleições provoque suspeita, porque, na verdade, é mesmo um enorme elefante atrás de nossas orelhas.

Se não bastasse, vem aí a "Empresa Brasileira de Legado Esportivo S.A.", para cuidar de eventos como os Jogos Olímpicos do Rio, em 2016.

E vem por medida provisória, como, pelo mesmo instrumento, se liberou o dinheiro que faz a Copa de 2014 decolar em voo de brigadeiro, de general, de presidente, senadores, deputados etc., porque, afinal, só faltam quatro anos, e o regime de urgência é a salvação.

Além da empresa do legado que está sendo criada, uma empresa pública de direito privado com direito a terceirizar, atenção, sem licitar, teremos a Autoridade Pública Olímpica, a APO, função que será exercida pelo ministro do Esporte, Orlando Silva Jr., que abdicou de ser candidato nas eleições pelo PC do B de São Paulo.

COMENTO:
Alguém duvidava que isso fosse ocorrer.A tática é essa.Atrasar as obras para poderem comprar em carater de emergencia com os valores estratosféricos.Foi assim no PAN.

quarta-feira, 19 de maio de 2010

Acordo com o Irã?

Enviado por Ricardo Noblat - 19.5.2010| 8h04m
Deu em O Globo
A motivação de um plano temerário (Editorial)

A iniciativa de Brasil e Turquia de fechar um acordo com o Irã sobre seu programa nuclear, para evitar a imposição de sanções ao país, sofreu duro golpe com o anúncio, pela secretária americana de Estado, Hillary Clinton, de que as principais potências, incluindo Rússia e China, também chegaram a um acordo. Mas sobre o anteprojeto de resolução que submete o Irã a novas sanções a ser apreciado pelo Conselho de Segurança da ONU.

A resposta relâmpago das potências, à frente os EUA, ao acordo fechado com o presidente Ahmadinejad, em Teerã, pelo presidente Lula e pelo premier turco, Erdogan, realça as lacunas da empreitada de Brasil e Turquia. São elas: 1) a quantidade de urânio que o Irã se comprometeu a enviar ao exterior representa, hoje, percentual bem menor do estoque total do país do que quando o plano foi inicialmente apresentado pela AIEA, em outubro de 2009; 2) o acordo não faz qualquer menção à necessidade de o Irã abrir instalações nucleares à inspeção internacional, vital para constatar a finalidade do programa, se puramente civil ou também militar; 3) imediatamente após o acordo ser fechado, o Irã anunciou que continuaria a enriquecer urânio.

Desde que, durante visita ao Oriente Médio, Lula se apresentou como candidato a mediador entre palestinos e israelenses, cresceu a desconfiança de que talvez ele estivesse sendo levado pela ingenuidade ou mero desejo de protagonismo mundial. Mas, em relação ao Irã, na companhia da Turquia, é claro hoje que não houve qualquer ingenuidade por parte da atual política externa brasileira.

O entendimento anunciado ontem pela secretária pôs por terra um dos efeitos mais esperados, tanto pelo Irã quanto pelo Brasil e pela Turquia, de seu feito diplomático em Teerã: a protelação das sanções, o que daria à ditadura teocrática iraniana mais tempo para, com suas centrífugas trabalhando a todo vapor, obter mais combustível nuclear para armas nucleares, que exigem percentual de enriquecimento bem acima dos 20% previstos no acordo.

Quando se observa o jogo arriscado em que a diplomacia brasileira tem se metido — em Honduras, em Cuba, na Venezuela, em votos contra a tradição brasileira em fóruns internacionais, e agora no Irã — fica visível a política de confronto sistemático aos interesses americanos.

O “New York Times”, citando fontes da Casa Branca, informou que o presidente Obama conversou com Lula e Erdogan, durante a Cúpula sobre Segurança Nuclear, em Washington, no mês passado, sobre a necessidade de não se dar ao Irã pretexto para não cumprir as exigências da ONU. Obama reiterou sua preocupação em cartas detalhadas aos dois líderes no final de abril. De nada adiantou.

Há sérias consequências que, espera-se, estejam sendo levadas em conta pelos artífices dessa política brasileira, o “Itamaraty do B”. Uma delas se fez sentir no contra-ataque diplomático rápido dos EUA.

A opção brasileira pôs em risco um esforço necessário da comunidade internacional para conter um foco de desequilíbrio que tornará ainda mais volátil e perigosa a situação do Oriente Médio. Lembre-se que o Irã é o patrocinador de grupos radicais terroristas como o Hezbollah, no Líbano, e o Hamas, na Faixa de Gaza. Imagine-se um artefato atômico contrabandeado do Irã nas mãos de um desses grupos.

COMENTO:
Como o Brasil pode anunciar sucesso na negociação se o Irã logo após disse que vai continuar enriquecendo uranio?O chanceler Amorim disse que era bravata para consumo interno mas a história nos mostra que não devemos subestimar políticos.Lembremos da Europa na 2ª guerra nos acordos de Chamberlain, Daladier e Hitler.
Se não é ingenuidade, para mim existe algo secreto por trás desse acordo.Alguns jornais e revistas estrangeiras levantam a hipótese de o Brasil ter interesse de construir uma bomba atomica para ingressar no restrito clube nuclear.O Vice-Presidente já mencionou ser favorável a isso embora a constituição proíba tal ato.Mas estamos no Brasil e a construção de artefato nuclear seria óbviamente sigiloso.
Para mim o Brasil está cada vez mais longe de ter alguém como secretário geral da ONU o que não me surpreeende pois até agora Celso Amorim não emplacou nada do que queria.
Outro item pouco mencionado é que com a desconfiança em relação ao Irã ocorrerá uma corrida armamentista principalmente entre países do Oriente Médio ocasionando uma situação extremamente explosiva.

segunda-feira, 17 de maio de 2010

Um pouco de geopolítica.

Irã é o Problema. Israel não é o Problema – por Herman Glanz
domingo, maio 16, 2010

Os Estados Unidos estão perdendo sua influência no Oriente Médio e a Rússia e a China estão disputando lá abrir espaço, porque o Presidente Barack Obama se comprometeu a retirar as tropas americanas do Iraque, o que é natural e foi sua promessa de campanha eleitoral. O povo americano não quer matar seus filhos no atoleiro iraquiano, mantendo ainda a lembrança da síndrome do Vietnam. Saindo do Iraque, a América deixa sem forte cobertura militar seus aliados árabes muçulmanos, contentando-se com suas posições nos países aliados em torno do Golfo. E golfo significa Golfo Pérsico e Golfo de Omã, com Kuwait, Arábia Saudita, Emirados Árabes Unidos, Barein, Catar, Omã, Yemen, este último com insurgentes sob a influência iraniana visando tomar o governo.

A margem oriental do golfo é do Irã e um pedaço, já no Mar da Arábia, tem o Paquistão. As eleições no Iraque se fizeram para tentar estabilizar um governo naquele país, e permitindo a retirada das tropas americanas, mas não se pode dizer que a situação está normalizada, visto continuarem os atos de terror, matando tanto os locais como soldados das tropas invasoras. E o Irã tem sua influência nisso. Tudo longe de Israel, e numa grande área onde lutam os Estados Unidos, por se encontrar no Afeganistão, vizinho oriental do Irã, e no Iraque, vizinho ocidental. Convém lembrar – longe de Israel. Portanto, a paz de Israel com os palestinos não influencia a região.

O Irã busca ser potência nuclear, porque almeja que, depois da retirada americana, toda a área fique sob sua influência, que é o objetivo, para levar os xiitas a dominarem, já que todos os demais islâmicos da região detem maioria sunita. Com artefatos nucleares de destruição em massa, e mísseis de médio e longo alcance, liderará a região. Toda área, rica produtora de petróleo, petróleo que por muitos anos ainda será a grande fonte energética do planeta, deixará de ficar aliada aos americanos para se submeter, literalmente, ao Irã, sob a mira das armas nucleares. E dominando as principais fontes de petróleo, terá grande influência, não só regional, como mundial. E nada tem a ver com Israel, que fica longe dos objetivos iranianos. Daí a grande necessidade de deter o Irã, seja pelos americanos e aliados, seja pelos demais países muçulmanos, que estão atentos e poderá desencadear uma corrida nuclear.

