terça-feira, 3 de abril de 2018

 


por Giulio Meotti
  • O Ocidente está se afogando em um mar de dois pesos e duas medidas e de relativismo moral onde assassinos e tiranos estão autorizados a se chafurdar em seus crimes, enquanto a indignação global se volta apenas contra a única democracia do Oriente Médio: Israel.

  • Os hospitais Israelenses nunca pararam de tratar os Palestinos, mesmo durante as guerras em Gaza. Na Síria, em comparação, Bashar Al-Assad continua a bombardear os hospitais do país.

  • Em vez de usar Israel como bode expiatório, talvez esses "caridosos", se eles realmente se importam em ajudar os oprimidos, como eles afirmam, irão finalmente promover uma flotilha pela liberdade para liberar Gaza da tirania do Hamas e a Síria da carnificina de Assad?

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Tudo aconteceu mais ou menos ao mesmo tempo, a 200 quilômetros de distância. Em uma foto, escolas Israelenses envolvidas em um exercício de simulação nacional para o caso de um ataque com mísseis. Na outra, um verdadeiro ataque com mísseis na Síria que causou 200 mortes, muitas delas de crianças. De um lado, você tem Israel, uma democracia forçada a proteger seus filhos. Do outro, você tem a Síria, uma ditadura brutal onde a guerra civil já causou mais de 400 mil mortes.

Civis feridos chegam a um hospital em Aleppo, na Síria, em 5 de Outubro de 2012. (Fonte da imagem: VOA vídeo captura de tela)
No mês passado, um avião Israelense foi abatido pelo fogo antiaéreo Sírio. Se o regime Sírio, apoiado pelo Irã e pela Rússia, está disposto a matar 200 Sírios inocentes, apenas pense no que eles fariam com os cidadãos de outros países, se tivessem os meios para atacá-los. No entanto, tomando por base os relatos da mídia sobre o incidente, qualquer um pensaria que Israel era o agressor na história.

Quantas resoluções as Nações Unidas subordinaram contra a Síria no ano passado? Duas. Quantas resoluções contra Israel? 21. Tanto os relatórios bem apurados quanto o direito internacional foram falseados para servir como inimigos da humanidade e da civilização.

O Ocidente está se afogando em um mar de dois pesos e duas medidas e de relativismo moral onde assassinos e tiranos estão autorizados a se chafurdar em seus crimes, enquanto a indignação global se volta apenas contra a única democracia do Oriente Médio: Israel. As foto-oportunidades não devem ser neutralizadas por causa de uma fileira de corpos em um necrotério Sírio; é melhor cobrir a história de uma menina Árabe Palestina de 17 anosesmurrando e chutando um soldado Israelense.

Crianças Israelenses correndo para abrigos antiaéreos de temos em tempos são cenas comuns da vida em Israel. Crianças de quatro anos, como Daniel Tragerman, podem morrer se não chegarem ao abrigo a tempo. Terroristas Palestinos lançam mísseis contra Israel a partir das escolas de Gaza e o mundo fica ao lado dos terroristas - e condena o Estado Judeu. O site Americano Salon recentemente chamou o Primeiro-Ministro Israelense, Benjamin Netanyahu, de "o homem mais perigoso do Oriente Médio". E você que pensava que era Bashar al-Assad - o envenenador de Damasco - ou talvez os tiranos do Irã em seu próprio país, no Iêmen e no Líbano, que estavam desestabilizando o Oriente Médio?

Soldados Israelenses recentemente foram feridos na fronteira da Faixa de Gaza; Mísseis do Hamas atingiram casas Israelenses. E o mundo quer ensinar Israel, que está sob ataque direto de seus vizinhos, sobre moralidade?

No dia 11 de setembro de 2005, depois que Israel se desengajou totalmente da Faixa de Gaza, a CNN anunciou: "A bandeira Israelense foi baixada em Gaza, simbolizando o fim de 38 anos de ocupação Israelense no território Palestino com duas semanas de antecedência". Mesmo assim, desde então, "a ocupação Israelense em Gaza", algumas vezes chamada de "cerco", é divulgada como uma lenda, embora Israel envie enormes quantidades de alimentos, remédios e material humanitário para Gaza todos os dias, enquanto o Egito, exceto em raras ocasiões, mantém sua fronteira com Gaza fechada. Israel, mesmo agora, está trabalhando com o Catar, um emirado que não reconhece o Estado Judeu, para permitir que a ajuda chegue a Gaza.

Os hospitais Israelenses nunca pararam de tratar os Palestinos, mesmo durante as guerras em Gaza. No ano passado, um único hospital Israelense tratou 400 crianças da Faixa de Gaza. Mesmo a filha de Ismail Haniyeh, líder do Hamas em Gaza, foi internada em um hospital de Tel Aviv.

Na Síria, em comparação, Assad continua a bombardear os hospitais do país.

Desde 2011, 454 ataques atingiram 310 instalações médicas na Síria. Então, qual país a Organização Mundial de Saúde escolhe para investigar por "abuso" na saúde? Israel, é claro.

De acordo com as estimativas, tanto de Israelenses como de Palestinos, o Hamas gasta US$ 100 milhões por ano em infra-estrutura militar em Gaza, dos quais US $ 40 milhões do total anual vão para a escavação de seus túneis de ataque de terror. De acordo com outraestimativa do Ministério das Relações Exteriores Israelense, esse dinheiro poderia, em vez disso, ter construído 1.500 casas, 24 mil leitos hospitalares, seis clínicas médicas e três reservatórios de água. Em vez de fabricar mísseis para lançar contra Israel, o Hamas poderia ter construído uma usina de dessalinização de água. Mas o Hamas continua a usar seu cimento importado para reforçar seus túneis de terror, em vez de, como prometido, construir casas, escolas e hospitais; e continua usando as escolas Palestinas como base delançamento de foguetes, os quais são lançados nos jardins de infância Israelenses.

Com o Plano Marshall depois da Segunda Guerra Mundial, a América distribuiu US$ 60 bilhões (nos dólares ajustados à inflação de hoje) para reconstruir toda a Europa Ocidental. De acordo com o Banco Mundial, os Palestinos receberam mais da metade desse montante,US$ 31 bilhões, em ajuda desde 1993. O dinheiro acabou financiando o terrorismo e a corrupção.

Em vez de usar Israel como bode expiatório, talvez esses "caridosos", se eles realmente se importam em ajudar os oprimidos, como eles afirmam, irão finalmente promover uma flotilha pela liberdade para liberar Gaza da tirania do Hamas e a Síria da carnificina de Assad?

Giulio Meotti, editor cultural de Il Foglio, é jornalista e escritor Italiano.

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