sexta-feira, 29 de abril de 2011

E agora?

http://g1.globo.com/revolta-arabe/noticia/2011/04/forcas-de-seguranca-matam-24-civis-em-protestos-na-siria-diz-organizacao.html

29/04/2011 14h10 - Atualizado em 29/04/2011 14h15


As forças de segurança da Síria mataram pelo menos 24 civis, inclusive duas crianças, na repressão a atos pró-democracia em vários países nesta sexta-feira (29), segundo a organização local pró-direitos humanos Sawasiah.

As mortes ocorreram nas cidades de Derra, Homs e Latakia e em Qadam, próximo à capital, Damasco.

COMENTO:
Não vejo a mídia relatar uma das frases tão conhecidas dela:
- Uso desproporcional de força.

domingo, 24 de abril de 2011

Pascoa e o destino dos Cristãos

Páscoa: O ORIENTE MÉDIO SEM CRISTÃOS

Os cristãos devem compreender o destino de Israel interligados com o destino dos não-muçulmanos na região


Este é a mais triste Páscoa dos tempos épicos do Cristianismo árabe. A cruz está em quase extinção nas terras de origem. O multiculturalismo tão apregoado do Oriente Médio vai sendo reduzido à monotonia plana de uma única religião, o Islã, e um punhado de idiomas. Em 1919, a revolução do Egito adotou uma bandeira verde com o crescente e a cruz. Tanto muçulmanos e cristãos participaram da revolução nacionalista contra o colonialismo britânico. Agora, segundo a Federação Egípcia de Direitos Humanos, mais de 70 cristãos por semana estão pedindo para deixar o país devido às ameaças islamistas.


Os números são reveladores. Hoje existe apenas um país do Oriente Médio, onde o número de cristãos cresceu: Israel. Conforme documentado na Central Bureau of Statistics de Israel, a comunidade cristã que registrava 34.000 pessoas em 1949 é agora 163.000, e chegará a 187 mil em 2020.


No resto do Oriente Médio, a busca unidade da pureza islâmica vai banir todos os traços de um passado pré-islâmico. Isso afetou não só os cristãos, mas outras comunidades não islâmicas também, como os zoroastristas e os Baha'is no Irã (o refúgio final encontrada também em Israel, em Haifa.)

O silêncio dos fóruns mundiais, a consciência imperfeita dos grupos de direitos humanos, a submissa postura dos meios de comunicação e apaziguamento do Vaticano estão a facilitar essa campanha islâmica. De acordo com um relatório sobre liberdade religiosa, elaborada pelo Departamento de Estado dos EUA, o número de cristãos na Turquia caiu de dois milhões para 85.000; no Líbano, eles passaram de 55% a 35% da população, na Síria, da metade da população eles foram reduzidos para 4%; na Jordânia, de 18% para 2%. No Iraque, eles estão prestes a desaparecerem por completo.


Se o êxodo dos cristãos de Belém continuar nas próximas duas ou três décadas, não haverá nenhum religioso para realizar serviços religiosos do nascimento de Jesus. No Irã, os cristãos tornaram-se praticamente inexistente desde 1979, quando Khomeini ordenou o encerramento imediato de todas as escolas cristãs. Em Gaza, os 3.000 que ficaram estão sujeitos à perseguição. No Sudão, os cristãos do Sul foram forçados à escravidão.


No Líbano, os maronitas cristãos os únicos a detinham algum poder politico no mundo árabe moderno foram reduzidos a uma minoria por causa da violência muçulmana com o aumento do Hezbollah. Na Arábia Saudita, os cristãos têm sido espancados ou torturados pela polícia religiosa. Benjamin Sleiman, arcebispo de Bagdá, já fala sobre "a extinção do cristianismo no Oriente Médio ".


O Egito cristão foi simbolicamente representado pelo ex-Secretário-Geral das Nações Unidas, Boutros Boutros-Ghali, um cristão casado com uma mulher judia cuja irmã era a esposa do ministro das Relações Exteriores israelense Abba Eban. Em 1977, Boutros-Ghali, então ministro das Relações Exteriores do Egito, acompanhou a visita do presidente Anwar Sadat a Jerusalém.


Sadat, que quando criança tinha frequentado uma escola cristã, foi morto, entre outras razões, por ter assinado o tratado de paz com os "sionistas", e sua “paz fria” com Israel agora está sob ataque dos novos governantes no Cairo.

Em 1948, o Oriente Médio foi “purificado” da presença de judeus. Hoje é a vez dos cristãos. Assim como totalitários islâmicos têm implacavelmente perseguido os cristãos no Oriente Médio, eles fazem guerra nos os últimos 63 anos para destruir o Estado judeu no meio deles. É por isso que o destino de Israel é entrelaçado com o destino das minorias não-muçulmanas.


Se os islamistas prevalecerem, Oriente Médio será totalmente verde, a cor do Islã. Sob ameaças atômica e existenciais, o remanescente do povo judeu se arrisca a ser liquidado antes do centenário de Israel em 2048. É hora dos cristãos reconhecerem que a sobrevivência de Israel é também momento crítico e vital para eles. Durante o Holocausto, quando a maioria dos cristãos foram espectadores ou colaboradores, a estrela amarela era um símbolo de morte para os judeus. Hoje, a bandeira branca com a estrela de seis pontas é um belo símbolo da sobrevivência e de esperança para os judeus e cristãos.


Giulio Meotti jornalista italiano do jornal “Il Foglio”, autor do livro, New Shoah: The Untold Story of Israel's Victims of Terrorism

sábado, 23 de abril de 2011

Enquanto isso......

Cruz Vermelha: Não há crise humanitária em Gaza

Mathilde Redmatn, vice-chefe do CICV na Faixa de Gaza, disse essa semana que não há crise humanitária em Gaza.


"Não há crise humanitária em Gaza, se você vai ao supermercado há produtos, há restaurantes e uma linda praia". "O problema está principalmente no acesso de bens de infra-estrutura, como concreto por exemplo.


Falando sobre o bloqueio à Faixa de Gaza imposto por Israel, Redmatn disse que "Israel tem o legítimo direito de proteger a população civil, direito esse que deve ser equilibrado com as 1,5 milhões de pessoas que vive em Gaza". "Claro que também essa é uma obrigação do Hamas, por isso mantemos relações com ambos os lados".


Redmatn condenou o lançamentos de foguetes contra o sul de Israel, e pediu a flexibilização na entrada de produtos em Gaza.


"O lançamento de foguetes da Faixa de Gaza, feri a lei internacional, pois são ataques relaizados contra civis". "Temos um diálogo confidencial e bilateral com o Hamas sobre a questão. E com o passar do tempo o diálogo também evolui".


Ela ainda afirmou que a Cruz Vermelha continuará tentando ter acesso ao soldado Gilad Schalit que completará sei anos de cativeiro, mas ressalta que a organização "não pode forçar o hamas a nada".