O problema, portanto, são as intenções dos governos. Nada contra a busca iraniana pelo desenvolvimento, mas contra a busca da hegemonia guerreira. Os antiamericanos defendem o Irã, mas devemos nos lembrar da Alemanha hitlerista. Naquele tempo muita gente também lavava as mãos alegando não se imiscuir nos interesses internos de outros países. O problema era a Alemanha se imiscuir nos outros países e sabemos o trágico custo conseqüente. O mesmo agora: por se ser antiamericano não se pode cair na esparrela do apaziguamento. O Irã está se imiscuindo nos outros países. Os dirigentes iranianos não são confiáveis, como não eram Hitler e sua camarilha.

O governo iraniano confiou à sua Guarda Nacional a execução dos programas de armas nucleares. E pior, os diversos grupos dessa Guarda, que buscam prevalecer uns sobre os outros, se digladiam entre si, numa corrida para ver quem chega primeiro. Dentro dessa lógica um grupo pode disparar primeiro, e provocar uma hecatombe. O perigo ronda a loucura dos dirigentes iranianos. O mundo está de olho e aguarda com ansiedade as intermediações da Turquia e do Brasil, pois o Presidente Lula chega agora ao Irã. Não acreditamos que se conseguirá deter o Irã, por falta de confiabilidade nos seus dirigentes, tal qual não poderia haver confiabilidade nos dirigentes nazistas da Alemanha, que descumpriram os acordos e pactos. A história nos ensina. Pode estar sendo preparado um grande engodo para dar mais tempo ao Irã.

E aqueles que só pensam em negócio, desde empresas americanas, a Rússia, e a China que quer se impor com sua produtividade para se tornar a indústria mundial, se viram para o Irã, dando-lhe cobertura. É um mundo também louco, que nada tem a ver com Israel. Mas a posição do Presidente Obama pode também descambar num novo problema. Desejando sair do atoleiro iraquiano e afegão, e se vendo diante da belicosidade iraniana, vendo seus aliados se afastarem para não se meterem em mais guerras, poderá ser compelido à guerra diante do desafio ostensivo e agressivo do Irã. Aí Israel é que tem a ver, para se cuidar.

domingo, 16 de maio de 2010

Para diversão mas também reflexão.

Para ler, refletir e pensar: que país estamos construindo...?



Vida de pai está cada vez mais difícil. Uma simples conversa com o filho pequeno pode gerar perplexidade. O diálogo de João Pedro com seu filho, de 10 anos, pode servir como prova desse fosso entre as gerações.

- Que você vai ser quando crescer, filho?

- Presidente da República, pai.

- Puxa, filho, que legal. Mas por quê?

- Pra não precisar estudar.

- Não, filho, não é bem assim. Precisa estudar muito.

- Então quero ser vice-presidente.

- Vice, filho? Por quê?

- Pra não precisar estudar. O José de Alencar também só foi até a quinta série primária. Já posso parar.

- Não é assim, filho. Ele trabalhou muito e aprendeu.

- Pai, todo mundo que se dá bem não estudou: o presidente, o vice, a Xuxa, o Kaká, o Zeca Pagodinho...

- É que eles têm um talento...

- Ah, entendi, estudar é para quem não tem talento?

- Não, filho, pelo amor de Deus. Artista é diferente.

- O presidente e o vice não são artistas.

- Não, quer dizer, o presidente, de certo modo, até é.

- Se eu estudar, vou ganhar mais do que o Kaká?

- Menos.

- Ah, é? Então quero ir já para a escolinha.

- Você já está numa boa escola, filho.

- Quero ir pra escolinha de futebol.

- Não, filho, você precisa estudar muito. A escola abre caminhos para as pessoas. Pode-se viver dignamente. Filho, você precisa ter bons valores. Pense numa profissão, numa coisa honesta e que seja respeitada. Não quer ser médico, dentista ou, sei lá, engenheiro?

- Não. De jeito nenhum. To fora, pai!

- Mas por que, filho?

- Eles nunca vão ao Faustão.

- Isso não tem importância, filho. Que tal bombeiro?

- Vou querer ser astronauta ou jornalista.

- Hummm... Jornalista? Por que mesmo, filho?

- Não precisa mais ter diploma pra ser jornalista. Mas... Pensando melhor, acho que vou querer ser corrupto.

- Meu Deus, filho, não diga isso nem de brincadeira!

- Na TV disseram que ninguém se dá mal por causa da corrupção e que tudo sempre termina em pizza. Adoro pizza. Quando for corrupto, pedirei só de quatro queijos.

- Ser corrupto é muito feio, meu filho.

- Ué, pai, se é feio assim, por que Brasília está cheia deles e quase todos conseguem ser reeleitos?

- É complicado de explicar, filho. Mas isso vai mudar.

- Quero ser corrupto e praticar nepotismo.

- Cale a boca, filho, de onde tira essas barbaridades?

- É só olhar a televisão, pai. O Sarney pratica nepotismo e é presidente do Senado. Ninguém pode mexer com ele.

- Mas você sabe o que é nepotismo, filho?

- Sei. É empregar os parentes da gente.

- E você quer fazer isso?

- Claro. Assim ia acabar com os vagabundos da família. Se eu te arrumar um emprego você deixa?

Hebert Pessoa

Politicos de nosso País.

Enviado por Mary Zaidan - 16.5.2010| 14h30m
artigo

A sociedade que se dane

No afã de abortar a urgência para a votação do projeto Ficha Limpa, aprovado a fórceps na Câmara dos Deputados sete meses e meio depois de lá ingressar por iniciativa popular, o senador Romero Jucá (PMDB-RR) acabou por despir o governo do qual é líder. Deixou-o nu, expondo o distanciamento absoluto entre os interesses do presidente da República com os maiores índices de aprovação que o país já teve e os do povo.

O dito – “Esse não é um projeto de governo, é da sociedade. O do governo, que vamos trabalhar com prioridade, é o do pré-sal” – não deixa pedra sobre pedra.

Poucas são as frases tão desastradas e ao mesmo tempo tão elucidativas.

De uma só tacada, Jucá desrespeitou os mais de quatro milhões de brasileiros que subscreveram a única tentativa de moralização da atividade política dos últimos tempos e escancarou de vez a total ausência de compromisso do governo Lula com as aspirações da “sociedade” que lhe conferiu votos e poder.

Não é de hoje que projetos de interesse do governo suplantam aqueles que realmente importam ao cotidiano das pessoas. A começar pelo festival de medidas provisórias que tranca a pauta legislativa em favor dos desejos governamentais, a maior parte sem qualquer vinculação com as reais demandas da população. Enquanto isso, propostas sobre combate à violência, desoneração tributária, fiscalização e controle de gastos públicos, só para citar algumas, continuam a acumular teias de aranha e muito pó, sem qualquer chance de serem votadas.

O projeto sobre as reservas de petróleo do pré-sal - riqueza escondida no fundo mais profundo do oceano, ainda sem solução tecnológica ou econômica factível para viabilizar sua exploração pelo menos na próxima década – é um exemplo ímpar. Nada justifica a urgência para votá-lo. Quanto mais em detrimento de uma proposta – essa sim, emergente - que a sociedade reivindica.

Ao que parece o governo Lula corre para tirar proveito já do ouro negro do futuro, pouco se lixando para o alto custo na vida presente de cada um dos brasileiros. Faz ouvidos moucos ao clamor popular, preferindo conferir maior relevância aos ganhos imediatos da regulamentação do pré-sal, entre eles os de criação de uma nova estatal, com mais cargos e nomeações.

A única chance de o governo se redimir seria a de os senadores votarem o projeto Ficha Limpa com celeridade, a tempo de salvar a sua validade para as eleições deste ano. Mas é difícil crer, já que mesmo tendo todas as oportunidades para voltar atrás, Jucá continua irredutível. Como líder, não o faria à revelia, sem endosso e instruções claras do governo.

