sábado, 16 de abril de 2011

O mundo hoje

Vejamos:
1- Massacre na Costa do Marfim onde atuam a França e ONU.
2-Na Líbia Kadafi usa bombas de fragmentação
3-OTAN para proteger civis bombardeia civis e diz que precisa de aviões com melhor precisão.
4- Até hoje não se sabe bem quem são os rebeldes na Líbia e se fala em armá-los.Aliás o Qatar já está fazendo isso.
5- Síria várias pessoas mortas, presas e torturadas devido as manifestações.
E olha que não tem Geoge Bush heim?

Para ilustrar um reportagem publicada no jornal o Globo:

Por Graça Magalhães-Ruether, no Globo:

Para o ex-vice-ministro da Defesa alemão e atual professor de estratégia militar da Universidade de Potsdam, Walther Stuetzle, a manutenção dos bombardeios da Otan na Líbia é um erro grave e não tem o aval do Conselho de Segurança da ONU.

O GLOBO: A Otan vai refletir sobre a exigência dos Brics de suspender imediatamente os bombardeios na Líbia?
WALTHER STUETZLE: Seria bom se a Otan atendesse à exigência. Mas eu acho que não há chances para isso. A prova são os bombardeios de hoje (ontem). A Otan está inflexível porque a França e a Inglaterra decidiram realizar uma campanha militar contra a Líbia. A Alemanha é contra, mas errou também por não ter procurado um entendimento político. Agora a Otan está numa situação difícil porque a ação é mais complicada do que parecia no início.

O GLOBO: Na sua opinião, a Otan pode realizar uma guerra contra a vontade de diversos países?
STUETZLE: O Conselho de Segurança elaborou uma resolução que permite o cessar-fogo, o início da negociação pacífica, e sanções - com o congelamento dos bens de Kadafi e de sua família, além do embargo de armas. A guerra aérea não tem o aval da ONU, que decidiu apenas o fechamento do espaço aéreo para impedir os bombardeios de Kadafi.

O GLOBO: A ONU e a Otan buscaram uma solução política antes do início da ação militar?
STUETZLE: Não, e este foi, na minha opinião, um erro gravíssimo. A França e a Inglaterra queriam começar logo com a campanha militar antes de esperar o resultado dos esforços diplomáticos.

O GLOBO: Qual o significado do impasse para o futuro da Otan?
STUETZLE: O significado é uma crise política da Aliança Atlântica. Além disso, o secretário-geral da Otan, Anders Fogh Rasmussen, tem mostrado ser incapaz de proteger o maior bem da aliança, que é o consenso político. Há na Líbia uma guerra civil com a intervenção de estrangeiros. A guerra precisa terminar, mas não através de ataques de fora, e sim de um diálogo político. O que a Líbia precisa é de uma nova ordem política, o que só é possível através do diálogo e de negociações.

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