Fonte: The Jerusalem Post

COMENTO:
Enquanto se chega a conclusão acima, na Síria e Líbia continuam morrendo civis e NINGUÉM fala de genocídio,crimes contra a humanidade,flotilhas de paz .......
O soldado israelense continua nas mãos do Hamas sem permissão para ser visitado pela cruz vermelha e as ONGs de direitos humanos nem mencionam o fato.
Essa é a visão parcial da mídia dominada pela ideologia esquerdista e dita progressista.

sexta-feira, 22 de abril de 2011

A idade Média não acabou.

Muçulmanos protestam contra líder cristão no Egito

Centenas de muçulmanos ortodoxos, vários deles membros da Irmandade Muçulmana, bloquearam neste domingo linhas de trens e rodovias para protestar contra a nomeação de um cristão copta como governador.


Os manifestantes marcharam pelo segundo dia consecutivo em frente ao escritório do governador, na cidade de Qena, sul do país, e colocaram barricadas nas vias, impedindo vários trens de sair de Qena e Luxor, um popular ponto turístico.


O conselho militar que governa o Egito nomeou na sexta-feira 20 novos governadores para substituir aqueles que serviram durante o regime de Hosni Mubarak, presidente derrubado em fevereiro após uma onda de protestos populares.


Os manifestantes exigem a nomeação de um muçulmano como governador em Qena. A minoria copta no Egito representa aproximadamente 10% da população do país e se queixa de discriminação, que segundo eles os deixa relegados a cidadãos de segunda classe.


Fonte: Estadão



Jihad contra Cristãos, Nigéria, África
domingo, 17 de abril de 2011
Malásia: Grupos muçulmanos declaram jihad contra cristãos 'extremistas'

KUALA LUMPUR, 15 de abril - Uma coalizão de grupos muçulmanos realizaram um protesto hoje e declararam derramamento de sangue contra cristãos 'extremistas' que insultam e ridicularizam a posição do Islão no país.
A Organização Muçulmana de defesa do Islão (Pembela), que reúne 20 grupos, protestou depois das orações de sexta-feira na Mesquita Nacional contra a liberação em Putrajaya de bíblias em língua malaia e a promessa do primeiro-ministro Datuk Seri Najib Razak de nunca confiscar a Alkitab novamente.

Um grupo de 30 homens vestidos com camisas brancas e takiyahs reuniram-se na entrada principal da mesquita depois das orações com cartazes dizendo "Alá é grande! Nós Ansarullah (ajudantes de Alá) estamos te monitorando!"

O porta-voz do Grupo, Dr Yusri Mohamad, disse que os cristãos estão começando a desafiar e destruir o status e soberania do islão como religião do Estado.

"A Pembela considerou que as declarações e ações (por grupos cristãos) são feitas para desafiar ainda mais a soberania do Islão. Isto não é aceitável para a Pembela porque implica que existe uma agenda maior a ser alcançada por este grupo para além das questões da Bíblia sozinhas".

"A Pembela acredita que, a despeito do problema da Bíblia, há uma missão escondida para abrir a comunidade muçulmana na Malásia à apostasia, ou, pelo menos, injetar o pluralismo religioso, o secularismo e o liberalismo extremo que podem minar a integridade e a identidade dos muçulmanos na Malásia", disse ele, enquanto discursava para uma multidão de mais de 50 de um alto-falante.

Yusri também pediu a grupos cristãos para parar a sua abordagem de confronto e de pedir desculpas aos muçulmanos por terem ferido a comunidade....

"Nós também não estamos confortáveis ​​com a abordagem de permitir que líderes não-muçulmanos se tornem porta-vozes do governo e da oposição nesta questão, porque isso envolve o Islão, e os muçulmanos devem dar um passo a frente para resolver este problema".

"Pedimos a todos os líderes muçulmanos que se unam contra os cristãos extremistas que desafiam e insultam o Islão", disse ele.

O secretário-geral da Ikatan Muslimin Malásia (ISMA), Aminuddin Yahaya, acrescentou que o país tem sido manchado por elementos estrangeiros.

"A Malásia era tanah melayu, tanah Islã. Mas quando os colonialistas britânicos chegaram à nossa terra, eles também trouxeram o cristianismo com eles.

"Estamos sendo retomados pelos colonizadores através de suas demandas mais uma vez. Precisamos nos unir e não comprometer com aqueles que insultam a nossa religião. Estamos dispostos a morrer pelo Islão e o nosso país!", disse ele....

Fonte: Favstocks / Mente Conservadora



Após eleições na Nigéria, igrejas são incendiadas e cristãos são atacados

Após a vitória de Goodluck Jonathan, extremistas islâmicos atacaram cristãos e até mesmo tentaram queimar uma mulher cristã viva:

Yahoo! / Via Mente Conservadora

(...)

Moradores relataram que uma casa pertencente ao vice-presidente Namadi Sambo estava entre aquelas incendiadas na cidade de Zaria e um bando tentou queimar uma mulher cristã viva em outra área.

Igrejas foram queimadas e uma prisão foi invadida, com um número de presos escapando, disseram moradores. Os bandidos vagavam em um número de estados, armados com paus e queimando fogueiras nas ruas.

(...)

Em Kano, na segunda-feira de manhã, os manifestantes pararam carros e pediram que os passageiros expressassem apoio a Buhari.

Uma multidão usou pranchas de madeira para bater em duas pessoas que pareciam ser cristãs, com base em suas roupas, disse um correspondente da AFP. Fogueiras foram queimadas nas ruas enquanto as escolas e as lojas fecharam, com fumaça sobre a cidade.

Os protestos também se espalharam para o centro da cidade nigeriana de Jos, atingida por anos de confrontos entre grupos étnicos cristãos e muçulmanos.

Na cidade de Potiskum, no estado de Yobe, um morador relatou que uma multidão tentou prender uma mulher cristã e queimá-la com um pneu, mas os moradores apagaram o fogo e a levaram para o hospital.


terça-feira, 19 de abril de 2011
Turquia: Cristãos desprezados

Quatro anos após o assassinato brutal de três cristãos em uma editora na cidade de Malatya, na Turquia, a vida dos cristãos tornou-se ainda mais complicada. Segundo um novo relatório da Associação Turca de cristãos protestantes, a minoria cristã na Turquia sofre discriminação, calúnia, ataques pessoais e contra igrejas em uma base diária.


Mudanças legais tornam possível para os não-muçulmanos ter um lugar específico para cultos na Turquia. Na prática, porém, os funcionários do governo fazem o possível para impossibilitar que as autorizações sejam concedidas.


Atividades missionárias ainda são consideradas uma ameaça nacional, mesmo que as leis turcas garantam aos cidadãos a liberdade de ensinar e propagar a sua fé.


Outra dificuldade está sendo encontrada por pais cristãos que não conseguem retirar seus filhos das aulas de ensino islâmico, mesmo sendo legalmente possível.


Após a indignação internacional pelos assassinatos ocorridos há quatro anos, os cristãos turcos esperavam que funcionários do governo tomassem um posicionamento forte contra a intolerância religiosa.


Necati Aydin, Ugur Yuksel e Tilmann Geske foram torturados e assassinados em abril de 2007. O julgamento de seus assassinos se arrasta com uma visível ajuda do governo turco.