Prova disso é que dispensou as desculpas elaboradas pelo presidente do Senado, José Sarney - para quem o líder do governo teria emitido uma opinião pessoal -, e nem de longe pensou em engrossar a corrente do senador Eduardo Suplicy (PT-SP), que busca coletar assinaturas para acelerar o trâmite da matéria. Muito menos admite votá-la na próxima quarta-feira, como muitos dizem querer.

Pode até ser que Jucá tenha sido escolhido para o trabalho sujo: o de evitar uma implosão na base governista, parte dela com penduras na Justiça. E, de quebra, agradar à maioria de ambas as casas legislativas, que nem de longe quer se submeter às regras do Ficha Limpa, mesmo depois de amenizadas pela Câmara dos Deputados.

Se assim for, expõe a pior face do governo Lula. Rechaça, por conveniência, uma medida de cunho e apelo popular, que só preconiza um pouco de vergonha na cara aos que pretendem representar os 190 milhões de brasileiros. E o faz sem qualquer constrangimento. Afinal, isso pouco importa para um governo que age e se considera acima do povo.



Mary Zaidan é jornalista. Trabalhou nos jornais O Globo e O Estado de S. Paulo, em Brasília. Foi assessora de imprensa do governador Mario Covas em duas campanhas e ao longo de todo o seu período no Palácio dos Bandeirantes. Há cinco anos coordena o atendimento da área pública da agência 'Lu Fernandes Comunicação e Imprensa'.


COMENTO:
Não há surpresa.Esse é o pensamento da grande maioria dos políticos do país.Não estão eleitos para servir a sociedade e sim para se servir dela.
É a cultura nacional.
Enquanto não se mudar valores continuaremos a eleger esse tipo de político.
A pergunta que se faz é:Como se muda valores num país com ensino tão ruim?

sexta-feira, 14 de maio de 2010

Corrupção e valores

Enviado por Ricardo Noblat - 14.5.2010| 6h34m
Deu em O Globo
Corrupção desvia por ano R$ 41,5 bilhões, diz Fiesp

Total é equivalente a 1,38% do PIB

Estudo da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) mostra que, se os apelos por moral e ética parecem não sensibilizar parlamentares e governantes, os custos econômicos deveriam.

De acordo com estudo do Departamento de Competitividade e Tecnologia da Fiesp, o custo médio anual da corrupção no Brasil é de pelo menos 1,38% do PIB (a soma de toda a riqueza produzida no país), algo como R$ 41,5 bilhões que são desviados todos os anos para os bolsos de políticos e grupos aliados em vez de serem injetados na economia.

A Fiesp simulou o quanto poderia ser investido a mais em determinados setores-chave da economia, caso o dinheiro desviado pelos corruptos fosse aplicado na economia.

Na educação, a quantidade de alunos matriculados na rede pública do ensino básico poderia subir 47%, ou seja, de 34,5 milhões de jovens e crianças para 51 milhões.

Segundo as estimativas do PAC, o total de domicílios com acesso a esgoto é de 22,5 milhões. Com menos corrupção, outras 23,3 milhões de casas poderiam receber esgoto, uma alta de 103,8%.

Na saúde, a quantidade de leitos para internação poderia crescer 89%: mais 327.012 leitos. Sem corrupção, o PAC poderia construir casas populares para atender outras 2,9 milhões de famílias além das 3,9 milhões beneficiadas hoje.

Para combater o fenômeno, a Fiesp aconselha reformas como a reavaliação da representatividade no Congresso e regras claras para o financiamento de campanha.

COMENTO:
É preciso investir em educação para se mudar essa cultura nacional.A escola tem que passar aos alunos valores éticos e morais.
Não há desenvolvimento sustentável sem educação de qualidade.

terça-feira, 11 de maio de 2010

Cultura da impunidade

Enviado por Ricardo Noblat - 11.5.2010| 16h47m

Ministério da Justiça diz que Tuma Jr. vai se licenciar

Robson Bonin e Cláudia Bomtempo, Do G1:

A assessoria de imprensa do Ministério da Justiça informou na tarde desta terça-feira (11) que o secretário nacional de Justiça, Romeu Tuma Júnior, vai se licenciar do cargo por 30 dias. A decisão ocorre depois de reunião com o ministro da Justiça, Luiz Paulo Barreto –a segunda em menos de 24 horas.

Tuma Júnior é suspeito de ter envolvimento com a máfia chinesa de São Paulo e de tráfico de influência, o que ele nega. Na sexta-feira, o secretário disse ao G1 que não deixaria o cargo.

O G1 tentou contato com o secretário nesta terça, mas ele ele estava em reunião com assessores em seu gabinete e não atendeu às ligações. Segundo o Ministério da Justiça, Tuma Júnior deve anunciar formalmente o afastamento ainda nesta tarde.

Reportagens do jornal “Estado de S. Paulo” revelaram gravações telefônicas e e-mails trocados entre Tuma Júnior e o suposto chefe da máfia chinesa de São Paulo, Li Kwok Kwen, conhecido como Paulo Li. As gravações foram interceptadas pela Polícia Federal durante investigação sobre contrabando.

Paulo Li foi denunciado pelo Ministério Público Federal no fim do ano passado por formação de quadrilha e descaminho (contrabando). Ele está preso.

O secretário reconhece ter amizade com Li, mas nega envolvimento com irregularidades. “É lógico que ele é meu amigo. Agora, que vantagem ele tem de ser meu amigo se ele está preso? Nenhuma. Não tem nada no Código Penal que diga que ter amigo é crime. O que não pode é acobertar atividade ilícita de qualquer um. E isso eu nunca fiz”, afirmou ao G1 na semana passada.

Em outras três reportagens o jornal também revelou gravações em que Tuma Jr. apareceria tentando utilizar o cargo para conseguir liberar supostas mercadorias apreendidas, conseguir a aprovação de um genro em um concurso público e até evitar a apreensão de dólares de uma deputada estadual de São Paulo no aeroporto de Guarulhos.

Nesta segunda, o ministro Luiz Paulo Barreto anunciou ter recebido informações complementares da Polícia Feral sobre as denúncias que envolvem o secretário. Segundo nota divulgada pela assessoria do Ministério da Justiça, outras informações sobre o caso foram entregues ao ministro ainda na sexta-feira (7), quando ele estava em viagem à Argentina.

Nesta manhã, Tuma Júnior negou que o ministro Paulo Barreto tivesse pedido o seu licenciamento temporário do cargo, como forma de diminuir as pressões provocadas pelas denúncias.

Sobre a reunião que teve com o ministro no final da noite de segunda e se estendeu até o início da madrugada desta terça, Tuma Júnior disse ter conversado "sobre diversos assuntos" de trabalho. "Moralmente, ninguém vai me derrotar", disse.


COMENTO:
Todos tem direito a defesa mas um caso assim no exterior dá demissão, renuncia e até suicidio.Aqui ele vai se licenciar!!!!!!!!!
É a certeza da morosidade da justiça e da impunidade.
Cultura nacional.

Economia doméstica

Retirado de http://rodrigoconstantino.blogspot.com/

Rodrigo Constantino

“Os governos nunca quebram; por causa disso, eles quebram as nações.” (Kennet Arrow)

Estamos vivendo tempos perigosos. O ambiente europeu pode ficar fértil para "aventuras" fascistas novamente. O welfare state irresponsável plantou as sementes do caos. Primeiro, tivemos uma mega bolha de crédito privado, estimulada pelos bancos centrais e governos, que não aceitavam recessões, ajustes necessários para os excessos de antes. Levaram a tal extremo isso, que a bolha estourou e o setor privado teve que reduzir o grau de alavancagem, causando um credit crunch. A única saída para os governos foi assumir o endividamento, expandir ainda mais a base monetária, o estímulo fiscal. Seus balanços ficaram ainda mais vermelhos.

