terça-feira, 22 de junho de 2010

Karl Marx e o Oriente Médio

Um Oriente Mal Assombrado, como nos Filmes de Terror – por Herman Glanz

segunda-feira, junho 21, 2010

A “Questão do Oriente Médio” não é nova e “tem-se repetido constantemente, sua solução é sempre adiada, e nunca resolvida.” Assim falou ninguém menos do que Karl Marx, há 160 anos atrás. Toda essa questão do Oriente decorre do que hoje passou a se chamar “conflito de civilizações” em contraposição aos conceitos democráticos do Ocidente, aproveitado por ideologias totalitárias, como a nazifascista ou a esquerda predatória do Ocidente capitalista, desprezando e distorcendo valores e liberdades conquistadas.

A Questão Oriental (naquela ocasião entre a Europa e o Império Otomano, muçulmano), dizia Marx ao tratar da Guerra da Criméia, se resume na conciliação entre os valores do Ocidente e o fundamentalismo religioso da Turquia muçulmana, e “deve-se dizer”, é uma questão que se situa na base de todas as complicações do Oriente.”

Karl Marx explica que “O Alcorão, e a legislação islâmica que dele emana, reduz a geografia e a etnografia dos vários povos a uma simples e conveniente diferenciação entre duas nações e dois povos – a dos fiéis e a dos infiéis, se caracterizando como um estado de permanente hostilidade entre o muçulmano e o não-crente (no islamismo).” (…) “A legislação muçulmana estabelece que, se uma cidade se rende por capitulação” (ver adiante a definição de Marx a respeito), “e seus habitantes aceitam se tornar rayahs,” (ou dhimi), “isto é, submetidos a um Príncipe Muçulmano” (ou Califa), “sem abandonar o próprio credo, devem pagar o kharatch” (imposto de capitulação, além da zijiah), “quando firmam uma trégua com os fiéis” (que são os muçulmanos), “e assim não é mais permitido o confisco de suas propriedades nem tomar suas casas… Neste caso, as antigas igrejas formam parte das propriedades dos habitantes, com a permissão para nelas orar. Mas não é permitido levantar novas igrejas, nem ampliá-las (…) No caso de uma cidade ter sido conquistada pela força, os habitantes podem reter as suas igrejas, mas sem permissão para orações.” (…) “Deve-se entender que posse não significa, aqui, propriedade, que é negada aos cristãos pelo Alcorão, mas somente o direito de usufruto”. “Querendo suplantar o Alcorão por um código civil, acaba-se ocidentalizando toda a estrutura da sociedade bizantina.”, não sendo possível a conciliação do Ocidente com o Oriente islâmico, escreveu Marx. “Capitulações” são diplomas do Império Otomano ou cartas de privilégio, informou Marx, outorgadas pelo governo muçulmano a diferentes nações européias, autorizando aos seus respectivos cidadãos a entrada livre em países maometanos” (…) “Diferem de tratados num ponto fundamental”, (…), “as capitulações são concessões unilaterais, e podem ser revogadas ao bel prazer.”

Todos esses princípios constam, também, na Carta do Hamas, na Carta da OLP e do Fatah, na Carta do Hizbollah. A solução do conflito de Israel com os palestinos fica impossível, portanto, a não ser capitulando, aqui em todos os sentidos.

A mídia mundial, nazifascista ou da esquerda predatória, age uniformemente, e se aproveita do momento atual e da já antiga Questão do Oriente Médio, massacrando Israel e hostilizando, também, o Ocidente capitalista, que a esquerda tem como alvo substituir; lamentavelmente é seguida até pela esquerda israelense que, parece, sofrer de um complexo, que Freud explica, com medo de ser acusada de direitista se não acompanhar a esquerda mundial, o que se afigura um suicídio anunciado, devido ao antissemitismo, latente ou ostensivo, de uma esquerda, da direita nazista e do fundamentalismo. Mais lamentável é ser seguida pelos amigos da esquerda do nosso lado, com a mesma doença, sem terem aprendido a lição de que não serão poupados, como foi no Holocausto. E Ahmadinejad, falando no dia 16 passado, acusou o Ocidente de ter instigado judeus a ocuparem a Palestina islâmica.

Portanto, quando uma esquerda, que deveria se pautar nos textos de Marx, fala em desocupação de territórios, está apenas se aproximando do que pretendem a OLP, o Hamas ou o Hizbollah, a entrega dos territórios de Israel ao Islã, passando todos os seus habitantes a dhimmi, cidadãos de segunda classe, senão levando-os ao extermínio, num Holocausto anunciado. A falácia da mídia em todo o mundo que, no episódio recente da flotilha, repete e rotula de “ajuda humanitária” o que não houve, mas se constituiu apenas numa provocação para obter uma reação militar, abrindo uma nova e grave frente de hostilidades, uma verdadeira tempestade contra Israel, tudo para levar adiante sua “capitulação”. O problema da flotilha e de Gaza é o Hamas e não Israel, como já foi esclarecido por Karl Marx.

COMENTO:
Hoje vemos a associação das esquerdas com o fundamentalismo islamico para destruir os valores ocidentais.
Pelo visto tem muitos esquerdistas que não leram Marx.

Nenhum comentário:

Postar um comentário