Ameaças de violência contra cristãos continuam. Na semana passada, a mídia turca informou que a polícia deteve dois adolescentes, sob suspeita de conspirar para assassinar um líder cristão de uma igreja em Istambul, de acordo com a Compass Direct News.


Asia Bibi está com catapora e frágil, mas prossegue o jejum

Lahore (Agência Fides) – Asia Bibi, a cristã paquistanesa condenada à morte por blasfêmia e atualmente detida, contraiu nos últimos dias uma doença infecciosa que causa erupções em todo o corpo (provavelmente catapora), mas ainda não foi esclarecido como foi contagiada. Provavelmente, a causa é a sujeira de sua cela, de suas roupas e dos lençóis que usa. O problema é que a doença fragiliza ainda mais seu estado físico, já enfraquecido depois de meses de prisão em cela de isolamento. A “Masihi Foundation”, por meio da Agência Fides, lança um alarme: “Agora é ainda mais urgente a intervenção dos médicos. Estamos tentando, com as autoridades do cárcere, organizar uma consulta especialista com médicos de confiança”. Segundo seus advogados, a este ponto Ásia deve interromper o jejum quaresmal que está praticando, pois seu estado físico é já muito fraco. “Ela reza muito e jejua, oferecendo seu sofrimento a Deus. Deve fazê-lo por seu bem e por sua saúde” – explica à Fides Haroon Masih, Diretor da “Masihi Foundation” que se ocupa de sua assistência legal e material. Entretanto, multiplicam-se no mundo as comunidades que rezam por Asia Bibi e por sua libertação. Um convento de religiosas de clausura de Toledo (Espanha), as Concepcionistas Franciscanas (ordem fundada por Santa Beatriz de Silva), iniciou uma campanha de oração. Irmã Maria Immacolata, Abadessa do Mosteiro, escreve, em uma mensagem à Fides: “Estamos seguindo o caso de Asia e rezando por ela e por sua família, mas também por todos os que morreram para defendê-la. Estamos felizes que também o Santo Padre tenha se interessado por sua causa. Rezamos para que o Senhor conceda a Asia a graça de encontrá-lo. Rezamos com todo o nosso coração para que um dia possa re-abraçar sua família”.

sábado, 16 de abril de 2011

Nosso país

Enviado por Míriam Leitão e Alvaro Gribel - 16.4.2011| 13h16m
Coluna no GLOBO
A grande confusão
A infraestrutura brasileira está perto do colapso. Falta tudo, inclusive o básico, o simples. As operadoras de celular prestam serviço cada vez pior. Os aeroportos entupidos e o descaso das companhias irritam brasileiros e desorientam os estrangeiros. O trânsito nas cidades é indescritível. Portos não funcionam. O governo investe errado. Basta sair de casa para ver.

Não é necessário mais um estudo do Ipea para saber que os aeroportos não ficarão prontos a tempo, basta circular. Eles permanecem congelados no tempo e nos problemas. Nem é pela Copa. É por nós e agora que eles precisam avançar. Joseph Blatter irritou as autoridades mas estava certo, e o governo agora usará o atraso como álibi para não cumprir os procedimentos em obras públicas. O PAC não era um supersistema gerencial que permitia ter o controle do andamento dos projetos?

Num país onde falta tudo, a maior obra de infraestrutura, que vai consumir mais da metade do orçamento para ferrovias dos próximos anos, é o polêmico trem-bala. Ele foi aprovado no Senado esta semana depois de um debate entre especialistas de diversas áreas. Foram desde o BNDES até especialistas independentes, com análises técnicas do projeto. Ótimo momento para que os senadores entendessem em que estavam votando. Lá, foi dito que não há estudo de engenharia detalhado, portanto, não se sabe quanto a obra custará, de fato. O governo defende o absurdo de o Tesouro ser o garantidor de R$ 20 bilhões emprestados pelo BNDES. O Estado empresta, o Estado avaliza se o executor der o calote, o Estado será sócio, o Estado dará ainda um subsídio direto de R$ 5 bilhões. Tudo com o nosso dinheiro. A ideia em si de uma ligação por trem-bala entre Rio e São Paulo é sedutora. O diabo está nos detalhes, principalmente nos que nós não conhecemos porque fazer uma obra em que haverá escavações de rocha e indenizações sem um estudo detalhado é uma insensatez. Mesmo assim, a relatora Marta Suplicy (PT-SP) apresentou um parecer favorável à obra no dia seguinte desse debate em que foram apresentadas tantas dúvidas técnicas. Um detalhe revelador: a relatora não acompanhou o debate e a apresentação dos técnicos. Não se deu sequer ao trabalho de ouvir os riscos mostrados pelos especialistas sobre o assunto que relatou favoravelmente no dia seguinte.

Comportamento diferente teve a oposição e certos senadores da base do governo que acompanharam com atenção o debate. Ricardo Ferraço (PMDB-ES) é um desses que faz parte da base do governo, mas que ouviu tudo e fez uma comparação interessante: com uma fração, não mais que 10% do preço atual do trem-bala, poderia ser feito no seu estado o que se quer há décadas: a dragagem do porto de Vitória.

Há oito anos, no começo do período Paulo Hartung, o governo estadual tentou fazer a dragagem e foi impedido porque tinha que ser uma obra federal. O governo federal disse que faria e não fez. Lá, só podem entrar navios pequenos, e na maré cheia. Isso num estado que quer tirar o melhor proveito de sua vocação logística.

Fiz um programa sobre turismo na Globonews tentando entender o que mais — além do câmbio desfavorável — atrapalha o turismo brasileiro, porque o país no ano passado teve déficit de US$ 10 bilhões na balança de turismo e nos primeiros dois meses deste ano o déficit está aumentando. Um país com tantas belezas e com atrações para todo o tipo de turismo, o que nos atrapalha? André Coelho contou que a pesquisa de conjuntura de turismo que a Fundação Getulio Vargas faz com 80 presidentes de operadores de turismo acaba de mostrar aumento de faturamento no setor. Ele cresce puxado pelo aumento da classe C. Mário Moysés, da Embratur, disse que falta “conectividade”, poucos vôos ligam o Brasil aos países dos quais podemos atrair turistas. Há poucos aeroportos de chegada e os grandes estão superlotados. Numa pesquisa feita pela FIPE, turistas que deixavam o país reclamaram, entre outras coisas, da falta de algo fácil de resolver: falta sinalização que eles possam entender. O turista se sente perdido no Brasil.

Quinta-feira tive um dia desses típicos de qualquer brasileiro quando precisa circular pelas cidades em horas de pico e pegar voos de ida e volta. Saí muito mais cedo de casa, contando com o trânsito caótico. No caminho, fui trocando de celular porque a TIM e a Vivo têm cada vez mais pontos cegos na cidade e a ligação caia. O celular de Alvaro Gribel, que é da Oi, também não pegava ontem na casa dele. A internet banda larga cai com frequência. Tenho reclamado com a TIM há um mês, sem solução, porque para falar no celular eu tenho que sair de casa; dentro de casa não há cobertura. O motorista de taxi me disse que ouve o mesmo de todas operadoras. Estamos retrocedendo.