Como os governos já estavam com patamares absurdos de endividamento, déficit fiscal crescente e impostos escorchantes, as contas explodiram, e o grau de endividamento deles foi para níveis jamais vistos. Os credores acusaram o golpe, não mais dispostos a financiar alguns governos por taxas de juros civilizadas. O reflation pode estar chegando ao seu limite. Agora o buraco é mais embaixo. Não estamos falando da quebra de Fannie Mae, AIG ou Citi, mas dos próprios governos dos países ricos. E o governo americano não está livre deste contágio. Como disse Niall Ferguson, os títulos do governo americano são tão "porto seguro" como era Pearl Harbor!

Os "especuladores" são os bodes expiatórios de sempre, alvos dos desesperados, da massa de ignorantes, vítima do sistema que defendeu e agora se esgotou. O maior risco é surgir um clima propício ao retorno do fascismo, de um líder que prometa colocar "ordem" no caos, organizar a massa de vândalos contra os "capitalistas", resgatar o senso de orgulho agora ferido, e coisas do tipo. Crises estruturais costumam servir como fertilizante para projetos autoritários. A falência da República de Weimar contribuiu para a ascensão do nazismo*. Uma Itália dilacerada preparou o terreno para o fascismo de Mussolini. A Grande Depressão levou o demagogo Roosevelt à Casa Branca, com seu New Deal claramente inspirado nas idéias coletivistas do fascismo. Quando o sistema vigente entra em declínio, espalhando a desordem e o pânico, eis que o oportunista de plantão aparece como “messias salvador”.

A Grécia já está quase em ruínas, com a população tomando as ruas de forma violenta contra as reformas dolorosas e necessárias após a ilusão do welfare state. A crise rapidamente contagia os demais países da região, também com graves problemas nas finanças públicas. A própria existência do euro passa a ser questionada. Na Alemanha, a população se revolta contra a pressão para assumir a conta dos privilégios dos gregos. O clima de segregação aumenta, e o sentimento nacionalista pode, com isso, chegar a níveis preocupantes. A própria idéia de uma moeda comum tinha como um dos objetivos, reduzir as chances de guerras, numa região acostumada a viver desde sempre em ininterruptas batalhas.

Medidas drásticas para enfrentar a realidade precisarão ser tomadas na Europa toda. Os governos perdulários terão que ser reduzidos de forma radical. Como um bêbado após grande euforia por conta de muito álcool, a Europa deve entrar na fase da ressaca necessária para limpar o organismo. Resta saber se tais ajustes serão viáveis politicamente, ou se o Banco Central Europeu vai iludir a população, emitindo descontroladamente papel-moeda. Se esta for a escolha – fugir da realidade dura – então o resultado poderá ser muito pior. O colapso do sistema monetário não pode ser descartado neste caso. E a história não traz conforto para o tipo de efeito que isso pode causar.

Vivemos tempos muito perigosos. Espera-se que o bom senso possa prevalecer na Europa. Mas seu histórico não é dos melhores, a começar pela própria irresponsabilidade que levou a esta situação. Melhor apertar os cintos...


COMENTO:
Não se gasta mais do que se arrecada.A conta um dia vai ter que ser paga.Além disso sempre foi salutar reservar uma parte para a poupança.Avida é ciclica.Temos que aproveitar as fases boas para reservar nossa segurança nas fases ruins.

domingo, 9 de maio de 2010

Um pouco de história do Oriente Médio




Palestina Traída



por Efraim KarshYale, 336 pp., $32.50Comentado por Daniel PipesNational Review17 de Maio de 2010



