segunda-feira, 26 de abril de 2010

Shalit e o silencio do mundo.

Indignidade terrorista – por Osias Wurman
segunda-feira, abril 26, 20100

As agencias internacionais de notícias informam nesta manhã de segunda-feira: As Brigadas de Azedin Al Kasen, braço armado do movimento muçulmano Hamas, divulgaram neste domingo um vídeo sobre o soldado israelense Gilad Shalit, preso desde 2006, que gerou polêmica em Israel por insinuar que o militar voltará num caixão caso a sua troca por presos palestinos demore. Em 3D e com três minutos de duração, o clipe, intitulado “O sentimento na sociedade sionista sobre Shalit”, mostra o pai do soldado envelhecendo quando vê seu filho retornar em um caixão. O Curta-metragem foi publicado no site das “Brigadas” e mostra Noam Shalit, pai do soldado, perambulando pelas ruas israelenses nas quais vê grandes cartazes em que o primeiro-ministro anterior, Ehud Olmert, e o atual, Benjamin Netanyahu, e prometem fazer todo o que estiver em suas mãos para conseguir sua libertação. O pai de Gilad Shalit aparece cabisbaixo, 20 anos depois na mesma situação, vendo o seu filho preso e sem reflexos de solução, e passando por um novo Ministério israelense para assuntos de desaparecidos e prisioneiros, aparente alusão ao seguimento dos sequestros de soldados israelenses por milícias palestinas. O pai, já idoso, desperta de um sonho em que recebe o filho em um caixão com as cores da bandeira de Israel pouco antes do fim do curta com a legenda “Ainda há esperança”.
Como é sabido, Guilad Shalit foi seqüestrado dentro de território israelense, em junho de 2006, quando tinha 18 anos, por um comando terrorista do Hamas. Apesar da aceitação pelo governo israelense da troca de Shalit por 1.000 prisioneiros palestinos, o Hamas não aceitou a oferta e colocou entraves ao negociador alemão que vem intermediando o acordo de troca. Na lista exigida pelo Hamas encontram-se responsáveis pelos atentados mais sangrentos cometidos em centros urbanos israelenses durante a Segunda Intifada. As declarações do pai de Guilad Shalit, Noam, refletem bem o sentimento de dor e frustração de todos que almejam a libertação de seu filho: “Uma verdadeira vergonha que os líderes do Hamas continuem elegendo a guerra psicológica contra nossa família e a sociedade israelense, em lugar de se dirigir e autorizar uma troca que esteve em sua mesa quatro meses sem resposta”. Resta ao mundo civilizado entender que, se é difícil negociar com o Hamas a devolução de um soldado seqüestrado em troca de mil prisioneiros, como acreditar em negociações de paz em ambiente com tamanha indignidade terrorista?

COMENTO:
Não há o que comentar, o artigo diz tudo.
Só há que se lamentar a indiferença do mundo com o fato.

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