No aeroporto, meu voo não aparecia na visor, o que me obrigou a ir duas vezes ao balcão de informação. Lá, soube de duas trocas de portão. Um estrangeiro se perderia, pensei. Quando cheguei à aeronave, um estrangeiro estava sentado no meu lugar. Fui conferir o bilhete dele e o assento estava certo mas ele estava num voo para Vitória, quando seu ticket era para Guarulhos.

Na volta, encontrei filas gigantes para táxi no aeroporto Santos Dumont. Fui salva por uma carona do professor Antônio Barros de Castro, que definiu tudo numa frase brilhante: “A China não sabe não crescer, e nós não sabemos crescer.” Assim, cada vez mais caótico, tomando decisões insensatas e negligenciando tarefas simples, o Brasil aguarda os grandes eventos internacionais.

COMENTO:
A falta de infraestrutura aliada a péssima qualidade de nossa mão de obra de nível médio tornam as coisas muito difíceis para nosso país.
Investimento em qualidade de ensino e em infraestrutura deveria estar no sangue da política brasileira e não ficar na dependencia de grandes eventos esportivo.

Para sua diversão

Rolando na Rede
Trinta anos depois

Estava sentada na sala de espera para a minha primeira consulta com um novo dentista, quando observei que o seu diploma estava pendurado na parede.

Estava escrito o seu nome e, de repente, recordei de um moreno alto, que tinha esse mesmo nome.

Era da minha classe do colegial, uns 30 anos atrás, e eu me perguntava: poderia ser o mesmo rapaz por quem eu tinha me apaixonado à época?

Quando entrei na sala de atendimento, imediatamente afastei esse pensamento do meu espírito.

Esse homem grisalho, quase calvo, gordo, com um rosto marcado, profundamente enrugado, era demasiadamente velho pra ter sido o meu amor secreto.

Depois que ele examinou meus dentes, perguntei-lhe se ele havia estudado no Colégio Sacré Coeur.

— Sim, respondeu-me.

— Quando se formou? perguntei.

— 1965 . Por que esta pergunta?

— É que... bem... você era da minha classe, eu exclamei.

E então esse velho horrível, cretino, careca, barrigudo, flácido, lazarento, esclerosado, me perguntou:

— A senhora era professora de quê?

O mundo hoje

Vejamos:
1- Massacre na Costa do Marfim onde atuam a França e ONU.
2-Na Líbia Kadafi usa bombas de fragmentação
3-OTAN para proteger civis bombardeia civis e diz que precisa de aviões com melhor precisão.
4- Até hoje não se sabe bem quem são os rebeldes na Líbia e se fala em armá-los.Aliás o Qatar já está fazendo isso.
5- Síria várias pessoas mortas, presas e torturadas devido as manifestações.
E olha que não tem Geoge Bush heim?

Para ilustrar um reportagem publicada no jornal o Globo:

Por Graça Magalhães-Ruether, no Globo:

Para o ex-vice-ministro da Defesa alemão e atual professor de estratégia militar da Universidade de Potsdam, Walther Stuetzle, a manutenção dos bombardeios da Otan na Líbia é um erro grave e não tem o aval do Conselho de Segurança da ONU.

O GLOBO: A Otan vai refletir sobre a exigência dos Brics de suspender imediatamente os bombardeios na Líbia?
WALTHER STUETZLE: Seria bom se a Otan atendesse à exigência. Mas eu acho que não há chances para isso. A prova são os bombardeios de hoje (ontem). A Otan está inflexível porque a França e a Inglaterra decidiram realizar uma campanha militar contra a Líbia. A Alemanha é contra, mas errou também por não ter procurado um entendimento político. Agora a Otan está numa situação difícil porque a ação é mais complicada do que parecia no início.

O GLOBO: Na sua opinião, a Otan pode realizar uma guerra contra a vontade de diversos países?
STUETZLE: O Conselho de Segurança elaborou uma resolução que permite o cessar-fogo, o início da negociação pacífica, e sanções - com o congelamento dos bens de Kadafi e de sua família, além do embargo de armas. A guerra aérea não tem o aval da ONU, que decidiu apenas o fechamento do espaço aéreo para impedir os bombardeios de Kadafi.

O GLOBO: A ONU e a Otan buscaram uma solução política antes do início da ação militar?
STUETZLE: Não, e este foi, na minha opinião, um erro gravíssimo. A França e a Inglaterra queriam começar logo com a campanha militar antes de esperar o resultado dos esforços diplomáticos.

O GLOBO: Qual o significado do impasse para o futuro da Otan?
STUETZLE: O significado é uma crise política da Aliança Atlântica. Além disso, o secretário-geral da Otan, Anders Fogh Rasmussen, tem mostrado ser incapaz de proteger o maior bem da aliança, que é o consenso político. Há na Líbia uma guerra civil com a intervenção de estrangeiros. A guerra precisa terminar, mas não através de ataques de fora, e sim de um diálogo político. O que a Líbia precisa é de uma nova ordem política, o que só é possível através do diálogo e de negociações.

domingo, 10 de abril de 2011

Um pouco de história.

Judeus da Líbia

A presença judaica na Líbia data do 3º século antes da Era Comum. Naquela época e até o século XX a vasta área agora conhecida como Líbia era formada por 3 províncias: Cirenaica, Tripolitânia e Fezzan.

A vida judaica floresceu na região, especialmente na Cirenaica. Muitos judeus vieram do Egito e aí se estabeleceram. Havia grandes rotas comerciais que se estendiam pelo Magreb (Norte da África) até Jerusalém o que permitia aos judeus do norte da África manter contato com Jerusalém.

No ano 73 da nossa era houve uma revolta contra o domínio romano, comandada por Jonathan, o tecelão, um zelota vindo da Judéia. A revolta foi curta, logo esmagada pelo poderoso exército romano, sendo Jonathan e muitos outros judeus mortos pelos romanos. Depois deste evento a história dos judeus na Líbia se torna escassa.

A Líbia se tornou uma colônia italiana em 1911. Na década de 30 do século passado havia 20.000 judeus vivendo no país. A vida dos judeus foi razoavelmente boa até que os fascistas chegaram ao poder no final dos anos 30.

O governo fascista passou a impor uma legislação antissemita que impedia os judeus de ter acesso à educação e às profissões. Quando o norte da África foi ocupado pelas forças do Eixo, durante a 2ª Guerra Mundial, mais de 2.000 judeus foram enviados para campos de trabalhos forçados no deserto. Muitos destes judeus morreram devido às terríveis condições destes campos.

Após a 2ª Guerra Mundial a situação não melhorou para os judeus. Em 1945 houve um pogrom em Trípoli, muitos judeus foram mortos e as sinagogas em Trípoli ou foram saqueadas ou destruídas. As casas e os negócios dos judeus também foram atacados. Outro pogrom em 1948 resultou em mais mortes e perda de propriedades judaicas. Desta vez, porém, os judeus estavam preparados e enfrentaram as multidões antissemitas, salvando assim muitas vidas.