http://pt.danielpipes.org/8350/palestina-traida



Original em inglês: Palestine Betrayed



Nakba, o vocábulo árabe para "catástrofe", entrou para o idioma inglês referindo-se ao conflito árabe-israelense. Em concordância com o Web site anti-israelense The Electronic Intifada, Nakba significa "a expulsão e o despojamento de centenas de milhares de palestinos de suas casas e terras em 1948".
Aqueles que desejam o desaparecimento de Israel fomentam ativamente a narrativa da Nakba. Por exemplo, o Dia da Nakba tem como função ser a contrapartida palestina às festividades do Dia da Independência de Israel, anualmente anunciam publicamente os supostos crimes cometidos por Israel. Esse dia se consolidou de tal maneira que Ban Ki-moon, secretário geral das Nações Unidas — a própria instituição que criou o Estado de Israel — transmitiu seu apoio ao "povo palestino no Dia da Nakba". Até mesmo Neve Shalom, uma comunidade de judeus palestinos em Israel que alega estar "comprometida com o trabalho educacional pela paz, igualdade e entendimento entre os dois povos," obedientemente comemora o Dia da Nakba.
A ideologia da Nakba apresenta os palestinos como vítimas sem alternativas, por conseguinte sem qualquer responsabilidade pelas desgraças que caíram sobre eles. Ela culpa somente Israel pelo problema dos refugiados palestinos. Esse enfoque tem um apelo intuitivo, visto que os palestinos muçulmanos e cristãos, há muito tempo constituíram a maioria na terra que se tornou Israel, enquanto a maioria dos judeus eram relativamente recém-chegados.
Contudo, sensação intuitiva, não é o mesmo que exatidão histórica. Em sua nova obra magistral, Palestina Traída, Efraim Karsh da Universidade de Londres demonstra a citada por último. Com a sua minuciosa e habitual pesquisa de arquivos — nesse caso, baseando-se em uma abundância de documentos que deixaram de ser secretos, do período do governo britânico e da primeira guerra árabe-israelense, 1917–1949 — clara apresentação e meticulosa perspicácia histórica, Karsh sustenta o argumento contrário: de que os palestinos decidiram o seu próprio destino e arcam com praticamente a total responsabilidade de terem se tornado refugiados.
Nas palavras de Karsh: "Longe de serem as desafortunadas vítimas de uma agressão predatória sionista, foram os árabes palestinos que, a partir do começo da década de 1920 em diante e muito contrários aos desejos de seu próprio grupo de apoio, lançaram uma campanha implacável com a finalidade de apagar o renascimento nacional judaico que culminou no violento ataque a fim de anular a resolução da partilha da ONU". De maneira geral, observa ele, "não havia nada de inevitável no que diz respeito ao confronto palestino-judaico, muito menos em relação ao conflito árabe-israelense".
No entanto, mais contrário ainda à obviedade, Karsh demonstra que sua maneira de entendimento era a interpretação convencional, na realidade, a incontestável, no final da década de 1940. Somente com o passar do tempo "os palestinos e seus apoiadores do Ocidente gradualmente reescreveram sua narrativa nacional" com isso tornando Israel o único culpado, o condenado nas Nações Unidas, nas salas das universidades e nos editoriais.
Karsh usa o seu argumento com êxito estabelecendo dois pontos principais: que (1) o lado judaico sionista israelense perpetuamente procurou encontrar um acordo ao passo que o lado árabe palestino muçulmano rejeitou praticamente todos os acordos; e (2) a intransigência e a violência árabe causaram a "catástrofe" infligida neles próprios.
A primeira razão é mais conhecida, especialmente desde os acordos de Oslo de 1993, por continuarem o padrão no momento atual. Karsh demonstra uma consistência entre a boa vontade dos judeus e o rejeicionismo árabe que regressa à Declaração de Balfour persistindo por todo o período do governo britânico. (Para lembrar, a Declaração de Balfour de 1917 expressava a intenção de Londres de criar na Palestina um "lar nacional para o povo judeu" e a conquista da Palestina apenas 37 dias depois, dava-lhe o controle sobre a Palestina até 1948.)
Nos primeiros anos após 1917, a reação árabe foi atenuada, à medida que os líderes e o povo igualmente reconheciam os benefícios do espírito empreendedor e dinâmico sionista que ajudou a reviver uma Palestina atrasada, pobre e esparsamente povoada. Então surgiu, com a ajuda britânica, a perniciosa figura que iria dominar a política dos palestinos no decorrer das próximas três décadas, Amin al-Husseini. A partir de aproximadamente 1921 em diante, Karsh evidencia, os sionistas e os palestinos tiveram muitas opções; enquanto os primeiros optavam pelo acordo, os últimos implacavelmente decidiram pelo extermínio.
Em várias funções — mufti, dirigente de organizações islâmicas e políticas, aliado de Hitler, herói das massas árabes — Husseini conduziu seu grupo de apoio para o que Karsh chama de "inexorável curso de colisão com o movimento sionista". Odiando os judeus de forma tão maníaca, ele chegou a se unir à máquina genocida nazista, Husseini negou-se a aceitar sua presença na Palestina, qualquer que fosse seu número, muito menos qualquer forma de soberania sionista.
Do início da década de 1920, portanto, se testemunhou um padrão ainda em vigor e conhecido nos dias de hoje: Acomodação sionista, "concessões dolorosas" e esforços construtivos para diminuir as diferenças, recebidas com o antisemitismo palestino, rejeicionismo e violência.
Complementando esse dramatis personae binário e complicando seu nítido contraste, encontravam-se as massas palestinas geralmente mais acomodadas, a indecente, antissemita autoridade mandatária britânica, um rei jordaniano ávido a governar os judeus como súditos, irresponsáveis líderes de estados árabes e um errático governo americano.
Apesar da radicalização da opinião palestina apregoada pelo mufti e apesar da ascensão do nazismo ao poder, os sionistas continuaram a procurar uma acomodação. Levou alguns anos, mas a política de ganho zero do mufti e de eliminação acabaram convencendo os relutantes líderes Trabalhistas, inclusive David Ben-Gurion, de que boas ações não iriam facilitar seus sonhos de aceitação. Não obstante, apesar dos repetidos fracassos, eles continuaram procurando um parceiro árabe moderado para fechar um acordo.
Em contrapartida, Ze'ev Jabotinsky, o precursor do partido Likud de hoje, já em 1923 sabia que "não havia a mínima esperança sequer de se obter algum dia a concordância dos árabes da Terra de Israel para que a "Palestina" se tornasse um país com maioria judaica". No entanto, até ele rejeitava a ideia de expulsar os árabes e insistia no total direito deles à cidadania em um futuro estado judeu.
Essa dialética atingiu o ponto culminante em novembro de 1947, quando as Nações Unidas aprovou o plano de partilha que nos dias de hoje chamaríamos de solução de dois estados. Em outras palavras, ela deu de bandeja um estado aos palestinos. Os sionistas regozijaram, mas os líderes palestinos, principalmente o pernicioso Husseini, amargamente rejeitou qualquer solução que endossava a autonomia aos judeus. Eles fizeram questão de ter tudo, então não obtiveram nada. Tivessem eles aceito o plano da ONU, a Palestina estaria celebrando o seu 62º aniversário nesse mês de maio. E não teria havido nenhuma Nakba.
A parte mais original do Palestina Traída é a que contém uma revisão detalhada da fuga dos muçulmanos e dos cristãos da Palestina nos anos 1947–1949. Nela Karsh foi muito feliz na pesquisa de arquivos, permitindo a ele apresentar um quadro rico e inigualável sobre as circunstâncias específicas da fuga dos árabes. Ele passa um por um através dos vários centros populacionais árabes — Qastel, Deir Yassin, Tibérias, Haifa, Jaffa, Jerusalém e Safad — e em seguida analisa minuciosamente aquelas aldeias.
A guerra de independência de Israel se divide em duas partes. Os violentos combates começaram horas após a votação nas Nações Unidas aprovando a partilha da Palestina em 29 de novembro de 1947 e durou até a véspera da evacuação britânica em 14 de maio de 1948. O conflito internacional começou no dia 15 de maio (um dia após a criação de Israel), quando cinco exércitos de estados árabes invadiram, as hostilidades continuaram até janeiro de 1949. A primeira fase se consistiu principalmente em guerra de guerrilha, a segunda basicamente em guerra convencional. Mais da metade (entre 300.000 e 340.000) dos 600.000 refugiados árabes fugiram antes da evacuação britânica, a maioria no último mês.
Os palestinos fugiram devido a uma grande variedade de circunstâncias e por diversas razões. Os comandantes árabes ordenaram aos não combatentes que saíssem do caminho das manobras militares; ou ameaçavam retardatários com tratamento dispensado a traidores caso ficassem; ou exigiam que as aldeias fossem evacuadas a fim de melhorarem seu posicionamento no campo de batalha; ou prometiam que eles voltariam sãos e salvos em questão de dias. Algumas comunidades preferiam fugir a assinar um armistício com os sionistas; nas palavras do prefeito de Jaffa, "eu não me importo com a destruição de Jaffa desde que consigamos a destruição de Tel-Aviv". Os agentes do mufti atacaram os judeus com o propósito de provocar hostilidades. Famílias com recursos fugiram do perigo. Quando os inquilinos agrícolas ouviram que os proprietários seriam punidos, ficaram com medo de serem expulsos e se anteciparam abandonando as terras. Hostilidades mortíferas impediram o planejamento. Escassez de alimentos e outros bens de primeira necessidade se espalhou. Serviços como estações de bombeamento de água foram abandonados. O medo de pistoleiros árabes se alastrou, assim como rumores de atrocidades dos sionistas.
Em apenas um caso (Lydda), os árabes foram forçados a sair pelas tropas israelenses. A singularidade desse evento merece ênfase. Karsh explica acerca de toda a primeira fase da batalha: "Nenhum dos 170.000–180.000 árabes que fugiram dos centros urbanos e somente um punhado dos 130.000–160.000 aldeões que deixaram seus lares, foram forçados a sair pelos judeus".
A liderança palestina desaprovava o retorno da população, vendo nisso o reconhecimento implícito do nascimento do Estado de Israel. A princípio os israelenses estavam dispostos a aceitar o retorno dos deslocados de guerra, mas depois endureceram sua posição a medida que a guerra progredia. O Primeiro Ministro Ben-Gurion explicava seu modo de pensar em 16 de junho de 1948: "Esta será uma guerra de vida ou morte e [os deslocados de guerra] não devem retornar aos lugares abandonados. . . . Nós não começamos a guerra. Eles começaram a guerra. Jaffa começou a guerra contra nós, Haifa começou a guerra contra nós, Beisan começou a guerra contra nós. E eu não quero que eles comecem uma guerra novamente".
Resumindo, explica Karsh, "foram as ações dos líderes árabes que condenaram centenas de milhares de palestinos ao exílio".
Nesse livro, Karsh apresenta dois fatos importantes: que os árabes abortaram o estado palestino e que foram eles que causaram a Nakba. Nesse processo, ele confirma o seu status de ser hoje o proeminente historiador de obras literárias sobre o Oriente Médio moderno e estende os argumentos dos seus três livros anteriores. Seu magnum opus, Empires of the Sand: The Struggle for Mastery in the Middle East, 1789-1923 (com Inari Karsh, 1999), sustenta que os povos do Oriente Médio não foram, como se acredita normalmente, "vítimas desafortunadas de potências imperiais predatórias e sim ativos participantes na reestruturação da sua região", uma guinada com enormes implicações políticas. Palestina Traída aplica a tese desse livro ao conflito árabe–israelense, destituindo os palestinos das justificativas e complexos de vítima, demonstrando que eles optaram pelo seu destino ativamente, ainda que de forma errada.
No livro Fabricating Israeli History: The "New Historians" (1997), Karsh expõe o trabalho de péssima qualidade, até mesmo a fraudulência, da escola dos historiadores israelenses que jogam a culpa do problema dos refugiados palestinos 1948–1949 sobre o estado judeu. Palestina Traída mostra o outro lado; em caso do livro anterior refutar erros, esse estabelece verdades. Por último, no livro Islamic Imperialism: A History (2006), ele mostra o cerne expansionista da religião islâmica em ação no decorrer dos séculos; aqui ele investiga essa ânsia em pequenos detalhes entre os palestinos, associando a mentalidade da supremacia islâmica com a relutância em fazer concessões práticas a respeito da soberania judaica.
Palestina Traída recompõe o debate árabe-israelense de hoje colocando-o no seu contexto histórico adequado. Provando que por 90 anos a elite política palestina optou por rejeitar "o renascimento nacional judaico e [insistir na] necessidade da sua violenta destruição," Karsh corretamente conclui que o conflito irá terminar somente quando os palestinos desistirem de suas"esperanças genocidas".

sábado, 8 de maio de 2010

MANCHETES HOJE

Fernando Sarney é indiciado pela Polícia Federal De O Globo

Rio - Lindberg tem bens bloqueados - Enviado por Ricardo Noblat

Senador ignora STF e recontrata mulher de aliado Deu na Folha de S. Paulo


Número dois das Farc é preso no Brasil Enviado por Ricardo Noblat

Escuta mostra Tuma Jr tentando relaxar apreensão http://ultimosegundo.ig.com.br/


O NÍVEL DE CORRUPÇÃO NO PAÍS ALCANÇA NIVEIS ALARMANTES.

sexta-feira, 7 de maio de 2010

FARC NO BRASIL:SURPRESO?

