domingo, 2 de maio de 2010

Terrorismo e fronteiras

Retirado de http://odia.terra.com.br/portal/mundo/html/2010/5/o_perigo_dos_novos_guerrilheiros_78372.html

O perigo dos novos guerrilheiros

Grupo que seria ligado às Farc ganha importância no Paraguai. Região já é atormentada por traficantes de drogas que têm ligações com quadrilhas do Rio de Janeiro e de São Paulo. Governo decretou até estado de emergência
POR JOÃO RICARDO GONÇALVES

Bogotá - Como se não bastasse a presença das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) nas proximidades da fronteira daquele país com o Brasil, outra guerrilha de esquerda vem preocupando autoridades brasileiras. É o Exército do Povo Paraguaio (EPP), que aterroriza a área perto dos nossos limites com o Paraguai. Desde a semana passada, cinco estados paraguaios que fazem fronteira com o Brasil estão em estado de emergência para que as autoridades combatam a nova ameaça. Radicados no norte do Paraguai, os membros do EPP se dizem dispostos a promover a justiça social por meio das armas.
A organização começou a ganhar notoriedade em junho de 2008, quando passou a sequestrar fazendeiros, em troca de resgates. Os efetivos da organização teriam sido treinados por membros das Farc e há informações de que encontros entre homens das duas guerrilhas teriam acontecido no Brasil. Agricultores brasileiros com propriedades no Paraguai, os ‘brasiguaios’, estão assustados. No último mês, quatro agentes de segurança paraguaios foram mortos pelo EPP, segundo a polícia local. Estima-se que o grupo ainda seja pequeno, mas investigadores paraguaios garantem que eles são os responsáveis pela guarda de milhares de hectares de plantio de maconha. A Polícia Federal calcula que 90% da maconha que entra no Brasil venha do Paraguai. O EPP surge como mais um ingrediente no caldeirão que é a fronteira entre o Brasil e o Paraguai, frequentada por quadrilhas de traficantes com conexões com as principais quadrilhas do Rio e de São Paulo. Segunda-feira, o senador paraguaio Robert Acevedo ficou ferido e dois de seus guarda-costas morreram a tiros em atentado realizado, segundo a polícia paraguaia, por brasileiros do Primeiro Comando da Capital, facção paulista.Para o pesquisador de assuntos militares da Universidade Federal de Juiz de Fora, Expedito Carlos Estephani Bastos, autoridades brasileiras precisam observar com mais atenção a situação da fronteira e o fortalecimento do EPP. “Nossas fronteiras precisam de mais militares e de mais trabalho conjunto e diálogo entre os órgãos de segurança”, opina.
Lula e colega paraguaio se encontram
As ameaças à segurança na fronteira entre o Brasil e o Paraguai são tão relevantes que serão tema de conversa entre os presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Fernando Lugo, do Paraguai, amanhã. O paraguaio deve pedir ao governo brasileiro que extradite três acusados de pertencer à guerrilha que moram no Brasil. O governo brasileiro adiantou na sexta-feira, porém, que não tem elementos para revogar o status de refugiados concedido aos três cidadãos do Paraguai suspeitos de serem vinculados ao EPP.Segundo o porta-voz da presidência brasileira, Marcelo Bauchman, o Brasil oferecerá “sua solidariedade” em relação aos problemas recentes do vizinho, mas esclareceu que considera o assunto de “natureza interna”.

COMENTO:
Em todo o mundo organizações terroristas de esquerda estão ligadas ao narcotráfico pois é assim que conseguem financiamento para compra de armas.
O Brasil tem contribuido com a expansão desses grupos á partir do momento que concede asilo político a esses terroristas, não fiscaliza as fronteiras e se alia com países financiadores como Venezuela e Irã.
A presença de membros do Hezbollah na tríplice fronteira e organizações guerrilheiras na fronteira com a Colombia e Paraguai nos leva a uma situação de risco para atentados no nosso país.
Depois ninguém pode reclamar.

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