A fundação do Estado de Israel e a falta de segurança levaram muitos judeus a fazer ali á entre os anos de 1948 e 1951. A emigração continuou pelos anos 50 e 60. Na época da Guerra dos Seis Dias apenas 7.000 judeus ainda viviam na Líbia. Como resultado da guerra, mais uma vez os judeus se tornaram o alvo da violência antissemita e anti-Israel. A situação se tornou tão desesperadora que a comunidade judaica pediu permissão ao rei para sair temporariamente do país, no que foram logo atendidos. No curso de um mês 6.000 judeus foram levados a Roma pela marinha italiana. Destes, 4.000 logo foram para Israel ou para os Estados Unidos. O resto permaneceu em Roma.

Quando Muamar Kadafi assumiu o poder em 1969 apenas cerca de 100 judeus ainda viviam no país. Kadafi logo confiscou todas as propriedades judaicas e tornou ilegal a saída de judeus da Líbia. Mesmo assim, alguns conseguiram encontrar meios de escapar e no início dos anos 70 havia apena s 20 deles no país.

Em 2002 todos os judeus remanescentes já tinham ou morrido de velhice ou emigrado. Hoje não há mais judeus na Líbia.

O governo líbio fez algumas fracas tentativas de compensar os judeus ou seus descendentes cujas propriedades haviam sido confiscadas, mas com muitos impedimentos. Os que emigraram para Israel nada receberam já que Kadafi é inimigo do estado judeu. Curiosamente, a população de refugiados palestinos também foi atingida, sendo expulsa quando os palestinos iniciaram as conversações de paz nos anos 90.

A recente revolta popular na Líbia pode ser o fim de Kadafi e de seu governo, mas, pelo menos desta vez, os judeus estão seguros.

A comida tem um papel importante na ligação dos judeus líbios com sua herança cultural. Sua culinária é tipicamente norte-africana, mas com forte influência italiana que data da época colonial. Além do cuscuz, que é o prato nacional da Líbia, usam muito tomates e molho de tomates, pimentas e manjericão, o que confere aos seus pratos um sabor e um aroma especiais.

Artigo de Dennis Wasko, publicado originalmente no Jerusalém Post de 28/02/2011.
Tradução: Adelina Naiditch

sexta-feira, 8 de abril de 2011

OTAN MATA CIVIS

Blog
Reinaldo Azevedo
Análises políticas em um dos blogs mais acessados do Brasil

08/04/2011
às 7:03
Corram, civis da Líbia, corram! O Ocidente está aí para protegê-los!
Por Andrei Netto, no Estadão:
As operações da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) foram responsáveis por mais um grave erro ontem na Líbia. Carros blindados sob o controle de insurgentes foram atingidos por um ataque aéreo que deixou quatro mortos - dois médicos -, 14 feridos e seis desaparecidos, segundo o Conselho Nacional de Transição (CNT), órgão dos rebeldes de Benghazi.

O ataque complicou ainda mais a relação entre os insurgentes e a aliança atlântica, que enfrenta críticas por ter reduzido a intensidade dos ataques contra as forças leais ao ditador Muamar Kadafi.

O incidente ocorreu às 10h30 (hora local), na região de Brega, onde ativistas e militares lutam há sete dias. O general e chefe do Estado-Maior dos rebeldes, Abdelfatah Younes, afirmou que o ataque parece ter sido obra da Otan. “Nós estimamos que se trata de um ataque fratricida, conduzido pela Otan por causa de um erro”, disse.

Segundo outro comandante das forças rebeldes, Ayman Abdul-Karim, o Estado-Maior da Otan estava informado sobre as manobras dos tanques em poder de insurgentes na região. Esta seria a primeira vez que tanques pesados T-55 e T-72 iriam para a frente de batalha lutar contra o regime.

“Fomos informados de que os carros iriam deixar Benghazi. Depois, que tinham chegado a Ajdabiya e, finalmente, que iriam avançar em direção a Brega”, explicou. “Sofremos um revés hoje, mas nossas forças não são as responsáveis.” Os rebeldes do leste da Líbia dispõem, segundo o CNT, de 400 carros blindados, mas outros estariam a caminho do front.

Em Nápoles, na Itália, o comando das operações da Otan divulgou uma nota oficial e prometeu investigar o ocorrido. “A situação é pouco clara, com armas mecanizadas viajando em todas as direções”, afirmou o comunicado, em referência à situação nas cidades de Brega e Ajdabiya. “O que está claro é que a Otan continuará a proteger a população civil da Líbia.” Aqui

Por Reinaldo Azevedo

COMENTO:
Se fosse Israel as manchetes do fato seriam:
Israel comete crimes de guerra
Israel comete genocídio
Deve-se encaminhar o caso ao Tribunal da Haia
Entenderam a diferença?

terça-feira, 5 de abril de 2011

A verdade apareceu e agora?

Colunistas

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Reinaldo Azevedo
Análises políticas em um dos blogs mais acessados do Brasil
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04/04/2011
às 16:34

A FARSA DA CONDENAÇÃO DE ISRAEL NO CONSELHO DE DIREITOS HUMANOS DA ONU. AUTOR DO RELATÓRIO ADMITE QUE ERROU! NESTE BLOG, SEMPRE DISSEMOS QUE ELE ESTAVA ERRADO!
Caras e caros,

A história é um pouco longa, mas faço questão de registrá-la aqui em detalhes. Se tiverem um pouco de paciência, garanto que, ao fim do post, todos estaremos mais aptos a lidar com a realidade. Nos dias em que esta página parece quase isolada na crítica aos desatinos dos EUA na Líbia — a cobertura da VEJA tem sido impecável —, vale a pena a gente refletir um pouquinho sobre o que é o “fato” e o que é a “notícia”. Este blog conta com algumas vitórias intelectuais ao longo do tempo, decorrentes apenas do fato de dizer “não” às falsas evidências. Mas acho que nenhuma é tão acachapante quanto esta. Vamos lá?
*
No dia 3 de janeiro de 2009, o governo de Israel deu início à ofensiva contra a Faixa de Gaza, governada pelo Hamas. Era uma resposta aos milhares de foguetes que o grupo terrorista disparava— e dispara ainda — contra o país. Este blog, como sempre, lamentava a guerra, mas reconhecia o direito que o agredido — Israel — tinha e tem de se defender. A imprensa mundial, majoritariamente antiisraelense, gritava: “Crimes de guerra! Ação desproporcional!” Por “desproporcional”, queriam dizer que os foguetes do Hamas matavam poucos israelenses… O raciocínio é uma nojeira moral porque parte do princípio de que o Hamas deveria ser mais eficiente como máquina mortífera. Nesse caso, então, a resposta seria… proporcional!!! Em suma, faltavam cadáveres israelenses no conflito para que o confronto parecesse justo. Mais: como o Hamas disparava (e dispara) foguetes a esmo, sem querer saber onde cairiam — felizmente, costuma ser em áreas pouco habitadas —, então se supunha que a resposta israelense devesse ser a mesma, certo? Disparar também a esmo, “proporcionalmente”!!! Imaginem o que isso não causaria na abarrotada Gaza…