Retirado de http://odia.terra.com.br/portal/brasil/html/2010/5/pf_prende_no_brasil_segundo_homem_das_farc_79712.html

PF prende no Brasil segundo homem das Farc.
José Sanchez, conhecido como Tatareto, foi preso em Manaus com outras oito pessoas e 45 kg de cocaína
POR ANA D’ANGELO

Brasília - A Polícia Federal em Manaus fisgou na quinta-feira um peixe graúdo ao desbaratar uma quadrilha de traficantes de drogas que atuavam na Região Amazônica. Foi preso o segundo homem no comando da organização guerrilheira colombiana Forças Armadas Revolucionárias, as Farc. José Sanchez, que usa o codinome de Tatareto (gago, em espanhol).Procurado pelo governo da Colômbia por envolvimento em homicídio, sequestro e extorsão, ele é membro da comissão de finanças da cúpula das Farc, segundo informou o Exército colombiano à PF. Além dele, outras oito pessoas foram detidas e 45 quilos de cocaína apreendidos. A prisão de um dos cabeças das Farc no Brasil deixou a cúpula da PF em Brasília em polvorosa, por temer repercussão política. O PT condena publicamente as ações do grupo. Mas está junto com a Farc no Foro de São Paulo, uma articulação que congrega movimentos de esquerda da América Latina. A PF nega que a Farc esteja agindo no Brasil. "Na verdade, esse indivíduo veio pra cá para atuar no narcotráfico para levantar capital e financiar as ações do grupo", acredita o chefe da Delegacia de Repressão a Entorpecentes no Estado do Amazonas, delegado Leandro Almada da Costa.Tatareto foi preso quinta-feira à tarde, mas sua prisão foi divulgada somente às 16h desta sexta-feira pela PF de Manaus. Identidades falsasDurante 10 meses, a DRE em Manaus investigou a atuação da quadrilha de traficantes, monitorando as comunicações via rádio, com autorização judicial. Quando foi iniciada a operação, os agentes não sabiam que se tratava de um dos comandantes das Farc.Tatareto atuava no Brasil com identidade falsa de brasileiro, com o nome de Daniel Rodrigues Horosco. Mas, segundo o delegado Leandro Almada da Costa, sua verdadeira identidade foi confirmada por meio das digitais obtidas com o governo colombiano. Os outros presos, um deles irmão de Tatareto, também estavam com identidade falsa de brasileiros. Os mandados de prisão e de busca e apreensão determinados pela Justiça começaram a ser cumpridos a partir do meio-dia de ontem. O carregamento de cocaína foi apreendido debaixo de cinco toneladas de peixe, num barco pertencente ao comandante das Farc que estava no rio Negro, próximo de um sítio também de propriedade do guerrilheiro. Segundo o delegado,Tatareto foi preso em uma de suas casas, localizada em Manaus. Um outro membro da quadrilha preso também é suspeito de ser integrante do grupo armado. Ele possui uma tatuagem das Farc no corpo. Agora, a PF vai iniciar o processo de identificação de todos os presos. No sítio do comandante da Farc, foi encontrada base de rádio com que ele se comunicava com a base na Colômbia.Tatareto já havia sido preso anteriormente com 10 kg de cocaína num carro, em Manaus. Mas um acompanhante assumiu que era dono da droga e o chefe das Farc foi solto. Mas a PF continuou em seu encalço. Ele foi levado para um presídio estadual.

COMENTO:
É assim que organizações terroristas compram armas.Através do tráfico de drogas.
É assim com o Hamas e Hezbollah.
A FARC e o Brasil são aliados no Foro de São Paulo.
É uma das misturas explosivas do Brasil arquitetada pelo Governo Lula.
A presença desse terrorista no país é muito séria e deveria ser investigada a fundo para saber se as autoridades sabiam do fato.O tráfico é um dos grandes males do século responsábel por muitos sofrimentos e essa associação com organizações terroristas só tem causado desgraças.
É necessário um combate contínuo em várias frentes contra as drogas e isso passa invariavelmente pela mudança na política externa brasileira.

quarta-feira, 5 de maio de 2010

Brasil e seus parceiros

OBrasil ainda não reconheceu o Governo de Honduras eleito pelo povo em votação legitima mas continua conversando a apoiando o presidente do Irã.
E ainda quer uma cadeira no Conselho de Segurança da ONU.
Vai dormir com isso!

terça-feira, 4 de maio de 2010

Prazos e cultura nacional

Reinaldo Azevedo

Secretário-geral da Fifa sobre Copa de 2014: “Luz vermelha acesa para o Brasil”. Ou: “Por que vocês assinam aqueles documentos todos e não cumprem?” segunda-feira, 3 de maio de 2010

Por Jorge Luiz Rodrigues, no Globo Online.

O secretário-geral da Fifa, Jerome Valcke, fez nesta segunda-feira um novo alerta sobre o atraso no cumprimento de prazos para a Copa de 2014, no Brasil.
- A luz vermelha já se acendeu para o Brasil, que não cumpre prazos.
- Perguntei ao Ricardo Teixeira (presidente da CBF): “Por que vocês assinaram aqueles documentos todos e não cumprem?” Não queremos uma Copa corrida, feita em cima da hora - declarou o dirigente, durante solenidade no Soccer City, estádio da abertura e da final da Copa da África do Sul.
Valcke foi duro em sua análise. E usou também de ironia:
- Este ano tem eleição presidencial, quase nada vai acontecer. O ano que vem tem carnaval. Só vão começar depois do carnaval? - indagou.
À pergunta se a realização da Copa de 2014 no Brasil corre risco, respondeu:
- Não é questão de risco, é questão de cumprir os prazos. Agora estão empurrando tudo para 12 de julho.
O secretário-geral da Fifa prosseguiu:
- Não é só Morumbi, ou Maracanã. Recebi um informe e há vários pontos em vermelho marcados para vários estádios - informou.
Nesta segunda-feira o portal G1 informou que, no dia em que as obras nos estádios da Copa 2014 deveriam estar iniciadas, de acordo com prazo estabelecido pelo Comitê Organizador, metade das sedes está com os trabalhos atrasados. Segundo levantamento feito pelo portal, apenas seis das doze cidades estão com as renovações em andamento: Belo Horizonte, Cuiabá, Curitiba, Manaus, Porto Alegre e São Paulo.
As declarações de Valcke à reportagem do GLOBO foram feitas numa solenidade de lançamento do fundo de ingressos da Copa de 2010 para sul-africanos. Serão 54 mil entradas destinados a operários que trabalharam nos estádios do Mundial (27 mil trabalhadores, com direito a acompanhantre) e mais 66 mil para sul-africanos participantes de programas de desenvolvimento social e humanitário. Os bilhetes sairão das cotas de tíquetes a que têm direito os seis patrocinadores globais da Fifa

COMENTO:
Acharam que seria diferente?
Faz parte da cultura nacional o não cumprimento de prazos.Vai desde a entrega de mercadorias até as grandes construções.
O brasileiro também não prima pela pontualidade.

segunda-feira, 3 de maio de 2010

CULTURA NACIONAL

Retirado de http://clementexiv.blogspot.com/

E-mail da Lilica: Brasileiro reclama de quê?

