sábado, 17 de julho de 2010

Dois pesos, duas medidas

Manifesto pede a liberação de soldado Israelense preso pelo Hamas
*por Embaixada de Israel no Brasil
14.07.2010


Manifesto em Defesa dos Direitos Humanos e Para Liberação Imediata de Gilad Shalit

SITUAÇÃO GERADORA

Gilad Shalit foi capturado no dia 25 de junho de 2006, por milicianos palestinos em uma emboscada. Os raptores entraram em território israelense por um túnel clandestino próximo ao posto de fiscalização de Kerem Shalom, onde o ataque foi perpetrado. Esta ação viola as leis internacionais, pois aconteceu sem uma declaração formal de guerra. Mesmo sendo um soldado, Gilad Shalit não pode ser considerado prisioneiro de guerra, e sim refém, já que, por ser ilegal, a sua captura é denominada sequestro. O sequestro vem sendo usado como arma de negociação pelos terroristas que o mantém em cativeiro.

POSICIONAMENTO

Em vista da situação exposta acima, Amisrael:

- Posiciona-se em favor do cumprimento dos princípios estabelecidos pela Declaração Universal dos Direitos Humanos;

- Repudia todo e qualquer abuso e violação desta, cometidos por aqueles que mantêm Gilad Shalit em cativeiro, sem poder se comunicar com sua família e seu país;

- Requer providências das instâncias internacionais competentes para conseguir a libertação de Gilad Shalit;

- Pede o apoio da comunidade internacional, no âmbito civil e político, para que as violações dos direitos humanos de toda e qualquer pessoa sejam condenadas e retificadas.

JUSTIFICATIVA

O sequestro já foi usado em diversos momentos da história por milícias e guerrilhas como estratégia para a satisfação de exigências políticas de grupos para-governamentais. No entanto, essa prática fere a dignidade humana e viola os tratados e convenções de direitos humanos, tendo sido condenada em várias instâncias, como o Tribunal Internacional de Justiça e o Tribunal Penal Internacional.

Ao fazer exigências para a libertação de Gilad Shalit, o Hamas usa o sequestro como arma de negociação, o que não pode ser permitido por nenhum país. Endossar ações dessa natureza é legitimar um crime internacional, que passaria a ser visto como opção viável por qualquer grupo, colocando em risco a vida de milhões de pessoas em todo o mundo.

A Declaração Universal dos Direitos Humanos é acatada pela maioria dos Estados Membros das Nações Unidas. Elaborada a partir de muitos debates,prevendo situações que ameacem a integridade física ou moral do ser humano, a declaração é um marco na história do direito internacional e um avanço no estabelecimento das liberdades individuais e direitos da pessoa.

Embora alguns países de religião muçulmana não tenham reconhecido a Declaração Universal dos Direitos Humanos, alegando que esta não levava em consideração as diferenças culturais e religiosas dos países islâmicos, a Organização da Conferência Islâmica publicou uma declaração alternativa, baseada nos princípios fundamentais de sua cultura e religião: a Declaração dos Direitos Humanos no Islamismo, baseada nas leis da Sharia. Essa declaração afirma, em seu artigo 21 que "tomar reféns, de qualquer forma ou por qualquer motivo, é expressamente proibido".

Denunciar esta violação é dever de todas as nações que ratificaram a Declaração Universal dos Direitos Humanos. Mais que denunciar, é preciso agir para que as instâncias criadas com o intuito de assegurar o cumprimento da declaração se posicionem de maneira clara e efetiva, tomando as medidas cabíveis.



Brasília, 8 de julho de 2010

Fonte: Embaixada de Israel no Brasil

COMENTO:
Até hoje não foi permitido a visita da Cruz Vermelha ao soldado sequestrado.
Houve um enorme manifesto no mundo ,inclusive com assinatura de celebridades brasileiras contra a pena de morte por apedrejamento de uma iraniana condenada por adultério.
Em relação ao soldado o que fizeram essas celebridades?Onde está a ONU e os direitos humanos que não exigem a presença da cruz vermelha ao local de cativeiro para avaliar as condições do soldado?Será que está mesmo vivo?

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