Apanhei uma barbaridade! Um colunista de esquerda de um grande jornal, antiisraelense como quase todos, chegou a me acusar, imaginem só!, de considerar que, “diante do Hamas, não há saída a não ser bombas sobre criancinhas” e de afirmar que, “diante do terrorismo, podem ser ingênuos os que criticam a tortura”. Obviamente, eu não tinha escrito nada disso — isso faz parte do enorme livro das coisas que não escrevi. Mas sabem como é… Os “inimigos” precisam ser caracterizados como satãs… Quem sabe, assim, os seus próprios capetas passem por anjinhos…

A coisa seguiu adiante. Os relatos da imprensa ocidental, quase todos, tinham origem em fontes palestinas, sobretudo nas chamadas “organizações humanitárias”, supostos médicos descompromissados, que estariam em Gaza com o único propósito de ajudar a população civil. Fazia-se de conta que o Hamas não se apresenta à população, antes de tudo, como uma… organização humanitária! Bem, as coisas ficaram feias pra valer quando veio o chamado “Relatório Goldstone”, em outubro de 2009. O texto, com efeito, acusava tanto Israel como o Hamas de cometer “crimes de guerra”, mas a censura ao grupo terrorista era não mais do que lateral. Quem apanhava mesmo era o país agredido. E a turma babava seu ódio: “Vamos ver o que você vai escrever agora, Reinaldo Azevedo!!!” E escrevi, sim, no dia 18 de outubro de 2009: o que segue. Escrevi porque li o relatório.

O Brasil votou no dia 16 a favor do chamado Relatório Goldstone (íntegra aqui), que acusa Israel e o Hamas de crimes de guerra em Gaza. O texto foi aprovado pelo Conselho de Direitos Humanos da ONU, composto de 47 membros, por 25 votos a 6 e 11 abstenções. Cinco países se negaram até a votar. O nome do relatório é uma referência ao juiz sul-africano Richard Goldstone. Aparentemente, o relatório condena os dois lados. De fato, as acusações contra Israel são muito mais severas e ocupam quase todas as 575 páginas do documento. Entre outras delicadezas, omite as evidências de que o Hamas usou a população palestina como escudo. O conjunto revela uma farsa estupenda. E o papel do Brasil é mais detestável do que parece à primeira vista. Vamos ver.

Está tudo errado com esse relatório. Aliás, está tudo errado com o próprio Conselho de Direitos Humanos, cujo vice-presidente é o egípcio Hisham Badr. O Egito é uma das ditaduras mais truculentas no planeta. No conselho, é apenas uma das tiranias. Também têm assento por lá as seguintes democracias exemplares: Angola, Bangladesh, China, Cuba, Gabão… Esses três últimos países, além do próprio Egito, fizeram parte do grupo que propôs a investigação. Trata-se, obviamente, de uma piada.

A mentira já começa na escolha do “juiz” Richard Goldstone, que é judeu. Quando se escolhe um judeu para averiguar se Israel é culpado ou inocente, o que se espera é que, em nome da isenção, ele declare a culpa do país, entenderam? Nem farei considerações aqui sobre a cultura judaica da autocrítica - “mal” de que não padecem seus adversários. Aponto a má-fé óbvia da escolha: se ele concluísse pela inocência de Israel, diriam: “Também, foram entregar a tarefa logo para um judeu…” Como ele concluiu que o país é culpado, a imprensa mundial destaca: “E olhem que Goldstone é judeu…” Judeu só é isento se condena Israel.

Para começo de conversa, ele não foi designado para saber se Israel cometeu crimes de guerra e sim para colher evidências do que já era dado como certo. Ele não precisava investigar nada. Bastava buscar algumas narrativas que endossassem o que o Conselho de Direitos Humanos, coalhado de facínoras, já havia decidido.

Provo o que digo. A decisão de criar a comissão é do dia 3 de abril deste ano. Aqui está a resolução de 13 de janeiro, que já condenava Israel. Por que fazer investigação se as conclusões já estavam prontas? O item 473, nas páginas 144 e 145, é patético. Traduzo: “A missão perguntou a diversas testemunhas em Gaza por que elas ficaram em suas casas apesar dos bombardeios e da invasão israelense. Elas declararam que decidiram ficar porque já conheciam incursões anteriores e, com base naquela experiência, não pensaram que correriam algum risco se permanecessem dentro de casa e porque não tinham lugar seguro para ir. Além disso, algumas testemunhas declararam que decidiram ficar porque queriam cuidar de sua casa e de sua propriedade. A Missão não encontrou evidências de que os civis foram forçados por grupos palestinos armados a permanecer nas suas casas”.

Como se vê, não é que o relatório omita a existência de escudos humanos. Ele os nega. O texto é um primor. Até o suposto auto-engano das vítimas (”com base em experiências anteriores”…) é responsabilidade de Israel. Pergunto: aquelas pessoas se imaginavam seguras, não tinham aonde ir ou queriam cuidar de suas propriedades? É o fim da picada! O Relatório Goldstone é um calhamaço de acusações contra Israel. A crítica ao Hamas é só um tributo da virtude ao vício. Na prática, o único ato errado que Goldstone atribui ao grupo é ficar jogando foguetes contra civis israelenses. Mas, como eles não costumam matar quase ninguém, isso não parece ser tão grave. Assim, o que parece aliviar a culpa daqueles humanistas é o fato de que não há cadáveres judeus o bastante. Se os israelenses querem ver o Hamas ser realmente criticado na ONU, terão de permitir que eles sejam mais eficientes, deixando-se matar. É um troço nojento. Se vocês quiserem saber mais sobre o Relatório Goldstone, cliquem aqui. Há links com opiniões também favoráveis ao texto.

Voltei
Pois bem… Na sexta-feira, o juiz Richard Goldstone, o mesmo que redigiu o relatório que levou à condenação de Israel, escreveu um artigo no Washington Post em que, na prática, se desculpa por seu relatório. Num recuo como raramente, ou nunca!, vi nesses casos, afirma que, se soubesse em 2009 o que sabe hoje, seu texto teria sido outro. Goldstone está dizendo: “Vejam só! Tio Rei levanta da cadeira apenas para comprar cigarros (é preciso parar com esse vício…), mas ele estava certo, e eu, que fui a Gaza, que vi tudo de perto, que colhi depoimentos, estava errado”. É claro que é uma brincadeira, né? — queridos, há petralhas lendo o texto, e eles só entendem ironias com manual de instrução…

Leiam o texto vocês mesmos. Aqui vai uma síntese do que afirma:

1 - Sabe-se muito mais agora do que se sabia quando ele fez o relatório a pedido da ONU. Hoje, o texto seria outro.

2 - O relatório final, da juíza Mary McGowan Davis, que se seguiu ao seu, reconhece que Israel tem feito esforços e investido recursos para apurar as acusações de má conduta. Já o Hamas, até agora, não fez investigação nenhuma.

3 - O relatório aponta evidências de possíveis crimes de guerra tanto de Israel quanto do Hamas. Que os do Hamas tenham sido propositais, Isso é evidente. Afinal, dispararam os foguetes.