Brasileiro reclama de quê?O brasileiro é assim:
1. - Saqueia cargas de veículos acidentados nas estradas.
2. - Estaciona nas calçadas, muitas vezes debaixo de placas proibitivas.
3. - Suborna ou tenta subornar quando é pego cometendo infração.
4. - Troca voto por qualquer coisa: areia, cimento, tijolo, dentadura.
5. - Fala no celular enquanto dirige.
6. -Trafega pela direita nos acostamentos num congestionamento.
7. - Para em filas duplas, triplas em frente às escolas.
8. - Viola a lei do silêncio.
9. - Dirige após consumir bebida alcoólica.
10. - Fura filas nos bancos, utilizando-se das mais esfarrapadasdesculpas.
11. - Espalha mesas, churrasqueira nas calçadas.
12. - Pega atestados médicos sem estar doente, só para faltar aotrabalho.
13. - Faz " gato " de luz, de água e de tv a cabo.
14. - Registra imóveis no cartório num valor abaixo do comprado,muitas vezes irrisórios, só para pagar menos impostos.
15. - Compra recibo para abater na declaração do imposto derenda para pagar menos imposto.
16. - Muda a cor da pele para ingressar na universidade atravésdo sistema de cotas.
17. - Quando viaja a serviço pela empresa, se o almoço custou 10pede nota fiscal de 20.
18. - Comercializa objetos doados nessas campanhas de catástrofes.
19. - Estaciona em vagas exclusivas para deficientes.
20. - Adultera o velocímetro do carro para vendê-lo como sefosse pouco rodado.
21. - Compra produtos pirata com a plena consciência de que sãopirata.
22. - Substitui o catalisador do carro por um que só tem a casca.
23. - Diminui a idade do filho para que este passe por baixo daroleta do ônibus, sem pagar passagem.
24. - Emplaca o carro fora do seu domicílio para pagar menos IPVA.
25. - Freqüenta os caça-níqueis e faz uma fezinha no jogo de bicho.
26. - Leva das empresas onde trabalha, pequenos objetos comoclipes, envelopes, canetas, lápis.... como se isso não fosse roubo.
27. - Comercializa os vales-transporte e vales-refeição querecebe das empresas onde trabalha.
28. - Falsifica tudo, tudo mesmo... só não falsifica aquilo queainda não foi inventado.
29. - Quando volta do exterior, nunca diz a verdade quando ofiscal aduaneiro pergunta o que traz na bagagem.
30. - Quando encontra algum objeto perdido, na maioria das vezes não devolve.E quer que os políticos sejam honestos...Escandaliza-se com a farra das passagens aéreas...Esses políticos que aí estão saíram do meio desse mesmo povo ou não?Brasileiro reclama de quê, afinal?E é a mais pura verdade, isso que é o pior! Então sugiro adotarmos umamudança de comportamento, começando por nós mesmos, onde for necessário!Vamos dar o bom exemplo!Espalhe essa idéia!"Fala-se tanto da necessidade deixar um planeta melhor para osnossos filhos e esquece-se da urgência de deixarmos filhos melhores(educados, honestos, dignos, éticos, responsáveis) para o nossoplaneta, através dos nossos exemplos..." Amigos!É um dos e-mails mais verdadeiros que recebí!A mudança deve começar dentro de nós, nossas casas, nossos valores, nossas atitudes

Porque?

Exportando problemas para o Brasil? – por Osias Wurman
segunda-feira, maio 3, 20100

Uma agencia privada internacional de análises políticas e inteligência levanta uma hipótese para uma prolongada visita ao Brasil do presidente do Líbano, Michel Suleiman, iniciada no dia 21 de abril deste ano.
Suleiman teria permanecido em nosso país por seis dias em busca de aprovação por parte do presidente Lula para uma “exportação” de refugiados palestinos que hoje se encontram no Líbano.
A elevada população palestina libanesa, que totaliza mais de 400 mil refugiados, é vista como um alto risco para a segurança interna do país.
A comunidade cristã maronita, que inclui o patriarca Nasrallah Sfeir, o partido Falangista Cristão e o exército do Líbano pressionaram o presidente Suleiman a tentar a solução junto ao governo brasileiro pois consideram que atualmente os campos de refugiados são celeiro para o cultivo de militantes fundamentalistas anti-cristãos.
O interesse demonstrado pelo Brasil em mediar o conflito do Oriente Médio teria sido inspiração para os mentores da idéia, que procuraram convencer o governo de que detendo uma considerável quantidade de refugiados palestinos em território brasileiro o Brasil seria parte legítima nas negociações.
Os líderes libaneses evitaram buscar apoio nos países árabes pois estes já se negaram, por diversas vezes, a aceitar refugiados palestinos, sob a alegação de que trariam instabilidade para seus governos.
Brasil e Venezuela teriam sido os escolhidos para repartir o “legado”, sendo incerto se a suposta proposta foi aceita pelo presidente Lula, mesmo que para posterior decisão.
A fonte da agencia de análise diz ter sido parte nas negociações, e que o presidente brasileiro teria condicionado uma resposta do Brasil à aceitação por Hugo Chaves em compartilhar as responsabilidades.
Segundo a agencia, uma proposta final de repartir 400 mil refugiados, teria sido apresentada pelo governo libanês ao Brasil e Venezuela.
Agora é aguardar para ver se é mera especulação internacional ou uma futura tragédia exportada para o Brasil

COMENTO:
Esta visita passou despercebida na imprensa.Porque?
OS países Arabes e o Líbano não querem os "ditos "refugiados Palestinos.Porque?
Porque eles odeiam os Palestinos.Eles são apenas instrumentos de luta dos Árabes contra a existencia de Israel.
São o braço armado avançado do Irã contra Israel.Lembremos que os Iranianos são Persas e não Arabes.A historia relata as guerras dos impérios Persa e Arabe e não esqueçam da guerra Irã x Iraque que durou 8 anos.
Mas para destruir Israel vale a aliança silenciosa.

domingo, 2 de maio de 2010

Terrorismo e fronteiras

Retirado de http://odia.terra.com.br/portal/mundo/html/2010/5/o_perigo_dos_novos_guerrilheiros_78372.html

O perigo dos novos guerrilheiros

Grupo que seria ligado às Farc ganha importância no Paraguai. Região já é atormentada por traficantes de drogas que têm ligações com quadrilhas do Rio de Janeiro e de São Paulo. Governo decretou até estado de emergência
POR JOÃO RICARDO GONÇALVES

Bogotá - Como se não bastasse a presença das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) nas proximidades da fronteira daquele país com o Brasil, outra guerrilha de esquerda vem preocupando autoridades brasileiras. É o Exército do Povo Paraguaio (EPP), que aterroriza a área perto dos nossos limites com o Paraguai. Desde a semana passada, cinco estados paraguaios que fazem fronteira com o Brasil estão em estado de emergência para que as autoridades combatam a nova ameaça. Radicados no norte do Paraguai, os membros do EPP se dizem dispostos a promover a justiça social por meio das armas.
A organização começou a ganhar notoriedade em junho de 2008, quando passou a sequestrar fazendeiros, em troca de resgates. Os efetivos da organização teriam sido treinados por membros das Farc e há informações de que encontros entre homens das duas guerrilhas teriam acontecido no Brasil. Agricultores brasileiros com propriedades no Paraguai, os ‘brasiguaios’, estão assustados. No último mês, quatro agentes de segurança paraguaios foram mortos pelo EPP, segundo a polícia local. Estima-se que o grupo ainda seja pequeno, mas investigadores paraguaios garantem que eles são os responsáveis pela guarda de milhares de hectares de plantio de maconha. A Polícia Federal calcula que 90% da maconha que entra no Brasil venha do Paraguai. O EPP surge como mais um ingrediente no caldeirão que é a fronteira entre o Brasil e o Paraguai, frequentada por quadrilhas de traficantes com conexões com as principais quadrilhas do Rio e de São Paulo. Segunda-feira, o senador paraguaio Robert Acevedo ficou ferido e dois de seus guarda-costas morreram a tiros em atentado realizado, segundo a polícia paraguaia, por brasileiros do Primeiro Comando da Capital, facção paulista.Para o pesquisador de assuntos militares da Universidade Federal de Juiz de Fora, Expedito Carlos Estephani Bastos, autoridades brasileiras precisam observar com mais atenção a situação da fronteira e o fortalecimento do EPP. “Nossas fronteiras precisam de mais militares e de mais trabalho conjunto e diálogo entre os órgãos de segurança”, opina.
Lula e colega paraguaio se encontram
As ameaças à segurança na fronteira entre o Brasil e o Paraguai são tão relevantes que serão tema de conversa entre os presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Fernando Lugo, do Paraguai, amanhã. O paraguaio deve pedir ao governo brasileiro que extradite três acusados de pertencer à guerrilha que moram no Brasil. O governo brasileiro adiantou na sexta-feira, porém, que não tem elementos para revogar o status de refugiados concedido aos três cidadãos do Paraguai suspeitos de serem vinculados ao EPP.Segundo o porta-voz da presidência brasileira, Marcelo Bauchman, o Brasil oferecerá “sua solidariedade” em relação aos problemas recentes do vizinho, mas esclareceu que considera o assunto de “natureza interna”.