4 - As acusações de que Israel atacou civis intencionalmente foram feitas com base em relatos de campo, a partir da constatação de mortos e feridos; parecia não haver outra conclusão possível. Apurações posteriores reforçam alguns incidentes apontados naquela apuração de campo, MAS INDICAM QUE OS CIVIS NÃO ERAM ALVOS INTENCIONAIS DAS FORÇAS ISRAELENSES. Ou seja: o núcleo do relatório é falso!


5 - O caso mais grave do relatório, a morte de 29 membros da família al-Simouni, tudo indica, foi mesmo decorrente de um erro de interpretação de um soldado, mas o caso está sendo investigado de maneira adequada, ainda que o processo seja lento.

6 - Goldstone saúda a disposição de Israel de fazer a investigação, endossa preocupação do relatório McGowan, segundo o qual poucos casos foram investigados até agora, diz que as apurações de Israel não negam a morte de civis, mas RECONHECE QUE ELES NÃO TINHAM EVIDÊNCIAS DE QUE OS CIVIS FORAM ALVOS DELIBERADOS DAS AÇÕES ISRAELENSES, conforme consta do relatório.

7 - Goldstone chega a dizer que a falta de colaboração de Israel com a investigação acabou impedindo a tal comissão de distinguir, entre os mortos, quantos eram realmente civis e quantos eram combatentes.

8 - Goldstone diz que o objetivo nunca foi condenar Israel por princípio, reconhece que a resolução da ONU que pediu a investigação tinha um viés antiisraelense (O QUE APONTEI NO BLOG) e que ele sempre achou que Israel tem o direito de se defender dos ataques externos (Hamas) e internos (terrorismo dentro do país). Tentando salvar um pouco a hora do seu relatório, exalta o fato de que ele foi o primeiro a reconhecer também as culpas do Hamas.

9 - Goldstone diz que o seu relatório nunca foi um processo judicial, mas uma conclamação para que cada parte procedesse à devida investigação. O relatório McGowan admite que Israel está fazendo a sua parte. O Hamas não está fazendo nada!

10 - Atenção, leitor, para o trecho mais sensacional do relatório:
Goldstone diz que alguns acusam a ingenuidade do seu relatório ao supor que o Hamas, que quer destruir Israel, faria uma investigação. O juiz confessa a esperança de que o Hamas pudesse fazê-lo, especialmente se Israel cumprisse a sua parte. Mais: ele diz que esperava, quando menos, que o grupo reduzisse os ataques a Israel. “Infelizmente, não foi o caso”, constata. E DIZ, COMO SE TIVESSE LIDO ESTE BLOG, QUE O FATO DE O HAMAS MATAR POUCOS ISRAELENSES COM SEUS FOGUETES NÃO MUDA A NATUREZA DO SEU CRIME, O QUE MERECE UMA CONDENAÇÃO MAIS FORTE DA ONU.

11 - No fim das contas, pedir ao Hamas que investigue os próprios crimes é perda de tempo. A ONU deveria exigir que a morte recente, a sangue frio, de um casal israelense e seus três filhos, fosse investigada.

12 - Goldstone tenta salvar alguma coisa de seu relatório. Diz que ele contribui para que se tomem cuidados adicionais nas guerras em áreas urbanas, limitando o uso de fósforo branco; que elevou a Autoridade Nacional Palestina a investigar os crimes praticados na Cisjordânia pelas forças do Fatah contra o Hamas, mas que o Hamas, em Gaza, não fez absolutamente nada para apurar as acusações de crimes de guerra e crimes contra a humanidade.

13 - O Hamas não está menos obrigado a seguir determinados procedimentos na guerra do que Israel. É preciso que todas as forças cooperem para proteger os civis.

Concluo
Israel exigiu ontem a anulação do Relatório Goldstone. E faz muito bem! “O relatório tem de ir para a lata de lixo da história”, afirmou Binyamin Netanyahu, primeiro-ministro de Israel. Tem razão. “Nos nunca atacamos civis de forma deliberada (…), enquanto o Hamas nunca verificou nada [quem iria ser atingido]. Está certo de novo! Aquele que acusou Israel agora reconhece isso.

Não basta um artigo no Washington Post para repor a verdade.

Ah, sim: o Brasil de Lula e Celso Amorim, claro!, votou contra Israel. Nesse caso, vamos ver, talvez votasse ainda hoje…


Por Reinaldo Azevedo

COMENTO:
Leiam a reportagem completa na revista Veja.
A verdade apareceu mas e dái?O mal está feito e quem vai reparar?
Alguém viu algum comentário nos jornais ou na TV sobre o assunto?
A mídia de maneira geral se comporta hoje como uma fofoqueira de plantão estimulando na verdade o acirramento de conflitos.Deve vender mais assim.

sábado, 2 de abril de 2011

Os bastidores da guerra civil na Líbia

◦Rede de espionagem dá sobrevida a Kadafi

Lourival Sant’Anna

Quando preparava sua ofensiva contra Benghazi, há cerca de dez dias, Muamar Kadafi disse que não seriam as suas tropas que retomariam a “capital rebelde”, mas sua própria gente. Naquele estágio, parecia uma afirmação intrigante – se não delirante -, considerando o apoio em massa que a “revolução” tinha no seu berço e tradicional reduto oposicionista.
Quando o formidável comboio de 25 tanques, 24 caminhões, 3 ônibus e outros 32 veículos se aproximava da cidade há uma semana – antes de ser destruído pelo primeiro bombardeio francês -, os benghazis tiveram a amarga compreensão do que o ditador queria dizer. Células adormecidas dos “lejan thowria”, literalmente “Comitês Revolucionários”, que haviam desaparecido desde o início do levante, havia um mês, despertaram para aterrorizar a cidade.

“Os comitês impuseram uma ameaça maior que as tropas, porque elas têm uma posição clara, enquanto que eles estavam nos atacando pelas costas”, compara Abdul-Hafiz Ghoga , vice-presidente do Conselho Provisório Líbio. Esta é a característica sinistra desses tentáculos invisíveis do regime de Kadafi: os líbios não sabiam – e em alguma medida ainda não sabem – quem eles são, de onde os espreitam nem de onde podem atacar. Sua única certeza é de que estão ali e fazem parte de seu cotidiano. O medo e a invisibilidade os multiplicam.

Serjan, um professor de biologia de 26 anos, conta que os moradores de seu quarteirão ficaram perplexos quando um vizinho “simpático e querido por todos” entrou em ação na manhã do dia 19, sábado, revelando sua identidade de lejan thowria. “Nós o matamos”, diz Serjan com simplicidade. O que diferencia este de outros momentos de crise na Líbia é que milhares de cidadãos comuns também têm fuzis retirados dos quartéis durante o levante. Não é mais só a milícia dos comitês que está armada.
Hoje, grande parte de seus integrantes é conhecida, não só porque eles se revelaram no dia em que espalharam o pavor em Benghazi, disparando fuzis e granadas a esmo para matar o maior número possível de civis. Mas porque listas de cerca de 8 mil nomes desses colaboradores foram encontradas no Ministério do Interior. Segundo Ghoga, apenas 300 deles ofereciam perigo em Benghazi. Desses, 30 foram presos, e alguns líderes, colocados sob prisão domiciliar. Outros têm sido executados.
“Demos-lhes chances de reconciliação no começo da revolução”, recordou Ghoga, advogado de direitos humanos. “Agora eles encontrarão o seu destino desafortunado.” Na noite de sexta-feira para sábado, houve intensos tiroteios e disparos de artilharia na cidade entre rebeldes e milicianos. A cidade de 1 milhão de habitantes é cenário de uma caçada humana a esta “quinta coluna”, que em muitos casos se refugia em escolas, na Universidade de Garyounis, em hospitais e até no zoológico, durante confrontos com os rebeldes.
Os combatentes rebeldes ergueram barreiras em Benghazi, que se intensificam à noite, para conter a ação desses milicianos. Albaraa Catos, um estudante de 16 anos que atua numa destas barreiras no seu bairro, conta que uma caminhonete passou por ele com quatro mulheres que levavam fuzis dentro. Ele telefonou para um amigo que estava na barreira seguinte. Tentaram pará-las e elas abriram fogo. Duas mulheres e um rebelde ficaram feridos. “Elas eram membros dos lejan thowria”, espanta-se Catos, habituado a tarefas mais domésticas para mulheres, na conservadora sociedade líbia.
A capilaridade dos comitês revolucionários – inspirados no modelo cubano – é muito maior. Sabri Mohamed conta que, quando era estudante de medicina, foi membro dos lejan thowria durante um ano. “Era a única forma de conseguir bolsa de estudos”, explica ele. “Não importavam nossas notas, nada. Tínhamos de ser dos lejan thowria.” O chefe do Departamento de Radiologia do Hospital Hawari foi preso depois do levante. Pertencia aos comitês.
O Centro Médico de Benghazi (CBM), outro importante hospital da cidade, era um reduto dos comitês. Seu diretor-geral, Mohamed Jibril, usou ambulâncias do hospital para transportar mercenários africanos do aeroporto para um quartel de Benghazi, no início do levante. Parte deles acabou se refugiando no hospital. O diretor-administrativo, Omar al-Sudani, era um dos principais dirigentes da organização. Foi preso no domingo, dentro do hospital.
Nos primeiros dias do levante, nas cidades do leste do país, os manifestantes atacaram dois lugares: o quartel das kataeb (as brigadas de elite) e a sede dos comitês. “Todo mundo odiava quem trabalhava aqui, porque éramos todos considerados membros dos lejan thowria”, diz Ezedin Bosedra, de 34 anos, cirurgião do CBM. Bosedra foi aluno de Al-Sudani, que acumulava os cargos de diretor do Departamento de Saúde Pública da Faculdade de Medicina e de secretário do Meio Ambiente de Benghazi. “Ele não ensinava nada, porque não sabia nada”, diz Bosedra, que questiona se Al-Sudani teve de fato formação médica. “Ele é gastroenterologista e nunca fez uma endoscopia. Como ninguém ia às aulas, ele fotografou todos os alunos e passou a obrigá-los a frequentá-las.”
“Quem era dos lejan thowria fazia tudo o que Kadafi mandava, e tinha tudo o que queria”, resume o cirurgião. É, num certo sentido, um resumo do próprio regime.

PARA ENTENDER
Sistema líbio de vigilância coletiva é inspirado em Cuba
Os Comitês de Defesa da Revolução (CDR) cubanos – nos quais aparentemente o regime de Muamar Kadafi se inspira para vigiar a sociedade líbia – foram fundados em setembro de 1960, em Havana, para exercer a vigilância sobre as atividades políticas em “cada quarteirão” de Cuba. Oficialmente, eles têm como objetivo “desempenhar tarefas de vigilância coletiva contra a interferência externa e os atos de desestabilização do sistema político”. Seus integrantes são cidadãos comuns, filiados ao Partido Comunista Cubano. Nos primeiros anos da revolução de Fidel Castro, eles entregaram às instâncias superiores do aparelho de inteligência do Estado centenas de dissidentes, sob a acusação de subversão ou de associação com o imperialismo. Suas células estão ativas até hoje. Os CDRs são a mais poderosa das organizações não governamentais de Cuba e têm ainda sob sua responsabilidade a mobilização dos partidários da revolução. Também participam em tarefas de saúde, higiene, de apoio à economia e de promoção da participação cidadã em distintos âmbitos políticos.

Fonte: O Estado São Paulo

sexta-feira, 1 de abril de 2011

Para sua diversão

.Enviado por José do Carmo Rodrigues - 1.4.2011| 14h00m.Rolando ne Rede
Ah, esses médicos!!!

Diz um médico para outro:
- Esse paciente deve ser operado imediatamente.
- O que ele tem?
- Dinheiro.



O paciente está deitado na cama, rodeado pelo seu médico, advogado, esposa e filhos. Todos eles esperam pelo último suspiro, quando, de repente, o paciente senta, olha em volta e diz:
- Assassinos, ladrões, ingratos, canalhas!
Volta a deitar-se na cama e, então, o médico, confuso, diz:
- Eu acho que ele está melhorando.
- Por que você diz isso doutor? - pergunta a esposa.
- Porque ele reconheceu todo mundo...



O médico diz ao paciente, de uma forma muito forte:
- Nos próximos meses você não pode fumar, não pode beber, sem encontros com
mulheres, nada de comer em restaurantes caros, e nada de viagens ou férias.
- Até que eu me recupere, doutor?
- Não. Até pagar o que me deve!



Eles estavam operando um paciente. Quando, de repente, entra um médico na sala de operação e grita:
- Parem tudo! Parem o transplante. Há uma rejeição!
- Uma rejeição? Do rim, doutor? - pergunta um dos médicos.
- NÃO! É do cheque que não tem fundos!!!



- Doutor, você acha que após esta operação eu vou andar de novo?
- Claro que sim... Porque você vai ter que vender o carro para pagar a minha conta...



Um homem espera o resultado da cirurgia de sua esposa. Depois de um tempo, o médico saiu da sala de operação e disse que o caso era muito sério. Disse que o homem ia ter que dar de comer a ela na boca porque ela não podia mover mais as mãos, deveria levar ao banheiro, tinha que trocar de roupa, banhá-la
etc, porque ela não podia mais se mexer. O marido começou a chorar e o médico disse:
- Não chore. Eu tava de sacanagem, homem! Ela já morreu...



Uma mulher fez plástica de tudo: nariz, pescoço, mãos, pele, facial etc...
No pós operatório, o cirurgião pergunta:
- E aí, senhora? Quer mais?
- Sim. Gostaria de ter os olhos maiores e mais expressivos.
- Nada é mais fácil, minha senhora. Enfermeira: traga a conta por favor...



O cirurgião e o pós-operado:
- Doutor, eu entendo o senhor estar vestido de branco, mas por que tanta luz?
- Meu filho, eu sou São Pedro...



- Doutor, o que eu tenho é grave?
- Não se preocupe, minha amiga. Qualquer dúvida vamos esclarecer na autópsia...