COMENTO:
Em todo o mundo organizações terroristas de esquerda estão ligadas ao narcotráfico pois é assim que conseguem financiamento para compra de armas.
O Brasil tem contribuido com a expansão desses grupos á partir do momento que concede asilo político a esses terroristas, não fiscaliza as fronteiras e se alia com países financiadores como Venezuela e Irã.
A presença de membros do Hezbollah na tríplice fronteira e organizações guerrilheiras na fronteira com a Colombia e Paraguai nos leva a uma situação de risco para atentados no nosso país.
Depois ninguém pode reclamar.

sábado, 1 de maio de 2010

Estatísticas e sua relatividade.

Retirado de http://www.imil.org.br/artigos/homicidios-estatisticas-e-opinioes/
Artigos
01/05/2010
Homicídios, estatísticas e opiniõesAlexandre Barros

Vi a entrevista de um especialista em violência e fui informado de que a única razão para a queda dos homicídios no Brasil foi a campanha do desarmamento, que recolheu quase 500 mil armas. Um pouco depois, na mesma entrevista, soube que a queda dos homicídios na cidade de São Paulo ocorreu porque se prendeu mais gente, também por melhor gestão da polícia. Pessoalmente, não tomo partido nessa discussão. Preocupo-me apenas com o mau tratamento dado às estatísticas e aos estudiosos sérios. Darrell Huff, em seu pequeno grande livro Como Mentir com Estatísticas, diz que, se devidamente torturados, os dados contam qualquer coisa. Eu acrescentaria: se não corretamente analisados, contam mais mentiras ainda.
Foi citado Gary Becker, Prêmio Nobel de Economia: o crime cai quando se prende mais. É simplista para um economista do porte de Becker. Uma das coisas que ele diz é que, se se aumentar o preço do crime (por meio de punições ou de outros desincentivos), a taxa de criminalidade tende a cair. Diz também que não existe crime zero (alô, alô, bancada da Tolerância Zero), por uma simples razão: o custo marginal de reduzir o crime por meio de prevenção e de desincentivos cresce para as margens superiores. Em outras palavras, a partir de um certo ponto, o custo de prevenção de cada crime acaba sendo mais alto do que o benefício derivado de que aquele crime não ocorra.
O que não foi dito ainda - que talvez seja o mais importante, e aí chamo Becker de novo - é a quantidade de capital humano que se perde. 500 mil homicídios em dez anos são dez guerras do Vietnã. Ela, em cerca de 15 anos, matou 57 mil americanos e - o que não costuma ser contado - cerca de 2 milhões de vietnamitas. Com essa salada de números, a conclusão preliminar é a seguinte: o problema é muito mais complicado do que parece, independentemente de que autor escolhamos citar.
Segundo, Becker é muito mais sério, não apenas pelo seu aspecto cruel, mas pelo seu aspecto econômico. Perdemos 500 mil unidades produtivas, de uma maneira ou de outra. Alguns podem argumentar que essas pessoas mereciam morrer mesmo. Mas para isso é que existe justiça, para que não sejam mortas pessoas apenas pelo desejo de um ou outro que os deseja executar. O que nos traz ao próximo problema: a pena de morte no Brasil. Ela existe, claro, só que não é estatizada. É privatizada, por intermédio de grupos de extermínio, execuções encomendadas e outras maneiras menos ortodoxas de eliminar aqueles de quem não gostamos ou cujas ações não nos agradam.
Mas vamos voltar aos dados, sem torturá-los. O cientista político Cláudio Beato, da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), vem realizando há vários anos um trabalho de geomonitoramento do crime em Belo Horizonte, em convênio com a Secretaria de Segurança e com a Secretaria da Fazenda. O que o programa faz é monitorar todas as transgressões que chegam ao conhecimento da polícia (coisa que já deixa de fora muito do que acontece e a polícia nunca chega a saber) e processar eletronicamente que tipo de transgressão ocorreu, onde, a que horas, quem estava envolvido, etc. O aspecto mais impressionante quando assisti a uma palestra-demonstração foi que, logo de cara, cai um mito: os pobres matam os ricos. Em Belo Horizonte, pelo menos, não é verdade.
Os pobres, na realidade, matam-se entre si. A grande concentração de crimes contra a vida ocorre dentro ou nos arredores imediatos das favelas e bairros habitados por populações de baixa renda. Quando se pede ao computador que mostre onde ocorrem os crimes contra a propriedade, a situação se inverte completamente. A grande concentração de pontos que representam os crimes contra a propriedade está maciçamente nos bairros de alta renda. Impressão confirmada: os pobres roubam dos ricos. A razão é a mesma pela qual Willie Sutton, assaltante de bancos americano, quando perguntado pela polícia por que roubava bancos, respondeu simplesmente: “É porque lá é que está o dinheiro.”
As estatísticas que são publicadas a respeito de homicídios, entretanto, mobilizam muito menos as autoridades do que o episódio da morte do menino João Hélio, no Rio de Janeiro, arrastado por bandidos preso num cinto de segurança, ou da morte de Isabela Nardoni. Será que é porque as autoridades são insensíveis? Certamente não, mas é apenas porque as autoridades que decidem isso, ou seja, os membros do Congresso Nacional, pouco se informam sobre crime, limitando-se a notícias da imprensa. E, quanto mais fulanizada, mais impressionante fica a história, coisa que não acontece com as estatísticas que saíram e que serão infelizmente torturadas para produzir as conclusões que interessam aos analistas para promover suas ideias.
Finalmente, para falar dos resultados cruéis de leis bem-intencionadas, em alguns Estados americanos vigora a lei dos “três crimes e você está fora”. Se alguém comete três crimes e é condenado sucessivamente pelos três, não importa se o terceiro crime é algo simples como furtar um pacote de biscoito de uma loja, a pena para o terceiro crime é prisão perpétua.
Bela lei. Vai acabar com a reincidência. Verdade parcial. A criminalidade baixou nos Estados em que a lei vigora. Mas a violência aumentou, por uma simples razão (e criminosos tomam decisões racionais): Se eu for pego por furtar biscoito ou por assaltar uma joalheria a mão armada e matar três ou quatro, a pena será exatamente a mesma. Portanto, melhor faço cometendo um crime mais rentável, já que o meu desincentivo será exatamente do mesmo tamanho.
É uma pena, mas é uma realidade: os criminosos não se comportam de acordo com as expectativas dos legisladores.
(”O Estado de S. Paulo” - 01/05/2010)

COMENTO:
Interessante o artigo pois nos mostra a relatividade da estatística.São numeros mas que não devem ser friamente analisados.As variáveis que existem na composição dos numeros são tantas
que é preciso analisar as condições existentes e não existentes que participaram dos fatos que foram estudados.